Pais e Filhos

Pais e Filhos Ivan Turguêniev




Resenhas - Pais e Filhos


365 encontrados | exibindo 91 a 106
7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 |


Mariana Rodrigues 24/09/2023

Pais e Filhos
Quando o jovem estudante Arkádi Nikolaitch retorna para casa, está acompanhado de um amigo e mentor, que causa imenso desgosto ao seu pai e seu tio. O companheiro, Bazárov, despreza qualquer autoridade, é antissocial e se proclama niilista. O conflito geracional que se segue é ímpar na literatura.
Publicado em 1862, Pais e filhos continua a refletir o confronto entre gerações e as expectativas de um tempo anterior que se choca com as atitudes e os ideais dos momentos seguintes, esquecendo-se da potência transformadora da juventude.
Com tradução direta do russo para o português, este clássico protagonizou uma das maiores polêmicas da literatura russa: Ivan Turguêniev foi acusado de ser responsável por atos criminosos cometidos por radicais influenciados por sua obra. De acordo com Rubens Figueiredo, tradutor do romance, ?é mais do que provável que o leitor atual chegue ao fim de Pais e filhos sem um julgamento conclusivo não só a respeito de Bazárov como também dos demais personagens. Mas sem dúvida terá gravadas no pensamento figuras humanas sem nada de vago ou de nebuloso?. Aqui, Turguêniev faz um sutil elogio à incerteza e não esquiva o leitor de se posicionar, simultaneamente, como pai e filho diante dos problemas de nossa época.
comentários(0)comente



RayLima 24/09/2023

O amor é uma linguagem universal que atravessa gerações
?Pais e Filhos? é a obra de maior prestígio do escritor Ivan Turguêniev, é também considerada uma das mais importantes da literatura russa. Esse clássico aborda, como a própria definição de clássico pede, temas universais que se mantém relevantes ao longo do tempo. Protagonizado pela dupla Arkádi e Bazárov, amigos de personalidades distintas, o primeiro pacífico e sensível, o segundo enérgico e inflexível.

?[?] o homem é uma criatura estranha. Quando observamos, de fora e de longe, a vida rústica que os ?pais? levam aqui: o que pode haver de melhor? Comer, beber e saber que vivemos da maneira mais justa e mais razoável. Mas não: o tédio vence.?

O tema central é certamente as relações entre pais e filhos, como o título propõe, mas como essas relações se dão é que é interessante. Arkádi é amado pelo pai que teme a sua desaprovação e por isso esconde um segredo, já Bazárov é idolatrado pelos pais que temem aborrece-lo e por isso o evitam. Entre os dois amigos se estabelece de alguma forma também uma relação ?pai e filho?, visto que Bazárov exerce uma forte influência sobre Arkádi.

Outro tema muito presente é o cenário político da Rússia que na época passava por um período de transição (na edição que eu li, da Companhia das Letras, a introdução fala sobre isso, se você for ler nessa edição também, não pule essa parte!). Entender os posicionamentos políticos dos personagens é de extrema importância para se ter uma maior compreensão da personalidade de cada um e como isso influencia suas decisões. Não é preciso se aprofundar muito pra entender, pois é algo que se repete na história mundial e por isso mantém a obra tão atual: a ?briga? entre gerações.

Ah, mas esse livro só fala disso? Deve ser chato! Calma que por cima disso tudo ainda tem uma pitada de romance. E que romance, meus amigos! E no romance que vemos as histórias de cada personagem se desenvolver individualmente e tomarem rumos próprios. O romance aqui tem caráter transformador. Como cada um lida com os próprios sentimentos é que vai definir o seu futuro.

?Os dois estavam calados; mas justamente por estarem calados, por estarem sentados juntos, fazia-se sentir uma proximidade confiante; cada um parecia não pensar no seu vizinho mas, em segredo, se alegrava com a sua proximidade.?

A escrita de Ivan Turgueniev é apaixonante. Apesar de ser um clássico (esse ?apesar? é pra quem tem medo dos clássicos, viu? eu adoro!), o vocabulário não é difícil e a leitura é bem tranquila. Os capítulos são curtos, contribuindo para um ritmo fluido. Os personagens são muito bem escritos, tem profundidade, não são estáticos e se desenvolvem e se moldam ao longo da história.

Termino com a frase final do livro:

?Por mais exaltado, pecador e rebelde o coração oculto no túmulo, as flores que crescem sobre ele olham para nós serenas, com seus olhos inocentes: não falam apenas de uma paz eterna, da grande paz "indiferente"; falam também da reconciliação eterna e da vida nos da natureza infinita...?

Eu chorei ?

Obs.: o livro é bem mais curto do que eu pensei, pois boa parte das páginas são da introdução no início e no final tem alguns ensaios/artigos de outros autores falando sobre a obra e escrita de Ivan Turgueniev.
Fabio 26/09/2023minha estante
Nossa!!!!!!
Resenha perfeita, Nay!
Parabéns!


RayLima 26/09/2023minha estante
Esse livro merece uma resenha à altura, Fábio ?




spoiler visualizar
comentários(0)comente



Gezinha 09/09/2023

Russos tem meu amor!
Um livro gostoso de ler. Eu fiquei pensando depois da leitura sobre o que de tanto escrever. E demorei um pouco, já não está tão fresco na memória. Mas o que ficou é:
Dramas! Dramas pessoais. Crítica aos jovens se achando muito inovadores e espertos, que olham para os mais velhos com desdém, e acham que destruir a base da humanidade e sua sabedoria é o caminho.
Bazarov desdenha da simplicidade, do amor, do patrimônio... Só quer usufruir, viver suas paixões e desejos sem freio e sem responsabilidades... E chama isso de progresso.. Ele é um nada cheio de palavras vãs que ludibriam seu amigo, que no fim, é o verdadeiro herói da história.
A vida não é feita de destruição! É feita de amor, de zelo, de respeito ao saber dos mais velhos, por mais simplórios que estes sejam.
comentários(0)comente



Raquel.Furchinetti 09/09/2023

Esplêndido!
Que livro mais lindo e delicado. Amei demais e me surpreendi. Eu sabia que falava sobre o confronto de gerações e abordava o niilismo, mas achei que seria mais uma discussão chata a esse respeito. Mas é uma estória linda, não fica somente nisso, mostra a personalidade de várias personagens e seus relacionamentos. Fala sobre a Rússia e os seus conflitos, mas tudo de um jeito tão suave e poético. É uma escrita tão fina e gostosa tratando de temas tão complexos. Só uma alma muito elevada para ter a genialidade desse tipo de escrita e o desprendimento de não ficar exibindo toda a sua erudição numa obra. Fiquei felizmente surpreendida. Antes de ler achava que era algo totalmente diferente. Favoritado!
comentários(0)comente



Felipe Augusto 06/09/2023

Que livros sensacional, um grande história de pais e filhos com que ao mesmo tempo é fluida mas muito complexa em sua profundidade. É mais uma obra prima de do russo Ivan Turguêniev bom personagens marcantes que mostram na época assuntos muito impactantes em uma época de transição de pensamentos da Rússia, de uma nova geração. O assunto niilista que a pouco era desconhecido por mim é bem enfatizado no livro.
comentários(0)comente



Mylena.Paula 26/08/2023

Acho que se eu tivesse maior conhecimento sobre a vida política e social da Rússia na epoca em que o livro foi escrito, a leitura teria sido mais enriquecedora. Mas isso não impede de entender o livro... Para além de achar Bazarov um chato, gostei bastante dos embates entre pais e filhos (ou velhos e jovens). Pode mudar a sociedade e a época, mas as discordâncias geracionais sempre se fazem presente nas relações parentais.
comentários(0)comente



gabemareas 17/08/2023

Uma agradável surpresa
Essa leitura foi muito diferente do que eu esperava, e digo isso de forma muito positiva. Ao ler o título e sinopse da obra, confesso que não me interessei muito, seja pela temática, por como o livro aparentava ser... Enfim, não sei dizer ao certo. O fato é que, ao ler "Pais e Filhos", encontrei muito mais do que uma história sobre conflito entre gerações, e isso muito me agradou. A escrita é leve e de simples compreensão (à exceção dos nomes dos personagens que, para mim, em vários momentos, causaram uma certa confusão - por serem nomes russos). Por fim vale dizer que, em alguns momentos, me senti um pouco desconectada da história, e isso deu uma travada na minha leitura. No mais, é uma leitura que vale muito a pena, sobretudo se você está começando a ler autores/obras russos(as).
comentários(0)comente



Vivi 16/08/2023

Gostei do livro, a escrita é bem fluida e gostosa de ler. Confesso, no entanto, que tive bastante dificuldade em identificar os personagens. Como os nomes são em russo, não conseguia guardar quem era quem e às vezes confundia... O final, apesar de triste, é bastante delicado. Foi uma surpresa para mim, que estava esperando um final feliz para todos os personagens.
comentários(0)comente



Tulio.Gama 05/08/2023

O que mais me levou a ler esta obra, dentre vários motivos, é a curiosidade inexplicável que tenho sobre a antiga coleção "Grandes Sucessos" da Abril, do início da década de 1980. Seus exemplares costumam ser mais baratos em sebos, e há títulos muito atraentes para fãs da literatura mundial. Como queria me adentrar na famigerada literatura russa de algum modo, surgiu este.
Tive uma grata surpresa e um simples prazer. Além da importância histórica e literária da obra (do qual não tinha muita ciência antes de começar a leitura), o enredo é muito comovente. A narrativa, basicamente movida por diálogos elegantemente construídos e muitas vezes até com tons de ironia insuspeita, tem a conveniência de ser econômico em passagens descritivas. É uma linguagem prática, bem acessível, estranhamente rápida ainda que carregue uma densidade necessária.
A carga temática está nos conflitos geracionais, principalmente - como o próprio título induz - entre pais (homens; mulheres eram subjugadas nesta era patriarcal) e filhos. Embates sobre visões de mundo e da vida, políticos e filosóficos (de onde se extrai a maior importância histórica da obra, como a noção do "niilismo"), mas o que ficou muito marcado para mim foi o afeto fortíssimo dos pais por seus filhos. Passou-me a ilustração do jogo emocional de, ao menos tempo, dar a liberdade de pensar e agir ao progênie e julgar sutilmente ou até, mais ou menos, controlar suas ações e relações, na expectativa que sejam o melhor ser humano possível. Os momentos finais são de cortar o coração.
Espero ter lido uma razoável versão traduzida, senti um pouco de defasagem linguístico. Nada grave, no geral.
comentários(0)comente



Kassem.Abdalla 03/08/2023

Os filhos que não seguem os pais
O ser humano enxerga sempre o mundo a partir de sua visão, e talvez essa nossa característica será, futuramente, a razão de nossa extinção.
Quando os EUA estavam trabalhando na bomba atômica, correndo o risco de perder a corrida para os Nazi, ainda sim eles se negaram em dividir informações com a URSS, apenas porque queria sair na frente. Esse fato, visto claramente durante o recém lançado filme do oppenheimer, retrata muito claramente o egoísmo da natureza humana, e como somos constantemente enviesados com a nossa ideologia de tal forma que colocamos isso a perder se a outra opção for ceder ao nosso opositor. Paralelamente, vemos aqui uma cena parecida, em que dois personagens dessa trama entram em um duelo, sendo, o viés ideológico o fator mais importante. E isso se encontra acima da vida deles.
Mas se me permite, gostaria de começar essa resenha de outra forma.
Esse livro busca retratar justamente o contraste de duas gerações, que acontece e acontecerá - julgo - durante toda a existência humana. Quando jovens, criamos raízes, e o mundo muda conforme alguns ousam pensar diferente, ou ousam reclamar, e isso conduz a realidade à um outro estado, o que acaba por produzir pessoas com outras raízes, que, cedo ou tarde, confrontará seu pai, e posteriormente, seu filho. E aqui vemos esse problema humanístico ser tratado com primazia, e uma impessoalidade digna de despertar em todos os grupos um sentimento de ter sido ofendido.
O texto é tão crítico com todos, em diversas passagem, que é muito complicado definir a posição ideológica do Ivan em relação a historia apenas a partir do que aqui está escrito, não à toa ele foi mais ou menos odiado por toda a Rússia, já que cada um se sentiu ofendido de alguma forma.
E o mais curioso é ver o quão atemporal essa obra se prova, uma vez que, do outro lado do mundo, no Brasil, nos dias de hoje, as discursões aparecem tão extremamente familiar ao que aqui é demonstrado na Rússia no século XIX.
Mas sem enrolação, vamos ao que interessa. Dentro da história, o enfoque principal é o personagem Bázarov, um assumidamente niilista. Tal termo, emprestado da filosofia, significa basicamente "negar", o que nos dias de hoje, no vocabulário popular, pode ser definido como "o homem que busca destruir os valores da família"...tudo bem, essa foi uma piada bastante politizada, mas se me desculpem, não tenho a habilidade do Ivan em soar impessoal através das palavras. Pois bem, o niilismo de Bázarov, que em tese muitas vezes se veste com um mantra "ceticista", se prova, em diversos momentos, abraçado com fortes convicções bastante deslocada com a ideologia. Principalmente se tratando de sua visão apresentado sobre as mulheres, já que ele se prova bastante preconceituoso, enxergando todas como caricaturas ou estereótipos do provavelmente pouco acesso que ele teve a tais damas. E tal preconceito só vem a calha, ou mesmo parece calhar, quando ele conhece a Anna, mas falarei ela em breve. Outra convicção, que agora não soa deslocado, mas apenas muito...idealizada ingenuamente, é a sua opinião sobre a arte. Ele basicamente despreza a arte, o que me soou muito como um jovem que apenas que se sair por cima, já que ele apresenta poucas "provas" de sua visão, se resumindo a julgar a arte sobre um olhar pragmático, o que de fato a induz ao fracasso. Mas muito injustamente seria, e talvez assim o Bázarov percebesse sua infantilidade, se julgássemos um médico pela beleza que é seus objetos de trabalhos (machucados, doenças etc). Talvez essa inversao mostrasse a ele o quão fajuto é seu critério para atacar a arte. Sobre sua personalidade no dia a dia, ele é extremamente desinteressado com quase tudo, relacionada é claro, com o dia a dia. Ele não se importa em discutir, ou apenas ouvir, me parece que tudo no mundo, que não seja o que ele quer naquele momento, é extremamente enfadonho, e acho que é assim que o seu pupilo, o Arkadi, se sente. Este que idolatra seu mestre, a ponto de levá-lo a sua casa depois de anos sem ver a familília, consegue transmitir muito bem uma vibe de irmão mais novo que apenas se resume a copiar os traços do irmão mais velho; ele vivi sobre uma aura que suplica por atenção tanto quanto um bebê precisa de leite. E basicamente, tudo que diz é apenas em concordância com o que diz Bázarov, ele nunca parece ter uma opinião de fato, e parece seguir o que pensa apenas pela conveniência do seu mestre ser assim. E Bázarov, de fato, o aceita, mas não sem sempre - e isso não é proposital - reafirmar que não precisa dele, ou mesmo que não se importa. E ele revela isso através de diversos comentários, sempre extremamente sarcásticos e, em certa medida, ácido. Ele possui um instinto gregário afiado, ainda que se perguntado, negasse isso como se fosse o pilar base de sua visão de mundo.
Essa última característica, fica evidente quando, mais adiante, ele conhece a Anna. Durante todo o período pré-esse-momento, sua rotina se resumia a estudar medicina e discutir com os pais de Arkadi. Nessas discursões, sua filosofia é expressa tanto com o que diz, como a forma que age, já que nunca é ele quem puxa a conversa. Normalmente é o Pável, o tio do Arkadi, que nos dias de hoje seria algo parecido com um sargento do exercito, fracassado, desiludido que julga a ditadura como "revolução". Pois voltando a Anna. Ela me soou quase como um retrato feminino do Bázarov, só que o termo direto de sua filosofa. Ele possui uma graciosidade meio indiferente em relação ao mundo, uma certa apatia fingida, e acima de tudo, uma tendencia à filosofia que a deixa ainda mais brilhante aos olhos do Bázarov, uma vez que acaba por soar "superior" aos seus olhos. E por ela, o nosso herói chega até a mudar uma de suas convicções, já que ele abandona a visão hegeliana de mundo, e passa a ter uma crença muito mais existencialista (isso acontece quando ele decide negar que "basta um exemplar humano para julgar todos os demais", e passa a enxergar as pessoas como indivíduos). E claro, ele se apaixona por ela, e como em todo bom romance russo, o amor não é correspondido.
Em suma, se eu tivesse que resumir esse livre em uma frase, seria, "um retrato do contraste de gerações entre os conservadores e os liberais, preocupados com a destrição do outro lado, a fim de..." (parei aqui propositalmente, espero que tenham entendido ;) )
Por fim, gostaria apenas de dizer que o Bázarov é um personagem tão intrigante, que ficamos tentados a ver sua mudança de espaço não por conta do espaço propriamente dito, mas a forma como o novo espaço irá recebê-lo.
comentários(0)comente



Lucas1613 03/08/2023

O Antigo e Novo Embate de Gerações
Durante a minha 10ª leitura do ano, ao enfrentar os ataques de rinite causados por um livro do Sebo, cheguei ao fim de uma obra que me conduziu, quase sem querer, à riqueza da literatura russa.

A descoberta deste livro se deu através de um episódio de um podcast sobre filosofia que o mencionou como uma das inspirações de Nietzsche em suas obras, principalmente em relação ao niilismo e à existência. Compreender a autoria e a temática por trás dessa obra me fez respeitá-la ainda mais. Ivan Turgenev explora uma temática atemporal, o que justifica, ao menos para mim, seu status de clássico.

A relação entre pais e filhos, o choque de gerações e o embate entre novas e velhas ideias são temas que me tocam profundamente, pois consigo enxergar suas manifestações na minha própria vida e me preparo para revivê-las quando me tornar pai. Mesmo tentando contextualizar as ideias políticas presentes na época e local retratados, percebo que o cerne da narrativa reside nessa relação universal. É surpreendente como um livro escrito em 1860 ainda ecoa tanto em nossos tempos, evidenciando que o confronto geracional é, ao mesmo tempo, tão novo e tão antigo.

O personagem Bazarov, aparentemente racional, inteligente e constantemente visto como superior no livro, surpreende ao revelar uma imaturidade e comportamento adolescente perante seus pais. Essa dualidade desconstrói a imagem intelectual que o livro tenta transmitir dele, deixando uma impressão de um adolescente indolente. A vida tem me ensinado que é importante assumir uma postura complacente e compreensiva com nossos pais, pois o amor transcende ideologias, opiniões e impaciências. O tempo é implacável, e um dia poderemos sentir falta e arrependimento por não ter valorizado o amor que tínhamos a oferecer.

Embora minha imaturidade filosófica tenha dificultado a absorção completa das lições niilistas e sua relação com a filosofia de Nietzsche, a leitura foi enriquecedora e reforçou a ideia de que um clássico não alcança tal status sem motivo.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Fran 28/07/2023

A vida de um niilista?
Fiquei emocionada com o final. Eu não esperava tal desfecho. Não que eu tenha me decepcionado, é que sempre espero um final idealizado. Mesmo assim, é um dos mais belos finais que já li.

Leitura fluída, diálogos incríveis, tradução direta do russo sempre me dá segurança, e mesmo sendo um romance do século 19, consegui acompanhar sem problemas.

Tornou-se uma referência para pensar sobre o conflito de gerações, assim como a questão do niilismo. É certo que, o que eu pensava sobre esses temas, se transformou.

Mais um escritor russo que me encantou, e tenho certeza que se você ler Turguêniev, vai se encantar também.
comentários(0)comente



Flavia.Borges 23/07/2023

Livro essencial para se pensar o conflito e aproximação entre as gerações. Traz de maneira única e muito atual o que se renova e o que fica obsoleto, a não existência de uma verdade, ultrapassada pelo novo, etc.
comentários(0)comente



365 encontrados | exibindo 91 a 106
7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 |