Isaque 04/01/2024
Excelente
Antes mesmo do término da obra, eu já considerava o Saramago como um daqueles autores que desejamos ler todos os seus escritos; após o término desta, o pensamento não mudou.
Conhecer o cotidiano do Cipriano junto à sua filha, Marta, e seu genro, Marçal, foi uma experiência aconchegante e acolhedora, justamente pelo fato de poder me relacionar tão de perto com suas personalidades e suas interações.
A presença do Achado, o cão da família, para mim, foi a cereja do bolo. Para mim, com toda a certeza, a história não seria a mesma sem o animal, que propiciou tantos momentos sinceros, únicos, como aquele em que o Achado lambe as lágrimas do Cipriano.
A forma como Saramago escreve é singular, sem igual. Esse homem era genial. Seu manejo sobre as palavras, sua capacidade de conduzir tão bem uma narrativa, no intuito de passar uma mensagem tão pertinente, sua capacidade de elaborar diálogos, esse homem precisava mesmo fazer parte da literatura, e ainda bem que fez.
Que Nobel de Literatura merecido. Merecidíssimo!