Resenhas - A Sucessora

Geovana114 28/07/2022

O livro me ganhou pela sinopse! Nunca havia lido nada do gênero e me empolguei já de início. A autora constrói muito bem toda a trama com frustração da protagonista e o cenário por trás, ao ponto que até eu mesma me senti afetada pela Alice (talvez um spoiler hihihi), porém esperava MUITO mais do final. Para um livro que fala justamente de um tormento psicológico que aparenta não ter fim o desfecho, ou solução, foi muito medíocre, até chato, senti como se toda a tensão tivesse ido embora sem mais nem menos, como se o problema desenvolvimento ao longo de vários capítulos nem fosse grande coisa.

Luisa 03/07/2022

me parece descrever muito bem o rio de janeiro da época. ponto alto desse livro realmente é a forma como carolina constrói sua personagem principal, marina, e todo o terror psicológico que a assombra. é um livro sem nenhuma grande reviravolta (inclusive gostaria que ela tivesse jogado alguma mesmo que na última página).

Brina 03/07/2022

As 200 páginas mais longas da vida rsrsrsrs
Que livro longo, arrastado, mas a história é legal. Apesar do final ser bem +/-, achei uma narrativa original.

Paula Santos 28/05/2022

Uma história gostosinha de ler!
Nesse livro a Carolina Nabuco nos apresenta Marina, uma jovem que se apaixona e se casa com Roberto, um homem viúvo de uma mulher considera incrível por muitos. Se você quer algo com muitas reviravoltas e uma montanha russa de emoções talvez esse livro não seja pra você. Achei a história bem linear sem grandes acontecimentos,  mas gostei de como a autora nos conduz pelos pensamentos de Marina, como podemos sentir seu medo de ficar à sombra da falecida esposa de Roberto, de não suprir as expectativas que depositam nela, afinal Marina era uma moça simples que vivia na fazenda e não estava acostumada aos luxos, badalações e obrigações de uma mulher da alta sociedade do Rio de Janeiro.

Confesso que esperava uma pouco mais do final. Gostaria de saber o que aconteceu na volta da viagem, se Marina realmente esqueceu a fixação pelo quadro de Alice e teve mais prazer na companhia dos novos amigos do Rio de Janeiro.

Jéssica 24/05/2022

Elegante
Carolina mostra os sentimentos de Marina, moça introspectiva, da aristocracia rural, ao ocupar o espaço deixado por Alice, mulher impetuosa, acostumada à sociedade carioca dos anos 1930.

Apesar de retratar bem a época, é atemporal pelos temas tratados (papel da mulher na sociedade, identidade brasileira, interior x litoral, racismo).

Contudo, não espere acidez ou ironia. É uma história simples, escrita de uma forma elegante. As poucas críticas são bem sutis. Lembrou-me de Jane Austen.

Também não espere romance, nem mistério. Não é a proposta da obra.

E vale a ressalva: há passagens que podem ser consideradas racistas, as quais, a meu ver, não refletem o pensamento da autora.

Luiza 02/05/2022

Foi uma leitura muito gostosa e interessante. Mergulhamos nos pensamentos e nas angústias de Marina com relação à Alice, primeira esposa de seu marido.
Para mim, A sucessora, mais do que os questionamentos, sentimentos e o psicológico de ser a segunda esposa de um viúvo, é como um retrato de dois ?Brasis? aos olhos da elite da época. Marina vem do antigo Brasil, aquele dominado por antigos senhores de terras e de escravos, que acabaram por entrar em certo declínio naquela época, e se casa com Roberto, um novo-rico, descendente de holandeses. Durante a leitura, percebi que muitos questionamentos sobre ser brasileiro, sobre se comparar com europeus e querer ser como eles (bem representados na personagem Germana) estão muito presentes. Há também um momento muito interessante em que Marina reconhece a grandeza de nosso país e quanto ele poderá ser grandioso um dia apesar da jovem história.
A única coisa de que senti falta foi uma interação maior entre Marina e Roberto. Me pareceu que ele foi só um suporte para o desenvolvimento de toda a trama psicológica.

bryanskiller 01/05/2022

Uma leitura sensível e repleta de elegância
Confesso que esperava um romance arrebatador, com reviravoltas e uma pitada de suspense psicológico. Talvez eu tenha me baseado na adaptação do Manoel Carlos para telenovela ou até mesmo nas premissas e resenhas que li sobre o livro.

De fato, o romance entre Marina e Roberto não desponta de maneira grandiosa. É morno e pouco envolvente. Contudo, nas entrelinhas, é envolto de certa sensibilidade que a autora deposita através de uma escrita fluida, instigante e com passagens bem reflexivas sobre a época em que se passa a história.

O destaque sem dúvida está na elegância com que é descrita a moda e o padrão de vida dos anos 1920/30. E sobretudo a Marina, uma personagem que está muito a frente do seu tempo. Além de sensível e inteligente, sabe se impor diante de padrões ditados por uma sociedade machista e opressora.

Lu 14/04/2022

Esperava mais.
Primeiramente, o que me fez querer ler essa obra literária foi pelo fato de, ser de uma das primeiras escitoras nacionais, e a sinopse ajudou né....

Em referência as impressões da minha leitura, achei de início a leitura muito lenta, a forma que a escritora conduziu o enredo, mas não desisti, continuei até que se tornou mais fluída.

O desenrolar da história para mim foi algo que precisava ser conduzido de uma forma melhor, ou simplesmente apostei muito na obra. Os sentimentos ao ler foi de agonia e tristeza na parte de Marina!
Uma jovem alegre de Santa Rosa se torna uma jovem que deve se moldar com padrões, costumes, hábitos e vida conforme a vontade que a sociedade e pessoas dizem, que sofre e guarda sua dor, não libera o que sente.

A conexão com Roberto foi tão insignificante, de emoções e afetos de pequena proporção, só tinha seu papel de marido, que às vezes se importava e só... Não é bem um casal impressionante.

Esperava mais!

Karoline67 12/04/2022

Adorei!
Eu amei demais a escrita de Carolina Nabuco. De verdade, acho que ela merecia mais destaque na literatura brasileira. Eu gostei da história, que é envolvente, gostosa de ouvir e de um drama psicológico refinado. Só o final que me deixou meio ???, mas não consegui pensar em outro final melhor que isso. Recomendo a leitura!

@thereader2408 04/04/2022

Alice, Rebecca e Julieta
A sucessora, Rebecca e Encarnação...o que eles têm em comum? O plot e muita polêmica. No entanto, existem outras obras que tem como enredo a história da mocinha que se casa com o viúvo rico, isso não é novidade. “A Sucessora” (1934) esteve fora de catálogo desde 1996 e foi publicado pela Editora Instante em 2018, o que deu visibilidade ao trabalho de Carolina e a polêmica que a envolve, permitindo que façamos nossa avaliação.

O livro conta a história de Marina que se apaixona por um viúvo rico, Roberto Steen, e vai morar com ele em sua mansão no Rio de Janeiro. Entretanto, o que era para ser um conto de fadas, vira um pesadelo, pois a presença da primeira esposa, a falecida Alice, é quase física. Alice está em todo lugar, na casa, nos amigos e até nos pensamentos do marido...

A obra foi bastante elogiada, mas só ficou mais conhecida com a publicação, e adaptação cinematográfica (Hitchcock, 1940), de Rebecca (1938) pela inglesa Daphne Du Maurier. Preciso salientar que até hoje Rebecca é alvo de especulações, pois além do plot ser muito parecido com "A sucessora", há algumas semelhanças nas duas histórias e muitas coincidências que envolvem a publicação do livro. É possível que Daphne tenha tido acesso A sucessora por cause de Victor Gollancz, seu editor. Foi Victor quem recebeu e rejeitou a o livro da Carolina, que sonhava ver seu livro publicado no exterior.

Victor e Daphne negaram o plágio, mas o processo veio em 1941, mas não foi a Carolina. Edwina MacDonald publicou Blind Windows em 1927, que conta a história de Wilda, que se casa com um viúvo rico, mas não se encaixa na sociedade de Nova Orleans. Segundo os herdeiros de Edwina, existiam 46 paralelismos entre as duas publicações e ainda assim não foi confirmado o plágio. O filho de Daphne afirma que sua mãe teve essa ideia devido ao ciúmes que ela tinha da primeira noiva de seu marido.

“Encarnação", de José de Alencar (1893) tem um plot semelhante, é improvável que Daphne tenha lido Encarnação, mas é possível que Carolina sim. Se foi plágio ou não, talvez nunca saberemos com certeza já que não temos prova, só convicção.

@thereader2408

Malu 20/03/2022

não tem como sair ileso de um clássico
a autora foi vítima de plágio inescrupuloso, e é muito triste que alguém tenha feito sucesso e sido recompensada no lugar dela, sem merecer. ela merecia todo o reconhecimento do mundo por essa obra

a Carolina Nabuco escreve MUITO bem. muito, mas muito bem. floreado na medida certa, muito sensível e de uma capacidade incrível de transmitir sentimentos através das palavras e das descrições, coisa muito importante em uma obra que é mais psicológica do que qualquer coisa

a premissa da história já cativa, mas a forma como o enredo desenrola e como os personagens se desenvolvem e crescem perante os problemas superam todas as expectativas (que já eram altas)

vou panfletar esse livro pro resto da vida sim

Thayna Cursino 14/03/2022

3,5 ?
Fui para esta leitura, já esperando uma historia mais "monótona", tendo em vista sua data de publicação, e realmente, o livro entregue aquilo que foi proposto para sua época.

Todavia, gostei da forma como a Mariana é retratada, e seus interesses e atitudes um pouco excêntricos para uma mulher na década de 30. Não gostei muito do desfecho da personagem, mas acho que condiz com o momento em que a história se passa.

O livro flui e não possui uma linguagem difícil. Vale a pena a experiência, mas vá para essa história sabendo que é um livro publicado em 1934.

Ratinha de Biblioteca 14/02/2022

Uma leitura diferente! É um romance romântico, mas também extremamente psicológico. Além de falar do Brasil do início do século XX e compará-lo ao Brasil Império, amos vivenciados pela autora Carolina Nabuco, filha de Joaquim Nabuco, diplomata e amigo da família real.

Bruna 09/02/2022

Este livro realmente me surpreendeu com sua fluidez. Além de não ser de difícil compreensão, a autora constrói uma trama complexa e personagens tridimensionais em poucas páginas. Ela não deixa faltar detalhes que são importantes para o andamento da trama e ignora outros detalhes menos importantes. Mas isso não faz o livro ser corrido. Ao contrário, ele é bem completo para 200 páginas. E tem um final diferente do que imaginei, mais otimista do que dá a entender o leitor de primeira vista.

Mariane 30/01/2022

Primeira lc com a Taty Leite que participo
Pulando direto pro final desse livro, não sei bem o que sentir em relação a ele, uma gravidez simplesmente ter o efeito de resolver todos os problemas e formar uma maturidade repentina em Marina não me foi muito convincente. Mas acredito que para a época esse já deveria ser o fim esperado.