Resenhas - O Sol Também Se Levanta

Bernardo.Braune 04/08/2020

Irreverente e com nuances ocultas. Certo de muitas risadas e muito agradável.

Camelo's 03/08/2020

Um brinde a uma geração
Realmente sobre o que é esse livro?
Qual o tema?

Acho que algumas pessoas podem se decepcionar por não ver um propósito. Vão ver só um monte de palavra escrita contando de umas férias na Espanha e de uma tourada.

Mas acho que o livro é sobre isso mesmo. Contar coisas da vida de um grupo de pessoas em que elas estão vivendo. Estão bebendo, se divertindo, indo a festas, dançando, bebendo mais um pouco e tendo casos.

É o retrato de uma geração.

Le 29/07/2020

Um enredo de um sorriso triste do começo ao fim
A história toda se apresentou pra mim como uma alegria triste. O enredo basicamente sobre o entre guerras e a geração que nesse período viveu é permeado pela tentativa de evasão por meio de festas e bebedeiras.
As touradas apresentadas me fizeram refletir muito sobre a normalização e romanização da violência. Há um momento em que Brett afirma algo próximo a "é gozado como nos acostumamos ao sangue". A partir desse comentário a questão da guerra permeou, na minha experiência, essa parte do enredo.
O protagonista, ferido após a participação na guerra se vê impotente sexual. Mas essa impotência vai além do físico, é como se sua alma estivesse contaminada e perdida. Ele parece incapaz de se ver merecedor do amor e de ser agraciado com um desfrute sóbrio da vida. A solidão mesmo quando acompanhados e a infelicidade parecem muito facilmente aceitas para todos os protagonistas.
As últimas coisas que senti necessidade de destacar foram a sensação que o livro passa com o fim da "fiesta". É uma desolação e a necessidade de voltar ao mundo real que me atingiram em cheio. E a forma cíclica com que o relacionamento do protagonista e Brett se apresenta. Começam e terminam da mesma forma, como se estivessem presos à esse ciclo e fossem incapazes de romper com a infelicidade que causam a si mesmos.

Lanah 20/06/2020

Arrastando-se por cafés
Esse é o primeiro romance publicado por Hemingway e ele contém tudo aquilo que se espera dele: bebida, mulheres, pescaria, boxe e touros. A base do romance são experiências reais que o autor teve enquanto se auto exilava em Paris pouco depois da 1 Guerra Mundial juntamente com outros artistas da chamada geração perdida.

O sol também se levanta tem como protagonista Jake Barnes, um jornalista americano morando em Paris, que decide ir a Pamplona (Espanha) para a Fiesta de San Fermín, uma comemoração católica repleta de touradas. Um grupo de amigos o acompanha e dentre eles estão Brett, uma viúva britânica que é o interesse romântico de Barnes e Robert Cohn, escritor amigo de Jake.

É na verdade um relato da boêmia e, como diz a descrição na orelha do livro, os personagens parecem escombros humanos, entre o caos e a salvação: indo de café em café e bebendo do despertar ao adormecer, vivendo paixões impossíveis, repletos de ciúmes, violência e cansaço. A escrita de Hemingway é despida de todo e qualquer sentimentalismo e a maior parte do livro está no que ele não diz, é uma leitura que pede atenção do leitor pra não se tornar rasa.

Opinião:Tudo no livro é conciso e muito bom. Me impressiono com a eficiência de Hemingway passar tantas características e sentimentos sem descreve-los diretamente nenhuma vez. É estranho, mas você entende sem o autor precisar contar. O enredo é legal, com toda a decadência, os touros e os amores peculiares, mas o que eu realmente gostei mais foi o estilo Hemingway. Acho que é uma boa porta de entrada pra quem nunca leu nada desse autor.
Nota: 8,5

@iniciantesnaliteratura

Bruna 02/06/2020

Pensei que seria uma leitura difícil por conta das touradas, mas Hemingway tem
essa narrativa maravilhosa, que faz o abominável virar tolerável, até certo ponto.

Rafael 05/05/2020

O que importa é a viagem
Hemingway traz uma história, que apesar de não ter nada de extraordinária, prende o leitor de forma que tente ler rápido.
O autor tem uma capacidade de escrita notável, não por acaso é considerado um dos maiores da história recente.

Pris.Magalhaes 04/05/2020

Não me senti imersa
Ernest Hemingway tem o seu jeito de escrever que te prende na leitura. É gosto o jeito que ele escreve, os diálogos que apresenta sempre oportunos e bem pontuados na questão, mas não me senti aprofundada nessa história como em Adeus às Armas.
Claro que contextos diferentes, mas achei esses personagens mais rasos, passeando, bebendo, um amor sem vivê-lo, touradas. Acho que foi um pouco frio, não me liguei a essa história, embora como sempre amo a escrita de Hemingway

debundessa 03/05/2020

Não sei como me sentir sobre. Não sei se entendi muito bem pra onde a narrativa estava levando, mas acho que gostei.

Guilherme.Borges 01/05/2020

Divertido
Me diverti com as histórias de Jake, Cohn, Bill e Bett as touradas e as noites de bebedeira!

Maria.Tereza 21/04/2020

? Tudo o que eu desejava era saber como viver?
Se voce tem alguma maturidade, e gosta de literatura mesmo, vai amar este romance cheio de reflexões. A vida como uma arena de touradas, uma corrida de touros, onde os movimentos se calculam, onde se conhece o final, mas cada um à sua maneira, sacode a capa frente ao animal, desviando dele como se consegue, e sentindo todo o medo e toda a volúpia do processo. Um livro sobre estar perdido, de forma consciente da extensão do vazio, mas onde sempre se podem contemplar as paisagens.... Viaje à Espanha, tome do vinho nos odres novos, e sente-se a mesa de Jake, Brett, Mike, Bill e Cohn. Deixe-se nocautear, sinta-se embriagado, fique calcinado do sol da Espanha. E quando acabar a fiesta, e quando os garçons estiverem varrendo o chão, e a ruas forem novamente regadas, e quando houver poucas paginas para terminar este romance, tome fôlego, guarde seu odre, e tenha a certeza de que foi uma grande fiesta. Saúde!

Aline 29/03/2020

Não consegui ler
Eu amo Hernest Hemingway e "O velho e o mar" é de longe um dos meus livros preferidos da vida - uma história tão linda, singela e profunda que me fazem chorar apenas de lembrar.
Mas eu não consegui ler "O sol também se levanta", eu tentei três vezes, juro, eu sempre parava no mesmo lugar....tédio....as vezes parecia que o protagonista ia ter algum lampejo, mas aí aparecia aquele amigo ou uma mulher e eles iam beber ou tomar um café ou comer....
Aí, como eu sou curiosa, eu li o final kkkkkkkkk sem spoiler..... e foi ainda mais desapointed....
Tipo te amo Hemingway mas esse livro não deu - sorry.

Sabrina320 24/03/2020

Burguesia retratada
Deve ser legal a leitura para quem conhece Paris ou Madri, pois todos os lugares são extremamente detalhados... Eu como não conheço esses lugares, nem gosto de touradas, tudo soou mal.
Li por curiosidade ao autor, não pela capa ou pela história, não gostei de nada, mas fui firme até o fim.

Karina.Satie 25/02/2020

Evitando spoilers
O livro parece um diário, muita bebedeira, festa e brigas. O final, uns 60% lidos, o livro se torna bem mais interessante e a história prende mais. No todo, poderia ser mais enxuto em algumas partes. O legal é que o autor descreve muito bem o ambiente e você se sente lá e consegue entender bem. Uma ficção histórica sobre as festas na Espanha

Maitê 21/11/2019

Não sei o que dizer do livro, comecei gostando, mas ai a chegada na Espanha começou a me enfadar. E as touradas foram demais para mim. Terminei o livro, não odiei, até gosta da escrita dele, mas não consigo elaborar mais do que isso.

Rafael Cerdeira 14/10/2019

Por pouco o sol não se levanta
Neste livro, Hemingway escreve uma espécie de diário, relatando a boêmia, a vida regada a álcool, hedonismo e futilidade, para preencher uma vaziez adquirida pelas consequências da guerra que acabara há pouco.
O livro é excepcionalmente arrastado, com alguns poucos momentos (descritos lindamente) que valem a leitura.
Mesmo não tendo morrido de amores, reconheço o valor da obra e a genialidade do autor, por construir um texto sublime a partir de um enredo um tanto quanto enfadonho.
Obs: Brett, melhor personagem!