A montanha mágica

A montanha mágica Thomas Mann




Resenhas - A Montanha Mágica


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SLMM 03/05/2021

Uma Obra Peculiar
Não é um livro para novatos na arte de ler. E também dificilmente se prestará a aqueles que buscam páginas emocionantes com uma estória onde virar as páginas se faz com pressa para se descobrir como uma trama, um enredo, um mistério se resolverá. Livro denso, estória lenta, onde o tempo da leitura se alinha ao tempo da estória.
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Pagliuca 05/05/2021

Coisas da Vida.
É um livro grande, longo... de uma história que poderia ter acontecido com qualquer um. Se é que boa parte dela já não tenha acontecido...
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Juluzsg 26/05/2024

E foi-se o tempo
Hans Castorp vai visitar seu primo em um sanatório (casa de tratamento de doenças respiratórias), em Davos, por três semanas, porém o caráter "mágico" da montanha o leva a passar vários anos neste local. Durante sua estadia, Hans experiência uma nova existência, longe da correria do mundo burguês, e encontra, no ambiente internacional do local, um espaço de um amplo debate, político, econômico, filosófico, que vai definir o que era a Europa antes da primeira guerra mundial.
Minha leitura foi realizada de forma pouco animada, seguindo o próprio sentimento que o livro passa, de tédio e monotonia do tempo. O que leva o livro até o final é a curiosidade por entender as relações de Hans Castorp e como determinadas discussões vão desenrolar na sua mente.
O livro desenha cenas incríveis tão belas quanto as de guerra e paz (que uso como exemplo por ter lido recentemente), mesmo que de uma forma completamente diferente.
Existem mil coisas que eu poderia falar sobre o livro, mas vou citar as três principais na minha mente hoje.
1. A bissexualidade do Hans Castorp.
É algo que você não imagina que poderia aparecer no livro, porém as relações dele com a Cláudia, transparecem outros sentimentos não ditos explicitamente, mas que são óbvios;
2. O progresso e o tempo.
É incrível como o tempo passa diferente nos dois lugares, é incrível como a cidade te obriga a uma rotina que o tempo dissolve, se torna nada, cheio de obrigações pela acumulação de capital. Hans Castorp se perde em um mundo que isso não existe;
3. A "ignorância" quanto a mudança de tempos.
Hans, e vários moradores do sanatório, viveram os últimos dias de um mundo pré primeira guerra mundial. Viveram sem perceber que era depois dali, o mundo que conheciam seria totalmente diferente. As vezes me pergunto se estou vivendo nesse mundo, onde em breve tudo se modificará.
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Rafael Bezerra 18/05/2021

Um romance de formação muito bom, porém extenso. Achei muito cansativo, mas gostei. Tenho que ler de novo devido à complexidade do livro. Um Romance sobre o tempo.
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Felipe1503 18/05/2021

Muito demais...
A montanha mágica parecia muito promissor no início. Tinha personagens interessantes, um cenário que poderia render excelentes tramas... Mas no fim das contas eu achei a história muito... "Demais". Bem arrastada... Senti que o autor tentou nos prender na história pra tentar dizer algo.
Não gosto desse modelo de novela onde os personagens ficam por várias e várias páginas divagando filosoficamente sobre determinado assunto... Não gosto porque nos tenta passar uma imagem que está havendo uma discussão, quando NÃO ESTÁ. O Autor criará uma situação para expor sua visão sempre.

Achei muito parecido com Crime e Castigo do Dostoievski e lamentei porque o fim parecia que poderia render muito mais. - Senti como se a história não tivesse uma trama central.

Afinal de contas, Hans estava ou não doente? Acho que nunca irei saber.

Me perdoem, mas foi isso que pensei.
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Carol 25/05/2021

Escalando uma montanha
Foi a impressão que tive lendo esse livro, que eu escalava a Montanha, pois é uma narrativa muito longa e muito densa, então de fato leva muito tempo e a gente sente o progresso. Me comprometi a ler 5% a cada dia de leitura, às vezes parecia que não chegava nunca e outras vezes eu nem percebia que já tinha alcançado. No geral é um livro muito bom, com uma ótima história e personagens incríveis. Mas tem algumas partes arrastadas, principalmente as que narram discussões e divagações de caráter filosófico. São interessantes, mas exigem bastante do cérebro e por isso cansam mais do que a narrativa ficcional. De qualquer forma fico feliz de ter conquistado esse clássico tão famoso e agora conhecer a história de Hans Castorp.
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Nicole.Mastella 13/06/2021

Essa grande escalada - resenha no @entrefolhasefolhas
?A montanha mágica?, do alemão Thomas Mann, é um clássico romance do século XX e suas mais de 800 páginas escritas minuciosamente foram inspiradas na visita do escritor à sua esposa, que se tratava em um sanatório em Davos, na Suíça, por problemas pulmonares.

A obra se passa pouco antes da Primeira Guerra Mundial, e nela vemos um retrato da sociedade europeia da época e os pilares de suas construções sociológicas e políticas.
Hans Castorp, o personagem central, pretende visitar por três semanas seu primo Joachim Niemssen ,que tratava a tuberculose nos alpes suíços.

A ida de Hans à montanha mágica tem como significado trilhar a busca por si mesmo - por esse motivo a obra é denominada romance de formação. Formação de seu caráter, da sua moral, do seu próprio eu.

Para construção da  identidade do jovem Castorp, com cerca de 20 e poucos anos e uma recém completa formação em engenharia naval, em diálogos e pensamentos, perpassam pela história temas como política, arte, o estado doentio, o confronto entre corpo e espírito, o amor, e o tempo. O tempo é ressignificado para Hans, desde que saíra da planície para subir às montanhas, como se a experiência temporal se diluísse na construção infinita do tempo ali nas montanhas, sem haver mais referências para o personagem acerca do presente, passado e futuro. Tudo se funde em um só, eterno. A experiência vivida n?A montanha mágica muda a temporalidade sensorialmente sentida.

Prolongando sua estada, Hans então passa a conhecer intimamente personagens que vivem lá: o humanista Settembrini, o jesuíta Nafta, a hedonista Peerperkorn, e a paixão de Hans, Madame Chauchat, dentre outros. O microcosmo retratado pela obra se dissolve no macrocosmo: as vivências de Hans nos Alpes suíços se assemelham aos pensamentos da sociedade pré-guerra na Europa. Mas, assertivamente, viver na montanha se demonstrou para o personagem uma ascensão de corpo e alma em relação à planície, ao mundo externo à Montanha Mágica.
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Filipe 16/06/2021

Nota 10
Nunca imaginei que ler um livro me daria vontade de tirar férias em um sanatório, mas os personagens desta obra me fascinaram a este ponto. Thomas Mann talvez tenha se tornando meu autor favorito, a maestria com a qual ele escreve me surpreendeu, e muito. A Montanha Mágica é o tipo de livro que você decide que vai ler pela segunda vez no momento em que terminou a primeira, tamanha a grandiosidade.
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Gisele Gusmão 25/06/2021

A montanha mágica, Thomas Mann
No livro A montanha mágica o narrador diz: ?Queremos narrar a história de Hans Castorp, não por ele (a quem o leitor em breve conhecerá como o jovem singelo, ainda que simpático), mas pela história em si, que nos parece em alto grau digna de ser narrada...?. Hans vai para o Sanatório Internacional Berghof visitar o primo Joachim internado há alguns meses, inicialmente Hans pretendia passar três semanas, mas acaba ficando por alguns anos. A história se desenrola no sanatório que fica em Davos na Áustria e narra a relação de Hans com vários pacientes do sanatório, com destaque para Lodovico Settembrini, um italiano que o toma como aprendiz, e Leo Naphta que mora na cidade. Muito interessantes são as discussões de Settembrini, que defende a ciência e o progresso e Naphta que defende um retorno aos ideais da idade média e contra a ciência, o que deixa o livro atual no Brasil de hoje.
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Inês 26/06/2021

Definitivamente, este foi um dos livros de literatura mais complexos que eu li nos últimos tempos.

Apesar disso, essa obra traz na sua concepção a capacidade e o conhecimento do seu autor - que é simplesmente excepcional.
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Bruna 27/06/2021

O tempo e a vida na Montanha Mágica
Thomas Mann nos apresenta diversos personagens e as peculiaridades da vida de Hans Castorp no Sanatório Internacional de Berghof na Suíça. A princípio vai para visitar seu primo, porém com o passar do tempo os motivos mudam.

Há grande descrição de detalhes dos ambientes, das paisagens, do clima, das pessoas e das conversas em cada página. Algumas páginas possuem uma leitura fluída e outras exige muita concentração. Há predominância em assuntos filosóficos e a todo momento é mencionado o significado do tempo para quem está nessa montanha.

Há uma grande pluralidade neste Sanatório de culturas, nacionalidade, idiomas e crenças tendo em comum apenas a enfermidade que todos são cometidos, a tuberculose.

Minha opinião é que a obra é riquíssima e exige do leitor atenção. Não é uma leitura fácil. Caso esteja iniciando nesse universo da leitura, aguarde mais um pouco para inicia-la, assim poderá aproveitar e imergir nessa montanha onde o tempo é outro.
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Steph.Mostav 28/06/2021

Bildungsroman e Zeitroman
A montanha mágica, como descobri durante a leitura, não é só um romance de formação (Bildungsroman), mas também um Zeitroman, que tenta apresentar seu próprio tempo de forma ampla e com todas as suas contradições, num completo panorama estético, político, filosófico e literário de sua época. Também é um romance sobre o tempo, um tempo que se dilui e um dia pode durar centenas de páginas e vários anos em repetição, apenas poucos parágrafos. Hans Castorp, nosso protagonista, é um engenheiro que sai do tempo da "planície", do comércio e da produção para o tempo do sanatório para tuberculosos em Davos, na montanha, onde o tempo está suspenso à espera da morte. Lá, ele passa a questionar o ponto de vista da "planície" e reconfigura o sentido e a relatividade desse tempo. Assim, a influência da montanha mágica não afeta só de maneira externa, como também sua subjetividade. Nos são apresentados vários excelentes personagens, como Settembrini, Naphta e Peperkorn, assim como suas variadas perspectivas sempre em contraste umas com as outras, em diálogos, brigas e paixões. Nesse microcosmos da elite europeia, são discutidas as grandes questões da época numa relação cotidiana entre vida e morte, entre reflexão e ação, entre conflito e tranquilidade, entre espírito e corpo. A proximidade entre a morte e a vida devido à doença não só faz com que a vida seja valorizada com o contato constante com a morte, como também expõe uma sociedade decadente que não percebe que está à beira da catástrofe e da crise das expectativas burguesas. A primeira guerra mundial rompe com a ideia de progresso contínuo e é uma ruptura na percepção do tempo e das certezas europeias. Um grande romance, não só em extensão como filosofica e tematicamente.
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Ale Giannini 30/06/2021

Ler para conhecer
Um dos romances mais influentes da literatura mundial do século XX, foi importante para a conquista do Prêmio Nobel de Literatura em 1929 por Mann. É um exemplo clássico da literatura que os alemães classificam como Bildungsroman - escrita detalhada do desenvolvimento físico, moral, psicológico, social de uma personagem, da infância à maioridade.

Mann começou a escrever A Montanha Mágica em 1912 vindo a concluir somente em
1924, ano em que foi publicado. Durante esse período sua mulher Khatarina Mann foi internada em um sanatório em Davos, na Suíça, para tratar de uma tuberculose.

O livro conta a história do jovem Hans Castorp que viaja aos Alpes para visitar um primo doente e tratar de uma pequena anemia, quando descobre também estar doente de tuberculose.

O tratamento vai adiando seu retorno à planície (que entendemos se tratar da vida habitual), oferecendo tempo para que ele conheça mais sobre política, arte, literatura, religião e filosofia.

Consequentemente Hans acaba amadurecendo como homem e no modo de se relacionar com a sociedade e com as pessoas com quem convive.

Especialistas e estudiosos entendem que o ritmo lento com que Mann desenvolve a história - os primeiros cinco capítulos, quase duzentas páginas, formam o relato de apenas um dia no sanatório - é intencional, para trazer a monotonia do tratamento nos Alpes.

Se essa era a intenção, então podemos concluir que o autor conseguiu seu intento.

Há interessantes debates principalmente filosóficos e religiosos, mas o nível de detalhamento das reflexões torna a leitura cansativa.
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