Relato de um náufrago

Relato de um náufrago Gabriel García Márquez




Resenhas - Relato de um Náufrago


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Lucas 03/03/2022

Relatos depois da fama
Relatos de um naufrágio conta a história de um marinheiro colombiano que passou 10 dias à deriva em bote.
O navio de guerra colombiano foi aos Estados Unidos para ser consertado, e enquanto to estava a ser reparado a tripulação vivia a vida em Mobile, no sul dos EUA. Antes de iniciarem a viagem de volta, os marinheiros vão ao cinema assistir a um filme que relata a história de um tempestade em alto mar. Os latino americanos ficam, principalmente o personagem principal, com um temor de voltar a navegar. Este medo irá se concretizar.
O navio está repleto dd máquinas de lavar, estufas, rádios entre outros produtos comprados por eles para levarem à Colômbia, este será o motivo de o navio sofrer um pequena turbulência e lançar alguns de seus membros em alto mar.
Apenas um de seus membros foi capaz de se segurar numa balça flutuante, os demais não. Sem suprimentos e sem orientação, fica 10 dias à deriva, até finalmente chegar à Colômbia e ser condecorado como um herói pelo feito.
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maria 27/02/2022

eu sempre tive problema com histórias reais mas realmente aproveitei a leitura desse livro. apesar de ser originalmente uma reportagem, acho que transita perfeitamente entre o real e o fantástico com uma ótima escolha de abordagem e estilo, tornando a história magnética.
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Luna 14/02/2022

Eu amei demais!
A leitura fluiu bastante. Li em 2 dias, sendo que só não foi em 1 pq não tive tempo.
Tive uma clara visão de tudo o que ele estava passando e teve todo tipo de emoção por aqui, ainda mais por ser uma história real.
E, como é dito no próprio livro, é até difícil acreditar que tudo isso realmente aconteceu.
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Steph.Mostav 04/02/2022

Reportagem a quatro mãos
"Algumas pessoas me dizem que esta história é uma invenção fantástica. Eu lhes pergunto: Então, o que eu fiz durante dez dias no mar?"

'Relato de um Náufrago que esteve à deriva numa balsa salva-vidas por 10 dias sem alimento ou água, foi proclamado um herói nacional, beijado por rainhas de beleza, feito rico com a publicidade, e então rejeitado pelo governo e esquecido para sempre' é uma reportagem assinada por Gabo, mas na verdade escrita em primeira pessoa pelo envolvido nessa aventura: Luis Alejandro Velasco. O final sabemos de antemão, assim como o início, então o que interessa no relato são as dificuldades que ele enfrentou nestes dez dias que passou no mar, depois de cair do destroier que fazia o trajeto dos EUA à Colômbia. Velasco sabe conduzir bem a narrativa verídica de suas dificuldades no nível mais básico: a fome, a sede, as queimaduras de sol, a luta pela sobrevivência, os delírios. É basicamente o conflito entre o homem e a natureza e, embora saibamos de antemão que o homem sobrevive, durante vários momentos nos questionamos como ele vai escapar com vida de tantas adversidades. Além disso, sua história expôs uma evidência da corrupção da ditadura colombiana da época, já que, ao contrário do divulgado oficialmente, o destroier não enfrentou uma tempestade, e sim transportava excesso de carga através de contrabando. Apesar de bem contada, a história real de Velasco não é tão bem escrita quanto seria pelas mãos de Gabo, porém imprime mais veracidade ao ser narrada pelo próprio náufrago.
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thaiscdb 23/01/2022

A imensidão do mar
Ao acompanhar a trajetória do único sobrevivente do naufrágio, senti que o Mar é a própria vida.
As vezes ficamos perdidos, apenas garantindo nossa sobrevivência, mesmo que dolorosa.
E no limite da vida e da morte temos que escolher, vale a pena ir para terra firme ou é preferível deixar o Mar nos levar?
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Paula.Juca 14/01/2022

Leitura de tirar o fôlego
Acompanhar a jornada desse náufrago nos desperta muitas questões humanas e acima de tudo sobre humana. Lutar pela sobrevivência muitas vezes vai além da própria compreensão de quem luta, mesmo que esse já tenha perdido a fé e a esperança em situações como a que viveu Velasco se manter vivo é mais fácil que a própria morte. É um livro reportagem e eu não confio nesse tipo de relato, mas não posso deixar de dizer que Gabo nos envolve com sua escrita e você não quer largar até chegar na última página.
Recomendo!
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Alini10 11/01/2022

A narrativa consegue transmitir a angústia pela qual o náufrago retratado sofreu. Mas de forma geral o livro não me envolveu tanto, somente nos 3 ou 4 últimos capítulos, mas com um final que parece ter deixado algo faltando. Essa percepção pode ser por desconhecimento da forma de escrita do autor porque foi o primeiro que li.
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filipetv 29/10/2021

Em 1955, García Márquez trabalhava como repórter do jornal bogotano "El Espectador". Em fevereiro desse ano, o destróier Caldas da marinha colombiana havia naufragado no mar do Caribe devido a uma tempestade durante o percurso entre Mobile, Alabama, onde estava recebendo reparos, e Cartagena. Todos os marinheiros morreram, a não ser um deles, Luis Alejandro Velasco, que ficou à deriva durante dez dias em uma balsa.

Após chegar semimorto ao litoral de Urabá, no norte da Colômbia, o náufrago recebeu cuidados no Hospital Naval e, ao se recuperar, tornou-se uma verdadeira celebridade, contando sua aventura no rádio e na TV e fazendo publicidade. Quando a história parecia esgotada, Guillermo Cano, diretor do "El Espectador", sugeriu que García Márquez entrevistasse o marinheiro.

Durante 20 sessões de seis horas (embora o biógrafo Gerald Martín afirme em "Gabriel García Márquez: Uma Vida" que foram 14 sessões), o náufrago relatou ao então repórter os dez dias que passou lutando contra a fome, a sede, o calor, os tubarões e as alucinações em uma balsa cujo destino ele não fazia ideia. No fim das contas, acabou revelando que não houve tempestade alguma e que o naufrágio foi causado pelo peso dos eletrodomésticos contrabandeados pela marinha, o que enfureceu a ditadura que governava o país.8

A série de textos fez tanto sucesso que alavancou a publicação e "A Revoada", o primeiro romance de García Márquez. Em 1970, aproveitando a fama do autor, os 14 fascículos foram reunidos no livro do qual faço a resenha aqui.

Voltando a 1955, o governo autoritário de Rojas Pinilla desmentiu a história e passou a perseguir o jornal. Por precaução, afinal a Colômbia passava pelo período conhecido como "La Violencia", García Márquez foi enviado como correspondente à Europa e, em janeiro de 1956, o jornal foi fechado pela ditadura.

O mais interessante desse livro é como García Márquez  tornou uma história que tinha tudo para ser entediante em uma aventura magnética, dosando perfeitamente os momentos de tensão com os de calmaria, trazendo o leitor para dentro da balsa de Velasco e dando fortes indícios de que era muito mais escritor do que repórter.
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Douglas 12/09/2021

Ótima história, onde se sente angustiado e com sede durante toda a sua leitura, juntamente com náufrago, protagonista e narrador dessa história.

Quando, ao final , ele diz que "meu heroísmo consistiu em não me deixar morrer", não podemos deixar de pensar no quão variáveis são as noções do que é ser um herói. Tudo depende do contexto e do contador da história.

Mas, no mais, é um bom livro, rápido e de leitura agradável, que conseguir ler numa tarde calorenta.

Aconselho sua leitura!
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Cíntia.Coelho 27/08/2021

Realidade ficcional
Relato de um náufrago é uma mistura de crônica jornalística, relato pessoal e literatura que tem como produto final uma narrativa envolvente e emocionante. Narrado em primeira pessoa, o livro apresenta a luta pela vida em meio à solidão e à vastidão do oceano. Há trechos bem realistas, nos quais o leitor não consegue mensurar a capacidade do protagonista em ser tão resistente em meio aos sofrimentos físicos e emocionais. Um livro curtinho (apenas 140 páginas) mas com uma carga reflexiva enorme que comprova mais uma vez a maestria do maior nome da literatura latino-americana.
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Marcus.Vinicius 28/07/2021

A face jornalística de Gabo
Esse é o primeiro livro jornalístico que leio do grande Gabriel García Marquez, e a experiência não poderia ser melhor.

Quando ainda era um jovem repórter do jornal "El Espectador", nos idos de 1955, Gabo foi incumbido de entrevistar e publicar a história de Luís Alexandre Velasco, marinheiro do destróier colombiano "Caldas" que, por conta de um acidente, foi lançado ao mar com mais 7 tripulantes. Velasco foi o único sobrevivente, e ficou à deriva por 10 dias no mar caribenho até chegar à costa colombiana já semimorto, castigado pela fome e a sede.

Durante 20 encontros de 6 horas diárias, o sobrevivente narrou todas as suas agruras, desde o dia que o destróier zarpou da cidade americana de Mobile, até sua volta triunfal como mártir ao país natal.

Gostei demais do relato, tendo me conectado fortemente com Velasco, imaginando todo seu sofrimento e solidão dentro de uma balsa de salvação na imensidão do mar, privado de água, comida, sendo castigado pelo sol do dia e o frio da noite, lidando com os fantasmas de seus companheiros náufragos que não sobreviveram, e com a companhia dos pontuais tubarões, que todos os dias às 17 horas subiam a superfície para espreitar o infortunado personagem.

E, o que deixa a obra mais interessante ainda, é que se tornou instrumento de uma denúncia: diferente da narrativa oficial de que os marinheiros teriam naufragado por conta de uma tempestade que atingiu o navio, em verdade, o destróier colombiano sofreu um acidente por estar carregado com mercadorias contrabandeadas dos EUA, tais como eletrodomésticos, o que era, por óbvio, proibido. A ditadura que governava a Colômbia na época sofreu um duro golpe, o que acabou por desmistificar a lenda do marujo sobrevivente, que foi do céu ao inferno, e por render a Gabo um exílio.

Obra curta, leve, muito bem escrita. Como tudo de García Marquez, é um livro excelente!

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Marlon.Abel 21/07/2021

"Relato de um náufrago...
...que esteve dez dias à deriva
numa balsa, sem comer nem beber,
que foi proclamado herói da pátria,
beijado pelas rainhas da beleza,
enriquecido pela publicidade, e
logo abandonado pelo governo
e esquecido para sempre."

Dá para fazer um paralelo dessa história com os milhares de náufragos abandonados nas ruas e esquecidos por todos, todos os dias.
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Gabi 07/07/2021

Mediano
Mediano! O livro gera uma expectativa de final que não corresponde ao que entrega :( mas a leitura do livro não é difícil, só maçantes em determinados momentos
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Barbara.Luiza 24/06/2021

Luís Alexandre Velasco naufraga no mar do Caribe em 1955, passa dez dias em alto mar disputando com tubarões e gaivotas a pouca comida, chega em terra firme e se consagra herói.

Essa história foi publicada em 14 folhetins no El Espectador, Gabriel Garcia Marquez era ainda um jornalista desconhecido que abriu mão da assinatura dos textos, fazendo deles assim mais críveis: era o próprio náufrago que contava sua história.

O relato ganhou fãs e caiu no esquecimento, os minutos de fama um náufrago foram com certeza muito mais rápidos do que o sofrimento ao mar.

Alguns anos e um Prêmio depois esse texto ganha novo título, nova publicação e nova autoria: a do Nobel Garcia Marquez.

Apesar de, dentre as três obras lidas para o projeto e já resenhadas aqui, ser o livro menos claramente político, tudo acontece por causa de um contrabando ilegal de mercadoria que causa muitas mortes e o governo ditatorial colombiano tenta empurrar para debaixo do tapete. É mais uma disputa de narrativa entre Gabo e a mídia hegemônica.

Com todas as características que ainda viriam a se consagrar como suas o autor costura esse relato com momentos otimismo, religião e a mágica que só acontece abaixo da linha do equador.

É uma leitura fluida, com todas as características de um folhetim: ganchos nos fins de capítulo e foreshadows que nos instigam a seguir lendo até o final. Além de cenas divertidíssimas que nos fazem esquecer, mesmo que só por um instante, o horror que aguarda em terra firme: um governo autoritário que não se importa com a vida do povo.

🛶🛶🛶
Cristian 24/06/2021minha estante
ótima resenha! Adoro o Gabo :)




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