spoiler visualizarGiseli.LP.Zimer 31/12/2023
Este livro relata uma história dramática, envolvendo dilemas sociais, julgamentos e te faz pensar sobre o que você faria diante do aspecto que a narrativa apresenta. Nela são abordadas algumas leis de um condado dos EUA e o dilema social de um duplo homicídio incentivado por uma sede de vingança de um pai diante do estupro e espancamento de sua filha de apenas 10 anos. Os personagens principais são os primeiros acusados (Billy R Cobb e Pete Willard), seguidos pelo pai da menina (Carl Lee Hailey), seu advogado (Dr. Jake Brigance) e o xerife da cidade (Ozzie Walls), entre outros personagens secundários que dão mais ênfase à trama. O aspecto mais enfatizado na obra são os julgamento e dilemas jurídicos da época, também enfatizando o racismo e por sua vez suas divisões no país a cerca do assunto, bem como também partes onde a Ku Klux Klan se faz presente na história (um clã que realmente existiu nos EUA e aterrorizou muitas cidades na sua época).
No início da obra conta um pouco da vida de Billy e Pete e de cara a execução de um estupro de uma criança e seu envolvimento. Depois do fato ocorrido com sua filha Carl não se dá por satisfeito apenas com a justiça dos julgamentos e sim busca a própria vingança. Incentivado por seu irmão, mas contra o concelho de seu amigo Jake ele acaba por fuzilar a sangue frio os dois abusadores. Como consequência ele é levado a julgamento e de primeiro momento é declarado acusado dos dois homicídios. Jake não desiste de seu agora cliente e vai em busca de sua defesa. Jake fora advogado de defesa do irmão de Carl (de nome Lester) a um certo tempo atras, também por homicídio e Jake fora vitorioso no caso, mais um motivo para que confiassem no seu trabalho. Porém o caso se torna famoso e muitos o desejam por estados visando no futuro inúmeros clientes. Carl por influência de um grande amigo do passado (inclusive o mesmo que lhe confiou a M16 que ele cometeu os assassinatos) resolve trocar de advogado e Jake fica muitíssimo decepcionado, bem como Lester logo que soube, ainda mais por se tratar de um advogado vigarista e bandido. Nesse meio tempo Jake recebe um aviso da KKK (Ku Klux Klan) [é uma organização terrorista que foi fundada em uma pequena cidade do Tennessee, Estados Unidos, entre os anos de 1865 e 1866], onde o falecido Coob (um dos estupradores) fazia parte e agora seu parente começou a fazer parte também. Em vingança a Coob e sem saber que Brigance não era mais advogado de Hailey eles atearam fogo em uma cruz na frente da casa de Jake como faziam antigamente como aviso, dizendo que se ele prosseguisse com o que estava fazendo a próxima coisa a queimar poderia ser a casa dele ou algo do tipo. A Klan havia sido erradicada da cidade já havia algum bom tempo e com esse sinal acendeu-se um alerta nos gabinetes de policias com a possível volta da mesma a assolar a cidade. A Klan estava ativa e atuante em outro estado, mas os parentes de Coob procuraram eles com indicações de que desde de seus avó eles eram da linhagem do grupo e tornaram-se membros em resposta a seu ente querido e seriam os representantes novamente da mesma no condado de Ford. Carla, a esposa de Jake, ficou temerosa com o aviso, mas a tranquilizou saber que Jake não se envolveria mais com o caso e assim que a Klan soubesse não os aterrorizaria mais. Jake fala com Lester sobre o fato de o caso estar com outro advogado, mas pede que jamais diga que ele mesmo avisou Lester da troca, pois ele poderia ser denunciado pelo concelho de ética dos advogados. Assim, Lester convence Carl a voltar o caso para Brigance e ele dá andamento na defesa de Hailey. Carla fica apreensiva, mas compreende o marido e seu trabalho. As igrejas locais se mobilizaram para arrecadar fundos para ajudar com as despesas da defesa de Carl e de sua família em quanto ele ainda estiver preso, pois ele era o único provedor de sustento de sua casa para seus 3 filhos (a menina que sofrera o delito e dois meninos) e sua mulher Gwen. A igreja arrecadou horrores de dinheiro e rolou uma discussão entre o reverendo e Call Lee, pois o reverendo queria destinar o dinheiro ?supostamente todo? para gastos de honorários dos advogados da igreja, mas no final foi convencido a entregar a família Hailey. Mais uma peça entra na história, a garota Elen Rowark. Ela é uma estudante de direito que vem ao encontro de Jake para pedir para ser sua assistente e graças a sua incrível dedicação e inteligência acaba o auxiliando em praticamente tudo. Derrepente eis que a Klan resolve dar as caras e em breves palavras resumo a ?treta? na seguinte narrativa: eles se reuniram em um sitio no interior de Clanton e organizaram uma passeata de protesto. No dia do protesto haviam negros de algumas congregações que também protestavam, só que pela absolvição do Sr. Hailey. Eles entraram em confronto após alguns insultos trocados e foi aí no meio da briga que o Grão Mestre da Klan foi ?queimado vivo?. Ele foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos depois de alguns dias. Nesse meio tempo foi montado a comitiva de jurados para o julgamento e a Klan também se fez presente fazendo ameaças de cruzes no quintal de alguns possíveis jurados. Eis que o julgamento começa. Nada de muita novidade. Tudo correndo bem até o momento, tudo dentro dos procedimentos normais e dentro da justiça do Mississipi (escolha dos jurados, audiências, recessos durante elas, entrada e saída do acusado da suprema corte, etc...). Jake sofre outra suposta tentativa de homicídio vinda Klan, mas um soldado leva o tiro que seria para ele. Ellen foi sequestrada um tempo depois e agredida a ponto de estar em estado grave no hospital, agressões que sabiam também terem vindo de membros da Klan. O julgamento prossegue e em meios a todo o processo sai o veredito, absolveram Call, o declararam inocente por insanidade. Uma mulher de nome Wanda Womack foi a pivô na decisão dos jurados, uma vez que a mesma os fez ter ?empatia? com a história de Call Lee e os fez imaginar a situação. Por fim, Call volta a sua família, Jake ainda incrédulo ganha a causa e viaja para ver sua esposa.
Em meu ponto de vista a parte onde a assistente dele fica hospitalizada depois de tê-lo auxiliado tanto não me foi bem vinda na obra, e a parte onde sua esposa também fica, de certo modo, ?esquecida? na casa dos pais dela enquanto todo o tumulto acontece também não caio bem. Mas o fato de que atrama jurídica foi bem detalhada e descrita isso não há como negar, e por no final ter dado tudo certo com a absolvição do réu também me foram bem vindas. Todavia acredito que poderia ter um pouco mais de emoção no final com alguns desses desfechos mais bem sucedidos, como por exemplo o fato da assistente de Jeke. Mas, contudo, a abra foi muito bem escrita e autor me instigou a ler mais alguns de seus livros com meu apreço.