Zonas Úmidas

Zonas Úmidas Charlotte Roche
Charlotte Roche




Resenhas - Zonas Úmidas


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Fê Gaia 16/04/2010

Diminua suas reservas
Engraçado como as pessoas ficam enojadas com tudo q diga respeito aos seus fluidos e secreções em geral. Por isso, é um choque total quando se depara com um livro como esse, cuja personagem principal se interessa tanto por tudo q é expelido por seu corpo q chega a ingeri-los. Prática comum nos animais em geral. Mas q em nós causa um verdadeiro horror.

É claro q o livro desperta asco em alguns momentos, mas acho válido diminuirmos algumas barreiras q temos com relação ao nosso corpo. Grande parte das atitudes de Helen são de fato imbecis, mas esse exagero é proposital, mostra uma visão de mundo meio punk. Não classificaria esse livro como literatura erótica, erótico é algo q excita, oq não é o caso.

Curioso o contraste entre a vasta experiência sexual da menina e sua enorme ingenuidade quanto às relações e sentimentos humanos. O final é meio no sense, mas acho essa leitura válida pelas razões já citadas.
@Agulha3al 21/06/2011minha estante
Sua resenha me deu vontade de ler o livro!


Fê Gaia 22/06/2011minha estante
Que bom que lhe interessou, Agulha. :) Você anda sumido, hein? rsrs Abraços.


@Agulha3al 04/07/2011minha estante
Não gostei, nem detestei... achei indiferente o livro! srrsrs




Mariana 09/04/2021

Deboche, fluido corporal e cu
Assisti ao filme de 2013 (Wetlands/Feuchtgebiete) e já sabia com o que poderia me deparar.

Sim, no início do livro fiquei bastante surpresa com as palavras diretas da personagem Helen. Não existem descrições com "glamourização" para o corpo humano. Creio que é por isso que muitos se assustam, pois lemos várias vezes - com detalhes bem longos - sobre: muco cervical, cocô, sangue menstrual, cu, xixi, sexo, meleca de nariz e casquinhas de machucados.

Helen tem 18 anos, gosta muito de transar, se masturbar, fazer testes anti-higiênicos e às vezes se drogar. Ela adora (e faz de propósito) deixar tudo bem sujo e ver o que acontece.

O livro para mim é um deboche a todos os "chick lit" (literatura para mulheres) e principalmente para quem tem mania de limpeza.

Creio que a autora conseguiu vender tantos exemplares por que já era conhecida na Alemanha, e claro, pelo livro se tratar de um conteúdo ascoso. Charlotte Roche, antes de escrever "Zonas Úmidas" trabalhava no canal VIVA (equivalente à MTV do Brasil) e fazia entrevistas com celebridades (podemos encontrar várias entrevistas dela no YouTube com: U2, Marilyn Manson, Depeche Mode, Mick Jagger e Liam Gallangher).

Deixando de lado todo o conteúdo asqueroso do livro, percebi que Helen é bastante negligenciada pela mãe e ficou muito afetada após o divórcio dos pais. Portanto, não sei se tudo o que ela faz é por "birra" pela mãe ou por ser atentada mesmo.
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Arraz 22/01/2016

Nojo de Buceta?
Eu sempre me perguntei o porquê de "Zonas Úmidas" ser considerado um livro "só para quem tem Estômago forte"

Após ler a obra, a resposta a essa pergunta ficou clara: Se faz necessário um estômago e uma mente forte para quebrar tabus. E um dos tabus mais enraizados no ser humano é a imagem esperada de uma mulher

Todas as mulheres, desde a nascença são condicionadas a serem mães, gentis, sexualmente autoignorantes e, o principal, limpas

Realmente, ler zonas úmidas é uma experiência que quebra esse tabu. Faz sei estômago forte vomitar cada miligrama de machismo que tem na sua mente fraca.

Lendo a obra aprendi que não devo ter nojo de menstruação, não me escandalizar com uma mulher segura de si e segura de sua sexualidade e não cobrar da mulher padrão de higienização vaginal nenhum, enquanto eu, como homem, nunca liguei para isso na vida (quantos produtos de limpeza íntimas femininas você conhece vs masculinas)

"Nojo de buceta ?" : Depois de Zonas Umidas me colocar de cara contra meus preconceitos machistas e tabus femininos mais velados, não tenho estômago forte é para ouvir essa frase .
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Jessica 26/06/2011

Se você tem estômago fraco e severos hábitos de higiene, fique longe de Zonas Úmidas. A personagem põe a prova todo o tipo de crença ou afirmação relacionada a saúde corporal.

Em alguns trechos do livro eu precisei respirar fundo antes de continuar, e só não o classifico como um ótimo volume porque o mesmo é dotado de um pedido de desculpas.

Entre descrições escandalosas e precisas a autora inseriu o drama da ruptura familiar como justifica para o comportamento da personagem, até que a mesma é salva por um amor tão óbvio quanto fulminante que a retira do meio problemático, deixando no ar a promessa de uma mudança de hábitos.

Ainda assim, o livro vale a pena pelas questões que levanta nas entrelinhas.
@Agulha3al 04/07/2011minha estante
gostei muito da sua resenha! um abraço!




rogerbeier 22/08/2010

Uma verdadeira perda de tempo
Quer ganhar dinheiro com um livro??? Escreva um monte de coisas que sabidamente chocam a sociedade sobre sexo e misture com uma boa dose de nojeira para provocar ainda mais uma reação de desgosto do público que, por sua vez, repercutirá e fará a propaganda boca-a-boca do livro: "você viu aquele livro nojento sobre sexo de que estão falando???" Pronto! Nem precisa escrever boa literatura.

É disso que se trata Zonas Úmidas. Um péssimo livro que chama atenção mais por suas nojeiras e o desejo de chocar o leitor do que pela qualidade literária ou por qualquer outra coisa. A fraca trama lembra aqueles filmes pornôs que querem colocar história no seu enredo. Uma menina de 18 anos é internada em um hospital para operar uma fissura anal que ela conseguiu ao depilar o ânus com força desproporcional ao local a ser depilado. Justifica a depilação no local em função de sua predileção por sexo anal e, daí por diante, a história é uma sequência de recordações da vida sexual da protagonista, imiscuída de muita nojeira como beber vômito, ingestão de mucos vaginais, penianos e coisas afins.

Eu estava lendo o livro nas viagens de ônibus e intervalos de tempo onde me desloco de um ponto ao outro da cidade e tenho que esperar sem ter muito o que fazer. Mas nem mesmo nesses momentos mortos, vale a pena esta leitura. Uma verdadeira perda de tempo.
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Micha 18/07/2020

Liberdade ilimitada
Livre de toda e qualquer pretensão de ser comedida, Charlotte presenteia o leitor com uma narrativa escatológica, em alguns momentos, porém libertadora. Um livro pra apreciar os deslimites (Manoel, eu amo essa palavra! Obrigada, meu querido.
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fantanauser 22/01/2022

muito divertido estava precisando ler alguma coisa bem humorada assim há tempos! hilário e um pouco perturbador, por que não? absurdo com gostinho de realidade, bom demais
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marinadauece 29/08/2009

Nojento
Sem falsos pudores, a autora vulgariza o sexo de uma forma revoltante, além de escancarar sua preferência por todo e qualquer hábito nojento, tipo comer o que tira dos cravos do rosto. Eca!! É perceptível que o objetivo da autora é chocar os leitores, e conseguiu tão bem que eu não consegui nem chegar na metade.
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Zeka.Sixx 23/11/2020

Bizarro, mas surpreendentemente verossímil
Chega a ser até difícil falar sobre a experiência de ler esse polêmico livro. Certamente, uma das leituras mais bizarras que já fiz. O romance conta a história de Helen Memel, uma jovem alemã de 18 anos com hábitos muito pouco convencionais, no que se refere à higiene e ao sexo. A garota possui obsessão por tudo que é produzido pelo corpo humano: saliva, sêmen, suor, lágrimas, secreções e excrementos em geral.

Internada em um hospital para tratar de uma fissura anal (provocada por um acidente ocorrido durante uma depilação caseira), Helen vai compartilhando com o leitor, de forma anárquica e recheada de humor negro, suas perversões e suas peculiares taras, enquanto arquiteta um fantasioso plano de estender ao máximo a sua estadia no hospital, na tentativa de unir novamente os pais divorciados.

É um livro corajoso e muito bem escrito, que não se apega ao "choque pelo choque". Apesar de toda a escatologia, o romance carrega uma surpreendente verossimilhança, trazendo uma interessante mensagem, forçando os leitores a repensarem seus "nojinhos" com relação a coisas que, no fim das contas, são naturais do corpo humano.

A primeira metade do livro é impressionante e prende totalmente o leitor. É uma pena que, na minha visão, o romance perca fôlego do meio para o fim, ficando um pouco enrolado e repetitivo, único motivo pelo qual não dei cinco estrelas. Se fosso um pouco mais enxuto, seria perfeito.
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MF (Blog Terminei de Ler) 31/07/2020

Uma premissa corajosa, mas prejudicada pelo mal desenvolvimento de seus personagens
“Zonas úmidas”, romance de estreia de Charlotte Roche, escritora alemã nascida na Inglaterra. Trata-se de um livro erótico que foi best-seller na Alemanha e que divide opiniões por abordar temas escatológicos.

Na trama inusitada, conhecemos Helen Memel, estudante de 18 anos, que está internada no setor de proctologia de um hospital para ser tratada devido a uma fissura anal, causada enquanto depilava o local. Ela precisará tratar o ferimento e fazer uma cirurgia para remoção de hemorroidas. Enquanto isso, o livro acompanha os pensamentos e reminiscências da protagonista, nos quais ela revela suas parafilias que incluem seu gosto por interagir e/ou ingerir fluidos corporais secretados/excretados por seu corpo como fezes, sangue (incluindo o menstrual), muco, pus, cera, esmegma, suor e lágrimas, bem como pelo corpo de parceiros sexuais como esperma e vômito. Helen, em paralelo, tenta aumentar, ao máximo, sua permanência no hospital com o intuito de reaproximar seus pais, divorciados. Durante sua estadia, se apaixonará por seu enfermeiro, Robin.

Um enredo realmente inusitado, sejamos francos. Entretanto, há uma certa coragem na premissa. Há na atualidade uma discussão interessante pertinente à aceitação plena do corpo feminino pelas próprias mulheres. Discute-se que existe uma pressão da sociedade para que as mulheres mantenham o corpo sempre em forma, sempre cheiroso, impecável. Há toda uma indústria de cosméticos voltada para o público feminino e que instiga essa imagem. A mesma pressão inexiste, por exemplo, para o público masculino, segundo as pessoas que levantam essa discussão. Logo, uma personagem como Helen, que rejeita cuidados excessivos com higiene vai, obviamente, contra tudo isso. Soa como uma provocação interessante da personagem/autora. Há quem veja nesse livro um apelo feminista.

Entretanto, sinto que faltou um desenvolvimento melhor na protagonista. A sequência com que as ações/pensamentos escatológicos, um logo atrás do outro, traz um pouco de artificialidade, ao meu ver. Soa gratuito e apelativo, mas isso se deve mais a ausência de um desenvolvimento anterior, de uma motivação, uma explicação, um ponto de convergência para o advento da parafilia. Helen vem de uma família desestruturada onde, no passado, houve um episódio traumático envolvendo uma tentativa de suicídio. Da mesma forma, não fica clara a influência desse caso no amadurecimento e ações da protagonista. Aliás, certos pensamentos da protagonista, como a de ver os pais novamente juntos, soam infantis, ingênuos. Vale notar também que, se tal comportamento sexual inusitado ficasse restrito à Helen e o/a parceiro/a, dentro de um consenso, não haveria o que se questionar, mas Helen, em momentos oportunos, impõe certas manias suas a terceiros, sem a ciência dos mesmos. Há aqui um anarquismo cuja origem, igualmente, não é bem trabalhada. O hobbie de Helen em cultivar sementes de abacate, da mesma forma, não é bem pavimentado.

O livro de Charlotte Roche tem coragem em trabalhar temas tabus. É, de certa maneira, um contrapeso para os romances açucarados femininos atuais. Isso é positivo. Contudo, senti a falta de um tratamento melhor no desenvolvimento da protagonista. Queria entender melhor a origem de seu comportamento e, sem isso, até mesmo o final do livro soa pouco crível. Irônico observar que Helen age como o oposto de Dom Rigoberto, personagem do livro “Elogio da madrasta” do peruano Mario Vargas Llosa e, ambos, padecem de um desenvolvimento mal feito.

“Zonas úmidas” é uma obra cuja leitura vale pela provocação, para sair da zona de conforto literária. Contudo, possui alguns problemas de desenvolvimento que afetam uma assimilação melhor das ações e influencia, naturalmente, na avaliação do livro em si.
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Tito 03/07/2010

Os amores, as dores, as lembranças, os gostos e sabores, os fluidos e orifícios de Helen Memel, paciente anal. Uma história de silêncio, revolta e sabotagens, oculta por crostas e mais crostas de um radical e ingênuo niilismo higiênico (e curiosamente vendida como um improvável libelo erótico / feminista).
Um livro memorável, e não exatamente apenas devido ao seu valor literário.
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CisoS 31/05/2021

Algo além da escatologia?
Lembro da Rita Lee cantando ?Querida, vamos chupar ferida?...?.
O livro tem pouco de humor e erotismo e os primeiros capítulos vão bem. Temos nojo de algumas coisas que talvez mão devêssemos ter, e temos atração por coisas que também causam nojo, e o livro diverte no início. Depois parece que ele tenta ir mais fundo, colocar alguma análise psicológica mais seria, mas fica só na escatologia mesmo.
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Marjorie 24/11/2011

Zonas Úmidas
Uma definição: Escancaradamente doentio.
O livro cumpre sua função, foi feito para chocar. Faltou história, faltou drama, mas sobrou choque.
Ainda assim, gostei bastante! O livro ganharia 3 estrelinhas só pela coragem da autora.
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Ana Farah 24/07/2020

Por que sentir aversão ao nosso próprio corpo?
Apesar de realmente precisar ter estômago para ler este livro, acredito que senti mais aflição do que nojo em si. E é engraçado como podemos ter asco por questões de nosso próprio corpo, visto que ele é nossa "casa", por assim dizer.

Então a situação de eu ter sentido aversão em certas passagens da obra me deixou muito em dúvida e em hesito sobre como são nossas relações com nossos corpos... Por que senti nojo quando ela disse simplesmente que come caquinha de nariz? Ou por que senti aversão quando ela disse que gostava de "brincar" com o próprio sangue menstrual?
Para nós tais situações são vistas com extrema repulsa, mas por quê, exatamente? Estamos falando de nosso ser...

Mas retornando ao livro em si, as palavras chulas utilizadas me deixaram no início espantada pela forma que a personagem se referia a suas relações tanto interpessoais quanto intrapessoais, mas ao longo da obra elas se tornam apenas citações, visto que seguimos um longo percurso com vocábulos como "xoxota" e "cu" (risos).

E ao final pude sentir que se tratava de apenas um livro sobre a relação que uma menina de 18 anos tem com seu corpo, e uma relação extremamente natural... e real...
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