O Clube dos Suicidas

O Clube dos Suicidas Robert Louis Stevenson




Resenhas - O Clube dos Suicidas


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Trisha 17/04/2017

Um livro da coleção Novelas Imortais, apresentado e organizado por ninguém menos que Fernando Sabino, a história em si no inicio é fascinante e me prendeu muito, assim que comecei a ler tive minhas duvidas....

Leia mais no link a baixo.

site: https://reticenciasevirgulas.wordpress.com/2016/01/21/o-clube-dos-suicidas-robert-stevenson/
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albert4 12/02/2017

Gostei da ideia central, mas o desenvolvimento não me agradou. Segundo livro do Stenvenson que leio (o outro foi o clássico "O médico e o monstro") e acho que não o lerei mais. Não simpatizei com o autor. Achei mediano.
Natalie Lagedo 12/02/2017minha estante
Não li este, mas também achei O Médico e o Monstro mediano.




Vitão 31/08/2016

Apenas um bom passatempo.
O livro não é exatamente o que eu esperava, não há uma maior profundidade sobre as questões do suicídio, a não ser algumas citações realmente interessantes, mas a partir da segunda parte, o enredo se desenvolve para um enredo mais policial e investigativo, com personagens um tanto rasos, motivados principalmente por virtudes como honra e lealdade, o que é até compreensível tendo em vista a época em que o livro foi escrito. A narrativa é bem direta e fluí rápido, um bom livro, uma história meio maluca e envolvente, mas que deve ser lido sem grandes expectativas no que diz respeito a reflexões sobre o suicídio ou suas motivações.
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Nena 20/08/2016

O príncipe Florizel e seu fiel escudeiro, o coronel Geraldine, aventuram-se pelas noites de Paris e destemidamente conhecem o Clube dos Suicidas, local de reunião de homens q querem se suicidar, mas não têm coragem. Em uma espécie de roleta russa, em um jogo de cartas, é decidida a sorte de dois homens associados a cada noite. Um q mata e um q morre. A partir daí o próprio príncipe e o coronel tem suas vidas postas em uma mesa de carteado.
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Anna Carolina 25/04/2016

Antes de nos aprofundarmos nas escolhas narrativas de Stevenson, tenhamos em mente seu contexto. Escocês de alma nômade, o escritor mudou-se diversas vezes, percorrendo países como Inglaterra, França, EUA e Suíça, velejando por arquipélagos do Pacífico-Sul e, finalmente, se instalando em Apia, nas Ilhas Samoa, onde veio a falecer. Publicou o clássico O Médico e o Monstro em 1886, que lhe deu notoriedade artística, mas já havia publicado títulos aclamados anteriormente, como A Ilha do Tesouro, resultado claro de seu apreço pelas aventuras e o primeiro a lhe render fama.

Aliás, essa palavra devia ser uma das favoritas de Stevenson, que gostava de pensar em si como uma figura heroica. Carregada de personagens repletos das virtudes mais virtuosas que existem, é evidente que parte de suas ficções era uma tentativa de pintar, mais até do que uma boa imagem literária, uma boa imagem pessoal. Pelo menos é essa a impressão que O Clube dos Suicidas deixa. Ambientado numa Londres extravagante, mas populada por almas em martírio, o livro, compostos por três novelas que se intersectam, é um dos precursores do gênero detetivesco ao lado de O Homem na Multidão, de Edgar Allan Poe. Deveras, Stevenson constrói uma narrativa que consiste, basicamente, em homens juntando pistas e informações para fazer prevalecer sua moral sobre outros corrompidos por uma sociedade virulenta.

A primeira história, A história do rapaz com as tortinhas de creme, nos apresenta ao Príncipe Florizel e seu Sancho Panza, o coronel Geraldine, dois homens muito cavalheirescos e sedentos por emoção que acabam num estranho clube onde senhores cansados da vida vão para buscar a morte. O clube segue a linha das sociedades secretas que até hoje nos chamam a atenção, seja na ficção ou na vida real, seja na forma de uma festa de orgias, como em De Olhos Bem Fechados, ou seja na de um teatro vampírico, como em Entrevista com o Vampiro. Isto quer dizer que raramente essa escolha falha, pois condensa os elementos básicos para o suspense e mais ainda se ele for investigativo. Acontece, porém, que a sociedade secreta em questão não lida com os suicidas no sentido mais familiar da palavra, haja visto que eles não executam o ato, mas esperam que outro membro do clube, por sorteio, os mate.

Pois até que o que parecia uma dissecação das razões dos suicidas faça uma curva bem fechada para uma exaltação de valores heroicos, essa história caminhava bem. Eu fiquei bastante empolgada com algumas passagens, onde Stevenson equilibra certo moralismo com a ironia, um casamento que, surpreendentemente para mim, deu certo. Mas o choque entre o que eu esperava e o que o autor me deu poderia ter arruinado minha experiência. Não é, de forma alguma, um livro sobre causas suicidas ou sobre questionamento do espírito de um depressivo. É sobre patifes.

A segunda novela, A história do médico e do baú de Saratoga, mergulha de cabeça no que mais tarde consagraria o gênero policial. Mais direta em suas pretensões, é a melhor das três. Aqui Stevenson deixa claro seu talento para lidar com as perturbações da moral: um jovem tímido, quando diante de uma arapuca que pode incriminá-lo por um assassinato que ele não cometeu, deve arrumar um jeito de se livrar do corpo sem chamar a atenção das autoridades. Todas as qualidades de um bom suspense estão presentes: figuras intrigantes, um protagonista curioso, um acontecimento que o obriga a questionar seus princípios e uma reviravolta nas últimas páginas. Tanto que, se falar muito dela, é provável que encha o leitor de spoilers e acabe com o encanto desse trecho.

O que deixa a terceira, A aventura do cabriolé, numa posição delicada. Stevenson escolheu fazer dela simplesmente o que ela é: um desfecho. Como já foi apontado, as três narrativas são ligadas entre si, embora contem com particularidades que as tornam independentes. Em comparação com as outras, esta é um tanto mais arrastada e mais-do-mesmo. Igualmente, um homem mui virtuoso, herói de guerra, se vê diante de uma situação esquisita quando sobe num cabriolé e vai parar numa mansão ao lado de convivas escolhidos ao acaso e dispensados, um por um, até sobrarem quatro, aos quais é encarregada uma missão que confronta suas virtudes. Para não estragar seu único trunfo, vale dizer aqui, apenas, que se trata de um encerramento razoável e previsível, mas que remonta às histórias de capa-e-espada, sendo impossível não recordar, por exemplo, de Alexandre Dumas pai que não chega a ser, no entanto, apontado como uma influência de Stevenson.

Não compreendesse o entorno do autor, eu daria para O Clube dos Suicidas nota 3,5/5. Mas acredito que uma boa crítica deve considerar, também, as motivações por trás da escrita. De qualquer forma, a segunda narrativa, por si, vale essa nota.

site: http://erradoemlinhastortas.wordpress.com
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Maria Fernanda 13/04/2016

O pontapé inicial.
O que me atraiu para esse livro foram duas coisas: a capa, maravilhosa, e o título, intrigante. Eu não fazia ideia de que o autor é o mesmo do clássico O Médico e o Monstro, muito menos de que O Clube dos Suicidas é o pai de todos os livros policiais e de espionagem. Pois é!

O livro é bem curtinho e a leitura flui super rápido, eu li numa sentada. E é composto por três pequenos contos que se complementam entre si, praticamente como uma única estória. No primeiro, somos apresentados aos dois personagens principais: o príncipe Florizel e seu fiel companheiro, o Coronel Geraldine.

Por puro ócio e curiosidade, eles acabam indo parar num clube de suicidas, onde cavalheiros que desejam morrer, porém, não possuem coragem para tirar suas próprias vidas, tiram na sorte quem será morto e quem realizará a tarefa para eles. Florizel e Geraldine, transtornados com a macabra jogatina, decidem investigar o presidente do clube, que lucra com as mortes, e dar um basta nessa bizarra organização.

Os outros dois contos apresentam situações que ocorrem paralelamente à busca dos protagonistas pelo tal presidente, possibilitando que o leitor observe a narrativa por outros ângulos, na medida em que novos personagens são inseridos no enredo. A resolução do conflito dá-se apenas nas últimas páginas, como é de costume. E eu achei o final bem chocho, para ser sincera.

O Clube dos Suicidas, por ser o primeiro livro do gênero, pode parecer bestinha e mal desenvolvido para os fãs de Sherlock Holmes e Hercule Poirot, todavia, não deixa de ser uma leitura muito interessante. Para a época em que escreveu o livro (séc. XIX), Robert Louis Stevenson foi, sem sombra de dúvidas, um visionário, mudando para sempre a literatura.

site: http://instagram.com/_bookhunter
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RjNegreiros 26/08/2015

Resenha: O Clube dos Suicidas
Em O Clube dos Suicidas, publicado original e primeiramente em 1878, são narradas três aventuras do príncipe Florizel juntamente a seu fiel confidente, o Coronel Geraldine. Entretanto, as três aventuras são decorrentes de uma única história maior, que abrange todos os fatos. É como se fosse uma grande aventura narrada em partes menores, para dar maior espaço aos acontecimentos. O autor precedeu o gênero do romance policial, e conseguiu criar uma história envolvente, com suspense, mistério um ar de perigo e violência. São três narrativas, contando as três partes que envolvem a história do livro. A primeira parte chamada A História do Rapaz com as Tortinhas de Creme, nos apresenta aos personagens, suas personalidades e as circunstâncias sobre as quais elas vieram a chegar ao clube, além de nos apresentar ao funcionamento do mesmo. A segunda parte, A História do Médico e do Baú de Saratoga, começa de onde a primeira parou, nos contando sobre como o príncipe lidou com o idealizador do clube. E A Aventura do Cabriolé por fim visa nos dar a conclusão do assunto e o desfecho da história.

site: http://mylittlemetaphor.blogspot.com.br/2015/08/resenha-o-clube-dos-suicidas.html
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Ricardo Rocha 08/08/2015

Um livro policial antes dos livros policiais. Uma maluquice genial que aborda a maluquice ridícula dos seres humanos normais.

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Rafa 05/07/2015

Esse não foi meu primeiro contato com o autor, já li e resenhei por aqui O Médico e o Monstro. E em ambos, acabei sentindo falta de um maior aprofundamento da história para melhor apreciá-la.

O plot da história é fantástico, um grupo de cavalheiros que querem se matar, porém sem coragem, formam um clube onde cada um vai morrendo, de acordo com um jogo de cartas. É praticamente uma roleta russa.

Nas noites de reunião, quem estiver presente participa de uma mesa redonda, onde são distribuídas cartas, quem tirar uma determinada será o assassino, quem tirar outra determinada carta será o assassinado. Fantástico, não? Além de conquistar o objetivo, que é morrer, os participantes o fazem com classe e um certo romance, não?

Bom, essa é a primeira parte, a novela se divide em três. Na segunda parte, parece que saímos da história original e somos introduzidos a outros personagens com outras intenções. Até que ambas se unem no final.

Eu não sei precisar exatamente qual é o meu problema com a narrativa desse autor, mas parece que falta alguma coisa para me envolver com a história. Seus personagens são distantes e, pela pouca quantidade de páginas, é difícil se envolver realmente.

Fico de coração dividido, de um lado adorando a história e não gostando de como foi escrita. Estranho, mas é uma leitura que vale a pena pela história, por causa de suas poucas páginas, pois se fosse um livro maior, provavelmente eu não conseguiria acompanhar.


site: http://www.arrastandoasalpargatas.com
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Nat 24/01/2015

Robert Louis Stevenson é conhecido por O Médico e o Monstro, mas optei por O Clube dos Suicidas devido ao título e por não conhecer nada da história, ao contrário do primeiro. O livro conta a história de um príncipe e um coronel que, entediados com a vida (tem dinheiro e não precisam trabalhar), buscam aventuras e acabam parando em um clube onde as pessoas “ajudam a suicidar-se”. A cada noite de encontros, eles poderiam ser escolhidos para matar ou serem mortos. A introdução de Fernando Sabino fez que eu esperasse muito da trama, o que não foi correspondido – na verdade é bem simples. São três histórias que parecem não ter ligação, mas no final você percebe que tem. Gosto muito de histórias policiais e essa é considerada a precursora do estilo, mas achei que ficou muito aquém do que estou acostumada. Não gostei muito bem. É bem escrita, mas não é profunda, nem o enredo te prende tanto assim.
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Koe 04/07/2014

O Clube dos Suicidas
É uma leitura deliciosa e divertida. Uma aventura intrigante contada de uma forma engenhosa. São 3 capítulos (com nomes curiosos, alias),em forma de historias, que por um momento parecem casuais, mas acabam se unindo uma a outra. É como se o autor, a cada capitulo, mudasse o ponto de vista pelo qual a historia estava sendo contada, partindo de outros ambientes, situações e personagens.
Basicamente, o livro conta as aventuras e desdobramentos do ingresso de um príncipe e seu fiel servo em um "clube de suicidas" - uma organização criminosa que reúne pessoas que desejam encontrar a morte, mas não tem coragem para o suicídio.
Apesar de curto, cada personagem foi muito bem criado. É fácil de ler e bem objetivo, porém, mantendo certa dose de mistério, tão essenciais para a historia.
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Marcos Pinto 10/06/2014

Um livro com poucas emoções
Nesse livro, Robert Louis Stevenson constrói sua trama ao redor do Clube dos Suicidas. Essa organização tem o objetivo de proporcionar a morte para aqueles que desejam se matar, mas não tem a coragem necessária. Para entrar nesse estranho grupo, basta querer perder a vida e pagar quarenta libras.

Nesse cenário, conhecemos o príncipe Florizel, que caminha disfarçado pela cidade, e seu escudeiro, o coronel Geraldine. Os dois, a procura de uma aventura para distrair a chata vida principesca de Florizel, resolvem entrar no clube. Porém, logo na primeira noite, se espantam com o cotidiano do grupo e, principalmente, com a forma que as mortes acontecem.

“Ora, sabemos que a vida é apenas um palco onde representamos o papel de bufões enquanto isso nos divertir. Faltava ao conforto moderno uma facilidade: uma maneira decente e fácil de sairmos do palco; a escada dos fundos para a liberdade; ou, como disse antes, a porta privativa para a morte” (p. 27).

Mesmo após todo o ocorrido na noite anterior, Florizel convence a Geraldine que eles devem voltar ao clube, já que são cavalheiros e devem honrar a palavra que deram. Porém, será que eles sairão ilesos da segunda noite? Será que o destino dos dois será resolvido em um jogo de cartas? Morte ou vida? Encontre as respostas nas páginas dessa obra.

Robert desenvolveu uma premissa bem original nesse livro, contudo não a fez da forma que eu imaginava. Confesso que ao ver a capa do livro, imaginei um livro denso, forte, com cenas de violência e muitas mortes. Contudo, nada disso é encontrado na obra.

De início, somos apresentados a uma escrita leve e rápida, fazendo que seja possível ler o livro em apenas algumas horas. Além disso, o autor não se aprofundou muito nos personagens e também não criou um terror psicológico que caberia perfeitamente em um livro com esta temática. Não obstante, não é narrada detalhadamente nenhuma morte. Se você quiser ver sangue, melhor assistir a Jogos Mortais.

“As pessoas brincam como o amor; ora, eu me recuso a dizer que o amor é uma paixão forte. O medo é a única paixão forte; é com o medo que deve brincar quem deseja experimentar a intensa alegria de viver” (p. 43).

O que mais me incomodou foi o não aproveitamento de personagens tão originais. O Príncipe poderia ter sido muito melhor trabalhado. Geraldine poderia ter um motivo mais criativo por ser tão preocupado com o príncipe. Os personagens secundários, como o dono do clube dos suicidas, são praticamente inexistentes de tão apagados.

Era para ser sobre suicidas, mas o livro tem muito de desenho infantil. A leitura é tão leve e tão pacífica que a aconselho para crianças. Não que isso seja ruim. O livro é muito bom se o desejado for uma leitura leve, mas não era isso que eu esperava.

“Mas olhe para isto! – replicou Silas apontando o cadáver. – Olhe isto em minha cama; não há como explicá-lo, não há como dispor dele, não há como olhar para ele sem horror” (pag. 79).

Outro ponto que me incomodou foi uma narração descontinuada. O livro é composto por três partes e só é revelada a conexão entre as partes lá para o meio de cada uma, já que até mesmo os personagens são diferentes. É impossível se apegar ao mocinho ou ao vilão já que não há uma continuidade profunda e intrincada.

Porém, nem só de pontos negativos se faz a obra. Tanto que, se você não considerar o livro como adulto, ele é uma diversão para crianças e adolescentes. Seja pela linguagem leve como pela premissa incomum. Outro ponto bastante chamativo é a diagramação do livro que, apesar de simples, é sofisticada e agradável. Além disso, a capa é linda.

Em geral, o livro é recomendado para quem deseja uma leitura leve ou para quem está iniciando no mundo das palavras. Quem prefere uma literatura mais densa, provavelmente não se apegará muito a obra.

site: http://desbravadoresdelivros.blogspot.com.br/2014/06/resenha-o-clube-dos-suicidas.html
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Lucas 19/10/2013

O Clube dos Suicidas
Neste pequeno e "gracioso" livro, Robert nos traz um ótimo mistério e uma complexa organização secreta a qual cabe ao leitor descobrir seu segredo.
O tema desta novela consiste em demonstrar uma corporação em que seus membros desejam a morte, porém, não possuem coragem para "chamá-la". À vista disso, o presidente do denominado grupo "O Clube dos Suicidas", orienta esses participantes a fazer parte de um jogo de cartas funesto e macabro que acaba por decidir seus destinos.
Como este jogo é realizado e quem será o morto da noite cabe ao leitor desvendar! Boa leitura; recomendadíssimo!

site: http://conhecimentocompactado.blogspot.com.br/2013/07/o-clube-dos-suicidas-robert-louis.html
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Augusto Jr. 19/10/2013

Ace of Spades!
O Clube dos Suicidas é o tipo de livro fácil de ser devorado; uma leitura viciante da primeira até à última página!

O livro nos traz três histórias: A história do rapaz com as tortinhas de creme; A história do médico e do baú de Saratoga; A aventura do cabriolé. O fato curioso é: por mais que não pareça de início, as três histórias de modo mágico acabam se interligando – algo que me surpreendeu bastante.

Na primeira história "A história do rapaz com as tortinhas de creme" conhecemos os dois personagens principais: Príncipe Florizel da Boêmia e Coronel Geraldine.

Príncipe Florizel é o tipo de sujeito simpático, honrado e dono de uma generosidade admirável, fora isso, é amante de uma vida aventureira. Já o Coronel Geraldine é o estribeiro-mor, dono de uma lealdade inigualável. Dando-nos uma imagem de como seria um verdadeiro melhor amigo.

Florizel quando entediado adora se aventurar noite a fora por Londres, mas sempre na companhia de Geraldine. Quando fazem isso, ambos adotam disfarces e nomes. O príncipe passa a se chamar T. Godall e Geraldine de Hammersmith. Em uma dessas noites de aventura os dois entram em um bar pra beber, quando de repente surge um rapaz com uma grande bandeja com tortinhas de creme oferecendo-as – insistindo, e com uma cortesia exagerada - um a um dos que estavam no bar. "Às vezes a oferta era aceita com risadas; às vezes rejeitada com firmeza, até mesmo com rispidez. Nesse caso o recém-chegado sempre comia o doce ele mesmo, com um comentário mais ou menos bem-humorado."

Quando o rapaz chegou até à mesa do príncipe, ele ofereceu suas tortinhas de um modo que fez com que Florizel ficasse fascinado em saber quem ele era e o porquê por trás disso. Um convite de jantar foi feito ao rapaz, mas foi adiado, pois o mesmo tinha que distribuir – ou comer – todas às tortinhas. Portanto, Florizel e Geraldine se uniram ao rapaz até que ele terminasse o que estava fazendo e ficasse livre pra puder jantar com eles.

No jantar, o rapaz das tortinhas conta o porquê de estar fazendo isso. "Existem inúmeras razões para eu não lhes contar minha história; talvez seja justamente essa a razão por que vou contá-la. Pelo menos, os senhores parecem tão bem preparados para ouvir uma história de tolices que não tenho coragem de decepcioná-los."

Depois de saberem o porquê, nós – leitores – somos levados ao Ponto X do livro: O Clube dos Suicidas.

Há um suspense gigantesco no ar, algo que nos prende mais ainda na leitura. Ficamos curiosos – do tipo devorador compulsivo de páginas – e um pensamento nos surge: um lugar onde pessoas se reúnem pra se suicidar? Que original!

Nesse lugar somos apresentados ao antagonista da história, O Presidente do Clube dos Suicidas, "o bandido mais corrupto de toda a Cristandade." – palavras do sr. Malthus.
Ainda no Clube, conhecemos o jogo praticado por eles: "Preste atenção no ás de espadas, que é o signo da morte, e no ás de paus, que designa o agente desta noite.”.

Depois disso, temos acontecimentos de tirar o fôlego.

– Evitando Spoilers –

A história do rapaz com as tortinhas de creme é o começo de tudo. As duas histórias a seguir dão continuidade, nos trazendo novos personagens importantes na história.

Em A história do médico e do baú de Saratoga, temos como principal Silas Scuddamore, mas não só ele, dr. Noel acaba por ser outro personagem – tão, até mais - importante. O começo da história nos leva acreditar que é uma história fechada, sobre um rapaz tímido e dono de uma curiosidade estranha, mas somos pegos de surpresa. – Robert Louis Stevenson sabe como fisgar o leitor.

O que teremos nessa história é uma conspiração: um morto, um inocente a ser culpado e uma solução.

Fiquei fascinado no dr. Noel. Vou deixar aqui algumas de suas sábias palavras:
- ❝Fale com franqueza com quem pode ajudá-lo. Acha que esta carne morta em sua cama pode mudar um grau sequer da simpatia que você sempre me inspirou? Jovem crédulo, o horror que um ato inspira perante a lei cega e injusta não se estende a quem o praticou, perante os olhos de quem o ama; se eu visse um amigo do meu coração voltar de um mar de sangue, meu afeto não diminuiria. Levante-se. O bem e o mal são uma quimera; nada existe a não ser o destino, e, sejam quais forem suas circunstâncias, a seu lado existe alguém que vai ajudá-lo até o fim.❞ – dr. Noel.

- ❝Qual a utilidade da visão e da palavra, se um homem não consegue observar e recordar as feições do inimigo? Eu, que conheço todos os bandidos da Europa, poderia identificá-lo, obtendo novas armas para a sua defesa. No futuro cultive essa arte, rapaz; ela pode lhe ser muitíssimo útil.❞ – dr. Noel.

- ❝A juventude é a época da covardia, quando os problemas sempre parecem mais negros do que são.❞ – dr. Noel.

Você vai rir quando dr. Noel achar qual a melhor finalidade para o baú de Saratoga. – das três, gostei mais dessa história.

No encontro de Silas, o autor nos doa um pouco de sua sapiência sobre o sexo oposto:
- "Quando uma mulher chega ao ponto de tomar a iniciativa, ela há muito já deixou para trás as restrições do orgulho. - A mulher adora ser obedecida no princípio, embora mais tarde tenha prazer em obedecer."

A última história, A aventura do cabriolé, teremos dois novos personagens que surgirão pra enaltecer o contexto: Tenente Rich Brackenbury e o Major O’Rooke.

– Evitando Spoilers –

A história nos traz o fim da caçada ao Presidente do Clube dos Suicidas, acontecendo às 3 horas da madrugada de quarta-feira no jardim de Rochester House - uma esplêndida mansão abandonada à margem do canal - no Regent's Park. Príncipe Florizel, Coronel Geraldine, Tenente Rich Brackenbury, Major O’Rooke e dr. Noel estarão presentes no desfecho. O que vai acontecer na mansão, e se o príncipe Florizel fará o papel de Providência Divina… Leia e saberá!

Termino com palavras do Príncipe da Boêmia:
- ❝A bala de uma pistola viaja nas asas da sorte, e muitas vezes a habilidade e a coragem levam a pior diante de um trêmulo atirador; portanto, decidi escolher as espadas, e estou certo de que aprovarão minha decisão. – Príncipe Florizel da Boêmia.❞

- ❝A existência de um homem é tão fácil de destruir e tão poderosa de ser vivida! Ai de mim, existe algo na vida tão decepcionante quanto realizar nossos desígnios? – Príncipe Florizel da Boêmia.❞

O Clube dos Suicidas nos traz uma leitura simples e viciante, fiel à magia que há nos livros de Robert Louis Stevenson. Pra quem já leu A Ilha do Tesouro e O Médico e o Monstro, O Clube dos Suicidas será uma leitura mais do que recomendada!
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