O Jogador

O Jogador Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Jogador


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Luzimara.Santos 02/03/2024

Evitei essa leitura durante muito tempo, então recentemente li noites brancas ( que não entendi e não gostei tanto) e ao mesmo tempo que fiquei mais curiosa para ler esse livro fiquei mais apreensiva quanto a escrita.

Me surpreendi com um livro incrível, uma leitura fluida (ainda que bastante descritiva e um pouco desafiadora) e um tom cômico apesar da temática pesada do jogo de azar.

Mal posso esperar para ler mais do autor
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Mayane.Ribeiro 01/03/2024

A narrativa em si não é cativante nem atrativa, mas nos faz refletir sobre o quão miserável é o homem com suas paixões e vícios, que no final tornam-se a mesma coisa.
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letscia 26/02/2024

32 (2024) amanhã, amanhã tudo estará terminado.
"Que sou, agora? Um zéro. O que vou ser amanhã? Amanhã, posso ressuscitar dos mortos e começar a viver outra vez! Posso resgatar o homem que está dentro de mim, enquanto ele ainda não se perdeu!"
O Jogador foi um livro que me proporcionou uma leitura muito proveitosa. Inicialmente, o desenvolvimento da trama foi confuso e a história parecia arrastar-se um pouco. Porém, quando a dinâmica ficou mais clara, foi possível criar uma conexão com a narrativa.
Aleksei vive em constante estado de servidão. Poliana, uma mulher que não demonstra reciprocidade a seus sentimentos, é o centro de toda sua atenção. Apesar da moça ser cruel e egoísta, ele afirma amá-la intensamente.
"Cada dia, eu amo mais a senhora, só que, veja bem, isso é quase impossível. (...) quando a senhora me provocou, eu sussurrei: diga só uma palavra, que eu pulo nesse abismo."
Quando Mlle Blanche persuade Aleksei a gastar todo seu dinheiro, ele o faz sem hesitar muito. A. Ivánovitch demonstra nesses momentos ser um homem movido por impulsos e paixões, servo de suas próprias fraquezas. O jogo ocupa um espaço semelhante em sua vida, já que ele aposta seu futuro nas mãos do zéro, do rouge e do noir.
O jogo, duas vezes durante a narrativa, faz ele esquecer sua devoção a Poliana, ainda que por um curto período de tempo, assumindo uma segunda faceta em suas obsessões. Submerso na adrenalina e na ambição, seu senso acumulativo suplanta seus antigos alvos. E não apenas ele é destruído pelo vício no livro, Antonida - uma mulher que já era muito rica - encontra-se ganhando e logo depois perdendo todo seu dinheiro em um cassino. Todos os personagens enfrentam dilemas que giram em torno de dívidas, busca por poder e amor (o que, por vezes, está entrelaçado com a capital) e, no caso de Aleksei, a busca por validação.
Ele é certamente um homem de pouquíssima autoestima, agarrando-se a qualquer oportunidade de ser alguma coisa. Em algum momento, parece que ele perde a si mesmo - se é que algum dia ele havia se encontrado - e dedica todo o seu tempo para recuperar o que foi perdido nas roletas - o dinheiro ou seu antigo eu?
O final me surpreendeu e tenho minhas próprias opiniões sobre o desfecho, a maioria delas são positivas, aliás. A escrita do livro é muito boa e a história também, embora não seja o melhor livro do autor, é um ótimo romance.
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Gabrielazsy 26/02/2024

Jogo do bicho
Achei o começo bem difícil de entender, viu! Me senti um pouco jogada no meio da coisa toda, demorei um pouco pra entender onde se passava, quem era fulano ciclano etc.

Achei arrastado em algumas partes, principalmente porque os diálogos (alguns) são bem longoosss!

Foi uma leitura interessante até. Não é meu favorito, mas não é meu odiado.
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marcelo.batista.1428 25/02/2024

Li essa obra junto com um clube de leitura (o primeiro e único que participei) em um ritmo que discutíamos um capítulo por mês. Foi bastante enriquecedor e fiquei empolgado em como minha percepção expandia em trocar impressões pormenorizadas com outros leitores, sobre a narrativa em si, mas também sobre fatos referentes a biografia do autor e da sociedade da época.

Não consegui acompanhar o grupo até o final, parei com a leitura e retomei meses depois, sem grandes expectativas, pois não era uma narrativa que estava me empolgando muito. Mas, para minha surpresa, muitos aspectos do livro tinham ficado em mim, e me levaram a uma leitura mais atenta a forma da escrita, aos temas abordados, as características dos personagens, e menos presa na história contada. E considero que isso foi um ganho.

Em várias resenhas que li, aponta-se o jogo de azar como tema principal. O ponto forte seria a descrição da atmosfera que ele traz, a empolgação e extrema euforia, junto com a perda da racionalidade e do senso de decisões lógicas, e a força que ele tem em prender as pessoas. La Baboulinka, a personagem favorita de 11 entre 10 leitores, retrata isso. Mas o jogador, na minha opinião, vivencia todo esse estado não no jogo, mas sim na sua paixão. A sua roleta é Polina.

Por outro lado, o que mais me interessou no livro foi como o autor, descrevendo seus personagens e construindo a sua história, conversa sobre status, ética, poder econômico, dignidade, confiança, respeito, honestidade, entre outros temas do humano. É um nobre que dispensa a dignidade para conseguir dinheiro, é um burguês que usa seu capital e sem ética vai atrás de status. Também a nobre sem qualquer etiqueta, mas confiável e honesta. O professor com tendências niilistas, que desdenha da nobreza e até mesmo do ganho financeiro, mas que se comporta com ética e dignidade com quem acha que mereça.

Fiquei com a impressão de que o autor poderia ter aprofundado mais em alguns personagens e que alguns caminhos da narrativa são desviados sem muitas explicações. Talvez seja a história real invadindo a ficção, pois tem-se o relato de que Dostoiévski tinha um prazo curto para entregar o livro, ou perderia o direito autoral sobre suas obras para um agiota (devido dívidas de jogo).

Frente a tudo isso, o que percebo em mim, é um olhar cada vez mais admirado à medida que me distancio do tempo em que finalizei a leitura. E esse encanto está menos relacionado a história em si e mais com a construção que o autor fez, nos permitindo reflexões sobre aspectos importantes da humanidade, tanto a nível individual, como a nível social. Foi uma boa leitura.
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mivaa 23/02/2024

O jogador
Nao vou mentir que sinceramente nao gostei desse livro mas apesar disso tenho um leve apego a ele só por que foi justamente escrito pelo Dostoievski. O livro nao teve a narrativa em que me prendeu e me fez enrolar bastante pra terminar.
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Beatriz Almeida ð«ð 23/02/2024

O início é confuso, mas depois passamos a entender a intenção do autor. Que crítica social! Os vícios e o amor .... qual o limite para a loucura e exagero ?
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Walter58 18/02/2024

Um belo exemplo dos conceitos da análise do comportamento VR e FR, razão fixa e razão variada, rs.... Um excelente livro, com muitas sátiras e entrelinhas
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Clara1844 17/02/2024

Compulsividade e recomeço
Falando da parte mais técnica o livro é ok, nem mais, nem menos. a gramatura é ok, a escrita não é ruim mas se torna tediosa em partes especificas em q os personagens falam MUITO! diálogos e pensamentos muito grandes, o q n é necessariamente um problema mas eu n sou acostumada com isso.
falando mais da história, é muito boa!! o retrato do inicio da compulsividade ate o momento em q o personagem decide renascer, a relaçao conflituosa entre o protagonista e polina é perfeita, assim como a escrita da sua relação com todos os outros personagens
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Diacrônico 15/02/2024

Incrível ??
??Literatura Russa - O jogador,1866.
Fiódor Dostoiévski.

Imagina que sobre grande pressão e em pouco intervalo de tempo, Dostoiévski precisou concluí-la, imagina como seria se tivesse tempo hábil e recursos ?!

Independente disso, é uma obra completa, capaz de mergulhar em camadas e de trazer uma mensagem linda.

A impressão que tive em ler foi ótima, embora eu me ambientei e me imergi num cenário teatral, pois a intensidade de acontecimentos, a ausência de critérios temporais, de estado e de abstração, da uma leve impressão de que estão numa peça da ?broadway?.

?O jogador?,parece uma fábula. É um encontro de Alexei a seu verdadeiro eu, que aliás nos convida a uma reflexão a respeito de nossas tão efêmeras virtudes camuflada sobre vícios.

????????
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Mau_Caetano 11/02/2024

O vício que leva a ruína
?Isso devia acontecer: uma vez nesse caminho, pessoas semelhantes descem como, de trenó, uma ladeira coberta de neve, cada vez mais depressa?

O livro narra a história de um preceptor (espécie de tutor) de uma família da alta aristocracia russa. Situada na cidade fictícia na Alemanha, conhecida pelos seus cassinos.

A obra apresenta forte inspiração na vida de Dostoyvéski, que já foi consumido pelo vício em apostas na sua vida. Acredito que isso acrescente bastante para a narrativa do livro, uma vez que é um ex-apostador narrando a vida de um atual apostador.

O livro é narrado na forma de diário do personagem principal, Alexei. Sendo assim, o que é um mistério para o narrador, também será um mistério para o leitor.

A leitura não é difícil, mas a descreveria como complexa, muito por causa do tempo em que foi escrito. Por uma, o livro tem diversos trechos em francês, algo comum na literatura da época, mas não deixa de dificultar o livro. Porém, tudo está devidamente traduzido em notas de rodapés.

Por outra, como uma parte central da trama do livro envolve apostas, o leitor pode acabar ficando perdido no meio dos tipos de moedas e seus valores (fredericos, francos, etc?). Mas, como eu disse, isso é mais um ?problema? de época do que da própria escrita.

Eu gostei bastante da prosa desse livro, ela é fluida e prazeroso de ser lida. A minha única crítica ao livro em si é o seu começo.

Existem alguns mistérios na trama e, assim como Alexei, não sabemos a respostas deles. Acho a narrativa de irmos descobrindo com Alexei algo maravilhoso.

Porém, a introdução do livro acaba sendo confusa. Alexei é o preceptor dessa família, somos introduzidos a ela como se já conhecemos todo mundo, jogados na narrativa. Entretanto, seria melhor se tivesse uma introdução mais detalhada da família, para que o leitor não fique tão à esmo.

Uma outra crítica pontual, que não interferirá na nota, é o prefácio. Algo muito comum, mundo afora, nos prefácios de literatura russa é narrar toda a história do livro. Já sabendo disso, não o li antes de ler o livro. Mas fica a minha dica, não leia o prefácio antes do livro.

Dou, ao fim, 4.5/5, apenas pela falta de introdução dos personagens centrais a trama. De resto, gostei bastante do livro.

4.5/5
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oilanazu 10/02/2024

Ele demorou pra jogar, mas quando jogou foi magnífico!!
eu gostei muito desse livro, é bem diferente dos outros que eu já li. amo experimentar toda a escrita do dostoievski, cada vez de uma forma diferente e surpreendente
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L Soares 08/02/2024

O livro narra a história de Alexei, empregado como preceptor dos filhos de um General.

O general à beira da falência, se apaixona loucamente por uma francesa de origem duvidosa e altamente interesseira, Blanche, e aguardam notícias sobre a morte da avó para com a herança se casarem.

O general em sua comitiva, além do preceptor, tem seus filhos, Polina (sua enteada), a baba das crianças, um francês a quem deve dinheiro, a "mãe" da francesa com quem pretende casar. E frequentemente mr. Astley, que não se hospeda com o grupo mas está sempre em visita.

Des Grieux, o francês a quem o General deve muito dinheiro, e Mr. Astley, ambos parecem ter interesse em Polina. E Alexei é apaixonado por ela, fazendo loucas juras de amor.

E em meio às dívidas, o livro gira em torno do dinheiro, e da relação dos russos com a roleta.

Uma sátira a própria relação do autor com a roleta, em um período em que estava endividado, tendo inclusive escrito o livro em 20 dias para não perder seus direitos junto a editora.

No livro, os personagens se entregam ao jogo, de forma frenética, colocando de lado tudo, para arriscar a fortuna, e mesmo na vitória acabando sempre na miséria.

As relações entres os alemães, franceses, ingleses com os russos, também é abordada em diversos momentos, mas mesmo nas palavras dos personagens russos, neste livro eles são realmente colocados de forma muito negativa.

O personagem principal é uma caricatura muito acentuada e escrachada, tem rompantes e flutuações de humor e de sentimentos muito intensas e rápidas, chega ser difícil acompanhar. O que pra mim torna difícil ter empatia por ele, ou pelos demais personagens, sendo tudo tão exagerado.

Dosto não poupa seus compatriotas, e pinta um quadro de russos como cracudos das roletas. É um livro interessante sobre o vício nos jogos de azar.
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stcarvalho0102 01/02/2024

Dostoievski surpreendendo mais uma vez. Livro excelente. Rápido. Para se ler em uma sentada. Muito flúido e com um protagonista cativante.
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Prim 30/01/2024

O Jogador
Paralelos. Obsessão. Vícios.
Daria para fazer uma grande reflexão sobre essas coisas a partir de O Jogador.

Porém, tem uma coisa que fica voltando a minha mente enquanto escrevo essa "resenha". Polina. Polina e Mr. Astley. Polina e o protagonista, Aleksei. Polina.

É uma camada da leitura que me fez mais consciente do que a Roleta. Atiçava minha curiosidade mais do que todo o caos do jogo. É uma história de amor das mais dramáticas e românticas. E é o pano de fundo. Algo que acontece simultaneamente ao caos.. e não tem o desfecho mais caro. Tem o desfecho mais real.

Deixando um pouco de lado e me voltando ao foco da história, tudo é pontuado com muito humor. Claro, é uma das características básicas do Dostoiévski, mas, dadas as circunstâncias que inspiraram a escrita dessa novela em especial, o humor sarcástico, debochado, ácido toma conta da primeira à última página.

Conversando com amigas, lembro de ter comentado que parecia estar lendo a transcrição de um áudio no 2x. Ou num ritmo desesperado e caótico de quem está numa crise de abstinência ou ainda de quem tem um prazo muito curto a cumprir. As duas interpretações parecem possíveis (procure sobre como O jogador foi feito para entender a referência).

Sobre os personagens, acabou que gostei de todos, sem exceção. Não há um vilão ou um mocinho, todos fazem ambos os papéis. Porém era a roleta, os sentimentos que ela evocava em quem caía em suas garras, que definia o papel de cada um no momento. A sensação de contato constante com o destino, de que Poderia fazer algo concreto a respeito dele, transformava, ou melhor, transfigurava o personagem. O Aleksei, a vovó, o General... Isso me deixava numa angústia sem tamanho.

Em resumo, é um livro que me impressionou muito. Sem dúvidas um favorito.
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