CooltureNews 09/06/2012
Publicada no www.CooltureNews.com.br
Começo essa resenha dizendo que não esperava tanto deste livro, tenho diversos motivos para tal, entretanto o maior de todos é por não se enquadrar entre os gêneros literários que mais gosto. No momento tenho o prazer de informar que esse gênero acabou de adentrar neste seleto grupo.
Não sou pai, ainda, mas sou filho. Todas passagens narradas pelo autor trouxeram um misto de sentimentos que a muito não tinha o prazer de desfrutar, impossível não se emocionar ao escutar Jose Ruy comentar sobre seu pai e sua partida precoce, ou sobre como fala de seus filhos, o orgulho que sente dos mesmos é palpável.
A obra é uma reunião de 45 histórias da vida do jornalista Jose Ruy Gandra, até então, um desconhecido para mim. Nessas histórias são retratados momentos específicos da vida do autor e seu relacionamento como pai, filho e avó. O amadurecimento que a paternidade oferece, mesmo que tardio, como foi o caso, suas batalhas para educar os filhos da melhor maneira possível, seus erros e acertos e os resultados.
É confortante esse sentimento de, ainda que póstuma e tardiamente, ter feito as pazes com a figura de meu pai. Essa compreensão mais madura de seu papel em minha vida fez de mim um pai bem melhor. Pág. 171
O livro é de uma leitura tão fácil e prazerosa que o devorei em poucas horas. Horas essas intercaladas com momentos de risos e emoção a flor da pele, minha vontade, graças a Deus realizada, ao término do livro foi simplesmente abraçar meu pai e dizer o quanto o amo e sou grato por tè-lo ao meu lado em todos os momentos.
Avô é um cavalo bravo que o filho amansa pro neto poder montar. Pag 175