Resenhas - Extras

Matt 16/06/2012

Decepção
Sou ávido fã da série "Feios", emprestei e "contaminei" vários amigos com a leitura dessa série que para mim teve um desfecho borbulhante em "Especiais", principalmente depois de ler "Extras". O que achei de "Extras"? Desnecessário.

A protagonista da série desse vez não é a nossa querida Tally Youngblood, mas quem é chama-se Aya Fuzi uma feia que vive no Japão, pós revolução que ocorreu através de Tally e os outros especiais.
Uma coisa tem que ficar clara; a realidade de que Aya Fuzi vive é específica ao seu país, depois da revolução as regras da sociedade se modificaram(antes tudo era muito mais fácil de controlar, devido as cirurgias que mantinham as pessoas "avoadas"_. Detectei uma visão hobbesiana de ser humano no livro: a partir do ponto que as pessoas não podem mais serem controladas e começam a liberar seus "institutos" egoístas e que destroem a natureza; porque sempre o ser humano quer muito mais, cada vez mais, surge a necessidade de criar uma política que controle o ser humano e seus desejos... Ficou claro que cada Estado criou as ferramentas de modo singular para ter controle sobre os recursos. Uma forma criada pelo Estado em que Aya vive foi um sistema de méritos por fama e de recompensas por obrigações compridas (ir a escola, trabalhar)... Para ser alguém "rico" nesse mundo o ideal é que você seja o mais famoso possível, publicando videos (como é o caso de Aya e do seu irmão Hiro), ou sendo tão famoso a ponto de que as pessoas publiquem videos sobre você (Nana Love por exemplo).

Aya está longe de ser famosa, e o livro trata dessa obsessão dela para se encaixar nesse mundo, é nessa busca por matérias interessantes que ela conhece um grupo de garotas que não se preocupa com fama nem méritos, elas só querem saber de diversão através de uma espécie de esporte radical; surfe nas pranchas em velocidade de 300km por hora. Nessa parte achei que aya se parece muito com Tally no primeiro livro "Feios", essa coisa de Feia que não tem escrúpulos e trai os amigos para poder se encaixar no sistema.

Tally descobre um mistério inesperado que vai muito além da reportagem sobre as misteriosas garotas que ninguém acredita que existe e essa reportagem é seu passaporte para a fama. E ela realmente fica muito famosa alcançando a posição entre os 20 mais famosos logo após a exibição de sua reportagem, é ai que a nossa querida e verdadeira protagonista da série aparece, Tally a mais famosa entre todos os extras.

Parece que Aya descobriu algo que vai muito além de uma boa reportagem.

É ai em que Aya, seus amigos e os Cortadores entram numa aventura em busca de descobrir a verdade sobre esse grande mistério que pode destruir a humanidade. Apocalíptico não? Pois é, mas super chato e mal construído, não senti a firmesa nos personagens. Passei a leitura toda sem a sensação que estava lendo um livro da série "Feios", está tudo muito mal elaborado, poxa, POR QUE VOCÊ FEZ ISSO SCOTT WESTERFELD? O livro não tem 30% da qualidade dos anteriores, o mistério é patético e desnecessário. Tally nem parece a mesma de antes, a estádia dela na história foi superficial e mal elaborada, Aya Fuse é uma cópia da Tally quando "Feia" e os outros personagens são irrelevantes.

As descrições das aventuras estão péssimas, ou não sei interpretar, ou esse livro está muito mal escrito.

Fiquei super animado quando soube que teria continuação de "Especiais", apesar de achar estranho tendo em vista que eu achei o desfecho da série perfeito. Mas, tudo bem, mais história? Tô dentro.

A narrativa nessa obra está extremamente mal construída, muitos momentos não consegui me envolver e depois uns 4 dias para terminar esse livro. Não foram raros os momentos em que eu não conseguia entender... O mistério do livro é uma droga, a Tally Youngblood desse livro não parece ser a mesma dos 3 livros anteriores. Mal construída.

Não sei porque o Scott Westerfeld fez esse livro, sério mesmo, para vender mais e ficar rico? Poxa, que falta de consciência, ainda mais tratando-se de autor de uma DISTOPIA. POR FAVOR.

Enfim, para quem leu e gostou da série "Feios" (como eu gostei por exemplo), recomendo que pare em "Especiais" nem vá para esse livro, ele não vai acrescentar nada, é uma verdadeira decepção se comparado ao restante da série.

Ana 11/07/2016

"Extras" é diferente de todos os outros. Estamos, dessa vez, em uma outra cidade e numa época pós-Tally Youngblood. A era da perfeição ficou para trás e agora tudo se baseia em méritos e reputações. A personagem principal é Aya Fuse, que sonha em ser uma kicker (que pode ser basicamente traduzido como uma youtuber) e escalar a escada da fama pessoal. Ela encontra um grupo de garotas misteriosas e acredita que aquela pode ser A matéria que a lançará.

~

A proposta da série é muito interessante e bem construída. Além de personagens complexos, o autor criou completamente um novo universo, com diversas ferramentas que só existem em nossas imaginações. O primeiro livro é um tanto quanto parado, dispendendo um grande tempo na jornada de Tally até a Fumaça; é uma parte interessante, mas que poderia ter sido resumida.

Em todos os livros há o elemento de romance. No primeiro, Tally se envolve com David, integrante da Fumaça. Em "Perfeitos" e "Especiais" ela desenvolve um relacionamento com Zane, e tem um conflito grande ao lembrar da existencia de David. E, em "Extras", há o romance de Aya com Frizz. Estes romances não são o foco dos livros mas são, sim, o foco de algumas das decisões das personagens principais.

É interessante notar a força das personagens principais. Tally é capaz de vencer a cirurgia apenas com sua força de vontade, Shay — que divide o foco principal com Tally em várias cenas — se mostra extremamente inteligente e também desenvolve seu próprio método de vencer as modificações em seu cérebro. As duas possuem momentos bons e ruins como amigas — tal qual qualquer relação de amizade. E, por fim, é ressaltada também a coragem e obstinação de Aya. Mesmo que seu propósito pareça ser baseado em vaidade, ela corre atrás do que quer e não aceita viver à sombra do irmão.

Meus livros favoritos da série foram "Perfeitos" e "Especiais". Tive um pouco de dificuldade em aceitar "Extras" por esperar que fosse uma continuação das história de Tally, enquanto o apresenta, na verdade, uma história completamente diferente, na qual Tally aparece apenas como coadjuvante.

A leitura pode não ter sido muito rápida, mas valeu a pena (;

site: www.quasemineira.com.br

Marilu 16/07/2012

Em busca da Fama
O quarto livro da série "Feios" conta a história após 3 anos da Era da Perfeição, narrado por Aya Fuse, uma Extra.
Assim que a pírola restauradora das lesões cerebrais se espalhou pelo mundo, a nova "regra" no Japão era ser Popular. Aya sonha em ser famosa e ter uma "bolha de reputação". Aya faz matérias para seu canal na interface para se tornar uma divulgadora famosa, porém ela tem uma posição insignificante na sociedade.
Até que em uma noite ela segue um grupo de garotas onde ninguém sabe-se se realmente existe e surge boatos de que elas se arriscam surfando em trens magnéticos.
Aya se ve diante da possibilidade da fama divulgando as ardilosas, mas para isso ela tinha que se torna uma para conseguir imagens das ardilosas surfando e fazendo manobras radicais. Uma reportagem nunca é levada a sério sem imagens.
Mas ao ver que não se trata de um mero grupo radical, e sim de uma descoberta, Aya n perde tempo e logo publica sua matéria, se tornando não mais uma Extra, mas sim uma pessoa de respeito e reputação.
Por um instante ela curte a sua fama, mas logo ela recebe visita da pessoa mais famosa da cidade, não para parabeniza-la, mas sim para salva-la e arrasta-la para uma grande aventura perigosa a fim de salvar o mundo.

Minha opinião sobre o livro é simples, acho que o autor fez um enredo bem elaborado e criativo como nos outros livros da série Feios. Porém ele não é o meu preferido, falto a luta do livro Feios, a empolgação do Perfeitos e a fúria do Especiais. Mas esse é um livro é um livro que EU RECOMENDO lerem. É um daqueles livros que você sente falta por não ter continuação...

"Desculpe a interrupção, mas a nova matéria de Hiro e Aya Fuse já está rolando. E ela envolve algo pelo qual vocês podem se interessar... O fim do mundo!"

Raffafust 01/04/2012

Não sei o que pensar desse livro. Primeiro só quando ele chegou aqui em casa que soube que não era bem uma continuação da série. Explicando melhor, não gira em torno de Tally Youngblood, é como se ela tirasse férias o livro todo e fizesse uma pontinha no final.
A nova protagonista chama-se Aya Fuse, tem 15 anos e conta sua história após Tally ter revolucionado tudo em Nova Perfeição e terem não mais obrigado a todos a fazerem as cirurgias para ficarem perfeitos.
Sim, o importante agora é ser EXTRA...e o que é isso? Extra é famoso, as pessoas se preocupam com a reputação e em como são famosas, é disso que gira o mundo nesse quarto livro.
A vida pós libertação como chamam nada mais é do que pessoas obcecadas com serem famosas, com serem vistas !
É como se o dia todo nossa única preocupação fosse ver quantas vezes nos fotografaram, quantas vezes as pessoas acessaram meu canal do You Tube...ou comentaram no meu blog. Vício substituído de beleza pela fama. Se Tally sonhava com o dia que completaria 16 anos para ficar linda, Aye sonha ficar em décimo lugar no ranking da fama.
Nessa obsessão ela vai atrás das Ardilosas, meninas que surfam em cima de trens magnéticos, ela quer se aproximar delas para ser vista e assim ficar famosa.
Mas os planos dela logicamente não dão tão certo e o que parecia simples a faz correr alguns riscos.
Aya está sempre acompanhada de sua amiga Moggle e de seu amigo Frizz, é com eles que corre riscos, que anda com sua prancha e que finalmente encontra Tally e David para alegria dos saudosos fãs da série como eu.
Bem, as cenas são curtas mas ainda assim, pelo menos para mim a melhor parte do livro que no quesito heróina deixou a desejar já que sentimos falta de Tally o livro todo.
Os detalhes desse novo mundo são muitos e confesso que nem lembro de todos porque o livro é imenso ( tem mais de 400 páginas, os anteriores eram bem menores) e eu fiquei com um pouco de pré-conceito em ler ele após descobrir que a personagem que amava não era a principal dessa história.
Mas o livro é bom, Scott prende a gente com muita informação e com um final bem bacana. Mas nada que compare aos três anteriores.

Josieldo 28/03/2013

Extras - Resenha - Ora não me diga!
Extras é escrito por Scott Westerfeld - talvez você tenha sido inteligente o suficiente para notar isso na imagem - e é o quarto livro da série Feios, que na verdade consiste de apenas três livros (Feios, Perfeitos e Especiais), ou seja, Extras, como dizem por aí, foi uma tentativa do autor de ganhar mais dinheiro, pois a fama subiu à cabeça dele e isso é apenas o que dizem, trálálá.
A série Feios é uma distopia. “O que é uma distopia?” você deve estar se perguntando. E eu lhe digo que distopia é a modinha do momento do mundo literário. É um universo alternativo, totalmente diferente do modelo político-econômico atual. Governo opressor, sociedade submissa, sentimentos reprimidos, revoluções por acontecer, na maioria das vezes uma trama tão ridiculamente previsível que não merece comentários… Críticas ao capitalismo, aos governos de ditadura pelo mundo afora. É isso o que as distopias fazem, com um par ou um triângulo amoroso que é pra pegar os besta, sim.
Extras é um livro muito lindo. Imagine que você é um tipo de pessoa que só liga para a fama, que quer ascender à qualquer custo, que pensa num bom acontecimento que a tornaria famosa, sem se importar com o que vai acontecer aos que estão à sua volta. Você só quer subir, subir e subir mais um pouco. Se você conhece alguém assim, então acho que você está diante de uma Aya Fuse da vida. Se você é assim e nem precisou se imaginar, não poderia ser tão óbvio: este livro é pra você.
Sabe o que faltou na divulgação do novo papa? Um simbologista de Harvard vestido num paletó de tweed e um camerlengo capaz de um bom show pirotécnico aos brados de “Sobre esta pedra, edificarei minha igreja”.
Prosseguindo.
Gostaria de ressaltar que não fiquei exatamente feliz quando descobri um fato sobre Extras. A capa brasileira é de uma mulher ocidental, e não sei se o tradutor ou ninguém da equipe percebeu que a história se passava num Japão ultra-futurístico. Acho difícil: nomes em japonês, o idioma dos personagens era o japonês… Gostaria de processá-los por isso (valha). Amo muito mais a capa original, primeiro porque tenho uma tara por asiáticos, e segundo porque tenho uma tara por asiáticos. Não digo o mesmo das capas dos outros exemplares. Só queria saber se na capa de Feios é um homem ou uma mulher, ou os dois, e pedir para adotar aquele dels perfeito da capa de Perfeitos. E dizer que as tatuagens dinâmicas na cara da modelo da capa de Especiais ficaram piores que tatuagens de rena. Poxan, se não podiam botar gif pra se mover, por que inventaram de colocar? (alokan)
Não sei porque Scott decidiu criar uma personagem inspirada numa Ashley Tisdale pré-cirugia-high-schoool-musical, mas há coisas na vida que nunca vou entender.
Westerfeld foi muito criativo com essa saga. Extras é praticamente outra distopia, senão uma. Enquanto os três primeiros volumes falam de uma sociedade corrompida pela contraposição dos verdadeiros e falsos significados de feiura e beleza, o quarto usa o desejo pela fama doentia como pano de fundo.
Temos aqui um livro cujas cem primeiras páginas dos antecessores eram terrivelmente monótonas. Feios não: como é o primeiro da série, então você se sente bastaste curioso sobre o que vai acontecer e como funciona o governo e aparatos dinâmicos da cidade onde você não pode ser feio, pelo menos até os dezesseis anos. Perfeitos… Ow mds que desgraça tediosa aquele início. E Especiais… Pelo menos é legal ver uma Tally diva em ação.
Conta a história de Aya Fuse, uma extra - que são pessoas não famosas, sobrando, desconhecidas no mundo - e de personagens paralelos, como seu irmão Hiro - um divulgador, aquele que é responsável por criar matérias interessantes ao público, numa tentativa mais de subir a própria reputação do que divulgar algo útil, para que dessa forma se consiga fama e “méritos”, uns recursozinhos que servem como o dinheiro - que é, na verdade e ironicamente, uma das pessoas mais famosas da cidade. O autor nos mostra, em uma escrita na terceira pessoa que sempre me pareceu narrador-personagem, uma crítica profunda e aceitável sobre as consequências da fama. Provou que nem de longe essa é a coisa mais valiosa da sociedade fútil, da mesma forma que fez com Feios, mostrando que a obsessividade pela perfeição distorce os verdadeiros valores.
Bem, todos sabemos disso, que vicios pela fama e pela beleza nunca foram saudáveis, mas temos aqui um tipo de livro que sugere uma melhor percepção da realidade, bom tanto para os menos conhecedores quanto para os conhecedores.
Aya Fuse, narigudinha (apesar disso deve ter um aegyo de ahazar [favor pesquisar aegyo no google]), 15, divulgadora, cidadã fulerage que possui uma câmera flutuante de estimação e daria sei lá o que por uma matéria foda, é uma garota totalmente flopada na vida midiática, ocupando um lugar pôdi no ranking de popularidade do seu país, enquanto o irmão é um famoso que esfrega isso o tempo todo em sua face. Sim, são personagens humanos, e isso é o melhor de tudo: Scott nos mostra que apesar de evoluções e mais evoluções, os humanos continuam os mesmos peidões de sempre. Babado, neah? Scott foi muito divo nesse livro.
Você, se for ler (me pergunto se tem alguém lendo isso), encontrará resquícios da sociedade dos três volumes anteriores. Viciados em cirurgias, pessoas avoadas (odeio avoados, tanto os do livro como os da vida real ¬¬), pessoas borbulhantes, pessoas sagazes e pessoas medíocres. Queria que houvesse uma adaptação cinematográfica (me pergunto por quê não usei a palavra “filme”), pois me senti bastante interessado pelos olhos de mangá. Na verdade, todos os Cabeças de Mangá *o* (os que se modificam cirurgicamente para se parecerem com mangás barra cabelos coloridos barra olhos grandes).
Às vezes eu acho que dou muitos spoilers.
O que você faria se uma pessoa chegasse em sua vida repentinamente? Você a aceitaria? Por ela, você mudaria seus princípios, e tentaria mudar por si mesmo? Passaria a ver tudo de uma forma diferente? Ou você faria que a pessoa mudasse para estar de acordo com você? Ou faria os dois?
Este é um tipo de narrativa em que podemos acompanhar a evolução dos personagens. O que há de novo nisso? Nada. Mas traçar a evolução de personagens de um modo coerente com os acontecimentos nunca foi uma tarefa fácil, mas vemos disso aqui.
Será que as mudanças são tão difíceis a ponto de ser necessária uma transformação absurda e em massa? Será que o corpo e a mente humanos precisam de um apoio extra para lutarem contra si mesmos, contra seus princípios? Tudo é tão difícil assim, ou as virtudes podem mudar tudo?
Acho que só as pessoas em suas mais íntimas particularidades podem dar essas e outras respostas, mas se está tão difícil enxergar, então eu diria que Feios é um ótimo livro para começar, e diria que Extras é um excelente livro para concluir. Esta é a conclusão final, aquela cereja do bolo que faltava para o entendimento de tudo, a complementação-chave. Tenho que dizer que é lamentável ouvir dizer que foi produto do fato de Westerfeld ter sucumbido à fama, ter deixado que ela o dominasse e que ansiasse por mais dinheiro. No entanto, não poderia haver resposta melhor do que um volume final com uma história impactante, emocionante e repleta de personalidades reais, um jato de nanoestruturas prateadas no recalque de metal dos haters. (Se lerem, vão entender)
Não concordo muito com alguns livros que são eleitos Best-Sellers do New York Times. São tantos livros ruins na lista, e tantos livros bons de fora, que é um tanto improvável não perder a credibilidade. A série foi eleita best-seller daquele jornal, e, olhando pelo ângulo bonzinho de que apenas os melhores vão parar lá, e fazendo uma análise verdadeira do livro, não apenas de quem está lendo para se divertir (embora eu ache que seja possível se divertir e fazer uma análise verdadeira ao mesmo tempo), pode-se corroborar que a obra da qual voz falo é um verdadeiro ahazo.
Não posso deixar que falem mal deste livro por aí, e nem dos outros, tampouco. Não quero lhe fazer mal, mas farei se for necessário.

Joice (Jojo) 31/05/2015

Bom livro de ação, mas com um final a desejar
Não gostei de Extras. Apesar de ter os mesmos componentes dos livros anteriores - ação non stop e personagens indefinidos - o final da saga de Scott Westerfeld padeceu em diversos níveis de narrativa.

A história de "Extras" se passa três anos após o fim da Era da Perfeição, implodida por Tally Youngblood no final de "Especiais". No país de Aya Fuse, uma Feia de 15 anos, agora o que vale é a fama e o que ela permite comprar.

Aya é uma divulgadora que espera tornar-se tão ou mais famosa que o irmão mais velho, Hiro (também divulgador), publicando matérias em seu canal. Com a reputação que espera conquistar, ela também deseja ser digna do afeto de Frizz, um Perfeito que optou por fazer uma cirurgia que só lhe permite dizer a verdade.

Aya vê nas Ardilosas - um grupo de meninas que foge da popularidade e surfa trens magnéticos - uma forma de conquistar essa fama, nem que ela precise mentir para conseguir as imagens. Todavia, quando Aya capta mais que as Ardilosas e descobre lançadores de projéteis numa montanha próxima à sua cidade, ela não percebe que essa matéria pode atrair a atenção de pessoas que estavam escondidas desde a época da Libertação.

As duas primeiras partes de "Extras" foram bem interessantes, seguindo aquele mesmo ritmo "cinemão" de Scott Westerfeld, onde uma cena de ação após outra faz com que a gente ignore as falhas na história. Afinal, como acontece nos três primeiros livros da série, apesar de "Extras" se propor a falar sobre fama, o debate não acontece de fato. Aya começa o livro em busca da fama e não muda muito ao longo das páginas.

Apesar disso, tudo estava correndo bem e "Extras" iria ganhar suas três estrelas - ação non stop, Tally quebrando tudo -, mas aí... o autor resolve inserir os tais Extras, que eu não vou falar o que são para não spoliar, e eu não gostei. Além disso, Westerfeld perdeu a oportunidade de fechar tramas (ou pelo menos desenvolvê-las um pouco mais) que estavam pendentes desde "Especiais", como as relações entre Tally, Shay e David.

Em suma, senti que "Extras" seria um gostoso bolo de chocolate para comer naquela tarde de chuva, mas que desandou e acabei ficando sem lanche. Uma pena.

Carol- Books and Tea 02/11/2012

Sátira das Futilidades do Mundo
Extras - Scott Westerfeld
416 páginas - Galera Record

Everybody sabe que, Feios seria uma trilogia, como todos os livros da face da Terra,deram para ser de um tempo para cá, mas acabou sendo prolongada para mais um volume, certo? Nos perguntamos se Scott, iria deixar a fama subir á cabeça e se perder nesse livro, mas isso não aconteceu, pelo contrário! O livro é uma paródia á tudo isso.

So, o livro tem como base a fama e a popularidade, mas não de uma forma fútil, ou melhor, transmite o quão fútil isso é.

Fama, popularidade,reconhecimento, desde sempre as pessoas tem a "necessidade" de se destacar naquilo que faz, tentando sempre o seu melhor, ou não. Porém, muitas das vezes isso foge do controle e acaba indo ao inútil e fútil. Quando todos fazem de tudo para conseguir isso, e mentir sempre está no topo, de quem a busca. Nessa base, que Scott produziu Extras, e por ela que darei início á resenha.

A Era da Perfeição, foi deixada para trás, Tally e os cortadores, trouxeram a libertação, não existe mais avoados, pelo menos, não sem consentimento. Porém, com a liberdade, as coisas estão indo longe demais. As cidades estão ficando extremamente cheias, com isso, estão avançando seus limites para a floresta e acabando com mundo. Como a destruição que está ocorrendo no nosso mundo, o que nos faz refletir de certa forma.
O livro se passa em uma cidade asiática--Também não entendi muito de início isso- 3 anos após a guerra de Diego, que agora é contada nos canais de história. Isso, canais.
A cidade é baseada, no quão popular você é, o que, com quanto menos dígitos você tiver, melhor será sua posição na sociedade. Já que a popularidade é a base econômica agora.

Funciona assim, cada pessoa, tem seu próprio canal, em uma espécie de YouTube, e nele postam matérias, quando mais falado seu nome é, por conta de suas matérias, mais popular você fica.
Em Extras, somos apresentados a Aya Fuse,15 anos, uma feia que ocupa a posição de 451.611º, de popularidade na tabela. Aya, ao meu ver, me irritou muito, a classifiquei como egoísta e fútil, já que tudo para ela, se resumia em ter que gravar para ser famosa, levando Moggle sua câmera flutuante, para tudo que era lugar. Porém, tudo e todos eram assim. E ela acabou mudando, Glória! Em uma festa da qual entra de penetra, acaba conhecendo Frizz Mizuno, um perfeito, no estilo olhos de mangá, que participa e é criador do grupo, Honestidade Radical, na qual passam por uma cirurgia para não conseguir mentir, NUNCA! O que é ótimo, Frizz, foi sim na minha opinião, o melhor personagem do livro. Brotando ai o casal.

But, Frizz, não foi o motivo da presença de Aya, e sim, as Ardilosas, garotas desconhecidas que surfavam com pranchas a em cima de trens magnéticos, á mais de 300km/h.

Aya acaba entrando em uma aventura, jamais imaginada, que acaba levando-a a situações extremas, quando acaba tendo de decidir em manter sua palavra ou "salvar" o mundo. Como nos outros volumes, Scott nos envolve em sua narrativa, empolgante e com tudo, aventura,romance, mentiras... Ah, e claro, com o reaparecimento de personagens dos livros anteriores, que se entraram e se juntaram aos personagens e ao enredo, de maneira exemplar, sem roubarem a cena dos principais nesse volumem porém aparecendo de forma crucial. Mas vocês vão ter que ler, para saber ok?
Algumas coisas deixadas por Especias, o anterior, ficam mais clara, o que foi ótimo. Os personagens secundários, foram muito bem construídos, não se distanciando do foco principal em nenhum momento. Hiro, o irmão mais velho e super popular de Aya, por exemplo, com seu jeito egocêntrico, me fez rir com sua ironia e ego insuportável, as Ardilosas me envolveram bastante também.

Extras, é um livro ao meu ver, independente, que foi muito bem feito, não sendo apenas mais um da série. E realmente um extra, que para quem leu a série, é indispensável, e quem não leu, vai ler não é?

Boa leitura :)

Adriana 13/05/2012

Este é o quarto e último volume da série Feios, distopia de Scott Westerfeld que fez muito sucesso no Brasil e no exterior. Confesso que a série, que conta a história de Tally Youngblood e é composta pelos três primeiros livros, me decepcionou um pouco. Por isso, fiquei muito feliz por poder ler Extras e por saber que o autor decidiu não nos deixar com aquele final escroto inconclusivo. Isso porque Feios era para ser, originalmente, uma trilogia. O próprio Westerfeld, na nota de abertura de Extras, diz que seus leitores é que explicaram detalhadamente o real significado de trilogia. Ele criou este novo volume, com uma protagonista diferente embora Aya Fuse seja bem parecida com Tally em algumas coisas, para mostrar como seria o fim da Era da Perfeição e que rumos a sociedade tomaria.

Nesta nova obra, ser perfeito fisicamente não é mais a regra. O importante agora é ser popular. Na cidade de Aya, todos têm um canal onde divulgam os fatos de sua vida ou matérias que julguem importantes. Quanto mais famoso for o canal (e a pessoa, por consequência), mais méritos dinheiro você ganha.

Aya é uma Extra, alguém com a popularidade lá em baixo. Ela vive na sombra do irmão, que mora em um lugar lindo e é super popular. Ambos são divulgadores vulgos repórteres e vivem fazendo matérias para bombar nos canais.

Porém, a sorte de Aya (que sempre fica com as divulgações mais sem graça e sem importância) está prestes a mudar. Ela descobre um grupo de garotas que se intitulam Ardilosas e que se arriscam surfando em trens magnéticos. Interessada em um furo jornalístico, a protagonista se junta ao grupo e é enredada em uma trama que representa muito mais do que apenas popularidade, mas que pode mudar os rumos de todo o planeta.

Adorei muitas partes do livro, apesar de ter achado o início um tanto maçante. A escrita de Scott é tão cheia de maluquices que demora um pouco até nos acostumarmos. Algumas coisas também não ficaram totalmente explicadas, mas não foi nada que atrapalhasse o andamento da trama. Achei que Extras, como último livro de uma série, foi muito melhor coordenado. Principalmente no que diz respeito à Tally e seus amigos (é claro que eles aparecem, é aí que tudo fica divertido)!

Para quem já leu todos os livros, recomendo muito que leiam também Extras, ele vai lhes dar além de outra perspectiva sobre a sociedade no geral um desfecho muito bonito para os nossos queridos personagens. Não que Especiais não tenha um “final”, ele tem, mas eu não tinha gostado muito dele. Por isso, foi realmente uma grata surpresa encontrar em Extras a maior parte das coisas que eu buscava na série.

Só não dou 5 estrelas porque, como expliquei, ainda tem coisas na escrita de Westerfeld que não me descem. Apesar disso achei este livro um grande avanço, comparado com a má impressão que tinha ficado dele, hehe! Até me animei para ler Tão Ontem, livro do autor que está estacionado aqui em casa há tempos.

Com certeza, recomendo!

Resenha em: http://mundodaleitura.net/?p=3386

S. G. Conzatti 17/12/2019

Sendo uma história "extra" da trilogia anterior, esta nos apresenta novos personagem. Aqui após a revolução vemos uma apologia sobre o ter fama, em uma reflexão muito semelhante ao nosso cotidiano de youtubers. Mas além disso, gostei muito dos personagens do desenvolvimento da história. Gostei mais desse livro do que dos anteriores. A história se encaixa, tem um ritmo rápido com personagens que são fáceis de amar. E a resolução de todo o mistério é surpreendente. Recomendo a leitura, pena ter que ler os outros três antes para entender bem esse.

site: https://www.instagram.com/autorasgconzatti/

Rose 10/03/2015

Oi amigos, a série Feios foi a primeira distopia que li, e foi com ela que conheci um mundo novo. Mas faltava ainda o último volume, que graças a minha querida amiga Dani (Vintecinco Devaneios) finalmente pude terminar. Então com vocês, o que achei do final da série.
Como eu disse, esta foi minha primeira distopia. Apesar dos altos e baixos apresentados ao longo dos volumes anteriores, terminei a série de certa forma satisfeita.
Quando soube deste quarto volume, fiquei me perguntando, será? Mas sinceramente? Antes tivesse ficado apenas nos três primeiros volumes. Mas, vamos ao livro... Depois que Tally Younblood pois fim a era da perfeição, o que importava agora não era a beleza ou a perfeição, mas sim a fama.
É isso mesmo. Em um mundo totalmente conectado e que compartilha informações o tempo todo e em tempo real, ser famoso era o mais importante.
Aya Fuse, 15 anos, sonhava entrar para o rol dos famosos, mas estava muito longe disso, ocupando apenas a 451.611º posição.
Decidida a ficar famosa como seu irmão Hiro, ela estava procurando a reportagem que a lançaria para o topo. Foi por um acaso que ela descobriu o grupo das "Ardilosas". Ela sabia que tinha enfim achado o caminho para o estrelato.
Usando de artifícios, ela se infiltrou no grupo, e acabou descobrindo muito mais do que manobras radicais. Agora ela estava com a faca e o queijo nas mãos para realizar seu sonho de ser famosa. Ela ficaria no mesmo patamar que Frizz, o gatinho famoso que estava dando em cima dela.
Ela só não imaginava que quando soltasse a matéria sua vida correria perigo. Em uma correria contra o tempo, Aya, Frizz, Hido e Ren teriam que manter-se escondidos, justamente em uma sociedade que pregava a visibilidade. Bem agora que Aya tinha atingido seu objetivo, ser famosa.
Eles teriam alguma chance se a pessoa mais famosa do mundo, Tally Younblood chegasse a tempo para salvá-los. Não só eles, mas ao mundo.
Se este volume fosse único eu teria gostado e ficado até que satisfeita. Mas, sendo de uma série, achei um desperdício, um encher linguiça. O enredo não tem nada haver com seus anteriores, sendo a volta de Tally e companhia quase que a única ligação de fato.
Devo dizer também que esta ideia de usar como pano de fundo esta fixação de fama e de ter tudo online foi muito boa.
O livro segue a forma de seus volumes anteriores, então vai depender muito da forma que você vai encarar este livro, se como uma história independente, ou como o final de uma série. Eu prefiro como um livro único.

site: http://fabricadosconvites.blogspot.com.br

Marcela 13/04/2012

Extras
Ele não tem o mesmo ritmo dos outros três, mas é bom pra quem sente saudades da Tally, David, Shay e dos outros cortadores. Se gostou dos outros vale a pena ler este.

lmaldonnado 25/11/2014

Bom, mas desnecessário
Este livro conta uma história interessante... mas praticamente quase sem vinculo com os 3 livros antecessores.
Achei que devia ter parado na trilogia mesmo, pois o final do terceiro livro já estava bom.

Tom 19/12/2019

Decepção
Sabe quando você nada, nada e morre na praia? Provavelmente não, pois estamos todos vivos, mas essa deve ser a sensação.
O livro, praticamente teve a história inteira jogada fora, com o desfecho.