Resenhas - A Volta do Parafuso

Ederson 24/10/2023

Leitura pesarosa
Este livro não funcionou para mim. É até decepcionante, já que é um clássico e estimado.
A leitura não é difícil, apesar de ser do século XIX, ter muitas inversões sintáticas e léxico peculiar.
O problema é que a história não engrena a partir da primeira aparição. Segue-se muitos questionamentos e relações entre babá, criados e crianças que não fui capaz de me envolver ou interpretar.
Foi uma leitura bem pesarosa.

Ilmar 24/10/2023

Quando abri a caixa da TAG e vi que esse era o livro de Outubro nem imaginam a felicidade minha. Já estava de olho pra ler esse desde que saiu a série da Netflix, além de ser um autor muito comentado nos clássicos de terror, que nem a Shirley Jackson.
Já me preparando pra esse terror "clássico", acabei aproveitando melhor a experiência. Mas admito também me entedieu rápido. Dei graças por ser um livro curto. Tipo, dava pra resolver tudo só fazendo perguntas mais diretas.

Livia M. 23/10/2023

Ambiguidade
Ah! Essa tal ambiguidade.
No começo eu não estava entendendo nada,
e no fim parecia que eu estava no começo.
Quanto mais apertado o parafuso mais confuso.
Leitura difícil haja vista uma escrita do século XIX.
Fui e voltei, entendi e desentendi.
O importante é que pela primeira vez Henry James eu li.
Mortos ou vivos?
Espíritos ou alucinações?
Realidade ou esquizofrenia?
Use sua imaginação
Se focar só em entender
É de pirar o cabeção

Wanessa_Gabriela 22/10/2023

A narradora é confiável? O sobrenatural existe?
Gostei do livro por essa pegada mais aberta.
O livro deixa essa narrativa ambígua na mente do leitor, quase como um ?você decide? (denunciei a idade). Diante do que é narrado depende do leitor se levar por uma vertente ou por outra. Houve momento em que achei que seria algo como ?Os outros?. Em momentos distintos apelei pra um ?A entidade?. No fim me levei a crer q se tratava mais de um ?Janela Secreta? .
Ao fim e ao cabo, voltamos a ideia de que parte da interpretação do leitor, visto que já discuti algumas obras hollywoodianas dessas com outras pessoas que tiveram impressões distintas entre si, também.
O autor foi feliz em se lançar numa narrativa distinta e até certo ponto, moderna perpetuamente, já que a obra flutua entre terror psicológico e terror puro, a depender do ponto de vista do leitor.

Josana.Baltazar 21/10/2023

Realmente impressionante, li de um fôlego so, não sou fã do tema, esse é um dos motivos que gosto da assinatura que proporciona a leitura de livros indicados por curadores, excelente a história, os personagens e o suspense mantido até o final

Ramon 19/10/2023

Tormento.
Eu estava gostando da construção do clímax até mais ou menos o décimo capítulo, depois disso a leitura se tornou atormentadora. Até que gostei do final mas não achei muito conclusivo sobre as expectativas colocadas, acabou que pouco me importei se os fantasmas eram reais ou particulares da personagem... No fim todos nós temos nossos próprios fantasmas de qualquer maneira. A personagem narradora me pareceu um tanto quanto egocêntrica e mimada em algumas passagens.

Inspirações Literárias 19/10/2023

Revolucionou a literatura de suspense psicológico
Após esse livro as narrativas literárias nunca mais foram as mesmas.

Afinal, nós vivemos entre os fantasmas ou eles vivem entre nós?

Quem, verdadeiramente, são os outros.

É preciso ler esse livro sem ler sinopse alguma, pois a grandeza está em não sabermos absolutamente para nos surpreedermos com o plot twist.

Danilo546 18/10/2023

Nome: A outra volta do parafuso
Autor: Henry James
País de origem: EUA/Reino Unido
Período de leitura: 10 e 11/10/2023

Comentário SEM SPOILERS: Livro enviado pela TAG em outubro, eu já iniciei a leitura sabendo que seria um livro de horror, porém, talvez justamente por estar preparado pra isso (eu morro de medo), não achei tãaaao assustador assim não. É um livro legal, tanto é que li super rápido, mas achei que ele termina com muitas pontas soltas. Eu não acho que todo livro tenha que terminar amarrando tudo direitinho, acho que é ok deixar algumas coisas pra imaginação do leitor, mas, nesse caso, acho que acabou ficando MUITO pra gente mesmo concluir. Mas gostei de conhecer o trabalho do autor e estou gostando muito da série na Netflix! Acho, inclusive, que esse é um dos raros casos em que a adaptação supera o livro! Vale muito à pena! ?????

Yasmin679 18/10/2023

Uma história perturbadora
Sem muito spolers pois a melhor parte desse livro é realmente não saber muito o que esperar.
Um livro curto, no entanto não muito rápido, onde passa-se a história de um governanta de duas crianças angelicais.
Durante a trama a governanta passa por momentos perturbadores envolvendo fantasmas/ espíritos, o que devemos refletir é, será que ela realmente está vendo tais assombrações? Será que seus anjinhos são realmente angelicais ?
Para quem gosta de mistério, nesse livro encontrá-la consolo.

cammealves 17/10/2023

História que beira a loucura, ou será que não?
Primeiro livro desse gênero que leio.

Gostei da forma como o autor enlaça o enredo, deixando a leitura envolvente e, ironicamente, leve. Quase como uma música, vai envolvendo o leitor de tal forma que nem mesmo a incerteza de ser real, tudo aquilo que a personagem principal vivência, fragiliza a narrativa. Muito pelo contrário, se alimenta dessa incerteza para prender até o último fôlego.

Delma 16/10/2023

A volta do parafuso
Ainda tentando entender s narrativa deste livro... Considerei a leitura um tanto truncada. Final intrigante.

Clarissa130 16/10/2023

O livro narra a história de uma jovem contratada para ser governanta de duas crianças órfãs em uma mansão distante na Inglaterra. O tio e responsável pelas crianças determina tão somente que ela jamais o importune por qualquer motivo referente às crianças. Quando as conhece, a governanta vê nelas a personificação de pureza, duas crianças angelicais, as quais devem ser protegidas e educadas por ela, numa missão quase tida como heróica quando a governanta tenta protegê-las de influências malignas de supostos fantasmas. E eis aí o brilhantismo atribuído ao autor, tendo em vista que, por ser narrado pela governanta, o relato abre margem para a dúvida: de fato existem fantasmas ou a história é conduzida por um delírio dela? Assim, somos convidados a elaborar também a narrativa, a imaginar o que fica nas entrelinhas, o que é deixado entreaberto pelo autor?

acho que coloquei muita expectativa na leitura tendo em vista os comentários a respeito da influência do autor para os romances góticos do século XIX, mas não achei uma leitura envolvente. Em várias partes, eu fui pra bem longe da leitura e se terminei rápido o livro foi por desespero pra ver se a história iria se desenvolver. Honestamente, não curti a história, esperava mais, mas entendo sua influência?

Andrea170 16/10/2023

Sutil
Thriller clássico. Leitura rebuscada e complexa, por isso não flui muito, mas interessante para se ter contato com esse tipo de escrita. O enredo é sutil e aberto dando margem a várias interpretações. Faz pensar.

Rodolfo 15/10/2023

Uma babá recebe a missão de cuidar de duas adoráveis crianças que ficaram órfãs e das quais seu responsável, um tio, não quer nem saber notícias. Acreditando ser uma missão fácil, a babá é surpreendida por uma carta da escola de uma das crianças, informando que ela estava expulsa.
A empreitada da jovem babá fica ainda mais macabra quando ela começa a ver pessoas desconhecidas rondando a propriedade onde as crianças moram e que após breve especulação, descobre que são ex-funcionários que já morreram.
E aqui pra mim (opinião bem pessoal) a história parou. Isso porque após as duas aparições, por volta do meio do livro, a babá entra numa grande divagação e questionamentos e a história não anda, não tem cenas de terror ou assustadores, como a história nos leva a acreditar, e muito menos resoluções dos questionamentos.
Tudo bem que muitos especialistas na obra do autor identificam a ambiguidade em suas obras, deixando para o leitor a grande escolha do que realmente aconteceu e aqui ele consegue isso, porém leva-se um tempo gigante de mais do mesmo para tentar mostrar isso.
Talvez pelo estilo de escrita ou até mesmo pela época em que a obra foi concebida, pra mim a leitura não "aconteceu".

Luis Costa 11/10/2023

A reflexão que me provocou essa obra de Henry James foi, acima de tudo, quanta confiança podemos ter em um relato e como ouvir apenas um lado da história pode influenciar nosso julgamento.
Direto ao assunto, a dúvida que fica para quem fez uma leitura atenta, principalmente, do trecho final do livro, é se os fantasmas que a governanta (narradora) relata ver realmente existem. Durante todo o livro, somos levados a dar crédito ao relato da narradora, afinal apenas ouvimos a sua versão dos acontecimentos. Ao final da leitura, entretanto, comecei a pensar sobre e fiquei mais inclinado a acreditar que os fantasmas, na realidade, não existiam. Vamos a essa análise.
1 - Um dos fatores mais importantes que falam a favor da existência de seres sobrenaturais é a confirmação, pela Sra. Grose de que a descrição das imagens eram compatíveis com Peter Quint e com a senhorita Jessel, ambos falecidos funcionários da casa.
Aqui, vale ressaltar dois pontos: em nenhum momento da história a sra. Grose consegue avistar nenhum fantasma, nem mesmo quando ela está junto da narradora quando essa supostamente avista a senhorita Jessel na beira do lago. Segundo: a descrição dada pela narradora sobre o homem foi basicamente que era um home ruivo e bonito, o que bastou para que a sra. Grose desse uma confirmação precipitada de que se tratava de Quint. Sobre a senhorita Jessel, foi mais fácil ainda, bastando que a narradora dissesse que era uma mulher.
2 - Os comportamentos das crianças elencados como suspeitos podem ser facilmente descartados como comportamentos infantis normais e como interpretações errôneas da governanta. Por exemplo, quando o menino Miles está no quintal no meio da noite ou quando a menina flora foge para brincar perto do lago.
3 - Uma das coisas que percebi e que me deixaram mais desconfiados quanto à verdade da história foi que todos os encontros relatados pela narradora aconteceram em locais em que ela esteve fazendo algo muito similar aos fantasmas. Explico: ela avistou cada um dos fantasmas 4 vezes. Avistou Peter Quint uma vez na janela da torre, uma vez na escada e duas vezes na janela da sala. No episódio em que o pequeno Miles está no meio da noite no quintal, ela foi até a janela da torre para olhar para fora, onde Miles olhou, segundo ela para um andar acima, mas fato é que ela estava no mesmo local onde antes havias avistado Quint pela primeira vez. Do lado de fora da janela da sala, ela estivera quando tentara perseguir Quint ao avistá-lo da sala, e inclusive acabou dando um susto na sra. Grose. A senhorita Jessel foi vista 2 vezes na beira do lago, 1 vez escrevendo uma carta e 1 vez sentada em um degrau da escada. Na beira do lago, a narradora esteve em mais de uma ocasião, quando estava vendo a Flora brincar e quando foi atrás da Flora, que havia escapado de casa. Sentada escrevendo uma carta, ela esteve quando escrevia uma carta ao tio das crianças, relatando alguns dos ocorridos. Por fim, no degrau, ela aparece sentada no capítulo 15, quando ela mesma afirma ter sido aquele o local que havia visto a senhorita Jessel.

Qualquer que seja sua conclusão, vale a reflexão inicialmente proposta.