K.

K. Bernardo Kucinski
Bernardo Kucinski




Resenhas - K.


210 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |


Mariana 11/07/2022

K
Adorei a leitura, tema de grande interesse e mesmo apesar de ser pesado o autor teve a leveza ao escrever. Leitura fluida e que levanta questionamentos sobre esse episódio da história do nosso Brasil, que foi a ditadura militar.

"...à luz da doutrina da guerra psicológica adversa. Nessa modalidade de guerra, confundir o inimigo com mentiras é um recurso legítimo; equivalente às cortinas de fumaça da guerra convencional."
Página 74
comentários(0)comente



Bielzin 16/12/2022

Destrutivo
Você ler e toda a atmosfera, a construção, a manipulação, o desespero...todo vai escalando até você não notar que ela não voltará, que K. Luta uma batalha maior do que ele esperava lutar, mas tão devastadora que só terá frutos anos depois, mesmo que isso seja apenas para a memória dele da lembrança do que foi e era sua filha.

K., que livro! Pesado, triste, precisamente certeiro em como foi o passado do Brasil, um passado que ainda marca atualmente. Admito que K. está na lista dos melhores livros que já li esse ano.

Um livro que deveria ser preciso de todos lerem, curtinho, mas gigantesco.
Se possível, recomendo para ontem a leitura desse livro. Sim, no passado. Para entender esse futuro-presente.
comentários(0)comente



mclaport 17/06/2022

Poderia ser eu
Muito bom. O autor transmite muito bem as sensações e todas as nuances dolorosas e quase inimagináveis de viver o desaparecimento de alguém.
A realidade de 50 anos atrás não nos parece nem um pouco distante, o que torna tudo muito assustador.

Num ponto específico do livro que diz dos opressores, e da forma que agiam para também confundir e torturar as familias, para além dos presos, me lembrou o que vivemos essa semana com as informações desencontradas sobre Dom e Bruno. Ainda parecem agir da mesma forma.

O livro deixa o gosto amargo de que o Brasil não sabe condenar seus monstros nem lidar com sua própria história. No fim fica a sensação terrível de que a desaparecida, ou a família que chora uma morte incerta, poderia ser eu. Ou talvez ainda possa vir a ser.
comentários(0)comente



Wilza.Alves 06/01/2023

Uma leitura necessária para todos os brasileiros, principalmente para os que tem o costume de inferiorizar nossos próprios tempos sombrios. Agora falando da escrita, acho que o autor poderia ter contado a história de modo mais dinâmico, embora seja um livro pequeno, não é rápido de ser lido. Sem dúvida vale a pena ser lido, na verdade é uma leitura obrigatória, precisamos urgentemente conhecer mais sobre nossa própria história.
comentários(0)comente



Diego Vertu @outro_livro_lido 30/04/2023

A ditadura nua e crua
K. Conta a história de um pai que busca o paradeiro de sua filha durante os anos da ditadura militar. Descententes de judeus e professor de Iídiche, a língua dos judeus da Europa oriental, K. Faz algumas comparações do regime nazista com a ditadura militar brasileira.
.
É um livro que choca o leitor, como já é falado logo no início, que o Brasil sofre um mal de Alzhaimer quando se fala dos horrores da ditadura militar, nos traz a reflexão de quanto ainda homenageamos sanguinários da ditadura em nome de logradouros. Vemos também o amor incansável do pai na procura de sua filha. Meu ponto negativo foi em como a história é contada, queria ter ficado mais imerso nela, acho que o autor se atrapalha um pouco, mas o enredo a realidade que a obra traz é, sem dúvidas, indiscutível.
comentários(0)comente



Clara1121 20/04/2020

Se tratando deste período da história brasileira, K. retrata as angústias de um pai de modo que me deixou extremamente tocada. Leitura incrível.
comentários(0)comente



Rodrigo 16/06/2022

Leitura indispensável
Não é um livro fácil de ser lido, pois causa muito desconforto, uma agonia indescritível com as dores do protagonista e sua interminável busca pela filha "desaparecida", ou mais precisamente, sequestrada, torturada, assassinada, pelos militares adeptos do regime ditatorial.

O livro é escrito a partir das memórias desse pai, e por isso a cada capítulo há uma alternância no tempo histórico em que ele é narrado. O livro é quase autobiográfico, já que Kucinski é o filho do protagonista, irmão da desaparecida.

Livro muito recomendado, extremamente necessário para o período que vivemos atualmente, muito marcado por revisionismos históricos. Leitura indispensável em escolas, e principalmente em escolas militares.
DANILÃO1505 16/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




rdrg 19/06/2022

O nome do protagonista/narrador é...
... K. Apenas isso.
Porque aqui não importa o nome dele, mas a história dele. A memória do que foi o sofrimento de perder uma pessoa tão querida como uma filha. De perder parte da vida fugindo de uma guerra, da intolerância e da repressão ditatorial.
O livro toca em um ponto fundamental da sociedade brasileira e sua "memória" a curto prazo, ou, seletiva: esquecer é uma forma de impunidade.
O ambiente da estória, parte ficcional e parte biográfica, é caracterizado por uma família que emigrou por causa da perseguição aos judeus na época da 2ª Guerra Mundial. Um pai perde sua filha, doutora e professora na USP, para o sumidouro de pessoas que foi a perseguição, tortura, morte e apagamento proporcionado pela Ditarua Militar brasileira.
É uma sequência dolorosa acompanhar a narrativa, mas é uma sequência necessária.
Afinal, nunca houve uma real recuperação da democracia, nunca houve uma punição própria ou digna aos responsáveis por essa tragédia e nunca houve a conclusão do luto de milhares de pessoas que foram consumidas e descartadas nesse golpe horroroso.
Se tiverem a possibilidade, leiam essa obra, e busquem não esquecer o que foi um dia para evitar a repetição do que custamos a sobreviver.
comentários(0)comente



Renata.Mieko 16/06/2022

Nossa!!!! Que leitura maravilhosa... Uma obra de um período tão horroroso do Brasil. Uma história inventada, mas que certamente quase tudo aconteceu.
comentários(0)comente



Alessandra.Lantimant 15/06/2022

?Embora cada história de vida seja única, todo sobrevivente sofre em algum grau o mal da melancolia.?
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Lusia.Nicolino 08/07/2022

Melancólico e necessário
Uma narrativa arrastada não por estilo, mas pelo conteúdo. Nem autor nem leitor querem que termine porque não há nada no fim. E o percurso é de sofrimento, de desesperança, uma teia de meias verdades. Uma meia verdade é uma mentira inteira. Nada se esclarece, tudo é vazio e ponto de partida para um lamento. E o que mais se pode dizer da busca de um pai por sua filha desaparecida durante os anos de chumbo? Não podemos fingir que não existiu. É preciso ler, é preciso refletir, é preciso proteger o presente e o futuro com obras que não deixam o passado descansar. Porque ele não merece descanso.

Quote: "É como se as cartas tivessem a intenção oculta de impedir que sua memória na nossa memória descanse; como se além de nos haverem negado a terapia do luto, pela supressão do seu corpo morto, o carteiro fosse um Dybbuk (na mitologia judaica, uma alma insatisfeita), sua alma em desassossego, a nos apontar culpas e omissões. Como se além da morte desnecessária quisessem estragar a vida necessária, esta que não cessa e que nos demandam nossos filhos e netos."


site: https://www.facebook.com/lunicolinole https://www.instagram.com/lu_nicolino_le
comentários(0)comente



Sabrina 15/06/2022

K. é um livro forte demais que relata a procura de um pai por sua filha, desaparecida durante a ditadura militar brasileira. Quanta angustia, quanto desespero nessas páginas. O nosso passado recente é tão dolorido, tão revoltante! Deveria ser leitura obrigatória a todo cidadão para que jamais isso se repita. É preciso conhecer a nossa história e repudiá-la, ditadura nunca mais.
comentários(0)comente



Zelinha.Rossi 06/06/2022

?Tudo neste livro é invenção, mas quase tudo aconteceu?
Neste livro, Bernardo Kucinsky escreve sobre o desaparecimento da tia que ele não conheceu, a professora universitária Ana Rosa, durante os anos de chumbo da ditadura militar. A história tem diferentes focos narrativos: em alguns, é narrada em terceira pessoa a incessante busca do pai do autor pela sua filha, em outros, este pai se torna narrador e, em outros ainda, as vozes são completamente distintas, como de um torturador, de sua amante, etc. Há ainda cartas, atas de reuniões, descrição de uma sessão de terapia. Tudo isso para tentar criar um mosaico do que estaria por traz do desaparecimento de Ana e de todos os outros que foram engolidos pelo horrendo sorvedouro de pessoas desta época vergonhosa (e ainda impune) de nossa história. Uma obra fenomenal que, como citado na contracapa, nos torna incapazes de interromper a leitura, mesmo conhecendo o desfecho da história; talvez porque, nas palavras da curadora Natalia Timerman, mesmo sabendo do trágico desfecho, não deixamos um minuto sequer de ter esperança.

?O pai que procura a filha desaparecida nunca desiste. Esperanças já não tem, mas não desiste.?

?Como foi possível nunca ter refletido sobre esse estranho costume dos brasileiros de homenagear bandidos e torturadores e golpistas, como se fossem herois ou benfeitores da humanidade??

?Embora cada história de vida seja única, todo sobrevivente sofre em algum grau o mal da melancolia. Por isso, não fala de suas perdas a filhos e netos; quer evitar que contraiam esse mal antes mesmo de começarem a construir suas vidas.?

?A culpa. Sempre a culpa. A culpa de não ter percebido o medo em certo olhar. De ter agido de uma forma e não de outra. De não ter feito mais. [?] No fundo a culpa de ter sobrevivido.?
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



210 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR