Sobre a China

Sobre a China Henry Kissinger




Resenhas - Sobre a China


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Gustavo M 10/02/2024

Sensacional!
Kissinger não poderia ter sido mais feliz do que foi nesse livro. O autor conta a história da China desde a criação da identidade como nação, citando suas peculiaridades e tradições das dinastias Yuan, Ming e Qing, passando pela Revolução Popular de Mao e chegando à Reforma e Abertura de Deng. Por ter participado de fato da abertura política e reaproximação EUA-China, sendo o primeiro enviado norte-americano para fazer as tratativas, o livro é rico de passagens, conversas e diálogos entre as autoridades das duas grandes potências. Livro muito interessante para compreendermos as diferenças Ocidente/Oriente, bem como o tamanho da China e o que motiva o país mais populoso do mundo rumo ao seu crescimento global.
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Rogerio.Flores 15/10/2023

Sobre a China
Neste livro Henry Kissinger, ex-Secretário De Estado dos EUA; um dos grandes responsáveis pela aproximação sino-americana apresenta aqui um relato extenso de suas experiências e percepções sobre o processo e a participação dos princioais atores. Inicia com uma breve apresentação da história e cultura chinesa, contexto histórico regional e principais eventos de sua formação nacional. É preciso entender que sua posição e representatividade o impedem de fazer críticas ou revelar (ou ratificar) alguns fatos delicados das relações internacionalista, de forma que não esperava crítica ou observação contundente. Porém, até mesmo a atuação diplomática não justifica o tom bajulador e reverenciador, quase elogioso e submisso aos governantes de um regime autocrático e genocida, que não tem qualquer respeito pelos direitos humanos e pela liberdade. Ao se calar perante tantas atrocidades, torna-se cúmplice, ao ter piedade do assassino, desrespeita as vítimas. Adiciona-se à narrativa um excesso de detalhes ou impressões sobre caracteristicas pessoais que tornam a leitura em muitas partes melosa e entediante. Esperava muito mais de alguém qie certamente teria muito mais a apresentar.
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Siro.Castro 27/01/2023

A China não foi construída em um dia
Consciente de que o livro parte de uma perspectiva estadunidense, não poderíamos ter um interlocutor melhor do que Henry Kissinger, herdeiro da pragmática linha maquiavélica da arte de se fazer política e um dos grandes protagonistas do baile sino-estadunidense ao longo da história, que torna o livro muito mais do que uma aula sobre a China, também uma aula sobre a política entre as grandes nações.

Somos apresentados a uma espécie de síntese percebida pelo autor como a incipiência da autopercepção chinesa em relação ao mundo exterior, tendo a si mesma como o centro por direito e o protagonista definitivo das civilizações. Ao longo do livro, Kissinger narra como a autoimagem chinesa reage aos diversos estímulos da história, horas se adaptando, horas teimosamente resistindo.

A China não foi construída em um dia. Diversos foram os caminhos tomados pelas lideranças do gigante asiático, em momentos adotando caráter romapante e revolucionário, em outros um reformismo silencioso, mas todos direcionados à um único destino. Em dívida com o legado deixado pelos antepassados e responsáveis pelo futuro a ser deixado para as próximas gerações, os chineses avançam pacientemente ao que percebem como seu lugar de direito no concerto das nações.
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Eriickhenriique 29/08/2021

Muito bom
Um bom livro introdutório sobre a China e sua política externa. O livro fala sobre as relações da China com nações estrangeiras ao longo de sua história e a reaproximação com os EUA. Isso tudo sob a visão do ex secretário de estado norte americano Henry Kissinger
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Lilly 19/05/2021

Vale a pena cada página
Esse livro é maravilhoso! Me trouxe algum entendimento da China, sua história, cultura e política, vistos através dos olhos de Henry Kessinger que viveu de perto diversos dos eventos que fizeram história no mundo. Dessa forma, o livro conta com uma pitada de bastidores.

Não foi fácil para mim, pois tenho background pobre em história e geografia. Foi uma leitura demorada, parei muitas vezes para fazer pesquisas no Google e Wikipedia a fim de me inteirar melhor do que estava sendo retratado.

Por fim, saí com vontade de conhecer mais sobre Deng Xiaoping que a partir do que li neste livro, se tornou para mim uma enorme referência de gestor.
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Renata Rezende 14/03/2021

Diplomacia
Leitura interessantíssima, de ponta a ponta.

Kissinger conta detalhes de 30 anos de relacionamento sino-americano e os esforços, dos inúmeros governantes, para encontrar o equilíbrio diplomátio entre duas nações com regimes absolutamente opostos.
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Gisele Gusmão 31/01/2021

Sobre a China, Henry Kissinger
Excelente livro para entender a China moderna e suas relações com os EUA. O livro começa com um pouco da história das dinastias chinesas, questões geopolíticas e principalmente a investida do império britânico contra a China para conseguir abertura comercial nos moldes britânicos. Este período, que Mao Zedong considerava ?um século de humilhação?, deixou marcas profundas na China e serviu como parâmetro de todas relações com países estrangeiros. Após o colapso da União Soviética, os EUA se sentem no papel de impor a nova ordem mundial e passam a pressionar a China para continuar mantendo relações entre os dois países, assim líderes chineses escreveram: "...A China valoriza as relações cordiais e a cooperação sino-americanas, que não vieram facilmente, mas valoriza ainda mais sua independência, soberania e dignidade". As questões de Taiwan, do Tibete também são esclarecidas com abordagem histórica do período pós colonialismo. Leitura imprescindível tanto para entender um pouco mais da China, quanto para entender os males que os impérios fizeram ao povo chinês.
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Marie 22/12/2020

Auto imagem e política externa
O Kissinger é diplomata estadunidense, então obviamente é escrito sob o ponto de vista ocidental, mas ainda assim o livro é sensacional e cobre um período desde o Império Chinês até o final do governo de Hu Jintao, em 2011, abordando vários temas.

É muito interessante ver como as nuances vão mudando não só com a conjuntura política doméstica e internacional, mas de acordo com o ritmo da própria auto imagem chinesa. O livro começa com a China Imperial sofrendo um choque de identidade. Até então, era natural para ela que Estados menores prestassem tributos e absorvessem sua cultura.

Ocorreu uma rusga entre duas dimensões da identidade: o ser si mesmo e o ser reconhecido pelo outro. Mesmo que a China agisse sendo si mesma, tendo uma cultura própria, privilegiando a si mesma, isso não bastou para que se mantivesse como país central de sua ordem mundial. Faltou a categoria do reconhecimento. Quando os países ocidentais se recusaram a fazer coro a sua auto imagem de centro sistêmico e derrubaram a força esse preceito, isso trouxe cicatrizes profundas que geraram uma nova prerrogativa de Estado.

Mesmo sofrendo diversas guerras civis e períodos de caos durante sua história, até então cada um desses períodos era visto como uma descontinuidade, e os períodos de paz como o retorno à normalidade. Existia uma continuidade no sentido de que cada nova dinastia retomava os preceitos da anterior. Mas Mao, ao adotar o conceito de revolução contínua, descreveu um novo destino para o povo chinês.

Tentou romper com a tradição, por interpretar que o confucionismo abrira brecha para a humilhação da China. Mas a tradição não é simplesmente o conjunto de coisas que existem desde tempos remotos, e sim a própria passagem de valores de geração em geração. Não conseguiu romper com a tradição, mas conseguiu fazer com que a China jogasse um complicado jogo no âmbito internacional, ao usar a desconfiança que as superpotências da ordem bipolar tinham uma pela outra para desafiar a ambas. Criou uma frente de países não alinhados, manteve relacionamentos diplomáticos por debaixo dos panos, e com isso a China terminou no rol dos países que mantiveram sua integridade ao final da Guerra Fria.

Com o fim do mundo bipolar, o país precisava de uma nova estratégia para a manutenção da sua soberania em meio a ordem liberal. As reformas modernizantes de Deng Xiaoping foram necessárias para trazer esse novo fôlego. Com o novo parâmetro de pós-soberania no sistema internacional, a China enfrenta conflitos, sanções e demais interferências em seus assuntos internos, mas ainda assim passa a poder exigir um tratamento de igual para igual por ter adquirido poder de fato para tal. Hu Jintao, chegando ao poder com a China já na condição de grande potência, retorna ao confucionismo, ao defender a harmonia como princípio doméstico e exterior.

É interessante notar o retorno do Confucionismo quando ela volta a ter poder. Quase como se precisasse de uma época de ruptura para elevar sua moral, e depois retornar à sua eternidade. A identidade de um povo não é algo rígido e pétreo, mas uma construção e reencarnação de valores através de homens que vivem em seus próprios tempos históricos. Desde 2011, Confucio e Mao simbolicamente descansam próximos, na praça Tiananmen.
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Taty 19/12/2020

Sobre a China
Este livro foi uma grande surpresa.

Apesar de ser uma figura polêmica, o Kissinger escreve muito bem, e a leitura seguiu de forma fluida.

Quis conhecer mais sobre a China e me pareceu interessante começar com um livro que trata de aspectos gerais sobre a diplomacia chinesa desde os primórdios até os dias atuais pela lente ocidental de alguém que viveu as negociações e acompanhou de perto o comportamento chinês, como é o caso do Henry Kissinger.

Foi uma escolha acertada, recomendo para quem deseja conhecer mais sobre esse país incrível!

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Bruno Venâncio 15/06/2019

Um novo modo de encarar a China
Obra de grande valor que tece uma interpretação histórica da China de acordo com a visão de um grande estrategista norte-americano, mas que se aprofundou consideravelmente na cultura e visão de mundo do povo chinês e de outros povos asiáticos (principalmente da Indochina) que foram influenciados pelo Império Celestial. A obra de Kissinger é uma tentativa de interpretar, entre outras questões, o porquê da maior potência militar do mundo ter sido derrotada na guerra do Vietnã, e quais desafios a China e ascensão pode representar a superpotência norte-americana no século XXI, quais suas contradições internas, qual linha máxima rege o pensamento do PCC com base na cultura mandarim misturada a ideologia maoista-leninista, etc. Um dos pontos mais significativos e de enorme interesse no livro é a interpretação de Kissinger de como o povo chinês lidou com as guerras que enfrentaram e como isso se refletiu na sua concepção de vitória, sobrevivência e mesmo nos jogos de estratégia desenvolvidos no país, e que abre um espaço para interpretarmos questões como a relação China-EUA nas disputas do Mar do Sul da China.
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Rebecca.Valenca 20/05/2018

Excelente! Um ótimo passo para entender esse país tão rico e singular.
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Luiz.Netto 24/07/2017

Sobre a China
A historia chinesa é muito rica e este livro permite uma ótima primeira abordagem. Ele comenta desde a época do império chines até o presente recente. Vários pontos se destacam como o fato de Taiwan ter o assento na ONU após a segunda guerra, a persistência chinesa de retomar o controle sobre esta ilha e a politica americana para continuar a vender armas para Taiwan e, mesmo assim, se aproximar da China "continental". Como foi feita a aproximação EUA-China na época do Nixon também é outra parte de destaque, devido`a participação ativa de Kissinger neste processo. Interessante ver a postura de Mao Tse Tung neste momento. A pobreza que vivia a China até a década de 70 é impressionante...seu PIB era semelhante ao de países da América Central!

O equilíbrio de forças entre Russia, China e EUA é mostrado com clareza e evidencia que cada um buscava apenas seus próprios interesses, sem qualquer ideologia comunista ou capitalista.

Este livro também me incentivou a buscar mais conhecimento sobre a China que culminou num ótimo livro sobre Deng Xiaoping (Transformation of China).
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Pedro Igor 14/07/2017

Um relato esclarecedor da diplomacia internacional
Escrito por um dos diplomatas mais relevantes e controversos do século XX esse livro traz relatos vividos e muito bem detalhados da relação EUA x China. O autor da uma aula, que vai desde a história da China antiga, que começou muito, muito antes que a da ocidental, falando de forma muito clara as filosofias do povo chinês, passando pelo período da Revolução Popular, com capítulos que falam de forma brilhante as ideias Mao, inclusive, o mesmo relatando de forma surpreendente que gostava de políticos de direita e que a direita é tão necessária quanto a esquerda. Fala ainda da relação China x União Soviética, que mostra que a URSS era menos amiga do que a maioria imagina, até o período de Deng Xiaoping, esse sim o grande responsável pelo impressionante crescimento chinês. Esse livro é uma aula de política e como é complicado fazer a mesma.
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Albuquerque 07/10/2014

Diplomacia
Com certeza um livro muito interessante tanto pelo seu aspecto histórico quanto pelo seu aspecto de Relações Internacionais. Trata-se de um histórico de relações entre Estados Unidos e China ao longo dos anos, sob o ponto de vista de um ex diplomata americano. Trás dezenas de diálogos realizados por pessoas encarregadas de conduzir a diplomacia entre os dois países (sendo a maioria destes protagonizado pelo próprio Kissinger.

Pontos fortes:

1. Livro muito bem escrito, os diálogos bem destacados, os capítulos bem divididos...

2. Muita informação sobre a China e sua evolução histórica. Uma grande aula sobre a História da China (resumida, é claro) sob o ponto de vista diplomático, principalmente.

3. Acima de tudo, o livro busca elucidar o pensamento político Chinês e seu desdobramento ao longo dos anos, desde a época dos mandarins, passando pela ascensão do comunismo até os dias de hoje.

Pontos fracos:

1. É uma visão parcial sobre os fatos, uma vez que foi escrito por um diplomata americano, impregnado por seu ponto de vista, porém...

2. ... às vezes fica a impressão que o autor foi bastante "diplomático" em algumas questões. Ela procura, em vários casos descritos, entender as ações do governo chinês sob o ponto de vista das circunstâncias, evitando algumas críticas que, ao meu ver, seriam bastante cabíveis (como no caso do Massacre de Tiananmen).

Nota máxima! Vale muito a pena ler!
leandro 01/05/2015minha estante
É leitura fundamental para entender aproximação EUA/CHINA, e os desdobramentos sobre o mundo atual, com a China a ponto de se tornar a primeira economia do mundo. O Kissinger escreve muito bem, tem um estilo todo pessoal (e parcial...). recomendo o "Diplomacia", do mesmo autor.


Albuquerque 24/06/2015minha estante
Beleza, Leandro, lerei! Comprei o novo dele "Ordem Mundial", que parece ser também muito bom.




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