Bartleby, o escrevente (eBook)

Bartleby, o escrevente (eBook) Herman Melville




Resenhas - Bartleby, o escriturário


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Ramon98 20/11/2023

Aprender a dizer não sem se explicar
Livros que retratam o absurdo muitas vezes necessitam de interpretações absurdas. Para minha sorte como leitor, não foi por acaso que fui levado a essa leitura, mas por meio de outra, no caso a obra "Sociedade do Cansaço" de Byung-Chul Han, que explicita a exposição na sociedade e no mundo do trabalho a uma alta carga de estímulos, em sua maioria positivos. Positivos no sentido de dar respostas positivas, concordância, aceitação, sempre o "sim" para alguma demanda ou convite. É nesse sentido que acredito que a obra de Herman Melville pode ter o seu devido valor em um personagem absurdo como Bartleby, aquele que se nega, que diz não, que renuncia o fazer, que nega o convite.

Em um mundo que nos estimula o tempo todo a fazer algo, a recusa, à renúncia e o não fazer no caso de Bartleby podem parecer a princípio uma loucura. Porém, quando utilizados com uma certa sensatez, esses atos podem representar um momento de lucidez. Essa é a maior lição dessa obra: a negatividade é necessária. Como diz Byung-Chul Han, ela é uma forma de desconstruir e transgredir a lógica da sociedade de desempenho e da positividade compulsiva.
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Tiago343 01/11/2023

Prefiro não fazer resenha.
?Bartleby, o Escrivão?, de Herman Melville, é uma obra que desafia as convenções da literatura e da sociedade.

A coragem do protagonista em dizer ?não? é uma das características mais marcantes do livro. Bartleby, com sua recusa constante e inabalável, personifica a resistência à conformidade e à exploração. Sua afirmação ?Prefiro não fazer? torna-se um leitmotiv poderoso ao longo da obra.

Bartleby é um personagem que desafia as normas estabelecidas, recusando-se a ser reduzido a uma mera engrenagem na máquina burocrática3. Sua coragem em dizer ?não? é vista como uma rejeição à sua condição de máquina e uma afirmação de sua humanidade.

Queria eu ter a coragem de dizer não, quando claramente não quero algo, mas pela convenção social da fraternidade e vontante de ser útil digo sim. Dizer não ao meu chefe, ao garçom, a venda casada da pipoca no cinema, dizer não a obrigação imposta.
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Anderson668 29/10/2023

Atemporal
"Bartleby, o Escrivão" de Herman Melville, uma leitura breve, porém intrigante e impactante em todos os aspectos. Este livro cativante mergulha os leitores em um estranhamento único, à medida que a história do silencioso escrivão, Bartleby, se desenrola.

A habilidade de Bartleby em desestabilizar a sociedade com uma simples negação, o "não", é notável. Melville cria uma narrativa onde o poder da palavra adquire uma dimensão incomum, perturbando estruturas sociais e provocando interpretações variadas e infundadas por parte dos personagens.

O contexto histórico e social, especialmente na abordagem do capitalismo, oferece uma perspectiva diferenciada, incentivando reflexões sobre as estruturas da sociedade e a assimilação individual na máquina capitalista. A análise psicanalítica aprofunda ainda mais a complexidade da obra, convidando os leitores a questionarem seu papel nesse sistema.

Acredito firmemente que "Bartleby, o Escrivão" deveria ser leitura obrigatória, essencial para debates sociais e intercâmbios de ideias entre grupos. A beleza desta obra é que, mesmo sendo breve, oferece uma riqueza de interpretações que evoluem com as diferentes fases da vida. É um livro atemporal, pronto para ser redescoberto e apreciado em cada estágio da jornada pessoal.
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Pamela565 25/10/2023

Prefiro ???
Somos inclinados a dizer sim quando preferimos dizer não. Nossa vida vai passando e vamos fazendo coisas que os outros/a sociedade, preferem que a gente faça mas e a gente??? Na era da internet, é vc que escolhe o que vai ler, assistir, ver??? A verdade é que pouco temos escolhas...
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Marcelo550 15/10/2023

Não empolga tanto
Em 80 páginas o autor de Moby Dick nos conta a história de um homem que faz todos ficarem estarrecidos com a simples decisão de não exercer a função para a qual foi contratado, a de escrivão num escritório de advocacia. Noutras resenhas fala-se na história do estranho, do diferente, chegando a comparar ao enredo do absurdo de A metamorfose do Kafka, entretanto vejo muito mais como a história na qual um advogado - o narrador da história - sempre encontra em seu funcionário Bartleby algo que reconsidere a sua demissão. Essa característica de sempre ver alguma habilidade minimamente útil em meio a todas as outras inaptidões dos seus empregados é talvez o grande motor da história, e Bartleby parece testar até onde a boa vontade do advogado vai.

Dito isso, creio não se tratar de uma obra da mesma envergadura de Moby Dick, definitivamente não é. E possivelmente numa releitura a história ganhará outros significados, quer dizer, não sei se Herman Melville queria dizer algo interessante nessa obra ou apenas algo mais simples de se pensar. Acredito que vale a leitura.
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luizashelf 01/10/2023

Bizarro
Eu nunca devorei um livro tão rápido assim (em uma hora).
Sério que personagem insolente kkk. O fato do chefe dele querer se livrar dele e ter pena dele ao mesmo tempo, me deixa com pensamentos conflituosos acerca da minha paciência quando se trata de outras pessoas. Mas, o que me pega mais nesse livro é que ele não tem as respostas. Ele me prendeu tanto e na hora da revelação foi extremamente broxante!!
Entretanto, eu gostei muito do livro, se o final tivesse respostas concretas seria cinco estrelas.
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Zabella 27/09/2023

Prefiro não dizer
?O que vi naquela manhã me convenceu de que o escrevente era vítima de um distúrbio inato e incurável. Podia dar esmolas ao seu corpo; mas o que lhe doía não era o corpo; era a alma que sofria, e sua alma eu não conseguia atingir.?
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Bruno 27/09/2023

A melancolia retratada de forma sublime.
Poderia dizer que este livro trata de maneira única e singular a depressão, na época chamada de "melancolia".

Mas...

PREFIRO NÃO.
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Ana Luiza 24/09/2023

Bartleby
Uma das muitas histórias de Wall Street, mas a única sobre Bartleby.

Pouco se fala sobre os copistas, de modo geral, nunca houve tempo para dedicar importância a simples escriturários, mas seria uma lástima permitir que figura semelhante não tivesse sua história, ainda que incompleta, narrada.

Em um pequeno escritório, onde há outros dois funcionários excêntricos, encontramos Bartleby que, de certa forma, é um complemento/oposto em produtividade e essência. De modo geral, um ótimo copista, até ? não ser mais.

Bartleby simplesmente ?preferia não?. Preferia não atender mais aos pedidos do chefe. Preferia não mais ser um copista, assim como preferia não se mover de si mesmo.

Um intervalo entre o ser e o não ser, um verdadeiro estado de suspensão entre o ?depois do que não é mais? e ?antes do que ainda não é?.

É curioso observar sua profissão anterior: um cargo junto aos correios, responsável pelas cartas mortas. Porém, não é estranho observar que ele, Batleby, acaba se tornando uma delas.
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Anderson 16/09/2023

Esta pequena novela é, sem dúvida, muito inquietante. O desfecho que tenta, de certo modo, explicar o comportamento de Bartleby não chega a satisfazer. O que nos interessa mesmo são os conflitos internos daquele estado inerte e depressivo do protagonista. O que nos incomoda é a sensação de distanciamento a que nós leitores somos mantidos de Bartleby.
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Rodrigo1001 12/09/2023

Acho melhor não colocar um título
Excêntrico ao extremo, termino a leitura em completa incredulidade, com a cabeça em ebulição!

Bartleby, o personagem principal, é um enigma: não o desvendamos nem após a leitura de todo o livro, já que o conhecemos apenas pelo olhar do narrador.

E é um alívio não tê-lo desvendado. Do contrário, talvez tivesse me tranformado em um bloco de pedra... ou em uma estátua de sal!

A própria edição do livro pela editora Ubu é surreal: deve-se descosturar a capa e cortar as folhas. Ao abrir o livro, quase liguei para o meu livreiro, crente de que a minha edição tinha algum problema, já que tudo o que eu via eram páginas e mais páginas com a imagem de um muro.

Me tomou algum tempo até atinar e utilizar o marcador de páginas de acetato que vem com o livro - propositadamente mais afiado do que um marcador de páginas comum - para, literalmente, cortar as páginas e então revelar o conteúdo.

Ou seja, o leitor de "Bartleby, o Escrivão" terá de cortar 20 vezes a lateral das páginas para ter acesso ao texto completo!

Sim, é como se o livro resistisse a ser lido, personificando a opacidade do personagem Bartleby e sua negação a ser entendido pelo narrador, pelo leitor.

Fiquei atônito... fiquei maravilhado.

Não há personagem na literatura mundial tão absurdo quanto Bartleby; creio ser seguro afirmá-lo.

Enfim, totalmente incrédulo, paro por aqui. Acho melhor não continuar.

Leva 5 estrelas pela genialidade e esquisitisse.
edu basílio 12/09/2023minha estante
curiosidade em ebulição aqui ! ^^




Icaro 10/09/2023

Imperdível
Despretensiosamente navegando pelo Kindle Unlimited achei essa edição bilíngue da Editora Autêntica escrito pelo autor de Moby Dick.

Presente nas listas de melhores livros de todos os tempos, a história serve até hoje como ponto de análise para grandes filósofos como Giorgio Agamben.

Escrito de forma direta, relata a história de Bartleby, um copista que passa por uma transformação em seu modo de ser, deixando de ser uma pessoa ativa para um ?homo sacer? sem direitos, sem relevância, sem nada que o faça efetivamente existir.

Imperdível!
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