Ódio, amizade, namoro, amor, casamento

Ódio, amizade, namoro, amor, casamento Alice Munro




Resenhas - Ódio, amizade, namoro, amor, casamento


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Adriana1037 26/06/2023

Bom, mas nada de incrível
O livro apresenta vários contos do cotidiano. Muitas personagens femininas e questões relevantes para as mulheres da época da autora. A escrita é fluída e os personagens são muito bem construídos, mas os contos são muito extensos, com muitos detalhes, com cerca de 40 a 50 páginas cada um. Acabei achando um pouco cansativo. O livro é bom, mas esperava mais por ela ter sido uma autora premiada com o Nobel.
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Carla 28/11/2022

Na essência somos todos iguais nas nossas relações entre pares?.
Alice Munro , ao lindo destes 9 contos, centra-se nas relações humanas, analisadas através da lente do quotidiano.
A leitura deste livro foi extremamente prazerosa, é uma escritora muito perspicaz, inteligente e cria personagens muito profundas e tridimensionais.
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Marilia Verdussen 04/06/2022

Simples como você
São histórias simples de mulheres simples. Às vezes parece que nenhum fato impactando acontece, só o sutil. A repercussão na personagem é impressionante, como ela é mobilizada por uma palavra, por uma falta de atenção, por uma presença. A leitura flui, é muito fácil... e um universo inteiro de uma pessoa é apresentado. Eu amei, espero ler vários da autora.
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Amy 08/10/2021

Gostei da escrita da Munro. Os contos são sobre o cotidiano oriundo e situações que surgem na vida dos personagens, que focam nas suas lembranças e elas acabam por afetar o presente. São histórias sobre o aprendizado da vida.
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Gustavogl 21/06/2021

Lembrou-me Mordern Love da Amazon. A Alice escreve contos longos e longuíssimos que são possíveis de ler em uma respirada só. Ela vai entregando a história sem pretensão e inadvertidamente você tá preso no enredo e quer que tudo acabe bem. Na maioria acaba e quando não, é bonito também. Acredito que as mulheres se sentirão representadas em uma personagem ou outra. São histórias que você imagina nas telas do cinema. Com belas atuações e uma fotografia bem chata no melhor jeito canadense.
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Lilian 28/05/2021

Sensível
Os contos são bonitos, sensíveis e reais. Histórias cotidianas e tocantes, muitas vezes surpreendentes
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Silvana (@delivroemlivro) 13/03/2020

Dispersivo
"Ódio, amizade, namoro, amor, casamento" é irregular como todo livro do gênero. É bom mas o excesso de personagens, deslocamentos e situações afetam negativamente os contos: onde deveria haver concisão há dispersão. De todos os autores do gênero que já li a desprovida de Nobel de Literatura, Clarice Lispector, continua sendo minha contista preferida e acho que isso dificilmente irá mudar.
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Renata 26/02/2020

Retratos angustiantes de nossas vidas
Nove contos que retratam, ainda que poeticamente, acontecimentos angustiantes e definidores na vida dos personagens. Fugas, suicídios, esperança, e as muitas quebras de expectativa que a vida impõe. As faces não tão bonitas do amor, quando convive e sobrevive à situações extremas. São historias íntimas, com pessoas que poderiam estar nos álbuns de família de qualquer um de nós.
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Eliane 02/08/2019

Não posso negar, fiquei fascinada pelos contos de Alice Munro.
São contos relativamente curtos e o esquema estrutural deles envolve, de alguma forma, a recordação de algum evento do passado dos personagens.
Aparentemente são contos simples, fatos da vida cotidiana, personagens da zona rural que conferem às histórias um tom intimista, mas, não se deixem enganar, essa simplicidade dos provincianos esconde uma grande complexidade moral.
O cenário de fundo dos contos de Alice Munro é o modo como a vida cotidiana deve ser vivida: com dignidade. A família pode ser definida como uma forma de sociabilidade baseada na convivência do dia a dia,com vínculos de afetividade, comprometimento e cuidado.
Alice Munro tem uma narrativa elegante , atraente, delicada e algumas vezes irônica. Escreve sobre mulheres e suas experiências existenciais no séc. XX, nas pequenas cidades do Canadá. Trabalha com temas como memória, trauma, traição, família, temas esses envolvidos por uma grande afetividade provada pela sua proximidade com que narra os dramas familiares, na escolha de situações e imagens entre membros de uma mesma família, em um ambiente carregado de peso memorialístico.
Alice Munro recorre muitas vezes à imagem de móveis e objetos que determinam o lugar de uma pessoa ou família a um espaço preciso. Todos esses objetos transitam pelas histórias de Munro com um claro projeto e objetivo.
O conto que nomeia o livro “Ódio, Amizade, Namoro, Amor, Casamento” começa com um problema da mobília, um estorvo na hora da mudança ou um estímulo bem-vindo para se recomeçar e nos mostra também o quanto a vida nos surpreende ao nos dar consequências diferentes do que esperamos para o que fazemos conosco e, principalmente, com os outros.
Um pequeno parêntese:
(O nome deste conto fez-me lembrar com saudade daquela brincadeira de adolescentes. A gente escrevia as palavras, como no conto, em um papel, depois esse papel era dobrado de tal maneira que tomava a forma de , mais ou menos, um balãozinho. Colocava-se os dedos nas aberturas para poder mover, em seguida sorteávamos alguma amiga e pedíamos que dissesse um número, quem estivesse com o balãozinho, contava e depois abria para ler a palavra escrita a qual seria o sentimento do rapaz em relação àquela amiga que havia escolhido o número.)

Uma das personagens faz uso desse papelzinho, enquanto conversa com uma amiga.

Retomando....... Interessante notar que os contos de Alice Munro começam em um momento qualquer e seguem vagarosamente, as vezes em lapsos de tempo, indo e voltando, mas, em determinado momento......arma-se uma situação: um fato já ocorrido, uma frase ouvida por acaso, uma conversa que ainda não conseguimos compreender......e o leitor aguarda cada vez mais ansioso pelo desfecho que muitas vezes nos deixa com a sensação de não ter sido exatamente um desfecho, uma conclusão final propriamente dita. São momentos discretos, sem propósito, às vezes apenas uma frase ou um gesto de algum personagem. Tudo o que tem para ser dito, é feito com extrema beleza e exatidão.

Finalizando.....para mim o melhor conto foi o último: The Bear Came Over the Mountain”, em português foi traduzido como “ O Urso atravessou a Montanha”.
Um conto tocante, com uma carga dramática imensa, impregnado de sentimentos vívidos, fortes e de poderosa emoção.

Este conto foi adaptado para o cinema com o título em português: “Longe Dela”, estrelado pela maravilhosa Julie Christie.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 12/07/2018

Brincadeira Infantil
Originalmente lançada em 2001, "Ódio, Amizade, Namoro, Amor, Casamento" é uma seleção de nove contos, de Alice Munro, cujo título pode soar estranho à primeira vista. Como é explicado logo no começo, refere-se a uma brincadeira infantil bastante conhecida e através dela, a autora segue escolhendo o destino de cada episódio, concedendo até um final aparentemente feliz. Afinal, se o destino é incerto, algumas vezes acontecimentos ruins podem acabar bem...

Ela surge absolutamente irônica, ao relatar a insólita paixão de uma insípida solteirona. Da mesma forma, encerra com um de seus melhores textos: "O Urso Atravessou A Montanha", cujo foco narrativo é a velhice de um casal e a deterioração da memória.

Singularmente, nessa seleção, a maioria das histórias registram o cotidiano de pessoas mais idosas. Em "Conforto", somos apresentados a um professor aposentado que escolhe o suicídio para fugir da lenta agonia de uma doença terminal. Ao contrário, em "Ponte Flutuante" uma senhora é surpreendida com a notícia que seu tumor regrediu e a iminência da morte transformou-se em expectativa de vida...

Porém, as surpresas não param por aí, em "O Que É Lembrado" uma simpática velhinha descobre que a chama de seu casamento só se manteve acesa, por conta de um esquecimento e ela só se dá conta após a morte do marido.

Algumas histórias giram em torno de tragédias familiares. Em "Queenie" uma mulher guarda esperanças de reencontrar a irmã desaparecida e em "Urtigas" um amor de infância tenta ressurgir diante das armadilhas da vida.

"Coluna e Viga" é o que menos me impressionou. Nele, é retratado a amarga colisão de uma mulher com seu passado, ao receber a visita de uma prima distante que não via há anos. Finalmente, não há como deixar de lado "Mobília de Família", o mais reflexivo e intimista que relata a dificuldade de um escritor trafegar entre ficção e realidade sem magoar as pessoas mais próximas e de acordo com suas palavras, não possui caráter autobiográfico.

Mrs. Munro foi minha mais prazerosa descoberta em 2013. Jamais havia ouvido falar dela e procurei seus livros, após ela ganhar o Nobel de Literatura. Desde então, seus textos passaram a fazer parte de minha vida. Cinco estrelas!
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Lauraa Machado 19/01/2018

Histórias reais, complexas e bonitas
Ainda bem que Alice Munro escreve mais contos que romances. Depois desses nove, não sei se aguentaria um romance inteiro dela de uma vez. Aliás, se posso dar um conselho a quem vai ler esse livro, acho bom dar um tempo entre cada um, porque as histórias não são leves e felizes e vão te deixar se sentindo um pouco pesado. Pelo menos, me deixaram.

A escrita da Alice Munro é excelente, é claro, e muitas vezes me peguei sentindo que estava lendo um livro de uma Jane Austen contemporânea. Ela analisa a relação entre pessoas e suas próprias personalidades de um jeito que eu sempre vejo nos livros da Jane. A maior diferença entre elas, sem contar com a época, é que a Jane Austen era pelo menos um pouco mais otimista. Alice Munro é daquelas autoras que gostam de escrever sobre tragédias da vida real. Suas histórias não são sobre nenhum navio naufragando ou queda de avião, são sobre doenças, traições, desencontros, infelicidades comuns, coisas assim. Isso não significa que não tenha nenhuma passagem menos pessimista e mais esperançosa, cenas lindas que inspiram, só que a maioria é sobre questões mais duras e das quais preferimos evitar ter que lembrar.

Uma coisa que não consegui também evitar perceber - e que não é um defeito, é claro, - foram as semelhanças entre suas protagonistas. A grande maioria era casada com um cara pelo menos quinze anos mais velho, professor e tinha dois filhos. Foi estranho notar isso, na verdade, mas depois da terceira vez se tornou algo a me incomodar um pouco.

Aconselho sim a quem queira ler, mas já aviso que não é do tipo de livro para qualquer um. Meu conto favorito foi o primeiro.
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Lauraa Machado 19/01/2018

Histórias reais, complexas e bonitas
Ainda bem que Alice Munro escreve mais contos que romances. Depois desses nove, não sei se aguentaria um romance inteiro dela de uma vez. Aliás, se posso dar um conselho a quem vai ler esse livro, acho bom dar um tempo entre cada um, porque as histórias não são leves e felizes e vão te deixar se sentindo um pouco pesado. Pelo menos, me deixaram.

A escrita da Alice Munro é excelente, é claro, e muitas vezes me peguei sentindo que estava lendo um livro de uma Jane Austen contemporânea. Ela analisa a relação entre pessoas e suas próprias personalidades de um jeito que eu sempre vejo nos livros da Jane. A maior diferença entre elas, sem contar com a época, é que a Jane Austen era pelo menos um pouco mais otimista. Alice Munro é daquelas autoras que gostam de escrever sobre tragédias da vida real. Suas histórias não são sobre nenhum navio naufragando ou queda de avião, são sobre doenças, traições, desencontros, infelicidades comuns, coisas assim. Isso não significa que não tenha nenhuma passagem menos pessimista e mais esperançosa, cenas lindas que inspiram, só que a maioria é sobre questões mais duras e das quais preferimos evitar ter que lembrar.

Uma coisa que não consegui também evitar perceber - e que não é um defeito, é claro, - foram as semelhanças entre suas protagonistas. A grande maioria era casada com um cara pelo menos quinze anos mais velho, professor e tinha dois filhos. Foi estranho notar isso, na verdade, mas depois da terceira vez se tornou algo a me incomodar um pouco.

Aconselho sim a quem queira ler, mas já aviso que não é do tipo de livro para qualquer um. Meu conto favorito foi o primeiro.
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Gladston Mamede 14/11/2017

Sinceramente? Não gostei. Há passagens primorosas. Mas, no geral, são histórias (contos) arrastadas e com personagens excessivamente problemáticas, como se a vida - e o amor - fossem grandes problemas. Pareceu-me um livro depressivo demais, salvo, reitero, algumas passagens primorosas.
Alê | @alexandrejjr 15/03/2022minha estante
Mas a vida e o amor não podem ser grandes problemas, Gladston? Fica a dúvida aí...




Higor 19/08/2016

Sentimentos ao longo da vida
Após a leitura de três coletâneas de contos de Alice Munro, um total de mais de 25 histórias, compreendemos o porquê de ela ter sido escolhida pela Academia em 2013: ela escreve muito bem, sobre qualquer coisa, que em um primeiro momento parece ser bobagem, futilidade, nada de grandioso, mas a simplicidade, de maneira bem escrita, deixa o leitor fascinado com as descrições feitas, e até desejoso de viver aqueles - ao menos os bons - momentos em que os personagens são contemplados.

Como de costume, somos inseridos na vida de pessoas, mais precisamente mulheres, que têm sentimentos ali, dentro de si, guardados, esperando o momento certo de serem expostos, ou até mesmo visíveis, mas em um nível que não o suficiente. São sentimentos por namorados ou maridos, por amigos ou parentes, e até meros conhecidos que fizeram algo de diferente em alguma época da vida.

O primeiro conto, que dá nome ao livro, já nos mostra uma mulher aparentemente sem sentimentos, mas que tem sim, algo dentro de si, querendo ser explorado, retribuído ao patrão, mas a brincadeira de duas crianças deixa o leitor aflito sobre como tudo vai acabar.

Já o segundo, 'Ponte flutuante', começa de maneira confusa, mas ao longo da leitura, percebemos que o problema está armado: Jinny está com câncer, mas seu marido aparenta não se preocupar; ao invés disso, dá indícios que está flertando com a impaciente Helen, a mulher que vai cuidar dela.

O conto menos interessante talvez seja 'Mobília de família', onde uma garota percebe que a mulher, amiga da família, que ela sempre adorou, não exatamente isso. O estranho, na verdade, é que talvez nos frustremos junto com a personagem e possamos colocar a culpa até no conto, já que a elogiava excessivamente, e agora discorre com a mesma intensidade sobre a verdadeira mulher.

Depois disso, temos um dos melhores contos do livro, mas talvez o mais marcante, que vem sempre à mente quando o mencionamos. 'Conforto' fala de maneira interessante o suicídio, o que Nina quase considera uma trapaça do que poderia ser uma eutanásia. O pensamento ateísta do personagem também nos arrebata, e ficamos reflexivos ao final da leitura.

Ainda temos outros contos maravilhosos, como o leve e surpreendente 'Queenie' e o triste, porém belo 'O urso atravessou a montanha', que trata o amor da terceira idade de um senhor que tem que lidar com o Alzheimer da mulher.

É fácil de entender o porquê de 'Ódio, amizade, namoro, amor, casamento' ser considerada a obra prima de Munro, apesar de eu amar fortemente a ideia de 'Falsos segredos', e meu primeiro contato com a autora, em 'Amiga de juventude'. É difícil escolher uma coletânea ou um conto em especial, diante da qualidade dos textos da autora.

Munro descreve os personagens, com suas qualidades e defeitos, de maneira surpreendente, que podemos vislumbrar pessoas que conhecemos em cada uma delas. As situações não são de outro mundo, assim como as atitudes delas, mas todos são tão humanos, meros cidadãos comuns do Canadá, mas que poderiam facilmente morar no mesmo bairro que eu.

Este livro faz parte do projeto 'Lendo Nobel'. Mais em:

site: leiturasedesafios.blogspot.com
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Rafa 07/05/2016

Ódio, amizade, namoro, amor, casamento
O cotidiano retratado em vários contos, escrito pela ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura em 2013, Alice Munro recria o estilo de vida de cada personagem passando por diversas épocas e culturas. São contos extensos, porém de uma singularidade e eloquência na narrativa, que encanta qualquer leitor.

Munro tem uma leveza em sua escrita, molda cada um dos personagens tornando-se únicos com suas personalidades marcantes. Os contos variam de até quarenta páginas, uma leitura fluída e bem envolvente, prendendo o leitor logo no início do primeiro conto.

O leitor se vê envolvido com os diferentes contos e suas tramas, variando do engraçado ao trágico. A obra tem uma excelente diagramação, bons espaçamentos e o tamanho da fonte estão muito bem adequados até para se ler à noite. Contos incríveis de uma autora espetacular.

site: http://www.livreando.com.br/2016/04/resenha-odio-amizade-namoro-amor.html
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