Réquiem Para Um Assassino

Réquiem Para Um Assassino Paulo Levy




Resenhas - Réquiem Para Um Assassino


40 encontrados | exibindo 31 a 40
1 | 2 | 3


Joyce 01/10/2013

Resenha Blog Entre Páginas e Sonhos
Tudo começa com um corpo achado na lama seca de um canal e devido a exposição da mídia sobre o caso, ele tem uma grande repercussão. O delegado Dornelas estava passando no local e para não deixar o corpo sujeito a variação da água, retira-o na frente de todos para preservar as evidências e é o encarregado de descobrir o assassino desde crime misterioso. O caso fica conhecido como "o crime do mangue".

O delegado Dornelas é um homem recém-separado que ainda sofre com a distância dos filhos e depois de 15 anos casado foi obrigado a escolher entre sua profissão e a família. Ele continua morando em Palmyra onde acontece o enredo do livro e seus filhos moram no Rio de Janeiro. Na delegacia, Dornelas tem a ajuda de Solano e de outros subordinados e se deparam com pessoas poderosas ao longo da investigação como o Nildo Borges, vereador e dono de uma empresa familiar Peixe Dourado e Wilson Borges, irmão de Nildo. Além de Maria das Graças, irmã do morto e Marina, assessora de Nildo.

O cadáver é encontrado apenas com um band-aid no braço e a partir dele que a causa de sua morte começa a ser revelada. Dornelas se depara com o esquema do tráfico de drogas da região e como alguns pescadores também estão envolvidos no negócio, além de conhecer mais sobre a vida da comunidade e da prostituição.

"Naquela situação, o delegado Joaquim Dornelas olhou para aquela gente e viu um enxame de moscas sobre estrume fresco." pág 14

Todos os envolvidos possuem algum segredo por trás da aparência e Dornelas precisa descobrir quem é quem porque acontece outro assassinato que está ligado com o caso e que choca a comunidade. O cadáver que Maria das Graças reconhece como sendo de seu irmão não pode ser comprovado porque o sujeito não tinha nenhuma identidade, mas estava ligado o tráfico de drogas e era conhecido como o Zé do Pó.

Dornelas é um delegado muito íntegro, responsável, solitário e que é viciado em novelas e em mingau rs. Ele vai investigar esse caso que aparentemente seria mais um no seu currículo, mas que vai envolvê-lo na parte pessoal. A narrativa está em terceira pessoa o que contribui para a fluidez do enredo e para as descobertas da investigação. As páginas são amareladas, a diagramação é simples e a capa está bem simples também.

Eu gostei da história, mas acho que o envolvimento com o tráfico é sempre muito usado nesse gênero e não é muito original. No entanto, simpatizei com Dornelas que é muito humano, já que acompanhamos seu dia-a dia e seu método de investigação. O desenrolar do caso foi bem interessante, mas nada muito chocante. Apesar de amar esse gênero achei que faltou mais reviravoltas, mas é uma leitura válida para quem curte mistério e investigação criminal.

site: http://entrepaginasesonhos.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



Lili Machado 02/10/2013

Pena a leitura ser rápida, porque não dá para largar o livro até o final da estória.
Uma manhã, na cidade histórica turística à beira-mar, de Palmyra (claramente identificável com Parati), Rio de Janeiro, o delegado Joaquim Dornelas, a caminho da delegacia, se depara com uma multidão observando um corpo de homem atolado na lama, sem sinais de violência – apenas um band-aid na dobra interna do braço esquerdo – e sem identificação.
O delegado Dornelas é um cara comum e humano - amante de uma cachacinha de vez em quando e viciado em novelas e em goró (mingau de farinha láctea – receita no livro), cuida de um cachorrinho e administra uma diarista. É um policial brasileiro das antigas – que se envolve completamente nos casos que investiga, em busca da verdade – doa a que doer.
E, no momento, ele sofre as dores do abandono da mulher, por conta de sua profissão, e da separação dos dois filhos adolescentes, que estão morando no Rio de Janeiro.
Logo surgem duas testemunhas improváveis (a prostituta gostosona Maria das Graças, irmã do morto; e o vereador escorregadio Nildo Borges) para dar uma luz ou atrapalhar as investigações (depende da visão do leitor), que forma uma teia de grandes dimensões, envolvendo tráfico de drogas, prostituição, o comércio local, a indústria do turismo, a comunidade de pescadores, interesses econômicos, políticos, e românticos – um verdadeiro vespeiro.
A experiência na profissão e sua intuição desenvolvida, auxiliada por uma memória fotográfica, permitem que Dornelas transforme uma simples investigação de homicídio (O Crime do Mangue, como a imprensa local vem denominando), numa empreitada psicológicamente complexa.
Paulo Levy trata alguns personagens e muitos problemas sociais, de forma irônica, mesmo por que o merecem. O humor está presente em todos os capítulos, apesar das sombrias mortes. Tem mortes? É claro que tem mortes – afinal é um livro policial – mas sem ser sangrento – tudo na medida certa.
As pistas para a solução do Crime do Mangue – com a ajuda da equipe de Dornelas, destacando-se o investigador Solano - levam a diferentes desfechos, ao virar de cada página. E o autor mostra de maneira tensa, porém leve, que aqui no Brasil, CSI ainda não funciona como na televisão.
Embora sua amizade e relacionamento profissional com a médica legista da região, Dulce Neves, renda um saboroso e apimentado romance. E quem me conhece sabe que adooooooooro médicas legistas (vide a Kay Scarpetta de patricia Cornwell, a Sara Linton de Karin Slaughter e a Maura Isles de Tess Gerritsen).
O final não decepciona nem deixa pontas soltas – me considero satisfeita.
Ao descrever as atividades do cultivo de ostras da Empresa Peixe Dourado, do Vereador Nildo Borges, Paulo Levy demonstra que realmente pesquisou, e entende do que escreve, tornando a estória convincente, sem ser maçante ou didática.
Comparando com os autores nacionais do gênero policial da atualidade, só rivaliza, em minha opinião, com o “72 horas para morrer”, de Ricardo Ragazzo. Dos outros que li, não me agradaram tanto.
Confesso: me apaixonei pelo delegado Joaquim Dornelas. Impossível não se apaixonar por ele, a cada página! Pena a leitura ser rápida, porque não dá para largar o livro até o final da estória.
Para um livro de estréia, é uma grata surpresa e imensa satisfação de leitura, para todos os gostos. Terminei em dois dias – ao fim dos quais, para não ter crise de abstinência, emendei no segundo: Morte na Flip (resenha em breve).
Meus trechos preferidos, em que o leitor pode visualizar, claramente, cenas de um futuro filme, com o ator Alexandre Nero como protagonista (minha sugestão):
• “Diversos microfones estavam enfileirados sobre a mesa, como serpentes famintas”. – Paulo Levy descrevendo a entrevista coletiva sobre o caso
• “O delegado desceu o carro e seguiu triturando o cascalho até a recepção.” – Paulo Levy descrevendo a chegada de Dornelas numa cena de investigação.
• “Verdade, verdade – disse Nildo, assumindo uma expressão repliana.” – Paulo Levy descrevendo a reação de um personagem.
• “Na sua obtusidade masculina, Dornelas não soube definir a extensão da ironia, tão curta é a distância entre o elogio e desprezo nos meandros da comunicação de uma mulher.” – Paulo Levy divertindo-se com a inabilidade de seu personagem, no trato feminino.


site: http://houseofthrillers.wordpress.com/
comentários(0)comente



Vanessa Lacerda 22/01/2015

Resenha - Réquiem para um assassino
Réquiem para um assassino é um livro recheado de mistérios, a começar pelo nome bem diferente dos livros estilo policial que eu já li.
Dornelas é um delegado que se depara, em um dia comum, com um corpo atolado na lama de um canal a caminho do trabalho, a partir de então começa um busca alucinante atrás do assassino.
O livro no primeiro instante não me chamou a atenção, a capa poderia ser mais atraente, porém assim que li a resenha percebi que seria um livro que me prenderia a cada página para desvendar os segredos dos moradores da pequena Palmyra, e realmente foi isso o que aconteceu.
Paulo Levy está de parabéns pelo livro, é um dos autores nacionais que eu recomendo.
comentários(0)comente



Carla Brandão 05/11/2013

Em Réquiem para um assassino somos apresentados a Joaquim Dornelas, delegado da pequena cidade de Palmyra. O protagonista é típico das histórias policiais: tem uma intuição aguçada e não sossega até desvendar completamente o crime. Paulo Levy, porém, soube dar identidade própria ao personagem. Contrastando com a imagem de homem durão que facilmente fazemos de quem trabalha nessa área, Dornelas é fã de novela, come mingau, chora e sofre com a distância dos filhos após o fim de seu casamento. O foco principal é a resolução do crime, mas o livro vai um pouco além, mostrando também esse lado mais íntimo do protagonista.

O enredo é bem amarrado e a narrativa, em terceira pessoa, é de ótima qualidade. Ao virar de cada página vamos acompanhando as hipóteses levantadas pelo delegado, o aparecimento de suspeitos, enfim, todo o desenrolar das investigações, sem correrias ou atropelos. Em nenhum momento sabemos mais que ele, as descobertas são todas feitas junto com Dornelas. Pequenos acontecimentos vão fazendo delegado e leitor questionarem-se a respeito deste ou daquele suspeito.

Os personagens são bem construídos e o autor nos dá detalhes físicos e de personalidade suficientes para, em nossa imaginação, também ganharem vida.

O livro não perde em nada para os romances policiais da literatura estrangeira, com a vantagem de se passar em nosso país e tratar de temas que fazem parte da nossa realidade, aumentando a proximidade de quem lê com a história contada.


site: https://blog-entre-aspas.blogspot.com.br/2013/08/resenha-requiem-para-um-assassino-paulo.html
comentários(0)comente



Marcos Pinto 24/06/2014

Mistério de tirar o fôlego
No livro Réquiem Para Um Assassino conhecemos o delegado Dornelas. Ele, após ser abandonado pela esposa por causa de sua profissão, vive sozinho e enfrenta uma fase difícil em sua vida. Distante dos filhos, sua rotina se torna ainda mais dura e angustiante.

Em um dia qualquer, ao sair de casa pela manhã para ir ao trabalho, Dornelas se depara com um homem morto abandonado na lama seca de um canal. Porém, o que poderia ser apenas um assassinato se torna muito mais complexo, pois não há qualquer marca de agressão física no corpo, a não ser um pequeno curativo na parte interna do braço.

Dornelas solicita que a perícia chegue para investigar a cena do crime, porém, com a demora, ele é obrigado a retirar o corpo do canal sozinho. Não obstante a forma estranha da morte, pessoas se apresentam ao delegado passando informações um tanto quanto suspeitas. O delegado começa a investigar a fundo e descobre que o crime pode ter relação com o tráfico de drogas, com a política e com uma empresa privada.

“Diferente do Rio de Janeiro, que dispõe de tropas de elite para incursão nas favelas, equipadas com veículos blindados e armas mais poderosas do que as das polícias Civil e Militar, os recursos que Dornelas dispõe são ridículos se comparados com os usados pelos traficantes” (p. 28).

Munido de coragem e determinação para solucionar o caso, Dornelas, com a ajuda de seus auxiliares e de Dulce, uma mulher que trabalha no IML, investiga cada centímetro da cidade de Palmyra atrás do assassino. Porém, tudo pode ser muito mais complexo do que eles imaginam.

Paulo Levy soube criar um livro incrível, onde cada personagem tem um ar de inocência e de suspeito. Ele forma uma intrincada teia, onde diversos segmentos da sociedade e do crime organizado se encontram, deixando o leitor cada vez mais afoito com o passar das páginas. Aliás, por ser um livro pequeno, temos a vontade de devorar toda a obra de apenas uma vez, tamanho é o suspense criado pelo autor.

“‘Todo bandido é igual’, pensou Dornelas. “Sempre existe uma mãe disposta a perdoá-lo, senão negar até o fim do mundo a culpa do filho, mesmo que este houvesse cometido crimes de guerra”. Em respeito a ela, Dornelas não queria ir direto ao assunto. Mas também não podia se esquivar da pergunta” (p. 71).

Quanto aos personagens, Dornelas, o principal, não deixa a deseja. Levy aprofundou bastante na construção dele, principalmente na parte psicológica. Encontramos um personagem que se reconstrói de seus traumas no decorrer da investigação, enfrentando seus medos e angústias. Dornelas torna a investigação de um assassinato em sua história de superação pessoal.

Quanto aos personagens secundários, Nildo Borges, um vereador com ar de corrupto, e Dulce, uma mulher forte e determinada, se sobressaem. O primeiro é um exemplo de político brasileiro: suspeito de caixa dois e de desvio de verbas, além de uma possível associação com o tráfico. Dulce, por sua vez, se mostra uma mulher inteligente e interessante, além de extremamente determinada, o que dá ainda mais tempero ao enredo.

“Para não afastar os turistas – as galinhas dos ovos de ouro – a Prefeitura tinha a obrigação de enviar um sinal à opinião pública, brasileira e internacional, de que o tráfico de drogas no município estava sob controle e de que aquele crime era um caso isolado, uma fatalidade. Um corpo no mangue não passava de um dano colateral” (p. 124).

A capa é simples, porém tem total relação com a obra. A diagramação, por sua vez, é completamente confortável: folhas amarelas, letra grande e espaçamento ótimo, contribuindo ainda mais para uma boa leitura. A correção é muito boa também, encontrei pouquíssimos erros, algo que é bem escasso no mercado literário brasileiro.

Em todos os sentidos, Réquiem Para Um Assassino é um livro mais do que recomendado e, sem dúvidas, supera muitos livros policiais estrangeiros que já li. Para quem gosta do gênero, esse livro é um prato cheio. Basta desfrutar.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/07/resenha-requiem-para-um-assassino.html
Lê Golz 04/08/2014minha estante
Tenho curiosidade em ler este livro, principalmente por causa dos elogios que vi de todos que leram.
Está na minha lista a algum tempo..um dia eu ainda leio.rs




Arca Literária 24/06/2014

"Uma trama muito bem escrita por Levy, que te envolve, e faz de você uma testemunha do crime"
Num dia comum na cidadezinha de Palmyra, o delegado Joaquim Dornelas se depara com a cena de um homem atolado na lama, morto, aparentemente um assassinato. O caso ganha repercussão na cidade e chama a atenção dos moradores, e o "Crime do Mangue" como fica conhecido, agora se torna mais do que um simples homicídio na investigação do delegado, pois apesar da falta de sinais de violência e ferimentos, se torna um mistério como o corpo da vítima fora parar ali, e por não ter nenhum tipo de identificação, além da que uma suposta irmã da vítima alega. Recentemente abandonado pela mulher, e sentindo a falta dos filhos Dornelas vai a fundo na investigação desse intrincado crime. As suspeitas recaem sobre os que se dizem querer ajudar no caso, entre eles o prestativo vereador e dono da empresa de pesca da cidade, que parece ter um interesse incomum em ajudar o delegado. Por trás desse caso, vai se revelando um complexo jogo de interesses que envolvem prostituição, política e tráfico de drogas e também os pescadores de Palmyra. Ao embarcar nessa investigação, Dornelas estará dando um passo para uma jornada de transformação pessoal.

Nota Pessoal:
Pessoal esse livro simplesmente me deixou super envolvida na história, e o que eu gostei bastante foi de Dornelas ser um sujeito comum, simples, cheio de problemas, e ainda assim desempenhar o melhor papel possível na polícia. Ele é divertido, a simplicidade da vida dele, é gostosa de ler. O que acontece é o que aconteceria com qualquer um no cotidiano. Os diálogos são bem construídos, e a leitura é fácil e prazerosa. De início logo me identifiquei. Gosto de suspense policial, e ainda mais se passando em cidades pequenas onde qualquer um é suspeito. O autor nos dá as opções dos possíveis assassinos, e não complica muito, pois tem livros que é tanta gente suspeita que você até esquece os nomes...rs. Mas aqui você fica a vontade pra imaginar quais os motivos de cada suspeito, e vai conhecendo eles ao decorrer da história. Adorei a história, e claro queria um pouco mais de Dornelas, um sujeito, despretensiosamente cativante. Além disso estou mais curiosa pra ler outras obras do autor. Recomendo
à todos.

QUOTES:

"O fato é que nessas horas, os seres humanos se rebaixam ao estado mental de um bovino que assiste impassível um leão devorando um dos seus em plena luz do dia"


"Você é ainda é uma merda, Joaquim. Mas uma merda de quem eu não canso de gostar."

"- Te amo meu filho
- Eu também, pai. A gente é amigo né?
- Sempre"

"De baixo da água, sozinho, Dornelas apertou os olhos, arreganhou os dentes, e num grunhido animalesco, chorou de dor"

"- Vá devagar comigo. Faz muito tempo que não faço isso.
- Eu também.
Ela olhou para ele, confusa.
- Mas você não estava casado até pouco tempo atrás?!
- Por isso mesmo"

"Essa cadeira em que a senhora está sentada tem um nome: eu a chamo de Cadeira da Verdade, ou da Mentira, dependendo do ponto de vista. Todos que se sentam nela contam uma história mais mirabolante que a outra. A senhora não faz ideia do que eu já ouvi"

"Acredito que o assassino vá se misturar à multidão apenas por um desejo mórbido de saborear pela última vez o resultado do seu trabalho"

site: http://www.arcaliteraria.com.br/requiem-para-um-assassino/
comentários(0)comente



Pedro Martins 02/07/2014

O Crime do Mangue.
Classificação: ★★★★★

Nota introdutória: “- E a policia militar, vai demorar? É preciso segurar essa multidão.
- Devem chegar logo. Já chamei a perícia e o IML, mas acho que eles não vão poder fazer muita coisa com a maré seca desse jeito.
- Eles vão demorar umas boas horas para chegar aqui. Se a maré subir, vamos perder algum rastro ou marca de como o corpo chegou até lá – disse o delegado apontando para as poças de água suja com natas fruta-cor. – Quanto tempo para os bombeiros?
- Meia hora, uma hora. Depende da papelada.
- Não vai dar tempo. A maré já esta subindo.”

Réquiem Para Um Assassino, por Paulo Levy.

Parecia uma manhã qualquer em Palmyra, cidade histórica com poucos habitantes situada ao litoral do Rio de Janeiro. Quando o delegado Joaquim Dornelas, ao sair para o trabalho, percebe um movimento estranho nas ruas. Diante da Igreja de Santa Teresa e da Antiga Cadeia, no Centro Histórico, a população observa o corpo de um homem atolado na lama seca do canal. O problema é que não há pistas nenhuma sobre como esse assassinato ocorrera e muito menos qual fora o seu motivo. O corpo não apresenta sinais algum de violência, ferimentos, nada, apenas um band-aid na dobra interna do braço esquerdo.

A partir das informações obtidas, que são quase nulas, Joaquim Dornelas - amante de cachaça e mingau de farinha láctea - parte para o trabalho duro em cima da investigação do “Crime do Mangue”. Ao longo da história, Dornelas se mostra um excelente profissional, um investigador incrível, mas apesar de tudo, com uma vida pessoal conturbada e cheia de problemas, associados á recente separação com a mulher e a mudança desta com seus dois filhos para uma cidade longínqua.

Um dos aspectos positivos na trama é a abordagem dos diversos problemas sociais presentes atualmente no nosso país. O autor consegue retrata-los muito bem, algumas vezes de uma forma irônica. Durante sua investigação, Dornelas é obrigado a se envolver com políticos, traficantes de drogas, prostitutas e uma comunidade de pescadores, onde todos eles de alguma forma parecem estar emaranhados com o crime. Os personagens são muito bem explorados, juntamente com o cenário, cheio de pontos turísticos famosos os quais alguns leitores certamente serão capazes de reconhecer!

Réquiem para um Assassino é o livro de estréia do ex-publicitário Paulo Levy. Engana-se quem pensa que por ser um livro de estréia a obra não seja boa, pois é ótima, digna de cinco estrelas. Cada pista, cada idéia do delegado, por menor que sejem são capazes de deixar qualquer um louco para saber o final da história e até mesmo se estava realmente certo em relação ao seu palpite sobre o verdadeiro assassino – que acreditem, são capazes de mudar a todo o instante!
Paulo Levy conseguiu criar uma história tão apreensiva que você não consegue largar um minuto sequer! Já fora publicado uma outra aventura do delegado Dornelas, Morte na Flip, o qual estou super ansioso para ler!

224 páginas, Editora Bússola, publicado no ano de 2011.


site: http://clubedolivro.potterish.com/2013/08/resenha-o-crime-do-mangue/
comentários(0)comente



Simeia Silva 02/07/2014

Trama muito bem feita
Delegado Dornelas é um homem bom, correto e que não se envolve na corrupção como muitos policiais por aí.Ele foi abandonado por sua esposa e por isso enfiou a cara no trabalho, queria afastar a dor da separação e a falta que os filhos lhe fazia trabalhando, e muito.

Em um dia, quando saiu para o trabalho, a alguns metros de sua casa, notou uma aglomeração de gente e viu que alguns seguiam para a baía, seguiu atrás para saber o que estava acontecendo.

Qual não foi sua surpresa ao conseguir passar pelas pessoas e chegar a beira do rio, viu um corpo de costas, não tinha marcas de nada, nem de tiros, nem pancadas, apenas um curativo na parte interna do braço. Aquilo lhe frustou e deixou pensativo.

Ele então, solicita logo a chegada da perícia, mas com a demora e a água do canal subindo rapidamente naquele horário, ele resolveu com a ajuda de seus policiais tirar o corpo dali antes que a água o levasse embora rio adentro.

Passados algum tempo ele fica intrigado com aquela morte e logo começa a investigação e o seu faro aguçado e experiente, logo lhe diz que tem coisa grande ali e muita sujeira.

Com o seguimento da investigação, ele descobre que alguma coisa no depoimento da irmã da vítima e de uma testemunha não bate, resolve investigar mais a fundo e saber o que realmente aconteceu.

Com o andamento da investigação ele recebe ameaça em casa, mas nem isso o deixa amedrontado e ele segue em frente com as investigações, acompanhado de perto por seu investigador Solano.

Se aprofundando cada vez mais na investigação, Dornelas descobre que tudo aquilo poderia estar ligado com o tráfico de drogas que ocorria no canal e que a empresa de um político poderoso da cidade estaria envolvida nesse meio.

Mas como faziam as entregas sem ninguém perceber nada? O que o crime tinha a ver com tudo aquilo?Quem era o mandante da morte no mangue? E a morte de Marina, secretária do vereador Nildo Borges, o que teria haver com tudo aquilo?

Outra tentativa de homicídio acontecerá, será que assim pegarão quem esta fazendo toda aquela sujeira?

Será que finalmente Palmyra, uma cidade tão pacata e calma, voltará a suspirar em paz?

Qual será o desfecho dessa estória instigante?

Todas essas perguntas vocês só saberão lendo essa delícia de leitura.




Minhas impressões


O suspense que o autor colocou no livro todo, me deixava ser ar em todos os capítulos, a cada pista descoberta eu queria saber logo quem era ou quem eram os assassinos.

A inocência e falta de provas nos personagens suspeitos me deixava intrigada, eu ficava parecendo ajudante do delegado, reunindo as provas,folheando os capítulos anteriores para ver se eu tinha perdido algo, não era possível todos serem tão inocentes, hahahahaha, sofri muito com a minha curiosidade que era bem grande.

O livro é bem curtinho, então você quer logo ler o livro todo para descobrir tudo.

Muito bem montado, o autor esta de parabéns, a história ficou limpa, fácil de se entender.

Agora vamos a construção dos personagens.

O delegado Dornelas, me deixou apaixonada por ele, é de uma sensatez e esperteza astronômica, tudo ele quer checar, cada descoberta passada, ele encaixava nas novas descobertas com uma rapidez maravilhosa, o livro não ficava chato quando ele começava a investigar, era tudo muito rápido, pensamento voraz a desse delegado, amei o personagem.E além do mais, no final do livro, ele nota que aquilo tudo, foi como se tivesse sido uma psicologia para ele superar todas as suas dores e frustrações, achei isso massa.

Os personagens secundários fizeram se encaixaram maravilhosamente na história, mo enredo, nada, nenhum ficou fora de lugar, ou a mais na história, cada um fazia parte de vários acontecimentos, todos se encaixaram perfeitamente.

O autor esta de parabéns, tudo nessa história se encaixou perfeitamente, adoro livros assim. Espero ler o outro livro dele que é A Morte em Flip.

A diagramação achei maravilhosa, folhas amarelas, escrita fácil de se ler, erros achei um apenas, se tiver mais não notei. A capa é simples, mas condiz com a história contada.

No mais, indico e muito essa leitura, podem ler que irão se encantar.Para quem ama o gênero como eu, é um prato e uma panela cheia para desfrutar com gosto.


Beijos e ótima leitura.



site: ateliedoslivros.blogspot.com.br
comentários(0)comente



Amanda's Tale 07/07/2014

Réquiem para um Assassino
Olá pessoal, tudo bem? Então, venho trazer mais uma resenha de um autor brasileiro, porém dessa vez tem um enfoque diferente, pois é um livro investigativo. Então, vamos conhecer um pouco da estória?
Nesse livro iremos conhecer Dornelas um investigador que perde sua família por causa de sua profissão, pois prefere continuar fazendo o que ama, e acaba sendo abandonado por sua esposa. Dornelas vive numa cidade histórica no litoral do Rio de Janeiro chamada Palmyra que é um local tranquilo, porém, tudo está prestes a mudar depois que ocorre um assassinato, e o corpo da vítima é jogado em um mangue.
Esse caso vai parar nas mídias e fica conhecido como O Crime do Mangue, e tanto as autoridades como a mídia ficam no encalço dos investigadores, pois a cidade é um ponto turístico e caso o assassino fique a solta, poderá fazer com que os turistas fujam.
Porém, o assassino e a vítima ficam na incógnita, as únicas pistas que eles têm é que o sujeito é homem e possui um band-aid, pois o corpo não tem marcas de violência e nem feridas, e não consegue descobrir nada com o DNA do homem. Quem será que matou o sujeito? Quem ele era?O que ele fazia? Por que ele morreu? São várias perguntas que fica rondando na cabeça de Dornelas, será que ele vai conseguir desvendar o crime?
No decorrer da estória Dornelas vai unindo o quebra-cabeça e vai descobrindo todas as aberturas que havia no caso, até descobrir quem é o culpado. Mas, para isso ocorrer Dornelas descobrirá várias coisas como: prostituição, tráfico, assassinato e passará por pressões e ameaça.
Bom, eu achei o livro muito bem escrito, o autor sabia do que estava escrevendo, porém, eu achei que a leitura era muito lenta, os acontecimentos eram muito devagar. Eu esperava mais ação, tirando isso não tenho nada do que reclamar.
Não encontrei nenhum erro gramatical, as folhas são amarelas e grossinhas, a diagramação é simples, a separação dos capítulos possuem uma estrelinha, a numeração das páginas é embaixo centralizada.
Para quem gosta de um livro que é investigativo, com mistério e uma pitada de quase nada de romance é um livro muito bom para ser lido, tinha partes do livro que você encontrava uma adrenalina e em outras uma monotonia da vida cotidiana.
Um livro leve, com uma estória bem plausível, que poderia ocorrer no nosso dia-a-dia. O autor nos levou a um mundo que é nosso. Então, eu recomendo sim o livro, para você apreciar cada linha que o autor escreve.
Espero que vocês tenham gostado, que estejam sempre acompanhado o blog para que sempre vejam as novidades, beijos, até o próximo post.

Título: Réquiem para um Assassino
Editora: Bússola
Edição: 1° -2011
Gênero: Literatura Brasileira/ Ficção/ Investigativo
Páginas: 220
Avaliação: 3/5
ISBN: 978-85-62969-05-8

site: http://amandastale.blogspot.com
comentários(0)comente



Blog PL 22/01/2013

http://palaciodelivros.blogspot.com.br/2012/11/resenha-requiem-para-um-assassino-paulo.html
Postado em: http://palaciodelivros.blogspot.com.br/2012/11/resenha-requiem-para-um-assassino-paulo.html

Joaquim Dornelas é delegado da cidade de Palmyra, localizada no interior do Rio de Janeiro. Divorciado e distante dos filhos que tanto ama, dedica-se ao seu trabalho, colocando sua vida em risco e negligenciando, muitas vezes, sua vida pessoal.
Mas é em um dia, aparentemente comum, que Dornelas se depara com uma cena impactante. Durante o caminho até seu trabalho, vê mais adiante, um aglomerado de cidadãos curiosos, próximos do “manguezal”, onde um corpo inerte repousava.
Discutindo com sua equipe, percebe que é necessário adulterar a cena do crime, tirando o corpo do litoral, onde a água avançava com extrema rapidez. Contudo, ao salvar o corpo, mal sabia Dornelas que estava tomando para si, um embrolho, que o levaria às áreas mais perigosas da cidade, assim como, às pessoas cheias de poder e impiedade.
Depoimentos falsos, ameaças, prostituição, caixa dois, trafico de drogas, e mais mortes. Quanto mais Dornelas avançava em suas investigações, mais a solução lhe escapava. Parecia que ninguém estava colaborando nas investigações; parecia que ninguém estava pronto para falar a verdade. E por quê? Porque estavam lidando com um mal que, talvez, nem mesmo a polícia poderia conter.


Devo admitir que, primeiramente, ao me deparar com a capa e seu título não soube o que pensar, o que esperar da trama. Não criei nenhuma expectativa, ou um conceito previamente adotado, simplesmente avaliei e “senti” o livro como ele verdadeiramente é.
Réquiem para um Assassino foi um grande surpresa para mim, começando por seu título e as inúmeras críticas que podemos encontrar logo nas primeiras páginas. Acostumada com James Paterson e algumas séries de TV que levavam o mesmo gênero – exemplo: CSI – fiquei abismada com o modo como o enredo foi construído, com a sincronia detalhadamente trabalhada e o equilíbrio perfeito. Criar, administrar, e, principalmente, finalizar os acontecimentos de um livro investigativo, não é para qualquer escritor; é preciso um controle muito grande para que os “furos” não aconteçam.
Nas primeiras páginas lidas, notei que Réquiem para um Assassino era mais um livro que lhe envolvia com tanta facilidade, que você não conseguia se desprender do mundo e acontecimentos criados. Li-o em poucos dias, lamentando não ter mais tempo para conhecer seu desfecho mais rapidamente. Leve, porém tenso; sério, e em outras ocasiões, engraçado; profissional, e ao mesmo tempo tão intimo: real e leal ao cotidiano. Mas o que mais me chamou a atenção foi o seu conteúdo: críticas às ações humanas, à burocracia, entre outros assuntos que somos obrigados à pararmos para refletir. Assim como, as informações diferenciais – e adicionais – que o autor, com certeza, teve que adquirir muito estudo para nos informar: a criação de frutos do mar, a linha de investigação que os agentes policiais assumem frente ao caso, entre outros atrativos.
Os personagens são tão reais quanto as cenas descritas, com um caráter único e especial. Dornelas, o protagonista, é um personagem curioso e fácil de se apegar. É ótimo ter conhecimento sobre a vida do delegado, seja ela profissional, ou pessoal.
Mas o que mais me intrigou foi o seu fim. Acreditava que seria um pouco mais agitado, cheio de cenas de ação, perigos; mas não, só terminou com a solução da investigação – o que já foi o suficientemente surpreendente. Mas então lembrei-me que Joaquim Dornelas é um delegado e não um investigador, seu trabalho não é tão arriscado quanto dos detetives, e que o livro se mantinha totalmente leal.
De capa dura, folhas amareladas, letra de tamanho e fonte satisfatória, o livro parece agradar qualquer tipo de leitor. E o melhor: Réquiem para um Assassino não é somente um livro de investigação que lhe distrai, lhe surpreende, é um livro que traz todos os atributos citados e anteriormente e mais: lhe traz ensinamentos. E é exatamente isso que a literatura necessita; de livros que te fazem pensar, criticar. Livros cheios de conteúdo.
Indico Réquiem para um Assassino à todos, para satisfazer todos os gostos. É raro encontrarmos livros que tenham tantos atributos hoje em dia.


Primeiro parágrafo do livro:
Basta deitar cedo que é sempre a mesma coisa.

Melhor Quote: Naquela situação, o delegado Joaquim Dornelas olhou para aquela gente e viu um enxame de moscas sobre estrume fresco.

Letícia Lançanova / Palácio de Livros
comentários(0)comente



40 encontrados | exibindo 31 a 40
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR