A montanha mágica

A montanha mágica Thomas Mann




Resenhas - A Montanha Mágica


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Rosangela.Chaves 06/06/2022

O fim chegou tão depressa
Me contentaria com mais algumas centenas de folhas, uma explicação mais demorada ou uma sequência.
Esperava um encerramento, fosse qual fosse, mais uma história antes da derradeira virada de página.
Quantos meses passei imersa nestes anos de Hans. Sua vida documentada de maneira a tornar-se singular (como são todas), mas já fazia parte da minha. Já o queria bem, ou ao menos não o queria mal. Não tive tempo de tomá-lo para mim.
Queria um pouquinho mais, só isso...
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Diego.Fernando 24/06/2022

Muito diferente do que eu imaginava
Quando vi o livro pela primeira vez e li sua contra-capa, eu me interessei instantaneamente. O livro parecia ser um daqueles contos em que alguém inteligente, estudado, vai até um local onde há pessoas menos favorecidas e que precisam ser ouvidas.

Pois bem, o livro é totalmente o oposto disso. Você já começa sabendo que nosso protagonista, Hans Castorp, é um homem mediano e que tem muito mais a ouvir do que a apresentar. Também, para meu espanto, tomamos conhecimento que apesar da história de passar em um sanatório, as pessoas que estão "internadas" lá, foram tratar de enfermidades físicas. O ambiente é lindo, nós Alpes, e o sanatório apesar de ter esse nome, é muito mais parecido com um hotel 5 estrelas.

Terceiro ponto, apesar da leitura ser fluída e de ter personagens muito cativantes, o livro tem suas partes arrastadas. A dois personagens que vivem discutindo filosofia e que fazem discussões longuíssimas, já adianto que quem não gosta desse tipo de coisa vai acabar se frustrando em vários momentos. Mas se prestarmos atenção nesses debates, veremos que encaixa muito bem com que o mundo de 1920 passava.

Recomendo muito a leitura, um clássico alemão, de um dos maiores autores do século xx. Recomendo principalmente a quem goste de discussões filosóficas e livros bem detalhados.
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Matheus.Giovanazzi 04/07/2022

Ler esse livro é realmente uma saga, além de grande em tamanho é extremamente denso, muitas discussões sobre diversos temas, me senti meio burr0 vendo o tanto de conteúdo que esses personagens têm. Confesso que com a leitura do posfácio tive uma outra visão sobre o livro, mas quanto à sugestão de ler uma segunda vez vou deixar pra uma próxima oportunidade kkkkk
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Flor Baez 01/04/2012

Pequena síntese sobre a Montanha Mágica, de Thomas Mann
Hoje acabei de concluir a leitura do livro “A Montanha Mágica”, de Thomas Mann. Uma verdadeira escalada rumo ao pico de suas 957 páginas, o desafio já começa por ai, mas no decorrer da história o tamanho do cume já não assusta e você vai se envolvendo com o complexo personagem Hans Castorp, que desperta todo o tipo de sentimento no leitor e muitas vezes você tem vontade de voar nos ombros dele e sacudi-lo bastante.

A narrativa começa com a ida do nosso anti-herói Hans Castorp a um sanatório na Suiça, com o intuito de passar breves 3 semanas de descanso e visitar o primo enfermo, Joachim. Cheio de opiniões precipitadas, típicas de turistas, Hans Castorp olha com muita curiosidade e desdém para a vida que os doentes levavam por lá, até simplesmente se entregar a ela a ponto de não desejar mais sair.

Na sua estadia ao Sanatório de Berghof, Hans Castop conhece o humanista Sr. Settembrini! Um homem cheio de palavras plásticas e amor ao homem, com sua pedagogia ele inicia uma jornada Dantesca com o jovem Castorp, onde assume o papel de mestre, de Virgílio para conduzir o “filho enfermiço da vida” àquilo que ele entende como os verdadeiros valores da humanidade.

Impossível contar a história inteira do livro aqui, mas posso deixar meu humilde olhar sobre a narrativa. Hans Castorp é um protagonista que se esconde, tenho a impressão de que ele esteve sempre em cima do muro. Como um camaleão que muda de cor e se adapta de acordo com o ambiente, mas no caso dele somente para não ser desagradável e não contrariar as pessoas. E assim todo mundo acaba exercendo um papel de pedagogo para com ele, e no fundo ele não está nem ai para nada disso, para nenhum discurso. Ele descobre no sanatório de Berghof uma vida de contemplação, de pensamentos e nela permanece num estado de letargia, se justificando com preleções um tanto pueris.

Numa tentativa de fazer com que o sobrinho voltasse para a vida na planície, o tio de Hans Castorp vai até o sanatório para saber das suas reais condições e por pouco também não é envolvido pela atmosfera do lugar, que parece envolver as pessoas de uma forma muito misteriosa até elas ficarem completamente atadas e sem forças para descer.

Lá pelo meio do livro aparece outro personagem chamado Naphta, que trava com Sr. Settembrini discussões filosóficas muito calorosas. Eles disputam a alma de Hans Castorp, disputam a sua atenção, a sua mentalidade jovem. Mas os dois senhores se engalfinham em constantes contradições, que chega até a entediar o leitor e o próprio protagonista.

Vou reproduzir um trecho, em que o Sr. Settembrini fala do vício de Hans Castorp por charutos:
- Meu vício? Não diga isso, Sr Settembrini.
- Por que não? É preciso chamar as coisas pelos seus nomes verdadeiros.

Encerro esta postagem assim. Porque gostei da idéia de chamarmos as coisas pelos seus verdadeiros nomes. Não precisamos pintar de rosa aquilo que já tem sua própria cor.

Um dia na vida leia este livro, vale muito a pena.
Lela Tiemi 02/01/2017minha estante
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MCTS 22/12/2015

O livro apresenta o dom de provocar sensações antípodas que variam do pleno entusiasmo à desconcertante frustração decorrente da dificuldade de compreensão de algumas passagens da leitura, ainda que poucas, é verdade! A mágica da obra consiste em descortinar para o leitor, persistente e atento, os principais temas que demarcam e fornecem a identidade da civilização ocidental. O esforço é o preço necessário para acessar esse rico almanaque dos temas essenciais de nossa cultura. Não importa quanto esforço e tempo você tenha que dedicar á obra, enfrentar esse desafio vale todo o sacrifício empenhado. Leiam e releiam!!!
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Liz Silva 25/08/2016

Que livro! Que livro!
Thomas Mann faz um verdadeiro tratado acerca da mentalidade da Europa no início do século xx.
História escrita por um dos maiores autores de todos os tempos, acerca da estadia de Hans Carstorp em sua Montanha. A saga deste 'filho enfermiço da vida' aborda diversos temas de extrema importância na época, e que ainda hoje permeiam nossa vida.
Impossível não desenvolver uma enorme simpatia por Hans Carstorp, esse personagem construído com tanta maestria, que ao final, é com pesar que o deixamos partir.
Livro obrigatório. Uma verdadeira obra-prima da literatura universal.
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Tamira 05/06/2023

Um dos melhores livros que li. Foi delicioso ser uma das pacientes na montanha e ter Hans Castorp durante todo esse mergulho filosófico.
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Lacerda 17/06/2020

Um excelente romance sobre o tempo e o mesmo pode ser sentido no correr das páginas. Em várias partes do livro o autor consegue fazer com que o leitor sinta determinadas sensações que o herói está passado, principalmente o escoar do tempo e o tédio.
Apesar de se tratar de um romance aonde o protagonista está se tratando de uma doença, os assuntos encontrados na obra são diversos e complexos, mostrando sua relevância em uma Europa pré guerra.
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arthur966 15/08/2020

"talhei em minha casca
mil coisas que senti...".
foi muito difícil terminar esse aqui. demorei meses nas primeiras cem páginas, mas depois disso consegui terminar tudo em quinze dias. quase consegui cumprir minha meta de termina-lo no dia do aniversário de morte do thomas mann (12 de agosto).
esse livro em teoria é um livro de crescimento. ele deveria ensinar alguma coisa. eu aprendi alguma coisa com ele? acho que não. nem ao menos o protagonista aprende de verdade coisa alguma. mas não acho que o intuito era ensinar qualquer coisa que fosse, de verdade. acho que ele queria só contar uma história.
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Raquel 08/09/2021

O Tempo, a Descrição e a Pesquisa são os protagonistas
Thomas Mann é o rei da descrição, disso não há dúvida. Suas descrições chegam a ser palpáveis, por mais que em muitas vezes o vocabulário seja difícil ou esteja em outros idiomas. É possível até ouvir as canções que ele descreve!
Não há dúvida de que o Tempo é seu personagem principal nessa história pois é dele que o autor lança mão para que possamos "palpar" os mínimos detalhes de cenas e personagens.
Seus personagens são apaixonantes, devo dizer que principalmente os coadjuvantes, mesmo sendo tantos e até os que o autor não se aprofunda muito.
Uma coisa interessante de se observar é que, pelo menos eu tive essa sensação, o protagonista não é bem o personagem principal da história. Curioso isso mas Thomas Mann faz isso com maestria, é muito comum a gente se deparar com isso de o personagem principal ser sem graça ou até odiavel (existe essa palavra?), mas a gente não consegue odiar Hans Castorp, a impressão que tenho é que a gente vê pelas lentes dele e ao mesmo tempo sobre ele. Mann faz isso muito, muito bem!
Enfim, muitas reflexões, filosofia sobre tudo que vc puder imaginar e até biologia, o autor tinha muito conhecimento e é um exemplo inspirador de como a pesquisa bem feita auxilia na veracidade da descrição em uma boa estória.
Se prepare pra ter muita paciência pra capítulos enormes na maior parte do livro mas muitos momentos emocionantes! Difícil dizer adeus a alguns personagens, foram quatro meses lendo em meio aos estudos da faculdade e certas limitações, mas me desafiei e estou super satisfeita.
Desejo a todos uma ótima leitura!

Raquel Oliveira
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LER ETERNO PRAZER 19/09/2021

Publicado em 1924, A montanha mágica é daqueles livros que estão em todas, ou quase todas as listas de melhores livros da literatura mundial de todos os tempos.
Mann levou o Nobel de Literatura em 1929 e já há algum tempo seus livros não eram publicados no Brasil. Essa grande falha dos nossos editores começou a ser corregida em 2015 quando a editora Companhia das Letras passou a relançar obras do autor em capa dura e em belíssimas edições. A Montanha Mágica, talvez um dos títulos mais aguardados, foi lançado no final de 2016.
A Montanha mágica é um calhamaço de mais de 800 páginas. Segundo pesquisei, presume-se que Thomas Mann começou a escrevê-lo em 1912, mas foi interrompido durante Primeira Guerra Mundial o que pode ter influenciado o autor a expandir um pouco mais seu texto original.
Bom, A montanha mágica tem início quando Hans Castorp chega em um sanatório no alto de uma montanha para visitar seu primo Joachim. O sanatório é uma clínica médica privada, cujo tratamento é a base de descanso, normalmente focada em doenças respiratórias.
Hans é órfão de pai e mãe, Mann o descreve como alguém que ?gostava de viver bem, e, apesar da sua aparência anêmica e refinada, agarrava-se com fervor e firmeza, qual um lactante deliciado pelos seios da mãe, aos prazeres físicos que a vida lhe oferecia?. Em um outro momento, Mann esclarece que Hans era um jovem de 24 anos, alheio aos problemas da vida e um pouco devagar para entender o seu ambiente,ou seja, um típico menino, mesmo já sendo um homem formado, sem nenhuma idéia própria ou original.A descrição do dia a dia no sanatório da e torna, tão monótona quanto esses dias deveriam ser. Os pacientes, têm uma rotina bem estabelecida e suas vidas são regradas e controladas pelos horários das refeições, descansos e passeios. Hans primeiramente pretende ficar no sanatório por 3 semanas. Porém, depois de 2 semanas, os médicos descobrem uma mancha em seu pulmão e pedem que considere ficar algum tempo sob observação. Vão-se aí 200 páginas para nós apresentar essas primeiras duas semanas de reconhecimento de território, ou seja, se o leitor não for acostumado a esse tipo de leitura(bastante descritiva e minuciosa) se não for persistente irá desistir da leitura.
Após essa "monótona" primeira parte, vamos entrar na parte interessante do livro, vamos ser apresentados a alguns personagens que iram marca a vida, o pensamento e o intelecto de Hans. O primeiro é o italiano Settembrini, o segundo Naphta e o terceiro é Peeperkorn, com esse personagens e mais uns outros iremos ter grandes diálogos, sobre política, tempo, filosofia, sobre a vida e seu sentido, sobre a morte e seu significado, sobre como ser ou não humanista. Veremos passagens onde de cada uma delas podemos parar e pensar sobre todo o sentido das questões apresentadas.
Um outro fator crucial que merece aqui destaque na obra é o tempo. O efeito que ele tem em cada um de nós, mesmo quando parece suspenso e meio que esquecido da realidade,no sanatório, à medida que os dias se repetiam, era fácil esquecer há quanto tempo se estava ali. As estações do ano não respeitavam os preceitos básicos do clima e pareciam surgir quando bem queriam, mexendo ainda mais com a consciência de tempo do lugar. E é por isso que a condução da história por personagens fortes é tão importante: eles são, em sua forma, a maneira de procurarmos algum resquício de tempo e organização dos dias. Quando um entra e outro sai, pode-se pensar no tempo passado. Quando um debate ocorre diversas vezes, o tempo fica marcado por essas conversas que mostram que algumas idéias se mantém muito além de um período de tempo determinado. Até porque, a melhor maneira mesmo de medir o tempo está mais através de experiências e coisas interessantes na vida do que com horários e calendários. A monotonia que vemos no começo, quando chegamos ao sanatório junto com Hans, desaparece quando os dias se enchem de conversas e debates altamente interessantes.
Foram dois meses de leitura leitura compassada, capítulo a capítulo, internalizando, refletindo e tentando interpretar trecho que me pareciam cheios de significados, alguns simples outros complexos,mas conseguindo ou não fazer interpretações corretas ou não, dentro do que o autor quiz nos passar, foi uma leitura enriquecedora.
Sou sincero em afirma que A montanha mágica, é um livro, que para alguns leitores pode ser chato e enfadonho, mas e que na minha opinião: Todos deveriam ler A montanha mágica, mas A montanha mágica, não e para todo tipo de leitor.
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Juluzsg 26/05/2024

E foi-se o tempo
Hans Castorp vai visitar seu primo em um sanatório (casa de tratamento de doenças respiratórias), em Davos, por três semanas, porém o caráter "mágico" da montanha o leva a passar vários anos neste local. Durante sua estadia, Hans experiência uma nova existência, longe da correria do mundo burguês, e encontra, no ambiente internacional do local, um espaço de um amplo debate, político, econômico, filosófico, que vai definir o que era a Europa antes da primeira guerra mundial.
Minha leitura foi realizada de forma pouco animada, seguindo o próprio sentimento que o livro passa, de tédio e monotonia do tempo. O que leva o livro até o final é a curiosidade por entender as relações de Hans Castorp e como determinadas discussões vão desenrolar na sua mente.
O livro desenha cenas incríveis tão belas quanto as de guerra e paz (que uso como exemplo por ter lido recentemente), mesmo que de uma forma completamente diferente.
Existem mil coisas que eu poderia falar sobre o livro, mas vou citar as três principais na minha mente hoje.
1. A bissexualidade do Hans Castorp.
É algo que você não imagina que poderia aparecer no livro, porém as relações dele com a Cláudia, transparecem outros sentimentos não ditos explicitamente, mas que são óbvios;
2. O progresso e o tempo.
É incrível como o tempo passa diferente nos dois lugares, é incrível como a cidade te obriga a uma rotina que o tempo dissolve, se torna nada, cheio de obrigações pela acumulação de capital. Hans Castorp se perde em um mundo que isso não existe;
3. A "ignorância" quanto a mudança de tempos.
Hans, e vários moradores do sanatório, viveram os últimos dias de um mundo pré primeira guerra mundial. Viveram sem perceber que era depois dali, o mundo que conheciam seria totalmente diferente. As vezes me pergunto se estou vivendo nesse mundo, onde em breve tudo se modificará.
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Carlos 01/03/2022

Der Zauberberg
Acompanhar a vida do jovem engenheiro Hans no sanatório nos faz sentir como se estivéssemos em Davos, participando das longas discussões filosóficas do Sr. Settembrini e do Sr. Naphta, apesar de sermos ?da planície?.
Um clássico Bildungsroman denso e longo, mas desbravá-lo vale a pena. Pretendo reler futuramente em alemão.
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Gerson91 16/06/2022

Um clássico!
Um livro incrível, daqueles que não podemos deixar de ler em vida. Muito inteligente, reflete a vida e serve como prova de que a história se repete. Apesar de muito extenso, quase mil páginas e ser muito erudito, a leitura é muito prazerosa. É uma mistura de Saramago com Garcia Marquez. É uma sinfonia, com todos os nuances da vida de um jovem e seu amadurecimento. Vou sentir saudades de todos os personagens.
É um dos meus favoritos, marcou meu 2022!
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