Resenhas - Neuromancer

Tai 12/10/2023

Vendo o futuro com olhos do passado
Foi uma experiência interessante ler esse livro, sempre tive interesse no universo cyberpunk e distopia futuristas, tanto que inventei de me meter nessa área academicamente kkkkkkkkk. Gostei da história e do desenrolar, é interessante observar como o autor imaginou certas coisas, mas confesso que foi um dos livros que fiquei mais perdida, tanto que mal comentei a leitura. Acredito que muito por conta da diferença de tecnologias que o autor cita (só vemos isso em introdução a computação e outras disciplinas) e pelo jeito da escrita que muitas vezes me deixou confusa por não entender o significado. Mas é um bom livro pra quem quer entender o início da cultura cyberpunk.

Agnaldo Alexandre 11/10/2023

IA humana ou humano Androide?
Após a leitura, não tratou dúvidas de por que ele Inspirou tantas obras, e não apenas livros. Claro, Gibson não é o mestre da narrativa, sua escrita é às vezes confusa, sem muitos esclarecimentos, mas acredito ser, em parte, proposital, querendo causar maior imersão do leitor em um mundo, que também é confuso para os personagens. A falta de conhecimento em informática de Gibson não foi uma falha, mas uma vantagem, já que assim, ele não associa os termos e tecnologias reais com sua história, pois se assim fosse, iria ficar ainda mais datada.

A trama gira em torno de uma inteligência artificial, que beira uma entidade, pois ela se refere a si mesma como "entidade potencial", o que é extremamente perigoso. Essa IA acaba tendo muitos aspectos e comportamentos humanos, enquanto que do outro lado, muitos humanos estão "virando silício ", ou seja, substituindo tantas partes do corpo que quase deixam de ser humanos.

Em suma, recomendo demais a leitura, e vou agora partir para os próximos.

LGjs 11/10/2023

Interessante mas meio enrolado?
Não vou dizer que não gostei. O mundo que ele cria é realmente muito interessante. Apesar de, como ele mesmo diz no prefácio dessa edição, não ter acertado muitas coisas sobre o futuro (não tem nem celular em Neuromancer, usando o exemplo dele mesmo). Mas ao mesmo tempo, ele aborda coisas (na década de 1980!) que só estão começando a ser debatidas hoje, como inteligência artificial. E ele vai além e cria algo que eu acho que deveria vir a existir realmente, que é um órgão internacional que regula essas IAs. Do jeito que estamos hoje, definitivamente precisamos de uma Polícia de Turing (sim, e o nome também é maravilhoso). Além disso, só falando por alto, ele aborda matrix (basicamente cria o conceito), estações espaciais comerciais e residenciais, gravidade rotacional, drogas psicotrópicas, lavagem cerebral, e até alienígenas numa citação rápida. Então assim, de tudo um pouco, em sci-fi.

Mas falando do que eu não gostei agora? Ele joga conceitos e coisas aleatórias sem explicar e vai explicar só muito depois. Passei quase o livro todo tentando entender pq raios eles tavam fazendo o que eles tavam fazendo, sabe? Aí no final, ele explica? pô! Mas enfim? E também não gostei da forma como ele descreve as cenas? Não sei se foi a tradução? acho que não, a Aleph não é a Rocco né. Mas, dando um exemplo, num mesmo parágrafo ele fala que o personagem ?deixou a vodka na mesa?, fez isso e aquilo, e aí ?deixou a vodka de lado?? pô kkkk ele já tinha deixado! Enfim, enfim? Tolkien é só um mesmo?

Enfim, mensagem final: ele realmente foi muito importante pra cultura de Cyberpunk, de ficção-científica geral. Criou um mundo maravilhoso, com conceitos como a própria matrix, abordou temas muito complexos muito antes de todo mundo, como IA. Realmente muito grande o cara. (Mas eu não vou ler as continuações? principalmente pq ele fecha esse livro nele mesmo, ainda bem.)

Deco 11/10/2023

RESUMO DA OBRA
No intuito de relembrar qualquer fato ou evento ao continuar a trilogia, segue o resumo de NEUROMANCER.

Case é um cowboy, ou seja, um hacker habilidoso que, após tentar aplicar um golpe em contratantes poderosos, realizando transações de dados sem o conhecimento deles, acaba sendo envenenador por toxinas que o impedem de se conectar na matrix.

Vivendo uma vida de "carne", sem poder usar as suas habilidades no cyber espaço, Case vai para CHIBA, uma cidade no Japão, onde tenta encontrar clínicas ilegais para curá-lo no bairro de Night City.

Após Gastar todo o seu dinheiro, e sem grandes esperanças, Case vivia uma vida autodestrutiva, usando muitas drogas com a sua namorada, Linda Lee, quase uma espécie de suicídio lento enquanto agonizava em desesperança. Nessa época ele vivia fazendo furtos e trabalhos que davam pouco dinheiro.

Um certo dia, ele recebe a visita de MOLLY, um samurai com muitas habilidades de combate, implantes cibernéticos e unhas de metal retráteis, contratada para encontra-lo e contrata-lo. Case descobre que um homem chamado ARMITAGE quer contrata-lo para um serviço específico.

Sua oferta, além de um pagamento gordo, atrai case pela promessa de cura-lo e permitir que volte a operar como hacker no cyber espaço. Case aceita e começam os trabalhos para ARMITAGE.

ARMITAGE é estranho, frio e nunca deixa claro qual é a missão final. Ele vai passando cada faze da missão aos poucos para CASE e MOLLY, que aos poucos vão concluindo as tarefas até o objetivo final ser revelado.

A decisão final de CASE para partir foi ver a sua namorada, Linda Lee ser assassinada a sangue frio. Apesar de estarem brigados, e Linda ter roubado CASE, ele sentia-se culpado por a ter viciado em drogas e acabado com a vida dela.

A primeira missão foi resgatar um constructo, ou seja, a personalidades de uma pessoa salva em uma espécie de HD, ou ROM )memória que não pode ser alterada). Tratava-se do constructo de Dixie "Flat Line", um cowboy que foi mentor de CASE, um dos melhores hacker que CASE conheceu, e que já está morto havia anos. Dixie, a partir de então, torna-se uma espécie de copiloto de CASE nas missões seguintes.

A segunda missão foi na Turquia, onde Molly e Case tiveram que capturar Peter Riviera, um homem com capacidades de reproduzir hologramas mentalmente, a sua volta, de forma tão realista que confundia a todos. Riviera é um falsário, sádico e sem caráter, mas possui as habilidades necessárias para a missão.

Em seguida, CASE recebe de ARMITAGE um poderoso vírus, ou ICE-BREAKER, capas de invadir o sistema das mais poderosas empresas da terra. Esse programa será fundamental para a missão final.

A última missão foi entrar em Straylight, uma colônia espacial da empresa A-H, responsável por criar inteligências artificiais poderosas, e fazer com que a 3Jane, presidente da empresa, desse o comando à um computador para "soltar as amarras destas IAs".

Acontece que CASE e MOLLY já realizavam suas investigações paralelas e descobriram que ARMITAGE na verdade chamava-se CORTO e era um Coronel FE traumatizado por uma operações. ARMITAGE foi um personagem criado e introduzido em sua mente por uma IA chamada WINTERMUTE que era a real contratante de CASE e MOLLY.

WINTERMUTE queria se unir com outra poderosa IA, que somente no final da obra descobrimos ser a NEUROMANCER. Enquanto WINTERMUTE era uma IA calculista, matemática e gerenciadora de situações, NEUROMANCER era uma ia capaz de crias personalidades, entender sentimentos e ser muito mais HUMANA, muito mais criativa.

CASE e MOLLY, com ajuda de Maelcum e Aerol (dois homens de uma colônia Rastafári espacial) enfrentam Riviera que traiu a equipe, e conseguem entrar em contato com 3Jane que é compelida à dar os comandos para que as IAs pudessem se unir.

Uma nova IA é criada dessa união, tão poderosa que, segundo suas próprias palavras, torna-se a própria matrix, com poderes ilimitados.

CASE e MOLLY ficam muito rico, ganham passaportes novos e se separam.

Murillo48 04/10/2023

O berço do cyberpunk
Um dos livros mais estilosos que tive a oportunidade de ler. Um cenário invejável, enebriante e facilmente imersivo, com cenas de ação insanas dignas do gênero. Os personagens são caricatos (de um jeito bom), que ganham vida com a estilística das falas recorrentes. Faz valer todos os filmes, livros e jogos que beberam da fonte criada por este livro.

Patricia 24/09/2023

Vai ser complicado fazer essa resenha, pois creio que ela possa ser ofensiva para o fãs do livro. Primeiramente devo dizer que, sim, durante a leitura eu consegui ver o pioneirismo da obras e ver como ela impactou toda uma cultura após sua publicação. Mas não adianta eu saber disso, e ver isso, porque isso não muda o fato que venho lendo a décadas obras "herdeiras" desse livro, e que, querendo ou não, acaba fazendo com que a minha experiência com esse livro seja diferente, por não ser algo inédito para mim.

Então, desconsiderando a importância do livro, vamos a minha experiência de leitura da obra.

Muitas vezes ouvi dizer que o livro era complicado e confuso. Discordo disso, não sei bem colocar em palavras, mas creio que a leitura seja mais bagunçada, por assim dizer. Não é essa exatamente a palavra que procuro, mas no momento não me vem outra a cabeça, estão usarei essa mesmo. Tem sempre muita coisa acontecendo o tempo todo, a todo momento alguma coisa ocorre. Então se você se distrair por um segundo na leitura de uma frase, você pode se encontrar sem saber o que está acontecendo no parágrafo seguinte, fazendo com que tenha de voltar pra reler. Então, não é que o livro seja complicado, pq prestando atenção em toda a leitura você consegue facilmente seguir a história. Mas o problema comigo foi o seguinte, o livro demanda atenção na leitura, porém não me prendeu na mesma. Existem livros que te absorvem e vc simplesmente esquece o mundo real, pode ter uma bateria de escola de samba do teu lado e vc nem vai perceber, pq foi transportado para o livro. Mas nesse, pelo menos comigo, isso não ocorre. Então qualquer distração externa, como um barulho, uma música no vizinho, já me atrapalhava a leitura. E isso fez com a leitura se tornasse lenta e cansativa, ainda mais porque o livro é pequeno. Os melhores momentos para ler era bem cedo ou bem tarde. Eu sempre fui leitora de transporte público, então sempre consegui ler muito facilmente mesmo cercada de barulho, mas não teria conseguido ler esse livro em um ônibus. Então para mim isso é um ponto negativo.

A originalidade da história, como disse, não está sendo debatida aqui. Mas como também disse, como já li e assisti muitas obras do gênero, ela deixou de ser original para mim. Então se você é alguém já acostumado com esse tipo de cultura, mas que não que é fanático por ela, talvez também não fique tão empolgado. Digo fanático, pq tenho certeza que os verdadeiros fãs devem amar esse livro. Algo como o que sinto quando estou lendo um livro de fantasia épica que seja precursor do gênero. Então entendo o sentimento.

Pretendia ler a trilogia toda de uma vez, mas creio que seja melhor pelo menos intercalar outro livro.

Resumindo: o livro é bom? Sim, é bom. Mas para mim, com a expectativa que estava para ler e com os problemas que já citei, acabou não sendo uma experiência tão boa.

Louise.Rosado 20/09/2023

Confuso
Digo sem vergonha, acho que entendi 30% desse livro.
Achei confuso, estranho, o linguajar do autor é muito esquisito e eu não conseguia absorver o que estava lendo.

Gustavo124 17/09/2023

Neuro (nervos) Mancer (romance)
Reflexão sobre o que é real e o que não é, se controlar as emoções de alguém irá fazer ela te obedecer, tudo isso em um romance que (modeste à parte) eu concordo que é difícil de ler, mas a história se desembola como um embaralhado de fios e se torna um único fio com começo, início e fim (que não é tão fim assim).
Sinceramente o melhor livro que eu li até hoje e que inspirou tantas obras como Matrix e há várias referências no gênero cyberpunk, eu amei o livro e se está difícil a leitura, seja persistênte que do meio pra frente só melhora ?

EaKerol 12/09/2023

Honestamente, não é um livro ruim. Só não foi um estilo que gosto muito de ler, mas a história é bem construída. Provavelmente agradaria os fãs de Blade Runner

Amanda.Oliveira 06/09/2023

Um belo exercício pra imaginação
Você nunca vai estar totalmente pronto pra esse livro, mesmo tendo uma noção do que se trata a história! A primeira coisa que me surpreendeu foi o ritmo do livro, rápido e denso, mil coisas acontecendo ao mesmo tempo! Demorei alguns capítulos pra encontrar um ritmo confortável de leitura, depois o livro flui muito bem.
A forma como todo o universo vai se abrindo, a descrição de cenários e pessoas, o nível de detalhes em tudo é impressionante, as vezes fica um pouco carregado até, mas acho que isso ajuda a criar a atmosfera necessária para a história, o final não me deixou muito satisfeita, ficou aquele ar de ?inacabado?, mas com a leitura dos outros livros isso acabou se perdendo. A trilogia vale a pena.

Arthur.Fary 25/08/2023

Neuromancer ? Cyberpunk 2077
É evidente a semelhança dos dois, se você gostou do jogo vai gostar do livro.

O Case é mais V do que o V é V, sabe?
E a Molly é mais Judy do que a Judy.

Você facilmente consegue se imaginar em Night City na pele do Case, tentando entender o que é um ICE e por que um FLATLINE tá usando um ICE Breaker para infiltrar um Black ICE (Que é diferente de um ICE) enquanto os Turing tão tentando te pegar no Sprawl.

Você PRECISA ler esse livro se vc gosta de Cyberpunk (o jogo e/ou o gênero).

Jaque 04/08/2023

Neuromancer foi meu horizonte de eventos
No começo fui com muita expectativa em relação a história, e pasmem quando digo que não consegui me conectar com o enredo.

Mas o que parecia perdido foi entregue e com muito mais do que prometia, o universo insalubre e caótico deu luz a personagens robóticos e sem sentimentos que foram me ganhado aos poucos.

Recomendo para todos aqueles que gostam de questionar a natureza humana pois o que nos difere dos robôs? Sentimentos? Consciência? E se tudo isso for capaz em um mundo tecnológico o que nos faz ser ? E se vivemos anestesiados o que nos diferem de simples máquinas da reprodução?

Luiz444 03/08/2023

Queria ter gostado mais...
Sinto que é a época errada para se ler Neuromancer; o fascínio que essa obra precursora de um gênero deve ter causado em sua época com certeza elevava sua qualidade e importância como livro. Hoje em dia entretanto, Neuromancer parece vítima daqueles que ele inspirou, como se fosse apenas o primeiro passo dado para algo muito maior (e melhor) nas obras que ainda surgiriam mais pra frente.
Dito isso, é difícil não se fascinar pela visão do autor em relação ao futuro dos anos 80, e a construção que ele faz a partir dessa visão é bem autoral e confiante, o que dá ao livro um aspecto e escrita muito único, e que quando funciona, se torna algo bem imersivo. O problema é que ler Neuromancer não é fácil, pois o livro não te ajuda a entender seus inúmeros termos e nomes próprios que ele usa a todo momento desde o começo, e mesmo quando você entende e se acostuma à escrita e ao universo, ainda não é divertido ou empolgante de ler. A história parece se mover de uma maneira truncada, arrastada e cansativa, os personagens nunca parecem atingir seu potencial e nenhum deles me cativou durante o livro todo, mesmo com todos os diálogos e divagações, o livro só parece pular de um termo tecnológico pro outro e descrições melancólicas.
Ainda assim, Neuromancer traz os temas, assuntos e construção de mundo de um bom cyberpunk, e como fã desse gênero, eu queria ter gostado bem mais. Ainda assim, ele tem um estilo e uma escrita bem originais e ainda tem seus bons momentos, só é uma pena que o livro me deixou com o sentimento que a cada página viria algo que aproveitasse o potencial do livro e da história criada, e esse momento nunca chegou, pelo menos não para mim.

gabriel2171 02/08/2023

Eh bom, as descrições são meio aleatórias às vezes mas consigo entender o pq, teve vezes q eu simplesmente não consegui entender e só captei a vibe™. no geral bom o livro, não se propõe a ser filosófico demais, pancadaria ok e me divertiu.

Juno.Cz6 02/08/2023

Nostalgia
Relendo, não é tão bom quanto eu lembrava, não é mais o melhor livro que ja li como era aos 13 anos mas ainda é muito divertido, tem descrições mirabolantes que prendem, ainda é tão confuso quanto eu lembrava os segmentos e acho que a beleza dele tá aí, é uma coisa divertida de reler a frase "o céu sobre o porto tinha a cor de uma televisão fora do ar" continua impactante mas ler hoje em dia é perceber que tem alguns pequenos pontos que simplesmente causa risada, o livro pra min funciona bem mais como uma cápsula do tempo, tanto da imaginação de Willian Gibson sobre o futuro tanto quanto min mesma aos 13 anos de idade

Neuromancer do billy idol e o álbum cyberpunk ainda são bem presentes na minha vida, defitivamente uma das maiores heranças desse livro pra min