O Evangelho segundo Jesus Cristo

O Evangelho segundo Jesus Cristo José Saramago




Resenhas - O Evangelho Segundo Jesus Cristo


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Elisabete Bastos @betebooks 01/10/2018

Os ensinamentos religiosos
O livro de ficção de José Saramago, ateu, sobre a a vida e morte de Jesus. Uma fábula de questionamentos existencialistas: vida, pecado, amor, perdão, ou melhor da falta de perdão e religião.
Aqui, José pai adotivo de Jesus é crucificado aos 33 anos, inocente.
Existe um diálogo de Deus com Jesus, no qual explica, um pouco do mundo depois da morte de Jesus, como a Cruzada. fls. 386 e qual o papel de Jesus - " ...Alargara minha influência, a ser deus de muio mais gente. ... O de mártir, meu filho , o de vítima, que é o de melhor há para fazer espalhar uma crença e afervorar uma fé. fls. 368.
Livro de reflexão.
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Fred Ribeiro 03/09/2018

Comoção e surpresa
Livro digno de 5 estrelas! Do início ao fim senti um mesclado de comoção e surpresa. Comoção pela narrativa de Saramago e surpresa pelo que nos sempre foi ensinado pela versão da Igreja Católica. Livro não indicado à beatos e fanáticos religiosos.Mas uma coisa me perguntei: Como um Saramago ateu foi tão detalhista nos axiomas religiosos...
Elisabete Bastos @betebooks 03/09/2018minha estante
Que resenha!!! Dá vontade de ler logo..


Fred Ribeiro 03/09/2018minha estante
Recomendo!




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José 28/08/2018minha estante
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Rafael Iglesias 25/06/2018

O ateu que preencheu os vazios bíblicos
Ateu, o português José Saramago escreveu “O evangelho segundo Jesus Cristo”. O livro foi publicado pela primeira vez em 1991 e reinterpreta textos da Bíblia, acompanhando a vida de Jesus e fazendo com que a fé dos leitores seja posta em prova e, aos descrentes, garantindo um belo entretenimento.

O autor, que morreu aos 87 anos em 2010, usa vazios deixados por João, Marcos, Mateus e Lucas (os quatro evangelistas “oficiais”) para criar histórias possíveis para o personagem central – filho de Deus – e aqueles que o cercam, desde o Diabo até os amigos e a família.

A história de vida, morte e ressurreição de Jesus é o como o hino do Corinthians: mesmo quem não gosta sabe tudo e em detalhes. Só que, tão acostumados à divindade do Filho, esquecemos que ele era a forma humana de Deus. Por isso, é nesse caminho que seguimos, ao lado do autor.

Comecemos pela gravidez de Maria, que é anunciada por um anjo bem peculiar, que aparece vestido de mendigo a pedir comida na casa da família e deixa uma tigela em agradecimento. Esse objeto estará presente até a última página da história.

Leia a completa no blog.

site: https://reticenciajornalistica.com/2018/06/25/resenha-o-evangelho-segundo-jesus-cristo-de-jose-saramago/
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Murilo.Araujo 23/06/2018

Jesus, mais um homem levado ao engano
Acostumamo-nos com a figura divina de Jesus Cristo. Mesmo que condenemos e contestemos as crenças cristãs, por sermos desde crianças coagidos a ver a figura do nazareno como símbolo de amor, bondade e, principalmente, de sacralidade, podemos até nos dizer ateus, mas raramente iremos imaginar Jesus de outra forma se não a partir dessas categorias. Quer dizer, até nos depararmos com O Evangelho Segundo Jesus Cristo.
José Saramago nessa obra parte do pressuposto de que Jesus era tão humano quanto eu que escrevo essa resenha e você quem a lê. Jesus veio do sexo, Jesus foi um adolescente chato, Jesus tinha tesão, Jesus ficava bravo, Jesus mentia, Jesus foi homem e morreu (sem ressuscitar). Mas o ponto que o autor quer atingir é o de que arrogância e egoísmo são fatores inerentes na formação do ideal divino judaico cristão e Saramago deixa isso claro da primeira página até a última, reforçando cada vez mais com o desenrolar da história. Essa mensagem tem seu ápice no diálogo que envolve Jesus, Deus e o Diabo, com certeza um dos maiores momentos da literatura ocidental (compartilho da opinião de Tatiana Feltrin e digo que nunca li nada que possa se comparar a esse momento). Não darei detalhes sobre esse capítulo do livro, mas tenho que registrar que concordo com o Diabo quando ele diz que é preciso ser-se Deus para gostar tanto de sangue.
Além disso, é um enredo de contestação. Não faltam espaços nesse livro para críticas ao machismo; à xenofobia; aos valores morais; ao poder político, religioso e econômico; e tudo isso flui com uma naturalidade que só o marido de Pilar del Rio podia nos dar. Livros contemporâneos sobre distopias, por exemplo, que tentam abordar essas mesmas temáticas, muitas vezes acabam forçando elementos que prejudicam a fluência do texto para atingir esse fim, o que me leva a dizer que todo autor que se preze e busca escrever sobre tais assuntos em seus livros deve ler o Evangelho Segundo Jesus Cristo.
Não podemos deixar de abordar aquilo que é mais marcante quando se trata de José Saramago: Sua estética e escrita. A escrita de Saramago é realmente desafiadora. Creio que se fizesse contato com esse livro há uns três anos atrás o tom dessa resenha seria bem diferente. O traço de oralidade que ele tenta implicar à sua escrita usando de pouca pontuação e parágrafos longos às vezes nos deixa ofegantes, porém, essa técnica me levou a emergir na leitura de tal maneira que parecia que o texto era uma coautoria minha com o autor. Me senti integrante do processo de produção do livro mesmo ele tendo sido escrito 9 anos do meu nascimento. Já as escolhas de palavras dele é poética, elas tem sonoridade, elas se combinam para dar fluência harmônica ao texto fazendo eu considerar este como um dos livros mais lindos que já li. Muito peculiar também é a descrição minuciosa que é feita nas páginas desse reconto da história, tornando indubitável que o autor investigou com muito afinco a geografia de onde se passou os feitos de Jesus, o que fará concordarmos, no mínimo, que ela não é apenas cenário na história e, no máximo, que podemos considerá-la como personagem em certas passagens.
Saramago é um gênio, isso fica claro e devemos nos orgulhar, enquanto integrantes da língua portuguesa, de termos ele no olimpo da nossa literatura. Com O Evangelho Segundo Jesus Cristo, ele deixa-nos claro que a religião cristã nos leva ao engano, ao preconceito, à prepotência e geralmente, à morte em defesa de algo totalmente especulativo que parece ser cada vez mais irreal. E essa conclusão é tirada pelo próprio filho de Deus (ou do homem?)
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Túlio Demian 28/05/2018

"Um Deus e seus demônios" - Uma breve leitura de O Evangelho Segundo Jesus Cristo de José Saramago.
Os dejetos humanos são insuflados nas figuras de suas divindades. A perfeição utópica do espírito dos homens não ecoa na configuração daquilo que lhe é supremo, absoluto, onipresente. Esta obra revela, de maneira chocante- por aquebrantar as cápsulas humanas de autoproteção e egocentrismo- o que existe de pior em um deus comprometido com os valores mundanos de sua própria configuração. Não se poderia esperar uma confecção mais humana de um Messias sem a aproximação daquele que lhe enviou. Cito, para facilitar a comparação, os inúmeros semideuses mitológicos que serviam aos anseios, desejos e vícios de seus criadores. Esses deuses eram puras alegorias de sentimentos humanos que flanavam entre a nobreza do amor e a grotesca inveja. Deuses que brincavam com os humanos e, vez ou outra, infiltravam entre estes suas marionetes veladas. Jesus é uma marionete de um ser tirano e assustadoramente autoritário, capaz de destruir toda a humanidade apenas para atender aos desejos mais mesquinhos e doentios que uma mente humana poderia criar. Nesse grande jogo de insinuações, blefes, traições e muitas humilhações existem dois polos insofríveis por se pautarem em mecanismos bem distintos: de um lado a completa ignorância, sempre salvadora e ingênua, e do outro, o mais completo autoritarismo, intransigente, característico de um humor sofrível que se pauta na tragédia alheia.
Mas entre os polos, eis que existe o Meio. “Eu sou o caminho, a verdade e a Vida” – A vida aqui é o meio, a transição, o processo de mudança, o Grande Milagre que fora criado por capricho e não por necessidade. E aqui está todo o drama de Jesus ( por vezes do próprio Diabo): Ter conhecimento do Jogo e se ver completamente impotente para mudá-lo. O romance mostra um Messias, com poder de curar, fazer milagres, mas não mudar as regras de um jogo insano.
Em “O evangelho segundo Jesus Cristo”, José Saramago nos fornece instrumentos para refletir sobre uma perspectiva diferente a respeito do sacrifício cristão e de seus algozes. E mais, do meu ponto de vista, nos oferece uma coerente justificativa para a reprodução de uma divindade unificada que, diferentemente daquilo que nos vendem as igrejas cristãs, concatena-se em si as qualidades e os defeitos antes bem distribuídos entre as divindades pagãs e até mesmo pertencentes às sociedades maternas do berço da civilização ocidental. Ao suplicar aos homens para que perdoe Deus, Jesus Cristo se torna o nosso cordeiro, aquele que sacrificamos para continuar a crer e seguir o Deus que melhor nos representa, com as características que nossa civilização, mesmo sem assumir tanto admira: Autoritário, egocêntrico, Violento, impassível e, principalmente, Vingativo.
Um livro que vale a pena cada passagem, cada parágrafo, por sua provocação e, principalmente, pela releitura contextualizada da mais importante de nossa humanidade nos últimos 2000 anos.

Ari Mascarenhas

Quer mais resenhas, visite contempoemidade.blogspot.com.br

site: http://contempoemidade.blogspot.com.br/2018/05/um-deus-e-seus-demonios.html
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Tuhã 21/04/2018

O peso da consciência
Culpa. Não há nesta releitura do Evangelho - descrita de forma brilhante por Saramago, com algumas surpresas bem interessantes na recriação da história - tema mais significado e que me trouxe maior reflexão do que a culpa, a qual permeia todo o texto.

Apesar dos personagens intrigantes, da história de Cristo modificada e mostrando seu lado humano, da representação um tanto controversa de Deus e do Diabo, a reflexão moral sobre a culpa dos homens, passando de pai para filho, que me encantou ao longo do texto.

Este sentimento descrito por Saramago é muito mais interno que externo, tão diverso do que estamos acostumados, em que apontar é ordem e refletir é exceção. A doutrina moral cristã da culpa (pecado) foi muito bem capturada nesta releitura. Apesar de não ter me engajado em todos os momentos do livro, este com certeza é um livrão imperdível.
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Isabel.Souza 31/03/2018

Mais humano menos divino.
É preciso tomar fôlego antes de começar a falar qualquer coisa sobre esse livro. Enfim, terminei essa leitura que foi uma das melhores que eu já fiz na vida. Saramago tem fama de ser difícil, de causar desconforto e medo nos leitores, não sei vocês, mas essas características são as que mais chamam a minha atenção quando eu vou ler um livro. Quando eu li Lolita entrei com esse mesmo medo e expectativa, não sabia se conseguiria entender alguma coisa, no entanto, me esforcei e consegui concluir uma das melhores leituras de 2017. Faço este paralelo entre Nabokov e Saramago porque são duas leituras, que mesmo abordando temas muito diferentes, trazem grandes desafios ao leitor: a escrita, o tema polêmico, o incômodo com certas situações, basicamente são livros que possuem aquele velho dilema: ame ou odeie. O que temos aqui em “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” pode ser absurdo para muitos, mas, na minha opinião é mais uma forma de contar uma história que já foi contada repetidas vezes nesses tantos anos por várias crenças e culturas. O que Saramago faz é dar uma carga muito mais humana do que divina para a figura de Jesus Cristo, vai contar desde a concepção até a hora da morte deste personagem que é um dos mais conhecido na história da humanidade. Mesmo se tratando de uma interpretação, Saramago se baseia nos acontecimentos descritos na bíblia, alguns com fidelidade outros com alterações e também criações hora de preencher algumas ausências do enredo bíblico. Com diálogos primordiais e personagens incríveis vamos acompanhar toda a trajetória de Jesus, seus encontros e decepções, as quais também provocam no leitor reflexões sobre a consolidação da religião e da própria humanidade na sua necessidade de busca por um sentido que é, grande parte das vezes, atrelada a figura do divino/divindade. A figura de Deus e do Diabo também são recorrentes à uma inversão de valores que dispõem uma presença muito crítica da perspectiva do autor e que é muito, mas muito interessante. Um daqueles livros que tira o leitor da zona de conforto para confrontá-lo e instigar o questionamento, Saramago é um autor que não escreveu para leitores tranquilos, o intuído de suas obras é mexer com a cabeça do leitor e por você à pensar sobre as coisas. Se eu quero ler tudo que esse homem já escreveu? Claro que sim! E depois de tudo isso você ainda não estiver convencido a dar uma chance para esse livro magnifico, não sei o que pode te convencer.
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Silvana (@delivroemlivro) 31/03/2018

O cordeiro
"Jesus ergueu-se e saiu. A caminho da porta por onde tinha entrado, parou e olhou para trás. A coluna de fumo dos sacrifícios subia a direito para o céu e ia dissipar-se e desaparecer nas alturas, como se a aspirassem os gigantescos foles do pulmão de Deus."


Ao recontar com particular engenhosidade, criatividade, coerência e lucidez uma história familiar a quase todo ser humano, Saramago nos presenteia com uma literatura de primeiríssima qualidade. Sim, trata-se de uma crítica à "história oficial", mas nem de longe é um ataque raivoso, desrespeitoso. Paira, acima de tudo uma compreensão da natureza e das limitações humanas diante do poder, das motivações de um ser com poderes supremos, não humanos. Esse ser superior que se comporta como um menino que cutuca um formigueiro com um galho, por brincadeira, por tédio, por simples vontade, porque pode.

Durante a leitura fica claro que para Saramago religião é sinônimo de poder. E nenhum poder pode ser inocente. Não é! Há um encontro em um barco, no meio do mar durante um estranho nevoeiro que deixa isso bastante claro. Nesse barco estão Jesus, Deus e o seu contrário (o personagem mais interessante do livro, um velho conhecido de Deus e de Jesus). Conversam e ficamos sabendo seus papéis, suas motivações, suas fraquezas, ambições e indiferenças. Esse encontro é a parte mais espetacular do livro, e durou quarenta dias...

Essa reunião antecipa e sela o destino de Jesus, já firmado em um evento que acontece anos antes e envolve esses três personagens e uma escolha sobre o destino de um certo cordeiro. O final... bem, conhecemos o final. Ou melhor não conhecemos o final: Saramago consegue nos surpreender sem alterar quase nada do que já sabemos, do que que está escrito há milênios. Mas esse "quase nada" muda tudo! E aí nos deparamos, estupefatos, extasiados, com um dos melhores desfechos que a literatura já produziu.


"(...) o instante veio e passou, o tempo leva-nos até onde uma memória se inventa, foi assim, não foi assim, tudo é o que dissermos que foi."
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Blabius 29/03/2018

a história de jesus escrita por um ateu
que livro bão demais da conta. o jeito que ele descreve, os comentários, as críticas, as sátiras, as analogias e links com os tempos de hoje. Ler a história de Jesus escrita por um ateu faz a gente ter pensamentos contraditórios como: ter amor ao próximo e ódio a um Deus que não existe....vale cada palavra ;)
Debora.Ferreira 22/09/2018minha estante
Oh não... É bão mas tu deste zero estrelas! ?




Grace @arteaoseuredor 14/03/2018

Achei um dos mais difíceis que li de Saramago até agora, ótimo como todos, geralmente a leitura de seus livros é mais difícil porque não tem travessões e você tem que perceber quem está falando o quê. É só acostumar e você não consegue parar de ler. Esse é basicamente a história do nascimento até a morte de Jesus, de uma forma bem diferente, mostrando o lado mais humano, como se antes de Jesus ser filho de Deus, ele era um homem comum, com desejos e frustrações. Fala um pouco como os costumes eram, principalmente em relação as mulheres. O narrador de vez em quando interage com o leitor e te arranca sorrisos, os diálogos são ótimos, um dos que mais gostei foi o de Jesus com Deus e o Diabo, entendo porque a Igreja não gostou, mas gostei bastante.
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Well 11/03/2018

A controversa vida de Jesus, pelo evangelho de Saramago
Uma das obras mais prestigiadas de José Saramago, este é o primeiro livro que dele leio. Foi escrito em 1975 e recebido com grande controvérsia por parte do público e da crítica. Mas suponho que essa tenha sido a intenção.
Escrito de forma diferenciada, onde não se encontram certos sinais de marcação literária como travessão ou aspas ao indicar a fala de um personagem, que estaríamos acostumados. Tudo é basicamente separado por vírgulas, pontos de continuação e pontos finais. Curioso, pois requer uma dose de dedicação do leitor, afinal nada é entregue de bandeja.

A trama, é aquela conhecida por todos, a história de Cristo contada em um evangelho próprio da sua jornada. O narrador, como um observador quase onisciente, nos mostra uma retrospectiva com a crucificação de Jesus, para logo partir para o cotidiano de Maria e José. Tudo está lá.. O anúncio do anjo, a manjedoura, os três magos, os rituais judaicos da época e etc. Porém, tudo isso é mostrado com outros detalhes acrescentados pelo autor ou, como nos faz refletir, omitidos da Bíblia. Um misterioso personagem tbem cerca a vida de Jesus desde seu nascimento.

A sensibilidade ao narrar o interior de Maria, José e Jesus criança e adolescente (aquela parte que a Bíblia não conta, aqui conta-se e é mto interessante) é de um profundo conhecimento do ser humano, que Jesus o era. As dezenas de palavras oriundas do português de Portugal (qual o autor não permitiu nenhuma "adaptação") fornece um caráter literário belo e riquíssimo. As vezes sendo necessária uma visita ao dicionário, mas nada que prejudique a leitura.
Com suas frases longas, faz o leitor reler muitas delas, porém encontramos pérolas como essa: "(...)afinal a ausência é também uma morte, a única e importante diferença é a esperança." (pág. 159). E muitas outras que nos fazem mergulhar num fluxo agradável de leitura.

Recomendado para quem não tem uma férrea crença no cristianismo ou ao menos possua uma mente aberta para entender todas as intenções de Saramago, que mesmo sendo ateu, não fere, não julga e não discrimina nada em relação à religião. A Bíblia como um livro escrito por humanos e Jesus como um humano entre os homens, é de se suspeitar que alguns erros possam ter cometidos.
Lindamente escrito, de profundo conhecimento bíblico e da alma humana, Saramago fez um dos mais belos livros que já li.
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Suerllen 09/03/2018

Um turbilhão de sentimentos...
Antes de mais nada, devo dizer que sou Cristão Católico, mas não vejo nenhum problema em obras como "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" que trazem um lado mais "humano" de JC.

Este foi um dos livros que eu talvez tenha lido com maior expectativa. Muito elogiado e aclamado. Mas devo confessar que o inicio me decepcionou um pouco, achei a narrativa um pouco lenta, mas foi uma mal necessário para servir de base para todo o livro.

Do meio para o fim do livro, ele se torna de uma sensibilidade e de uma perfeição que fico sem palavras. Desde o momento em que Jesus tem o seu primeiro encontro com o "Pastor", até os seus primeiros milagres no mar e por fim a sua crucificação, não há como não ficar maravilhado com a história e a humanização de Jesus, com todos os seus medos, erros, tristezas e alegrias.

Esta é uma obra indispensável para os leitores ávidos por boas histórias. Recomendo!
Priscilla Teles 09/03/2018minha estante
Você escreve muito bem. Obrigada por expôr sua visão, po ser católica eu estava com receio de ler esse livro. Agora, não mais


Suerllen 09/03/2018minha estante
Valeu, Priscilla. Vale a pena!




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Tiago675 25/12/2017

Então é Natal...
Minha história com Saramago está ligada à religião. Foi em um culto em junho de 2010 que ouvi seu nome pela primeira vez, aquele blasfemo, diziam, havia morrido. Passariam meses até que eu conseguiria ler o misterioso blasfemo português. Ensaio Sobre a Cegueira foi o primeiro de muitos e, finalmente, chego ao mais polêmico; ao livro proibido que até a minha professora de Literatura fez questão de não recomendar. Lido agora não é tão blasfemo assim e, de certa forma, é até um belo reconto da história de Cristo, bem humano como nós, mas ainda Filho de Deus. A história é de conhecimento de todos, mas vale a pena a ler sob a irônica narrativa de Saramago.
Vitor Pitta 26/12/2017minha estante
O blasfemo de um é o sacro de outrem


Tiago675 26/12/2017minha estante
Exatamente!


Ana Sandra 18/07/2018minha estante
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