O Clube dos Suicidas

O Clube dos Suicidas Robert Louis Stevenson




Resenhas - O Clube dos Suicidas


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Fred 15/01/2021

Tinha tudo pra ser 5 estrelas
O livro começa nos apresentando o príncipe Florizel um boêmio que ao lado de seu fiel amigo, o coronel Geraldine, se desfaçam como pessoas comuns pra se aventurarem nas noites de Londres visitando bares e clubes populares.
Em uma dessas noites, ambos encontram um sujeito que acaba revelando um clube secreto onde pessoas se reunem com a intenção de serem mortas. Pessoas desesperançosas que perderam alguém que amam ou que perderam tudo o que tinha e agora sentem que não há mais motivos pra continuarem vivas. Por questões religiosas ou simplesmente por não ter coragem de se suicidarem, essas pessoas se sencontram no Clube dos Suicidas, um local regado a charutos e bebidas, mas que em certo momento da noite, num sorteio de cartas, uma pessoa é escolhida pra ser morta e a outra é escolhida pra ser o assassino.
Intrigados e ansiosos por uma aventura diferente, tanto o príncipe quanto o coronel resolvem fazer parte desse clube, mas não imaginavam que acabariam fazendo parte de uma história intrigante, perigosa e de consequências sérias.

O livro é dividido em 3 partes, sendo a primeira apenas focada no clube. Até aí eu já estava doido pra concluir a leitura, vir aqui e soltar umas 5 estrelas. É realmente uma baita premissa que vai fazendo vc imaginar o que poderia acontecer ao príncipe e seu amigo, mas de forma meio que abrupta, as coisas são finalizadas para dar início a 2ª e a 3ª parte que são histórias distintas com outros protagonistas, mas ligadas aos acontecimentos do clube dando início ao que talvez seja o primeiro romance policial da literatura.
A partir desse ponto, tudo começou a ficar meio confuso e sem graça. Mesmo havendo um assassinato que te leva a questionar todos os personagens, pra mim, o brilhou se perde aí.
Acho que se o autor tivesse focado mais no clube e nas diversas situações intrigantes que poderiam ser criadas ali, teria sido uma baita história

???
Andrea 13/03/2021minha estante
Decepção é o seu nome. ?


Fred 13/03/2021minha estante
Me deixa! Não quero falar sobre isso ???




Rodrigo 29/11/2010

Típico romance de capa e espada!
Certamente não é o livro mais denso do Grande Robert Louis Stevenson, mas sabendo como ele pode ser profundo quando deseja – como o foi em o médico e o monstro, só para citar um exemplo – penso que tenha sido esta a sua intenção, tendo obitido grande êxito em seu intento.
É um típico livro (para não dizer o melhor exemplo) de capa e espada, com um protagonista sagaz, calmo e pronto para agir nas situações mais complicadas.
Creio que seja uma excelente opção para leitores que estão se iniciando no mundo da literatura, ou mesmo para aqueles mais vividos, mas que ainda cultivam ideais cavalheirescos de honra e coragem.
Mah_. 16/06/2021minha estante
Só vivendo amigos .......




Tielle | @raposaleitora 16/09/2010

Resenha Livromaníaca #1
A história se inicia com a apresentação do Principe Florizel, um sujeito simpático e com uma reputação muito boa, e de seu amigo fiel e confidente, o Coronel Geraldine.

Os dois seguem numa noite disfarçados atrás de alguma aventura, mas o que conseguem é muito mais do que o esperado, eles conhecem um sujeito estranho que os indica o Clube dos Suícidas, um clube destinado aqueles que anseiam pela morte mas não tem coragem o bastante para liquidar com a própria vida...

O clube consiste em uma noite de bebidas e diversão, que termina num jogo de cartas onde são escolhidos um assassino e um assassinado.

Para o terrivel azar dos dois, o Principe é escolhido como vitíma (ou melhor, "o sortudo"). Mas é claro que eles dão cabo do clube, ajudando todos os integrantes à restaurar a vontade de viver. Todos exceto o presidente do clube.

E é atrás desse presidente que se segue a história...onde conhecemos outros personagens com características únicas, leais e traidores, corajosos e covardes...

Comentários: O livro é interessante, mas não me atraiu tanto assim. Prefiro livros mais aprofundados, onde podemos conhecer melhor os personagens e a própria trama...
Maria 30/01/2013minha estante
Não gostei . '-'
Li mais ou menos 150 pgsç.




Thais.Carvalho 30/05/2022

Achei a leitura bastante cansativa. O clube dos suicidas fala de um grupo secreto de pessoas que desejam morrer, mas não têm coragem de cometer suicídio.
DANILÃO1505 09/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Thalita R. 09/05/2017

Tão monótono...
Queria dizer que fiquei impressionada e que a leitura foi ótima, porém seria uma mentira. Não sei se foi o ato de ir com muita sede ao pote, já que o autor Robert Louis Stevenson tem uma bagagem de produções literárias consideráveis (A ilha do tesouro, O médico e o Monstro), mas a leitura se desenrolou tão lentamente que fiquei até surpresa.

No livro temos 3 capítulos que narram situações separadas porém interligadas, sendo a primeira O clube dos suicidas. A premissa foi ótima, mas a narrativa e os personagens confusos me desapontaram um pouco.

Não poderia dizer se fui eu que não consegui extrair o melhor do livro, ou se o que li é tudo que ele tem a oferecer. Geralmente em leituras medianas eu dou 3 estrelas, mas neste caso o desapontamento teve seu peso.
Gabiis. 31/01/2019minha estante
Concordo totalmente!




albert4 12/02/2017

Gostei da ideia central, mas o desenvolvimento não me agradou. Segundo livro do Stenvenson que leio (o outro foi o clássico "O médico e o monstro") e acho que não o lerei mais. Não simpatizei com o autor. Achei mediano.
Natalie Lagedo 12/02/2017minha estante
Não li este, mas também achei O Médico e o Monstro mediano.




Notas da SubLinha 12/02/2024

A expectativa é a mãe da m3rd4
Não sei se não gostei porque comecei a ler achando que seria um terror vitoriano cheio de coisas grotescas e esbarrei em uma história policial ou se simplesmente não gostei porque o texto é prolixo demais pra pouco peso da trama. A primeira parte é interessante, mas o resto, pra mim, foi enfadonho.
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Mateus 25/08/2011

Robert Louis Stevenson e seus livros trazem a marca registrada de boas aventuras e ótimos suspenses, como é o caso de A Ilha Perdida e O Médico e o Monstro, que se tornaram grandes clássicos da literatura. Além destes livros, o autor também escreveu contos menores que poucas pessoas tem conhecimento, não tão bons e complexos como suas grandes obras, mas de narrativas também agradáveis e chamativas. Este é o caso de O Clube dos Suicidas.

A história se inicia de maneira fascinante e difícil de largar. Um princípe e seu fiel amigo, à procura de aventuras, acabam se deparando com um clube mais do que sinistro: o clube dos suicidas. Tal clube é o local certo para quem quer morrer mas não tem coragem de fazer tal coisa. Ao fim de cada reunião, um jogo de cartas é feito, onde são escolhidas a vítima e seu assassino.

Se o livro se mantivesse focado nesta história, a leitura teria sido muito melhor. Mas o livro é divido em três partes, com situações distintas apenas com o príncipe e a mente ardilosa por trás do clube dos suicidas em comum. Tenho uma forte impressão de que este é um livro de folhetim, daqueles lançados em jornais ou em pequenos volumes que foram reunidos depis em uma única obra. Isso acaba deixando um grande vazio na história, e foi o que me desagradou.

Em suma, O Clube dos Suicidas traz um livro com um ótimo enredo e personagens bem formulados. A narrativa de Stevenson é extraordinária, e poucos autores conseguem escrever tão bem quanto ele. Pode não ser uma história muito complexa, mas é original e agradável de se ler. Garante bons momentos de leitura.
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Alineprates 13/09/2011

Bom, este era um livro que estava na pilha há um tempinho, então aproveitei a oportunidade para lê -lo.


Eu já havia lido O Médico e o Monstro do Robert Louis Stevenson e mais uma vez o autor me ganhou, adorei o livro do inicio ao fim, não é a toa que seja um clássico. apesar ser um novela, com poucas páginas a história é tão bem desenvolvidas e os personagens tão bem criados que marca. Enfim, é uma aventura de tirar o fôlego daquelas que a gente quer ler de vez só.

A trama conta uma perseguição eletrizante entre príncipe da Boêmia, Florizel e o presidente do Clube do Suicidas, um criminoso muito astucioso.

São apenas 3 capítulos, mas o suficiente para despertar a curiosidade do leitor em relação ao destino das personagens que tem suas histórias se cruzando e assim instigando o leitor.

Recomendo a todos que curtem um boa aventura e procuram um leitura rápida e leve.
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Bruna.Mateus 29/05/2012

DIVERTIDO
“O presidente iniciou a segunda volta, e a carta da Morte ainda não surgira. Os jogadores prendiam a respiração em espasmos.”
p. 47

Ah promoções do submarino e vídeos do Youtube, que fazem a cabeça de criaturas como eu, ficarem enlouquecidas por ter na estante uma coleção de novelas imortais com uma roupagem nova e atraente.

Este livro é o último da lista da coleção mas foi o que mais me ganhou pela capa/titulo/sinopse. Um livro curto, que trás momentos agradáveis na sua leitura.

Escrito pelo mesmo autor de O Médico e o Monstro (que também vem daí a criação do Hulk, das HQ’s) Robert Louis Stevenson nos conta em três partes a história do príncipe Florizel.

A primeira parte conta A história do rapaz das tortinhas de creme na qual somos apresentados aos personagens principais, príncipe Florizel, que por alguma razão quer ser conhecido como Sr. Godall e seu fiel amigo e empregado o Coronel Geraldine – com pseudônimo de Sr. Hammersmith, que estão em busca de aventura no comum pub da cidade, quando acabam conhecendo o jovem das tortinhas de creme.

O rapaz, que acaba chamando a atenção do príncipe e do coronel, acabam marcando um encontro após deste episódio no pub. Depois de se conhecerem um pouco melhor, o jovem apresenta aos novos companheiros que faz parte do Clube dos Suicidas, um clube profissional para aquela pessoa que esta afim de morrer, mas não tem coragem de se matar.


Na segunda parte viajamos para a A história do médico e do baú de Saratoga, aqui somos apresentados a dois novos personagens, um jovem que não possui muita auto-confiança para com as mulheres e um médico fugitivo.

Após uma armadilha este jovem e este médico acabam tendo que elaborar algo sombrio e sigiloso, tudo para que o nosso jovenzinho não perca sua juventude atrás das grades.

Na terceira e última parte vamos para A aventura do Cabriolé, neste momento nos seguimos ao desfecho entre essas duas primeiras histórias, que acaba deixando o leitor com aquela sensação de missão cumprida.


O Clube dos Suicidas é um livro curto, mas que prende o leitor do inicio ao fim, com uma linguagem de fácil acesso, esta versão organizada e apresentada por Fernando Sabino, fez eu me apaixonar pelo modo de escrita de Robert, o autor escreve tudo na medida certa e no momento certo faz você ler freneticamente para saber logo o que virá. Enfim, super recomendado para qualquer pessoa!
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Júlio César 03/09/2012

"O Clube dos Suicidas" é um livro de Robert Louis Stevenson, autor de outras obras famosas como The Treasure Island (A ilha do tesouro) e The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde (O estranho caso do dr. Jekyll e do sr. Hyde / também chamado de O médico e o monstro). Então quando vi que ele era o autor desse livro fiquei ainda mais curioso para ler.
A história segue uma parte da vida do Principe Florizel e seu confidente, Coronel Geraldine, enquanto ele morava em Londres. Sempre a procura de aventuras nas suas horas vagas o Príncipe Florizel acabou se deparando um dia com um caso extremamente interessante, um homem que aparentemente não tinha nada a perder o apresentou esse tal clube dos suicidas, onde os integrantes são pessoas que buscam a morte mas não tem coragem de tirar a própria vida. Enquanto Florizel e Geraldine usam seus disfarces para conhecer mais desse clube eles tentam bolar um plano para impedir o dono do clube pois uma vez dentro vendo como tudo funciona fica claro que as mortes não passam de assassinatos e devem ser impedidas.
O livro é dividido em três partes, sendo cada uma com um personagem "principal" diferente, mas todos eles em algum momento interferem na história de Florizel. Na primeira parte eu achei interessante todas as cenas descritas dentro do clube e como as regras funcionavam mas devo dizer que a segunda foi a minha favorita.
O Sr. Silas é quem tem o grande destaque e as situações com ele são engraçadas e legais de acompanhar. Acho que gostei dele pois tenho algumas características em comum com o personagem, como o fato de ele ser tímido, por isso foi interessante ver como ele pensava e o porque fazia as coisas que fazia.
A escrita de Stevenson é simples mesmo sendo de um livro de "época", lembrando uma crônica, os fatos são expostos de um jeito misterioso e interessante mas sem rodeios. As vezes isso me incomodava por estar acostumado com livros que se aprofundam demais em simples detalhes mas não consigo reclamar disso pois o fato de ser escrito assim facilita a leitura, deixando ela fluir mais rápido e eu o li em pouco tempo.
As conversas entre os personagens são um charme à parte para mim, pois marcava várias frases enquanto lia o livro. Confesso que me apeguei aos personagens e gostaria muito que tivesse continuação pois com certeza acompanharia outras aventuras do Principe Florizel.
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/QMD/ 09/03/2013

André não é médico nem monstro.
O Clube dos Suicidas é um livro de nome forte e que provoca certa curiosidade sobre o que rola dentro deste tal clube: suicídios? fantasmas? Ele me foi indicado por uma amiga que ainda não leu, mas como estou numa vibe bem suicídio (leituras de Confie em Mim, Sobrevivente, Os 13 Porquês, As Virgens Suicidas...) resolveu me indicar. Corri na biblioteca do Instituto onde estudo e custei para achá-lo, pois ele é MUITO fininho.

Se você quer se suicidar, mas não tem coragem, precisa de alguém que te assassine, certo? Aí que o Clube dos Suicidas entra: você paga 40 libras e participa de quantas reuniões quiser ou quantas reuniões a vida lhe permitir. A cada reunião, que é regada a muito champanhe, cartas de um baralho comum são embaralhadas e entregues randomicamente aos sócios. Aquele que sair com o Az de Paus deverá assassinar aquele que receber o Az de Espadas, seguindo as ordens do Presidente do Clube para que tudo pareça um acidente e a sociedade não seja descoberta.

Conhecemos o Clube na primeira história deste livro: A História do Rapaz com as Tortinhas de Creme. Nela, um príncipe e seu estribeiro-mor são atraídos ao Clube por um fracassado vendedor de tortinhas. Dentro dele, conhecemos várias informações, regras e ordens que os sócios recebem para que o Clube se mantenha oculto ao resto da sociedade.

Outras duas histórias são narradas no decorrer do livro. Na História do Médico e do Baú de Saratoga, um jovem é vítima de um armação: quando ele chega no seu quarto de hotel, encontra um homem morto em sua cama. No final desta história, descobrimos que ela está totalmente conectada à primeira, mas a terceira história, batizada de A Aventura do Cabriolé, tem um novo início, com novos personagens, mas o desfecho apresenta relações com os outros dois contos.

Robert Louis Stevenson, o mesmo autor do clássico O Médico e O Monstro, cria três narrativas diferentes e que surpreende o leitor ao serem descobertas comuns e conectadas. O cara soube operar as palavras com maestria, criando um livro inteligente, com boas doses de suspense e humor.

Por outro lado, o fato do livro ter sido escrito em 1878 pesa na narrativa: a escrita cansa muito, por ser cheia de frescuras, formalidades e palavras um tanto desconhecidas, como o cabriolé, que é praticamente o personagem principal da terceira história.

RESENHA COMPLETA EM: http://www.quermedar.com/2013/03/clube.html
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/QMD/ 26/09/2013

André não é médico nem monstro.
O Clube dos Suicidas é um livro de nome forte e que provoca certa curiosidade sobre o que rola dentro deste tal clube: suicídios? fantasmas? Ele me foi indicado por uma amiga que ainda não leu, mas como estou numa vibe bem suicídio (leituras de Confie em Mim, Sobrevivente, Os 13 Porquês, As Virgens Suicidas...) resolveu me indicar. Corri na biblioteca do Instituto onde estudo e custei para achá-lo, pois ele é MUITO fininho.

Se você quer se suicidar, mas não tem coragem, precisa de alguém que te assassine, certo? Aí que o Clube dos Suicidas entra: você paga 40 libras e participa de quantas reuniões quiser ou quantas reuniões a vida lhe permitir. A cada reunião, que é regada a muito champanhe, cartas de um baralho comum são embaralhadas e entregues randomicamente aos sócios. Aquele que sair com o Az de Paus deverá assassinar aquele que receber o Az de Espadas, seguindo as ordens do Presidente do Clube para que tudo pareça um acidente e a sociedade não seja descoberta.

Conhecemos o Clube na primeira história deste livro: A História do Rapaz com as Tortinhas de Creme. Nela, um príncipe e seu estribeiro-mor são atraídos ao Clube por um fracassado vendedor de tortinhas. Dentro dele, conhecemos várias informações, regras e ordens que os sócios recebem para que o Clube se mantenha oculto ao resto da sociedade.

Outras duas histórias são narradas no decorrer do livro. Na História do Médico e do Baú de Saratoga, um jovem é vítima de um armação: quando ele chega no seu quarto de hotel, encontra um homem morto em sua cama. No final desta história, descobrimos que ela está totalmente conectada à primeira, mas a terceira história, batizada de A Aventura do Cabriolé, tem um novo início, com novos personagens, mas o desfecho apresenta relações com os outros dois contos.

Robert Louis Stevenson, o mesmo autor do clássico O Médico e O Monstro, cria três narrativas diferentes e que surpreende o leitor ao serem descobertas comuns e conectadas. O cara soube operar as palavras com maestria, criando um livro inteligente, com boas doses de suspense e humor.

Por outro lado, o fato do livro ter sido escrito em 1878 pesa na narrativa: a escrita cansa muito, por ser cheia de frescuras, formalidades e palavras um tanto desconhecidas, como o cabriolé, que é praticamente o personagem principal da terceira história.
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Augusto Jr. 19/10/2013

Ace of Spades!
O Clube dos Suicidas é o tipo de livro fácil de ser devorado; uma leitura viciante da primeira até à última página!

O livro nos traz três histórias: A história do rapaz com as tortinhas de creme; A história do médico e do baú de Saratoga; A aventura do cabriolé. O fato curioso é: por mais que não pareça de início, as três histórias de modo mágico acabam se interligando – algo que me surpreendeu bastante.

Na primeira história "A história do rapaz com as tortinhas de creme" conhecemos os dois personagens principais: Príncipe Florizel da Boêmia e Coronel Geraldine.

Príncipe Florizel é o tipo de sujeito simpático, honrado e dono de uma generosidade admirável, fora isso, é amante de uma vida aventureira. Já o Coronel Geraldine é o estribeiro-mor, dono de uma lealdade inigualável. Dando-nos uma imagem de como seria um verdadeiro melhor amigo.

Florizel quando entediado adora se aventurar noite a fora por Londres, mas sempre na companhia de Geraldine. Quando fazem isso, ambos adotam disfarces e nomes. O príncipe passa a se chamar T. Godall e Geraldine de Hammersmith. Em uma dessas noites de aventura os dois entram em um bar pra beber, quando de repente surge um rapaz com uma grande bandeja com tortinhas de creme oferecendo-as – insistindo, e com uma cortesia exagerada - um a um dos que estavam no bar. "Às vezes a oferta era aceita com risadas; às vezes rejeitada com firmeza, até mesmo com rispidez. Nesse caso o recém-chegado sempre comia o doce ele mesmo, com um comentário mais ou menos bem-humorado."

Quando o rapaz chegou até à mesa do príncipe, ele ofereceu suas tortinhas de um modo que fez com que Florizel ficasse fascinado em saber quem ele era e o porquê por trás disso. Um convite de jantar foi feito ao rapaz, mas foi adiado, pois o mesmo tinha que distribuir – ou comer – todas às tortinhas. Portanto, Florizel e Geraldine se uniram ao rapaz até que ele terminasse o que estava fazendo e ficasse livre pra puder jantar com eles.

No jantar, o rapaz das tortinhas conta o porquê de estar fazendo isso. "Existem inúmeras razões para eu não lhes contar minha história; talvez seja justamente essa a razão por que vou contá-la. Pelo menos, os senhores parecem tão bem preparados para ouvir uma história de tolices que não tenho coragem de decepcioná-los."

Depois de saberem o porquê, nós – leitores – somos levados ao Ponto X do livro: O Clube dos Suicidas.

Há um suspense gigantesco no ar, algo que nos prende mais ainda na leitura. Ficamos curiosos – do tipo devorador compulsivo de páginas – e um pensamento nos surge: um lugar onde pessoas se reúnem pra se suicidar? Que original!

Nesse lugar somos apresentados ao antagonista da história, O Presidente do Clube dos Suicidas, "o bandido mais corrupto de toda a Cristandade." – palavras do sr. Malthus.
Ainda no Clube, conhecemos o jogo praticado por eles: "Preste atenção no ás de espadas, que é o signo da morte, e no ás de paus, que designa o agente desta noite.”.

Depois disso, temos acontecimentos de tirar o fôlego.

– Evitando Spoilers –

A história do rapaz com as tortinhas de creme é o começo de tudo. As duas histórias a seguir dão continuidade, nos trazendo novos personagens importantes na história.

Em A história do médico e do baú de Saratoga, temos como principal Silas Scuddamore, mas não só ele, dr. Noel acaba por ser outro personagem – tão, até mais - importante. O começo da história nos leva acreditar que é uma história fechada, sobre um rapaz tímido e dono de uma curiosidade estranha, mas somos pegos de surpresa. – Robert Louis Stevenson sabe como fisgar o leitor.

O que teremos nessa história é uma conspiração: um morto, um inocente a ser culpado e uma solução.

Fiquei fascinado no dr. Noel. Vou deixar aqui algumas de suas sábias palavras:
- ❝Fale com franqueza com quem pode ajudá-lo. Acha que esta carne morta em sua cama pode mudar um grau sequer da simpatia que você sempre me inspirou? Jovem crédulo, o horror que um ato inspira perante a lei cega e injusta não se estende a quem o praticou, perante os olhos de quem o ama; se eu visse um amigo do meu coração voltar de um mar de sangue, meu afeto não diminuiria. Levante-se. O bem e o mal são uma quimera; nada existe a não ser o destino, e, sejam quais forem suas circunstâncias, a seu lado existe alguém que vai ajudá-lo até o fim.❞ – dr. Noel.

- ❝Qual a utilidade da visão e da palavra, se um homem não consegue observar e recordar as feições do inimigo? Eu, que conheço todos os bandidos da Europa, poderia identificá-lo, obtendo novas armas para a sua defesa. No futuro cultive essa arte, rapaz; ela pode lhe ser muitíssimo útil.❞ – dr. Noel.

- ❝A juventude é a época da covardia, quando os problemas sempre parecem mais negros do que são.❞ – dr. Noel.

Você vai rir quando dr. Noel achar qual a melhor finalidade para o baú de Saratoga. – das três, gostei mais dessa história.

No encontro de Silas, o autor nos doa um pouco de sua sapiência sobre o sexo oposto:
- "Quando uma mulher chega ao ponto de tomar a iniciativa, ela há muito já deixou para trás as restrições do orgulho. - A mulher adora ser obedecida no princípio, embora mais tarde tenha prazer em obedecer."

A última história, A aventura do cabriolé, teremos dois novos personagens que surgirão pra enaltecer o contexto: Tenente Rich Brackenbury e o Major O’Rooke.

– Evitando Spoilers –

A história nos traz o fim da caçada ao Presidente do Clube dos Suicidas, acontecendo às 3 horas da madrugada de quarta-feira no jardim de Rochester House - uma esplêndida mansão abandonada à margem do canal - no Regent's Park. Príncipe Florizel, Coronel Geraldine, Tenente Rich Brackenbury, Major O’Rooke e dr. Noel estarão presentes no desfecho. O que vai acontecer na mansão, e se o príncipe Florizel fará o papel de Providência Divina… Leia e saberá!

Termino com palavras do Príncipe da Boêmia:
- ❝A bala de uma pistola viaja nas asas da sorte, e muitas vezes a habilidade e a coragem levam a pior diante de um trêmulo atirador; portanto, decidi escolher as espadas, e estou certo de que aprovarão minha decisão. – Príncipe Florizel da Boêmia.❞

- ❝A existência de um homem é tão fácil de destruir e tão poderosa de ser vivida! Ai de mim, existe algo na vida tão decepcionante quanto realizar nossos desígnios? – Príncipe Florizel da Boêmia.❞

O Clube dos Suicidas nos traz uma leitura simples e viciante, fiel à magia que há nos livros de Robert Louis Stevenson. Pra quem já leu A Ilha do Tesouro e O Médico e o Monstro, O Clube dos Suicidas será uma leitura mais do que recomendada!
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