Resenhas - O Jogador

Edilinda 21/07/2023

Na obra "O jogador," escrita pelo aclamado autor Dostoiévski, somos apresentados a um enredo que retrata de forma profunda e angustiante a história de um jovem chamado Alexei Ivánovitch, cuja vida é consumida pelo vício do dinheiro fácil e rápido, através das apostas na roleta. Esses jogos de azar, tão comuns entre os (des)influenciadores atuais, são representados de maneira intensa na narrativa do livro.

Alexei é um personagem complexo que se torna vítima de seu próprio vício, e sua trajetória é marcada por uma sequência desesperadora de escolhas erráticas e impulsivas.

Sa 07/07/2023

Gostei de como foi representada a ascensão e o declínio quanto ao vício. De forma rápida e traiçoeira, tudo conquistado se vai. Assim como tudo que você é, rapidamente se esvai. É um retrato, não apenas do vício em jogo, mas acredito que de todos os vícios no geral. É um livro que conta muitas histórias mas acho que o principal é do vazio de tudo isso. Não só do vício, mas da vida de ostentação também.

Júlia 13/06/2023

Me agrada muito o fato de um dos maiores escritores clássicos do mundo ter diversas obras tão simples de serem lidas e entendidas (se você já for um pouco familiarizado com Dostoiévski). Esse pequeno, mas poderoso livro narra a história de um jovem cheio de responsabilidades, sonhos e esperanças que é acometido pelo vício do dinheiro rápido e fácil no jogo da roleta.
Cheia de personagens complexos, histórias cruzadas e vivências diversas, a narrativa nos faz acompanhar os anseios e vitórias do protagonista até um final ?aberto?, mas facilmente desvendado graças a rica narrativa típica do autor.
Mas atenção, apesar da linguagem ser simples, ainda se trata de um clássico russo de peso, então não é uma leitura que agradará a todos, mas com certeza é um pequeno troféu na estante dos admiradores do autor.

Jaqueline 10/06/2023

Depois de ler Crime e Castigo, essa leitura pareceu bem menos densa diante da expectativa que eu havia criado. Livro de fácil entendimento, porém não me agradou tanto o caminho percorrido pelo personagem principal.

"Sim, às vezes o pensamento mais louco, aparentemente mais impossível, enraíza-se tão fortemente no nosso espírito, que acabamos por acreditar que é realizável… Mais ainda: se essa ideia está ligada a um desejo violento, apaixonado, acolhemo-la finalmente como algo de fatal, de necessário, de predestinado, como algo que não pode deixar de ser e de acontecer! Talvez haja nisto qualquer coisa mais: uma combinação de pressentimentos, um esforço extraordinário da vontade, uma autointoxicação pela imaginação, ou outra coisa ainda…"

Marcelo Purificação 08/06/2023

O Jogador
Até onde se pode ir devido ao vício da jogatina? As promessas de será a última vez na roleta, ou que será apenas até recuperar o perdido, o qualquer outra promessa que você faça, no fundo você sabe que o vício sempre vencer... É um excelente livro, que você conduzido pelo narrador e entende o processo psicológico de um viciado...

mateusinho.c 25/05/2023

Romance, mistério, comédia e genialidade
Eu o escolhi para iniciar minhas leituras de Dostoiévski e não poderia ter sido melhor.

Pude me acostumar tranquilamente com o estilo do escritor, entender e ver um pouco mais sobre o seu talento de contar histórias e de criar personagens cativantes e envolventes.

A história de o Jogador me prendeu do início ao fim, me fez rir, refletir e adentrar o universo da literatura russa.

Recomendo a todos, e principalmente para aqueles como eu que queriam iniciar mas não sabiam por onde, esta é uma opção leve, divertida e envolvente!

Ainda concluo que não temos como saber a verdade, Dostoiévski é gênio por isso, ele deixa o livro com os mesmos ares da realidade, a própria narração do Ivan faz com que fiquemos preso aos seus pensamento e conjecturas.

Posso tirar minhas conclusões e perceber que, será mesmo que valeu a pena para Ivan ter se envolvido tanto com Polina?
Ele poderia ter evitado? Poderia ter aproveitado melhor sua sorte? Ou isso é mera ilusão já que por não ter construído sua riqueza, e sim ganhado, ele estava fadado ao fracasso?

Bom, essas são perguntas que ruminaram em minha cabeça ao final da leitura, o que faz com que o livro tenha cumprido seu papel, me deixando totalmente imerso na trama cujo eu ?engoli? em 5 dias e merecendo um lugar no meu coração por ter superado minhas expectativas, ficando sujeito a uma futura releitura para que eu possa ter novas conclusões e consiga, quem sabe, chegar às respostas.

Rauecker 19/05/2023

O jogador
Gostei de me aproximar mais da escrita e das obras de Dostoiévski, é inegável o talento que aquele homem teve é muito compreensível ser um dos maiores escritores russos de todos os tempos.

?O jogador? é um livro narrado pelo próprio homem que está de fato jogando, é um personagem no mínimo interessante, crítica as coisas que vê na roleta, nos jogos, como as pessoas agem pelo dinheiro, e no fim acaba caindo na mesma roda de destruição que as loterias oferecem.

Rolemteburgo, o lugar fictício onde passamos praticamente todo o momento do livro, abriga outros personagens tão interessantes quanto nosso protagonista, cada qual com seus interesses, que no fim se volta para o dinheiro sempre.

Citação preferida:

?Se o assunto são lucros e vantagens, as pessoas, não só na roleta, mas em toda parte, não buscam outra coisa senão arrancar e tomar uns dos outros tudo o que conseguirem.?

Manu 04/05/2023

Das memórias de um jovem.
Magnífico! O que mais dizer sobre essa obra? Dostoiévski consegue envolver o leitor e fazê-lo tomar para si as dores, os amores, os desesperos, as angústias e as felicidades (poucas mas ainda existentes) do protagonista.
Confesso que demorei muito para concluir essa leitura, porque o início do livro não me foi tão cativante. Todavia, as ações impulsivas de Aleksei e a chegada da Vovó, deixam o livro incrível. Dostoiévski é um gênio em todos os quesitos, ainda mais nos momentos de diálogo entre as personagens, que tornam a obra tão envolvente e interessante que chega a ser esplêndido! Todas as questões levantadas pela narrativa são extremamente válidas, como as relações por interesse, as desilusões, as futilidades da vida burguesa, o desespero que leva a roleta e o que o vício é capaz de fazer com um homem.

?Experimentava uma espécie de febre, e joguei todo aquele monte de dinheiro no vermelho ? quando de chofre, recobrei a consciência! Foi a única vez, durante toda a noite, que o medo me gelou, manifestando-se por um tremor das mãos e dos pés. Senti com horror e tomei consciência instantaneamente do que significaria para mim, naquele instante, perder! Era toda a minha vida que estava em jogo!?

Wenqian 24/04/2023

Um Jogador, Um jogador, O jogador ou O Jogador?
"A paixão pelo jogo foi sua segunda doença, possivelmente relacionada com a primeira, uma observação verdadeiramente anormal. A isso devemos o maravilhoso romance O Jogador, que se passa numa estação de águas alemã, inverossimilmente a perversamente chamada Roletenburgo. Nesse romance, a psicologia da paixão mórbida e do demônio Sorte é exposta com incomparável veracidade" - Thomas Mann.
E como fechou o livro no capítulo "Notas Sobre Um Jogador": "Este romance me suscita fascínio e mal-estar".
Dostoiévski sempre muito hábil em despertar sentimentos com relação a um livro, principalmente os dolorosos e revoltantes, juntamente com reflexões nas entrelinhas, não poderia fazer diferente nesse fantástico livro, que além da história densa e misteriosa, também traz a curiosidade com: é uma autobiografia ou não? E finaliza com uma pergunta que vale não só pro que acontece de surpreendente no final, como pra nós leitores sobre o livro, que é: o que aconteceria caso ele tivesse tomado outros rumos? "Eis uma realidade! Eis o que pode significar, às vezes, o derradeiro florim! E o que aconteceria, se eu naquele momento tivesse perdido a confiança, se não me atrevesse a decidir-me?...".

Marina Rosa 17/04/2023

Excelente! ????????
O Jogador, de Fiódor Dostoiévski, é uma história sobre amores impossíveis, herança, obsessão, frustração, raiva, arrogância - os vícios que ameaçam a sanidade e a paz da mente humana. Pela leitura, conseguimos ver o jogo através dos olhos de um jogador. Além de seus pensamentos autodestrutivos.

O protagonista da história é Alexey Ivanovitch, um tutor de profissão e viciado em jogos de azar. Seu vício, juntamente com sua obsessão por Polina, faz dele um escravo emocional que lentamente leva à sua ruína.

?se ela tivesse me ordenado a me jogar do abismo, então, eu teria feito isso! Se ela tivesse dito isso apenas como uma piada, tivesse dito com desprezo, cuspindo em mim - mesmo assim eu teria pulado?

Gostei do retrato psicológico de Dostoiévski acima do protagonista principal Alexey. Suas emoções conflitantes, oscilando entre seu vício e obsessão, foram descritas de forma completa e precisa. O próprio vício em jogos de azar de Dostoiévski deve tê-lo ajudado com tanta precisão. Isso tornou o personagem real, ganhando a simpatia dos leitores. Mesmo com os outros personagens, Dostoiévski faz um trabalho maravilhoso ao trazer suas características e emoções tão bem. O perfil enigmático de Polina, a superficialidade de Blanche, a natureza astuta de De Grier, a depressão do General juntamente com seu amor obsessivo e até mesmo a firmeza do Sr. Astley adicionam muita variação à história.

?Por mais ridículo que seja eu ter esperado obter tantas coisas da roleta, me parece ainda mais ridícula a opinião rotineira, aceita por todos, de que é tolice e absurdo esperar alguma coisa do jogo. É porque o jogo é pior do que qualquer outro meio de ganhar dinheiro, por exemplo, digamos, o comércio? É verdade que, de cem que jogam, só um ganha?.

É um livro muiiitoo interessante, a qual reitera a seguinte expressão popular ?o que vem fácil, vai fácil?.

????????

?me conta aí, já leu ou pretende ler? Se já leu, o que achou? ??

booksgioh 09/04/2023

Um jogador
Para mim esse livro em muitas passagens serve como crítica ao sistema capitalista e sua ligação com outros problemas sociais que são frutos do mesmo.

começa com o jogo de roleta, que é visto pela sociedade como a resolução de todos os seus problemas.
logo depois, é mostrado a alienação que se cria através disso, pelo simples fato de sempre quererem enriquecer mais e mais.

(um fato é que os burgueses jogam por prazer e os outros que são trabalhadores, jogam por necessidade)

através disso tudo, pessoas se tornam viciadas pelo jogo(o caso do personagem principal da história) onde o mesmo, nunca foi rico. ele começou a jogar porque via como meta a vida que os ricos tinham. acabou se tornando um ciclo vicioso, onde ele mesmo perdendo, não conseguia mais parar.

no final, ele acaba solitário e sem dinheiro.

Renato.Antunes 03/04/2023

A linguagem não colaborou
As partes mais divertidas do livro foram com a vovó. A "Generala". Fora isso, foi difícil terminar a leitura porque a linguagem, as expressões, são, literalmente, do século retrasado. Em nenhuma parte do livro (exceto nos momentos em que a vovó estava em cena) eu me senti envolvido pela leitura.

Rafa 31/03/2023

Um dos melhores livros que já li
O jogador foi o primeiro livro do Dostoiévski que li, um presente de aniversário. A escrita é impecável assim como o enredo.
Um dos pontos que eu mais gostei foi como Dostoiévski não "romancia" o vício e o mostra como verdadeiramente é: um problema que vc não consegue se livrar e destrói sua vida.
Sem falar que eu estou apaixonada na avó que é, sem dúvidas, a melhor personagem da história.

moacircaetano 25/03/2023

Dostoievski é certeiro, não há possibilidade de decepção ou arrependimento.
O livro começou meio modorrento, achei a primeira parte um pouco lenta, mas logo adquiriu o ritmo característico da literatura russa.
A cena do jogo onde o personagem principal entra num transe e joga de forma frenética é o ponto alto do livro.
Como sempre, tratando-se de Dostoievski, recomendo.

Maíra Marques 25/03/2023

Dostoiévski escreveu esse livro em poucos dias, pois estava sob pressão de uma dívida com o seu editor.
O resultado foi uma narrativa envolvente, que explora temáticas como o amor, o dinheiro, a sorte, o vício e a liberdade. É uma obra que nos faz refletir sobre as nossas escolhas, paixões e desejos, sobretudo pelo amor e pelo dinheiro.