A estepe

A estepe Anton Tchekhov




Resenhas - A Estepe


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Andre.28 19/12/2020

Sentimentos que passeiam pela estepe russa
Resenha completa no blog e uma versão no perfil literário no instagram. [Links abaixo]

Blog: osmoseliteraria.blogspot.com/2020/12/sentimentos-que-passeiam-pela-estepe.html?m=1

Instagram: instagram.com/p/CI-4JTpjodg/?igshid=skc2ogci0qs9
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Cinara... 12/03/2021

"... não se sabe por que, os pensamentos e a alma se fundem na consciência da solidão. "

De repente me bate uma nostalgia do que não vivi, viajar por uma estepe coberta de grama sentido o cheiro do mato!
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Van Apocalipse 30/01/2023

Esse foi meu primeiro contato com Tchekhov e não poderia esperar tanto de um livro! Que obra!!!
Com enredo super simples, Tchekhov explora cada diálogo, cada cena, cada personagem - e que personagens!!- de maneira magistral e com delicadeza ímpar. Amei a narrativa e posso afirmar que já quero ler tudo que esse homem escreveu.
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Vinícius 12/03/2023

A história de uma jornada
A estepe que introduziu a narrativa longa na carreira de Anton Tchékhov, retrata viajem pela estepe do jovem estudante Iegóruchka, o comerciante Ivan Ivánitch e o padre Khristofor Siríiski, prior da igreja de São Nicolau, durante a viajem entre paisagens bucólicas e personagens peculiares o jovem Iegóruchka tem contato com a vida social, de negócios e mais variados comportamentos dos seus parceiros de viagem e dos demais personagens da história. Livro de leitura fluida mas nada comprado a Tolstoi e Dostoiévski.
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Joao.Gabriel 02/01/2022

Livro maravilhoso! Tchekhov consegue fazer uma narrativa maravilhosa logo na sua estréia dentro de um texto longo. As descrições que ele dá são perfeitas, beiram o fantástico! Você vai lendo, e de repente se dá conta de que o narrador só estava falando do raio ou da grama.
E o melhor: não tem descrição exagerada.

Apesar disso, não tem muito diálogo, então quem está acostumado com essa narrativa pode não gostar tanto em um primeiro momento
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Milena.Berbel 23/10/2022

Me senti totalmente embalada pela história dessa viagem feita por Iegóruchka, testemunhando os tantos detalhes observados atentamente por ele ao longo dessa aparentemente interminável jornada, bem como as reflexões, sensações e reações geradas por tudo aquilo que se apresentava a ele. Tão jovem e tão sensível ao mundo ao seu redor.

E após concluída a leitura, senti que o longo trajeto pela estepe que o jovem percorre, de carroça, pela primeira vez longe da segurança do seu lar e de sua mãe para poder estudar em uma cidade maior, se assemelha ao caminho que trilhamos ao longo da nossa vida, sem saber o que ou quem encontraremos no percurso, e como iremos lidar com o desconhecido. Afinal, chegamos e partimos desse mundo sozinhos, e há experiências ao longo da vida que inevitavelmente teremos que enfrentar sozinhos, por nós mesmos. Quer nos sintamos prontos ou não, a vida nos leva e ainda que o desconhecido às vezes nos assuste, quase sempre será ele que nos fará crescer, amadurecer.

Por fim, com a última frase dessa história, "E que vida seria aquela?", a tal vida nova e desconhecida que agora começava pra Iegóruchka, penso que Tchékhov questionava: entre tantos tipos que cruzaram o caminho desse garoto, que destino caberia a ele? Ou ainda, que destino seria possível a ele?
Alê | @alexandrejjr 25/10/2022minha estante
Belíssimo texto, Milena! Obrigado por compartilhar com outros leitores, gostei muito do paralelo que tu traçasse.


Milena.Berbel 25/10/2022minha estante
Obrigada! Fico feliz que tenha gostado ;-)




Marcelo Rissi 02/02/2021

A estepe (Anton Tchékov)
Encerrei, há alguns dias, a quarta leitura de 2021: ?A estepe?, do consagrado escritor russo Anton Tchekhov. Após maturar as ideias por curto espaço de tempo ? ao longo de alguns dias ?, lancei-me à tarefa, que ora realizo, de elaborar um texto ? uma resenha, talvez ? sobre essa obra de beleza ímpar. Faço-o, porém, de forma sucinta (tentarei, ao menos), visando a aprimorar a concisão, objetivo recentemente autoproposto.

O russo Anton Tchekhov (1860-1904) ? que atuou como médico, escritor e dramaturgo ? publicou ?A estepe? em 1888, obra que inaugurou a sucessão de narrativas mais longas do autor. Antes, o escritor já havia construído, com sucesso, extensa produção literária, desenvolvida até então, porém, na forma de contos mais curtos e sucintos.

A produção literária do autor coincide, aproximadamente, com o período de publicação de consagrados romances de seus compatriotas russos, a exemplo de ?Os Irmãos Karamazov? (1881), de Dostoiévski, e ?Anna Karênina?, de Tolstói (1877), apenas para citar algumas publicações da época.

A profícua produção literária russa, notadamente do século XIX, é marcantemente caracterizada pelas ações de impacto, pelas tramas e pelos enredos complexos e intrincados que abriam canal, expressa ou implicitamente, a reflexões e aprofundamentos filosóficos, políticos, psicológicos e sociais.

Tchekhov, seguindo direcionamento oposto, desenvolveu estilística própria, não coincidente com essa tendência presente à época. As narrativas do autor, norteadas pela concisão, não se caracterizavam, no geral, pela densidão e pela extrema erudição. Primavam, sobretudo, pela beleza estética ? quase poética ? da narrativa e pela prodigalidade e elegância nas descrições, objetivo que o autor alcançou com incomparável nível de excelência. Não à toa, Tchekhov pertence à categoria dos grandes escritores mundiais, titulando a autoria de indisputáveis obras clássicas.

Em ?A estepe?, o autor desenvolveu uma narrativa alinhada à sua estilística peculiar, moldada às características já mencionadas. A obra em questão é relativamente curta ? a edição que possuo, da editora ?Penguin?, contém aproximadamente 120 (cento e vinte páginas) ? e descreve a história de uma viagem por uma estepe. É esse, em síntese, o tema central da ficção, que, assim, não à toa, recebeu o subtítulo ?História de uma viagem?.

Apenas para consignar uma breve síntese: o garoto Iegóruchka, criança, é o personagem central. Por iniciativa da mãe, Iegóruchka foi agraciado com a oportunidade de estudar num bom colégio, situado, porém, em localidade distante. A fim de viabilizar, então, os estudos, Iegóruchka inicia, ainda criança, uma viagem de alguns dias pela estepe, rumo a uma nova vida, longe da família e de sua cidade de origem. Iegóruchka é acompanhado, na oportunidade, pelo tio Ivan Ivanitch e pelo padre Kristofor, ambos comerciantes (que, na oportunidade, realizavam uma viagem de negócios), e pelo cocheiro Deniska, que conduzia a charrete, meio de transporte utilizado ao longo da viagem pela estepe.

A narrativa desenvolve-se, essencialmente, nesse cenário e nessas condições. Não há, em ?A estepe?, um enredo complexamente intrincado, com grandes aprofundamentos e tramas a partir de longas digressões. Tampouco assim o objetivou o autor, porém. Afinal, conforme adequadamente observado na sinopse do livro (escrita pelo tradutor Rubens Figueiredo), o desafio de Tchekhov, em ?A estepe?, ?era escrever uma narrativa sem enredo, sem heróis, sem outra crise que não um resfriado que o menino Iegóruchka pega na viagem. Uma narrativa sem aventuras e ações de impacto, senão aquelas presentes, de forma indireta, nas histórias meio inventadas que os carroceiros da estepe contaram para Iegóruchka?.

Equivoca-se, porém, quem porventura conclua, apressadamente, a partir desses breves apontamentos, que ?A estepe? encerra obra pedante e enfadonha. Como já afirmado, Tchekhov lançou-se ao peculiar desafio de escrever uma narrativa sem enredo, mas que, ao seu turno, primava pela beleza descritiva, em tons praticamente poéticos. Fazendo-o com incomparáveis maestria e sublimidade, o autor alcançou resultado ímpar, colocando-o, não por acaso, na categoria dos grandes escritores mundiais, fato evidentemente impulsionado por obras como ?A estepe?.

Tchekhov possuía aquele dom ? raro talento ? de, operando com as palavras, inserir o leitor na narrativa. As descrições, em ?A estepe?, foram desenvolvidas com tamanha elegância e minúcia, que o leitor é capaz enxergar os cenários, sentir o olfato dos ambientes e dos aromas retratados, o paladar das refeições, as oscilações das temperaturas, os sobressaltos das intempéries e assim por diante.

A obra em questão, porém, não é apenas rica em descrições objetivas (de lugares, de paisagens, de cenários, de sensações olfativas etc.). ?A estepe? é, igualmente, pródiga no desenvolvimento do íntimo dos personagens, expondo, após perscrutação interior, suas reflexões, seus pensamentos e seus sentimentos (tais como solidão, medos, incertezas, angústias, tristezas e inseguranças), usualmente manifestados nos solilóquios (especialmente de Iegóruchka, criança sobre quem se abatem, usualmente, diversos sentimentos conflituosos internos, claramente provocados por tantas mudanças e incertezas e, especialmente, pela necessidade de tantas e tão bruscas adaptações desde tão tenra idade).

Para citar um momento de íntima reflexão que expõe manifestação de intensa solidão, um dos solilóquios contidos na obra foi assim descrito pelo autor, com a beleza lapidar que dá o tom de ?A estepe?: ?Quando contemplamos o céu profundo por muito tempo sem desviar os olhos, não se sabe por que, os pensamentos e a alma se fundem na consciência da solidão. Começamos a nos sentir irremediavelmente sós e tudo que antes achávamos próximo e familiar se torna infinitamente distante e sem valor. As estrelas, que miram do céu há milhares de anos, o próprio céu insondável e a escuridão se mostram indiferentes à vida breve dos homens e oprimem nossa alma com seu silêncio, quando acontece de ficarmos cara a cara com eles e tentamos alcançar seu sentido; então, nos vem ao pensamento a solidão que aguarda cada um de nós na sepultura e a essência da vida parece misteriosa, assustadora...?.

?A estepe?, porém, não se junge apenas à abordagem descritiva de uma viagem (seja no aspecto externo do transcurso, seja sob o viés da interioridade dos personagens). Há outras questões de fundo que, conquanto não explícitas, oportunizam algumas reflexões pertinentes, ao menos a partir das entrelinhas.

Cite-se, a propósito, a situação de miserabilidade e de extrema vulnerabilidade social e econômica que se abate sobre algumas famílias russas (fato que, evidentemente, não se limita à realidade daquele período e local). Esse aspecto é evidenciado a partir da condição de alguns dos personagens (inclusive, e especialmente, daqueles que surgiram brevemente ao longo da narrativa nas residências visitadas por Iegóruchka).

A relativização da importância do ensino de qualidade e das atividades intelectuais é outro assunto que, igualmente, oportuniza debates importantes acerca da necessidade de escolarização infantil. Isto porque, em alguns diálogos, Ivan Ivanitch manifestou expressa insatisfação com o fato de que Iegóruchka, guinado aos estudos e à vida acadêmica por influência da mãe, não atuaria no comércio conjuntamente com seus familiares (o que, na visão obnubilada daquele personagem ? Ivan Ivanitch ?, seria prejudicial à família, em termos de retorno financeiro).

O precoce amadurecimento experimentado por Iegóruchka, impulsionado pelas circunstâncias (notadamente pela necessidade de deixar a residência materna, ainda criança, para fins de estudos em cidade que lhe era nova, distante e estranha) é outro ponto que também confere azo a importantes reflexões e a ponderação de valores (por vezes inconciliáveis): de um lado, a necessária escolarização da criança, mediante oferta de ensino de qualidade (o que, no contexto da narrativa, era inviável na cidade de origem de Iegóruchka); e, de outro, o direito da criança ao crescimento e ao desenvolvimento no âmbito da família próxima (o que, no contexto da narrativa, também era inviável, já que, na cidade para onde Iegóruchka foi levado, ele não possuía familiares, parentes próximos ou remotos, amigos ou mesmo conhecidos).

Em suma, ?A estepe? conjuga, com maestria e excelência, a habilidade do autor em desenvolver uma narrativa pródiga em descrições, interiores e exteriores, de personagens (tendo, como ?pano de fundo?, uma viagem por uma estepe) com precisas incursões, ainda que implícitas nas entrelinhas, de questões ? sobretudo sociais ? abertas a importantes reflexões atemporais. Considero-a, portanto, e por todos esses motivos, obra altamente recomendável.
Débora 03/02/2021minha estante
Que análise primorosa, Marcelo! Suas ricas colocações realmente foram empregadas com precisão para descrever características desse consagrado escritor russo e, como pude notar, tão presentes nessa obra. Escritor esse que passei, há tão pouco tempo, a conhecer e amar. "A Estepe" vai para a minha fila. Resenha linda, merecedora de 5 estrelas!


Marcelo Rissi 03/02/2021minha estante
Débora, você é sempre tão gentil. Estou realmente lisonjeado com as suas palavras! De verdade. Muito obrigado pelo feedback!!

Eu também gostei muito desse livro. Depois, por favor, me conte o que você achou.

Garimpando, hoje pela manhã, a biblioteca do meu saudoso pai, eu encontrei, pelo menos, mais duas obras do autor: "As três irmãs" e "O assassinato e outros contos". Já entraram para "a fila" aqui! rs! Já leu algum desses? Se sim, o que você achou?


Débora 03/02/2021minha estante
Imagina, Marcelo!
Nossa, que tesouro vc encontrou! Não os li, Marcelo, aos poucos eu chego lá...rsrsrs




Francisco240 13/03/2023

Estava sem inspiração Pra escrever resenha mas vou colocar as resenhas em dia!
Irei escrever as resenhas que faltam rsrsrs
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Phelip 20/12/2020

Russos sendo russos
A geração do Dostoiévski dispensa apresentações, a história é baseada num protagonista criança que a despeito de ser narrada em terceira pessoa consegue exprimir os desafios da vida de um garoto que está longe de casa.
No meio das esperanças de sua família que o envia para estudar longe de casa o garoto encontra-se sem poder de decidir, é levado pelo caminho da estepe e conhece diversos tipos que de tão bem caracterizados parecem personagens reais. A história parece uma autobiografia pela verosimilhança de todos os personagens. A descrição dos ambientes e da paisagem não se resume a descrição pela descrição, mas cria o contexto para os sentimentos e para abordagem psicológica (antes mesmo da criação da psicologia).

Como sempre genial
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Carol 10/08/2021

Um livro bem tranquilo de se ler, com linguagem bem fluida. O livro conta a viagem de Iegóruchka, uma criança que sai de sua cidade para estudar em outra cidade, pois sua mãe quer uma vida melhor para ele. No trajeto, nos deparamos com outro protagonista: a estepe. Tchekhov nos leva a uma viagem pelas estepes russas.
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Gabriela.Rossi 13/06/2023

A estepe
Sob minha perspectiva, o livro possui uma temática simples e através das palavras umas descrições muito poéticas. Gostei da experiência de ler o autor, porém o livro não me cativou tanto.
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Maria Clara Mendes 23/02/2021

Que livro lindo!
A Estepe - Anton Tchékhov

A estepe é meu primeiro contato com Tchékhov e já me impressionei bastante com a forma que ele aprofunda a narrativa em tão poucas páginas.

O livro vai narrar a história de uma viagem de charrete pela estepe russa, onde três homens se encarregam de levar um menino para o seu novo lar.

É bem interessante como o autor consegue ambientar cada momento e lugar da viagem, além de despertar sentimentos de uma forma como se estivéssemos juntos na viagem.

O mais interessante no livro, e acrediro que é o ponto chave, é que a gente vai vendo a transformação do garoto ao longo do tempo e da viagem. A forma como ele vai encarando os mais diversos sentimentos ao se deparar com medos, descobertas, pessoas e ambientes.

É tão curto o livro, cerca de 136 páginas, porém tão bem escrito e construído que da a impressão que é mais longo. O final da um leve aperto no peito.

Achei que valeu muito a pena essa leitura.
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Carol 11/10/2021

Impressões da Carol
Livro: A estepe {1888}
Autor: Anton Tchékhov {Rússia, 1860-1904}
Tradução: Rubens Figueiredo
Editora: Companhia das Letras
144p.

Não gosto de ler livros cujo protagonista seja uma criança, pois costumam descambar para a síndrome da criança gênio, insuportável. O que, felizmente, não é o caso do incrível "A estepe" e de seu protagonista Iegóruchka.

Tchékhov consegue expressar toda a ansiedade, receio e insegurança que um menino, com nove anos, afastado de sua mãe e enviado a uma viagem pela estepe russa rumo a uma cidade desconhecida para continuar seus estudos, sentiria numa situação dessas.

Iegóruchka é um personagem adorável. Na imensidão da estepe, ele se adapta e se orienta, é uma criança esperta e crível para sua idade. Por meio do seu olhar, temos um retrato dessa Rússia que vê com nostalgia um passado mitificado e vê, com desconfiança, o que virá. Nos perdemos na imensidão dessa estepe que é vivificada, é passagem, é ruptura e parte essencial do seu amadurecimento.

É Iegóruchka quem alinhava os personagens que percorrem a estepe: o afetuoso Padre Khristofor e o tio Kuzmitchóv - seus companheiros no início da jornada - o misterioso Varlámov, o apaixonado Konstantin e, finalmente, o comboio de mujiques, Pantelei, Emelian, Vássia, Dímov e Kiriukha.

?É muito difícil pensar num autor com uma escrita tão bonita, tão concisa e tão apaziguadora quanto Tchékhov. Lê-lo é ser transportado a outro tempo, é ser levado à reflexão. Como nesse trecho:

"Quando contemplamos o céu profundo por muito tempo sem desviar os olhos, não se sabe por que, os pensamentos e a alma se fundem na consciência da solidão. Começamos a nos sentir irremediavelmente sós e tudo que antes achávamos próximo e familiar se torna infinitamente distante e sem valor. As estrelas, que miram do céu há milhares de anos, o próprio céu insondável e a escuridão se mostram indiferentes à vida breve dos homens e oprimem nossa alma com seu silêncio, quando? acontece de ficarmos cara a cara com eles e tentamos alcançar seu sentido". p. 85.

Li "A estepe" para o Clube do Livro Russo e foi daquelas leituras unânimes. Indico com fervor. Deem uma chance a Tchékhov.
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Julia 10/02/2020

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"Enquanto comiam, todos conversavam. Daquela conversa, Iegóruchka entendeu que seus novos conhecidos, apesar das diferenças de idade e personalidade, tinham uma coisa em comum que os tornava parecidos: todos tinham um passado maravilhoso e um presente ruim; sobre o passado, todos, sem exceção, falavam com entusiasmo; já, sobre o presente, se exprimiam quase com desprezo. O russo ama recordar, mas não ama viver; Iegóruchka ainda não sabia disso e, antes de toda a papa ser devorada, ele já estava profundamente convencido de que, em redor da panela, estavam pessoas ultrajadas e maltratadas pelo destino." (p. 83)

Livro curto e simples, trata-se de um relato de uma viagem, como o subtítulo já anuncia. A narrativa se compõe da descrição de paisagens e personagens presentes no percurso, criando um retrato interessante da estepe, sem ser monótono. A leitura é envolvente, daquelas que te prende até o fim do livro. Muito bom!
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paidocris 17/02/2022

uma pintura com cores de escrita
Tchekhov impressiona com seu jeito ácido de crítica,desenvolvendo a paisagem ao redor dos personagens.Uma viagem atravessando a estepe russa à charrete, desbravando a natureza junto com o humano.O fim da antiga história do protagonista,dando luz à outra.Ficamos na torcida para seu bem estar,tendo acompanhado suas enfermidades.Na boca,o querer mais da paisagem e sua beleza.Agora, só nos resta a dúvida:Quem será o próximo embarcando nessa grande estepe?
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