Gabi 09/08/2021
O tipo de leitura que nos faz pensar de diferentes ângulos, a considero bem complexa, principalmente por mostrar pontos de vista que pessoalmente não concordo, como as funções morais e sociais relativas aos homens e mulheres, expondo, por exemplo, que o cuidado com o lar e os filhos sejam obrigações femininas e que a maternidade representa um dos principais objetivos da existência da mulher; realmente compreendo que o livro foi psicografado no início do século XX, mas tais preceitos me incomodam consideravelmente. Da mesma forma, visualizei comentários que poderiam facilmente serem considerados racistas, já que na obra tudo que é negro/preto é considerado ruim e pecaminoso, de forma oposta, todos os seres superiores são apresentados como brancos feito mármore. Volto a dizer que o livro é muito mais do que isso, todavia não poderia deixar de comentar tais impressões.
"A morte do planeta" apresenta os últimos momentos da Terra a partir da vivência de Supramati, um mago extremamente poderoso, que afugenta Lúcifer e seu filho em um confronto entre as trevas e a luz. Também expõe a culpabilidade dos representantes de Deus em permitir a vitória da perversão, da maldade e da corrupção, como pode ser visto abaixo:
"Ai do sacerdote que, sendo impuro de alma e corpo, ousar aproximar-se do altar para apreender a luz Celestial; ele apenas a obscureceria e macularia, dela privando os que buscam ajuda e salvação".
Apesar de todas as controvérsias, recomendo a leitura.