Resenhas - K.

Juliana 18/06/2022

K
A história de um pai em busca da filha desaparecida. São várias perspectivas que ajudam o leitor a entender o sentimento desse pai e do contexto histórico da ditadura cívico-militar brasileira.

soutatyrs 17/06/2022

Perturbador
Que livro!!! Um livro necessário para que sempre lembremos dos horrores da ditadura!!
Acompanhamos K. , um pai judeu que viveu os horrores da guerra, em busca de sua filha, presa política!
Que possamos sempre lembrar, ler e nunca esquecer dessas vidas q foram ?desaparecidas? !

leiturasdabiaprado 17/06/2022

Que livro necessário, em tempos onde vemos pessoas pedindo intervenção militar, onde vemos vozes falando bem da ditadura e um fascismo ressurgindo dos porões...
Um livro que mostra a dor de um pai, um sobrevivente do Holocausto, que perde a filha jovem para a ditadura, uma professora universitária, doutora em química que é "desaparecida" com o marido...
As famílias procuram notícias, procuram relatos das prisões, das mortes... e tudo o que recebem é uma sucessão de respostas de que não, eles não foram presos pelo governo...
A ditadura mata, a ditadura destrói famílias, a ditadura é um dos episódios mais sangrentos da nossa história, não podemos nunca esquecer disso!
O Brasil também tem o seu porão fedido na história e é nosso dever lutar sempre por democracia, liberdade e respeito aos direitos humanos!
Somos um Estado Democrático de Direito e aqui não cabe fascismo e nem ditadura!

Dani.Landim 17/06/2022

Tudo nesse livro é invenção, mas quase tudo aconteceu!
O livro exige uma leitura cuidadosa e com bastante atenção, pois apesar de ficção é relacionado com um período histórico do nosso país.

Após a leitura, fiquei refletindo sobre como, apesar de tantos registros da existência da ditadura no Brasil, seja na literatura, na música, documentos históricos, livros didáticos, vítimas, familiares dos desaparecidos? ainda existem pessoas que desejam e defendem a volta desse regime.

Acho inexplicável! ?????

mclaport 17/06/2022

Poderia ser eu
Muito bom. O autor transmite muito bem as sensações e todas as nuances dolorosas e quase inimagináveis de viver o desaparecimento de alguém.
A realidade de 50 anos atrás não nos parece nem um pouco distante, o que torna tudo muito assustador.

Num ponto específico do livro que diz dos opressores, e da forma que agiam para também confundir e torturar as familias, para além dos presos, me lembrou o que vivemos essa semana com as informações desencontradas sobre Dom e Bruno. Ainda parecem agir da mesma forma.

O livro deixa o gosto amargo de que o Brasil não sabe condenar seus monstros nem lidar com sua própria história. No fim fica a sensação terrível de que a desaparecida, ou a família que chora uma morte incerta, poderia ser eu. Ou talvez ainda possa vir a ser.

Renata.Mieko 16/06/2022

Nossa!!!! Que leitura maravilhosa... Uma obra de um período tão horroroso do Brasil. Uma história inventada, mas que certamente quase tudo aconteceu.

Rodrigo 16/06/2022

Leitura indispensável
Não é um livro fácil de ser lido, pois causa muito desconforto, uma agonia indescritível com as dores do protagonista e sua interminável busca pela filha "desaparecida", ou mais precisamente, sequestrada, torturada, assassinada, pelos militares adeptos do regime ditatorial.

O livro é escrito a partir das memórias desse pai, e por isso a cada capítulo há uma alternância no tempo histórico em que ele é narrado. O livro é quase autobiográfico, já que Kucinski é o filho do protagonista, irmão da desaparecida.

Livro muito recomendado, extremamente necessário para o período que vivemos atualmente, muito marcado por revisionismos históricos. Leitura indispensável em escolas, e principalmente em escolas militares.

Lilo 16/06/2022

Excelente!
Capítulos curtos, fragmentados e com diferentes formas literárias, como monólogos, cartas, narração onisciente, documentos e outros. Amei. Texto fluído construindo um ótimo quebra-cabeça com fragmentos de memórias.

Alessandra.Lantimant 15/06/2022

?Embora cada história de vida seja única, todo sobrevivente sofre em algum grau o mal da melancolia.?

Sabrina 15/06/2022

K. é um livro forte demais que relata a procura de um pai por sua filha, desaparecida durante a ditadura militar brasileira. Quanta angustia, quanto desespero nessas páginas. O nosso passado recente é tão dolorido, tão revoltante! Deveria ser leitura obrigatória a todo cidadão para que jamais isso se repita. É preciso conhecer a nossa história e repudiá-la, ditadura nunca mais.

silbreiemo 14/06/2022

Difícil
Destruidor. A angústia ultrapassa as páginas e nos alcança de forma brutal. Uma dor profunda, mas necessária. Uma memória que precisa ser resgatada sempre. Maravilhoso!

Gabi F. 13/06/2022

?Impressionante, reflete K., entidades tão respeitáveis, tão poderosas, entidades humanitárias, e precisam agir às escondidas como se fossem malfeitores; parece que até eles tem medo de serem desaparecidos. É como se esses fascínoras que desaparecem pessoas estivessem em toda parte. Até na América, terra da liberdade.?

Ro Tonks 13/06/2022

Importante relato da Ditadura
O livro de Kucinski é um importante relato de um quadro da ditadura brasileira e os desaparecidos que nunca tiveram sua justiça feita. Com um enredo breve e escrita objetiva, Kucinski escreve sob a visão de seu pai que perdeu a filha para a ditadura brasileira. Apesar de ter alguns pontos confusos que poderiam ter sido melhor refletidos e algumas outras observações - como uma análise um tanto quanto positiva demais sobre a organização de aniquilações por parte dos nazistas (não acredito que eles tiveram mapeados todos os seus mortos) - o livro de Kucinski é daqueles que todo povo brasileiro deveria ler por conta da grande e importante memória nacional.

Matt 13/06/2022

Dolorido e necessário
Kucinski nos guia pela história do desaparecimento de Ana Rosa de forma magistral. Uma leitura fluida e prazerosa, porém, dolorosa.
O livro se trata de autoficção, mas não deixa de ser extremamente verdadeiro. Verdadeiro perante a história de centenas de desaparecidos políticos e seus familiares. Esses que "foram desaparecidos" por um regime ditatorial até hoje encoberto e por criminosos até hoje impunes.
Impossível terminar essa leitura sem um amargo no paladar.