Pais e filhos

Pais e filhos Ivan Turguêniev




Resenhas - Pais e Filhos


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Livinha 07/09/2021

Mais um russo ??
Ivan Turguêniev escreveu tal obra na década de 1860. Mesmo período em que a história russa do século XIX acelerou as relações capitalistas e o tsar declarara, por fim, a servidão - que era bem parecido com o regime escravo.

Assim, houve revoltas/rebeliões que iam contra as autoridades e instituições oficiais. Ivan, então, escreve sobre o niilismo (termo que, inclusive, tomou conhecimento em maior escala a partir de tal obra) e conta a história de cada geração e como a tal percebe-se influente em suas transgeracionalidades.

Muito (muito) bem escrito e história super fluida. Recomendo (e também recomendo entender o contexto histórico de cada obra russa, para realmente compreender a obra).
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arthur966 29/11/2021

por que, mesmo quando experimentamos um prazer, com uma música, com uma noite agradável, com uma conversa entre pessoas simpáticas, por que tudo isso parece antes uma alusão a alguma felicidade ilimitada, que existe não se sabe onde, do que uma felicidade real, ou seja, aquela que nós mesmo desfrutamos?
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Everton Gonçalves 09/02/2024

A obra Pais e Filhos, de Ivan Turguêniev, foi publicada entre o final de 1860-1862, num momento histórico de muita convulsão social, política e econômica na Rússia. Nessa data, sob o governo do Czar Nicolau I, foi decretado à abolição da servidão (regime em que os camponeses eram propriedades dos senhores de terra) e fundado o movimento Terra e Liberdade (organização política secreta) cujos intelectuais russos deliberavam sobre os objetivos das ações de violência contra as autoridades e as instituições oficiais da autocracia.
É considerada a principal obra do autor, cuja prosa romanceada mostra cenas do cotidiano dos mujiques, que eram camponeses russos, obrigados a prestar obediência aos proprietários de terras sem direito a nada.
O livro Pais e Filhos, destacou-se por dar ampla circulação ao conceito niilista, popularizando o termo. Segundo Turguêniev, o niilista é uma pessoa que não se curva a nenhuma autoridade, e não admite nenhum princípio conceitual sem provas ou aplicações concretas. Nesta obra, o niilista é encarnado pelo protagonista Bazaróv. Através dele, Ivan Turgueniev expressa esse novo princípio/sintoma que mal começava a aparecer na história. A intenção do autor foi investigar em termos literários, um novo quadro social novo que irrompia explosivamente.
Como o nome sugere, o livro reflete o tão repetido conflito de gerações entre os pais e os filhos. Na obra, entre as cenas, podemos presenciar dois personagens centrais, pai e filho, (Nicoláu Pietróvitch e Arkádi) que se enfrentam nas típicas discussões de família entre as refeições, devido às experiências de vida diferentes, bem como Bazaróv e Pavel (Tio de Arkádi). Esses debates à mesa, são um reflexo do contraste entre valores da elite aristocrática e esse novo princípio que surgia.
Bazaróv simboliza um personagem que instiga e provoca, porque que nega as autoridades, não acredita na medicina, não dá nenhuma importância aos esforços da filosofia e poesia, e critica quem ‘perde tempo’ com essas leituras. Mesmo sendo um ser fictício, sua personificação da forma de encarar a vida sem princípios e seu modo de pensar (niilismo) influenciou de tal forma os leitores da época, que o próprio autor chegou a ser acusado pelas autoridades, como incentivador das revoluções, ações de violência e incêndios criminosos ocorridos, na ocasião, em São Petersburgo.
A obra é belíssima, profunda e trágica. Apresenta as contradições da vida, mostrando que a vida sempre se destaca com relação às teorias e ideologias. O amor é uma força vital que derruba teorias, fazendo repensar muitas questões.
Certamente Bazárov ocupa o lugar central no romance e nos instiga seja para amá-lo ou odiá-lo, e até mesmo compadecer-se com sua vida e destino. Vale muito a pena!
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Marcelo H S Picoli 02/04/2020

Literatura russa de excelente qualidade!
E quando os filhos voltam para casa e seus ideais já não são mais os mesmos dos seus pais?
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Luciano498 21/03/2024

Casos de Família
Pais e filhos é evidentemente uma novela que lembra o programa Casos de Família, sim o do SBT da Cristina Rocha.

Mas antes de continuar essa resenha, uma dica importante, você precisa entender o contexto da época. Isso é extremamente importante para a obra fazer sentido para você. Caso o contrário, não dará o verdadeiro ímpeto aos temas focados pelos nossos protagonistas.

Voltando: A trama é envolvente, há muitos laços que não se sabe ao certo de serão desfeitos ou não e seguimos com leves plots twists que vão dando mais sabor às histórias dos personagens.

Em resumos é uma fofocaiada de família. Uma delícia por sinal.
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Heley 16/10/2021

Choque de gerações
Pais e filhos foi o meu segundo contato com a literatura russa. Diferentemente do primeiro ( O mestre e Margarida), a escrita de Turguêniev é simples e de fácil compreensão. O livro traz a história do jovem Arkádi retornando para casa após anos na Universidade, levando consigo o amigo e mentor, Bazaróv ( considero a figura central do livro). A obra gira em torno do conflito de gerações, pois Bazaróv se proclama niilista (despreza qualquer tipo de autoridade) e acaba desagradando o pai e tio de Arkádi.
De cara não gostei de Bazárov, achei arrogante e desrespeitosa a forma no qual ele defende suas idéias e despreza a do próximo. Porém, li uma resenha que trouxe a seguinte reflexão: "quem, em algum momento na vida não foi um Bazárov?! Jovem, revolucionário, antagônico a todo pilar de tradição e autoridade". Concordei!
Acredito que sempre devemos respeitar todos que vieram e lutaram antes de nós. Apoio o diálogo e a troca de idéias, desde que haja respeito de ambas as partes. Não senti esse respeito por parte de Bazárov, e a relação dele com os pais me dava agonia.
O livro é maravilhoso, o autor lhe prende nos diálogos, por mais simples que seja. Como é uma obra muito conhecida e elogiada, criei MUITA expectativa, o que acredito ser ruim, pois eu sempre esperava algo mais. Mas isso não diminui a beleza da obra. Super recomendo!
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Ibercson 24/03/2021

Gosto
Definitivamente não é um livro que estará na lista dos melhores livros que já li, mas não é ruim.
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DIRCE 29/03/2017

Como nossos pais.
“Pais e Filhos” contribuiu para que eu me apaixonasse ainda mais pela literatura russa. Não poderia ser diferente. Ivan Turguêniev – o escritor- ao contrário de grande parte dos escritores oitocentistas, se utiliza de uma narrativa “econômica” (meu exemplar tem apenas 242 páginas), para criar um obra notável de impressionante abrangência, pois lançando mão da transformação social ( fim do regime de servidão – huumm..., sei ) e econômica , nos mostra o surgimento de novos comportamentos , pensamentos e aspirações e, atrelado a essas mudanças , aborda o nada original conflito das gerações. Digo nada original, pois sabemos que o conflito entre pais e filhos existe desde que o mundo é mundo.
Em se tratando de “ Pais e Filhos” ao falamos em conflitos, automaticamente surge às nossas cabeças a figura do rebelde Bazaróv – é ele o “rebelde” mor do Turguêniev . Bazarov é um niilista , que tem como “discípulo” o jovem Árcadio e , ao “conhecer” esses dois jovens , me vejo obrigada a dizer : muito triste ser um niilista, pelo menos o niilista retratado por Turguêniev. Esse niilista despreza a crença, qualquer fonte de prazer: música, arte, sentimentos , até o fascínio que a natureza provoca , e é contrário a obediência à qualquer instituição.
O conservadorismo, a geração dos “quadradinhos” são representados pelo simpático e cativante Nicolau e pelo não tão simpático Paviel - pai e tio do Árcadio . Contrapondo esses “quadradinhos” eis que surge a emancipada Ana Serguêivna que “derrete” o coração de pedra do Bazarov.
Nutro grande rejeição pelas narrativas constituídas de travessões, porém foi por meio dessa pontuação non grata que conheci o olhar humano que Turguêniev deitava sobre os mujiques, percebi que , na verdade, ele não morria de amores pelo niilismo e que não há nada melhor que uma belíssima música do século XX ( a do Belchior ) para definir os pensamentos, ações dos jovens do século IX e ,quiçá , as anteriores e posteriores a esse século: (...)Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo que fizemos,ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”.
Mais um clássico que me permitiu uma leitura enriquecedora e gratificante.

Wagner 06/08/2017minha estante
Excelente, caríssima Dirce. Um belíssimo domingo.




ELCi 28/08/2021

Pais e Filhos
Primeiro escritor Russo, primeiro livro. Ótima experiência, uma leitura simples,mas muito tocante. Amizade, familia, conflito de geraç?es, amadurecimento, uma leitura incrível. Vou continuar buscando escritores Russos.
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Sabrina 29/05/2022

Leitura que demorou pra engrenar, apesar de muito bem escrito, com descrições exímias dos personagens, cenários e locais. Se passa numa Rússia que caminhava para o fim do regime de servidão, conforme pode se observar nos diálogos entre os personagens. Achei Bazárov um chato, achei o abismo retratado intergerações um exagero. Os pais, geração com forte influência da filosofia e idealização romântica sobre como a arte, cultura, natureza refletem na vida dos indivíduos e os filhos uma geração que nega poderes vigentes, autoridades e com ideais progressistas - niilistas, que rejeitam os princípios paternos. E no fim, o amor permeando todas as relações e colocando a prova convicções. Vale a leitura, mas foi arrastado? acho que as expectativas eram altas demais.
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biancaaguiarrl 18/08/2021

Grande Turguêniev!
Adorei a leitura, muito fluída e simples, o Turguêniev é um romancista gigante. É uma grande crítica ao niilismo em forma de prosa literária, sendo muito bem percebida nos relacionamentos interpessoais dos personagens, nos diálogos e no choque de gerações, dado num momento de grande ruptura entre o passado e a modernidade na Rússia czarista. Fantástico e clássico.
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boemillys 02/08/2021

Conflituoso (?)
O livro constrói uma narrativa sólida e imparcial sobre o eterno conflito de gerações, presente independentemente da época. Não achei tão envolvente quanto o outro livro - nenhum personagem me cativou -, mas me agrada bastante a escrita do autor.
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Fabio.Nunes 31/10/2023

Obra-prima
Pais e filhos - Ivan Turguêniev
Editora: Cia das letras, 2019

Obra-prima!
Pronto. É isso.

Para quem acha que literatura russa é só Tolstói e Dostoiévski, tá aí uma prova de que não (ainda que existam outras).

Em Pais e Filhos Turguêniev nos apresenta oposições ligadas por laços de amor.
Uma obra que trata de forma inteligente e perspicaz o conflito entre a geração de 1840 (aristocrática, formal, liberal-conservadora, religiosa) com a geração jovem de 1860 (materialista e niilista, portanto alheia a princípios de toda a ordem e à autoridade), reproduzindo com maestria essa época histórica na Rússia do século XIX.

A despeito do que possa parecer, os conflitos na obra não são tratados de forma maniqueísta nem estereotipada. Existe uma complexidade e profundidade em todos os personagens que representam cada lado desse conflito. E isso é algo extraordinário!
Turguêniev cria personagens tão completos com tão poucas palavras que a gente pensa que pode tocá-los.

Uma leitura prazerosa do início ao fim e que me deixou um vazio ao acabar.
Max 31/10/2023minha estante
Um dos meus favoritos deste ano!
Resenha perfeita, Fábio! ?


Fabio.Nunes 01/11/2023minha estante
Obrigado! O livro realmente é bom demais.




jota 30/09/2011

Pais e filhos, amigos e amantes
Rússia, anos de 1860: um país atrasado, preso a uma economia agrária e feudal. A sociedade russa dividida entre aqueles favoráveis à ocidentalização e os defensores da tradição e continuidade.

Num tal cenário político como pano de fundo, durante o verão, Arkadi, jovem graduado visita a propriedade do pai, Nicolai Pietrovitch. Acompanha-o o amigo Bazarov, estudante de ciências naturais, mais ou menos o equivalente a um médico de província então.

Bazarov causa certo desconforto ao pai - mas principalmente ao tio de Arkadi, Pavel - ambos tradicionalistas, pois não reconhece nenhuma autoridade e tampouco aceita qualquer princípio sem provas. É, o que se chama, um niilista: não se enquadra em nenhum daqueles dois grupos divergentes.

O atrito entre Bazarov e Pavel, no entanto, muito mais do que no campo político, vai se desenvolver no plano emocional, evoluindo para um duelo bizarro - um dos pontos altos do romance, sem dúvida. Diálogos primorosos são trocados entre os dois homens.

Sim, também há mulheres nesta história, claro. Destaque para a sedutora viúva Odintsova, Katia, sua irmã, Fienitchka, concubina de Nicolai Pietrovitch, Arina, a mãe de Bazarov. Mas os personagens que levam a trama à frente são mesmo tios e amigos. E pais e filhos.

Ao fim, exceto por um personagem importante, entre os feridos e as feridas salvam-se todos. Pois nas histórias de Ivan Turgueniev acima das desavenças e lutas costumam pairar a amabilidade e a elegância. Não à toa, quase todo mundo nesta história gasta bem o seu francês. Oui.

Porque aprecio muito a literatura russa do século XIX, porque alguns capítulos são admiráveis (ou impagáveis, como o do duelo entre Bazarov e Pavel) ou demais comoventes (os finais), pela narrativa fluente de Turgueniev, só posso avaliar este clássico com cinco estrelas, não menos.

Lido entre 24 e 30.09.2011.

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Juh Lira 08/04/2021

Prosa encantadora
Turgueniêv tem uma prosa que é fluída de acompanhar. Confesso que o final me pegou de surpresa e é um romance que foge do convencional. O conflito de geração não é completamente resolvido, permanecendo no ar muitas coisas ainda para se pensar muito tempo depois que você termina o livro...
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