Mrs. Dalloway

Mrs. Dalloway Virginia Woolf




Resenhas - Mrs. Dalloway


1387 encontrados | exibindo 166 a 181
12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 |


Ana Monique Souza 29/07/2023

Complicado
Assim como a mente humana é complicada, o mergulho no fluxo de consciência é complexo, ainda mais quando não se trata de uma mente só.
comentários(0)comente



brayanmra 03/07/2023

"vilão"
O meu maior "vilão" nesse livro foi, sem dúvidas, o fluxo de consciência. Por ser minha primeira leitura com algo do tipo, confesso que, no início, tive que ler as mesmas páginas por duas vezes até conseguir compreender a trama. Sobre a Mrs. Dalloway, gostaria que seu passado tivesse mais aprofundamento e não somente os flashbacks que a mesma tivera no decorrer dos preparativos do jantar que estava organizando. O meu núcleo preferido, sem dúvidas, foi o de Septimus Warren: Veterano de guerra que sofre com os traumas deixados após o fim da Primeira Guerra Mundial.

*Esta leitura está passível de uma revisão futura.
Eduardo 03/07/2023minha estante
numa releitura vc vai aproveitar bem mais da obra


brayanmra 03/07/2023minha estante
Simm! Irei reler justamente pq senti que não consegui absorver tudo que essa obra entrega.




João Pedro 02/05/2021

Profundidade sentimental
Lembro que, há alguns anos, quando eu ainda era muito reticente quanto à leitura de clássicos e já navegava nestes mares literários do Skoob, me deparei com o perfil de algum livro de Virginia Woolf e cogitei a leitura. Passado um tempo, porém, acabei desistindo da ideia... Lembro da impressão que possuía de que a obra de Virginia era algo como melancólica, talvez por ter, de certo modo, associado a seu suicídio.

Hoje, felizmente, despido dessa pré-concepção, me permiti iniciar a leitura da obra de Virginia Woolf por "Ms. Dalloway" e só posso dizer que estou deslumbrado. Mais do que o enredo em si, é a forma narrativa da autora que destaca todo o seu poder com as palavras. Como Clarissa Dalloway costurando em sua sala de estar enquanto comanda os preparativos para a festa que dará em sua residência, Virginia Woolf costura com palavras uma teia de sentimentos, paixões e emoções que interliga todas as suas personagens, tudo isso em um espaço temporal de um dia (uma quarta-feira londrina de junho de 1923, para ser mais preciso).

É fascinante como a ausência de linearidade narrativa explorada por Virginia lhe confere a liberdade de muito bem explorar o íntimo de suas personagens, com uma profundidade sentimental peculiar. De fato, esse ir e vir por vezes demanda atenção redobrada do leitor, sendo bastante comum a necessidade de se reler trechos para se compreender sobre qual personagem a autora está narrando. Isso, porém, não atrapalha o ritmo da leitura; em verdade, é um deleite, pois a cada releitura se desvenda, tal como flor desabrochando, a beleza incutida em suas palavras.

"Ms. Dalloway disse que iria ela mesma comprar as flores." (p. 14)
comentários(0)comente



mirella.camargos 30/07/2021

not the right time
acho que eu não entendi 100% desse livro, exatamente por serem pensamentos, fluídos e poéticos, clarissa dalloway tem uma alma profunda e bonita, gostaria de ter apreciado mais o livro e não parágrafos. a história por completo me deixou meio confusa, acho que por não ter uma mente totalmente formada, adulta ou madura é meio estranho ler experiências como essas. mas é uma leitura super válida. gostei!!
comentários(0)comente



AleixoItalo 29/10/2022

Quão vasto pode ser o alcance da consciência? Ambientado nas primeiras décadas do século XX, o romance se passa em um dia da vida de Clarissa Dalloway. A trama segue os preparativos de uma festa que Mrs. Dalloway está preparando para a alta sociedade, ao mesmo tempo que vamos sendo apresentados a outros habitantes da classe média londrina.

O romance é bastante singelo, com personagens que se encontram e desencontram ao longo da narrativa durante seus afazeres do dia a dia, e em cujas mentes se passa a maior parte da narrativa. Usando o "fluxo de consciência", artifício narrativo do qual Virgínia Woolf é uma das precursoras, a escritora compõe sua trama no campo subjetivo, onde os personagens divagam sobre elementos do cotidiano e ponderam sobre passado e futuro.

Se na superfície o que vemos é uma sociedade engessada e envernizada pelos modos e valores da época, por baixo vislumbramos o âmago dos personagens, disforme e muito mais amplo que a máscara que vestem no dia a dia, e dessa forma temos uma ideia dos pensamentos que permeavam a sociedade da época: temas como feminismo, liberdade sexual, doenças psicológicas, são abordados dessa maneira.

É um livro simples, mas nada fácil de se ler. O resultado final é uma narrativa caleidoscópica, onde cada um dos personagens transcende o seu lugar no espaço e no tempo e a forma humana serve apenas como recipiente para uma massa amorfa de sentimentos e emoções, que tocam uns aos outros independente de qualquer contato físico. Um livro bastante reflexivo, onde as possibilidades do que a vida poderia ter sido se atitudes diferentes fossem tomadas, existem e são revividas nos recônditos da mente.
comentários(0)comente



Nikki 23/08/2020

Já quero ler mais de Virginia Woolf :)
Depois de entender e me acostumar com o estilo (no início, tive q voltar várias vezes e reler alguns trechos), achei sensacional navegar entre personagens, passado e presente, "fatos" (e aí entre aspas pq os fatos são sempre narrados pela ótica de algum personagem) e pensamentos.

Algumas reflexões nesse emaranhado de vidas e mentes são particularmente tocantes - ou mesmo arrebatadoras.

Já tinha lido alguns textos feministas esparsos de Virgínia Woolf, mas esta é minha primeira experiência com a romancista que ela foi, e espero não demorar pra voltar :)
comentários(0)comente



Luciana 06/01/2022

Uma vida cabe dentro de um dia
Certamente  foi um livro diferente  de tudo o que eu li, pois nunca antes tinha me dedicado  a um livro ancorado exclusivamente  sobre o fluxo de pensamentos. 

Publicado pela primeira vez em 1925 pela escritora britânica,  Virginia  Woolf, o livro é  mais do que uma declaração de amor à Lodres da década de 20 do século  passado, mas uma empreitada vigorosa que esmiúça nos  mínimos detalhes os pensamentos  de seus principais personagens (e até dos secundários), indo dos pensamentos mais significativos aos mais trivais em questão de segundos. Imagine um passarinho pulando sem rumo de galho em galho em uma árvore, mudando sempre de sentido e direção enquanto bate suas asas freneticamente. 

Assim são os pensamentos  dos personagens  de  Mrs. Dalloway. Uma hora se pensa na vida, na  morte,  nos sonhos perdidos, na juventude que se foi,  numa desilusão amorosa, no peso da  idade , e no instante  seguinte (sem pausa), preocupa-se com um vestido numa vitrine, com o horário de uma festa, com a propaganda de uma marca de xarope infantil etc. Tudo isso sem deixar de lado questões  sociais debatidas no período como a Primeira Guerra Mundial, por exemplo. Tudo isso sem deixar de lado também as diferentes formas dos personagens enxergarem as mesmas situações (ou situações parecidas), o que não torna nenhum deles exatamente confiável como narrador.

Entretanto, essa forma de escrever a narrativa, pode  tornar a leitura um pouco estranha inicialmente, mas o ritmo cadenciado da leitura, as inúmeras camadas de seus personagens e a profundidade/sensibilidade da escrita que transfere os mínimos detalhes de Londres para as páginas do livro,  facilita uma conexão entre o leitor e a  história  que está sendo contada. 

E que história!Ela não é  convencional  porque o livro praticamente não  tem um enredo típico dos  romances.  Os personagens são absurdamente líquidos  e deslizam pelas páginas e suas histórias são sobre a vida.

O livro se passa em um único dia, em um único capítulo  e neste único capítulo cabe a vida de todos os seus personagens  principais.  Os principais certamente são  Clarissa Dalloway e Septimus  Warren  Smith. Ela uma espécie de socialight que pertence a elite inglesa e ele um ex soldado profundamente marcado pela Primeira Guerra Mundial. Embora nunca se encontrem pessoalmente, suas histórias se cruzam e  Clarissa e Septimus certamente servem de antítese para aquela que considero como a verdadeira protagonista deste livro: a vida e as diferentes maneiras de lidar com ela. 
comentários(0)comente



b i a 29/07/2021

uma grata surpresa
uau! é isso que tenho a dizer!
nunca tive interesse em ler virginia woolf, sabia que era uma escritora e só, mas acabou que eu ganhei um sorteio da editora antofágica em dezembro do ano passado, esse livro chegou pra mim na véspera de natal, como um presente, mas passaram -se meses até eu finalmente abrir pra olhar mais que ilustrações (e que ilustrações)
tive medo do fluxo de consciência, pois a única coisa que eu sabia é que era algo difícil de ser ler, mas surpreendentemente não foi, era só me colocar no lugar do personagem, ler como se eu pensasse junto com ele, afinal, em poucos minutos nossa cabeça flui por diversos lugares diferentes
admito que por um tempo depois da metade eu fiquei com dificuldade para me concentrar, não fluía perfeitamente, mas é assim mesmo, é pra ser apreciado, como uma sobremesa boa
eu tô tão grata por ter lido esse livro, e quero ler todos os livros da virginia agora, e no futuro reler esse livro e pensar: cara, agora eu entendo!
comentários(0)comente



Duana Rocha 25/08/2021

Virgínia não funcionou pra mim.
Detestei a narrativa! Monótona, cansativa, um fluxo de consciência super confuso de acompanhar. Toda a proposta de discurso se perdeu pra mim em meio a chatisse que foi cada página.
Todos precisando urgente de terapia!
Ps: Antes que apareça aqui o "Fandom" pra me atirar pedras e afirmar que não entendi... Sim eu entendi muito bem só não gostei mesmo!
comentários(0)comente



R. K. 27/07/2020

Ainda razoável
Não é uma resenha. Um comentário, se muito. Clarissa continua. Acho que ela só não pode parar, não admite parar. É sua única função. Perdeu o ponto de retorno e se resigna. Faz festas. Melhor anfitriã, dona de casa, mãe e esposa. Mulher? Não sei. Ela sabe? Sabe. Minha segunda leitura. Ainda não foi como eu queria. Pretendo ler uma terceira vez. Quem sabe consigo do modo que almejo. Ler e existenciar o dia de Clarissa. Eu, ela e Woolf juntas nas horas de nossos dias como mulheres.
comentários(0)comente



Rafael 08/03/2022

Cada cabeça um mundo!
Para os preparativos de uma grande festa, era uma bela manhã de junho para ir a Londres. Como Lucy já tinha muito o que fazer, "Mrs. Dalloway disse que iria ela mesma comprar as flores" (p. 14). Ao ter contato com essa despretenciosa abertura, a partir de uma simples ida da personagem Clarissa a uma floricultura, mal sabia eu que estava sendo levado às profundezas da consciência humana.

Durante a leitura de "Mrs. Dalloway" (1925), de Virginia Woolf, percebi inicialmente traços comuns de um narrador onisciente, apresentando-me, em terceira pessoa, Clarissa como uma senhora aparentemente fútil, cujo apreço pelas trivialidades da nobreza era proporcional aos sentimentos que recusara corresponder ao apaixonado de longa data Peter Walsh. Eram essas impressões iniciais de mentes que se revelaram complexas.

Páginas depois, porém, comecei a me sentir confuso, como se eu tivesse sido teletransportado para um novo lugar, com novas personagens. Nessa ruptura narrativa, conheci Septimus, um ex-combatente da Primeira Guerra que manifesta, em razão da experiência traumática, uma forma peculiar de encarar a vida. A sua inserção no contexto de Clarissa Dalloway, assim como de outros, seria compreendida por mim apenas depois, como num grande quebra-cabeça em que as peças, aos poucos encaixadas, oferecem contornos à imagem oculta.

A estranheza que senti é justificável: é que a autora faz uso, segundo Carola Saavedra, tanto do fluxo de consciência, quando os pensamentos se mostram de forma aparentemente caótica/desorganizada, como do discurso indireto livre, técnica caracterizada pelo trânsito livre do narrador entre a primeira e a terceira pessoa, seja para oferecer uma ampla visão dos fatos, seja para mergulhar nos pensamentos mais íntimos das personagens. Ambos os mecanismos foram aperfeiçoados por Flaubert anos antes, em "Madame Bovary" (1856).

No romance, é incrível que tudo sucede dentro do espaço de um ú-n-i-c-o dia, de modo que "o real não está tanto ?no que acontece?, mas nessa interseção entre ?o que acontece? e o que cada um apreende, percebe", como aponta Ana Carolina Mesquita.

Confesso que não foi uma leitura fácil!
comentários(0)comente



Maria 17/01/2023

Mrs Dalloway
Clarissa vai dar uma festa a noite e sai para comprar ela mesma as flores.
A partir daí acompanhamos vários personagens, seus pensamentos, suas atitudes, seus sentimentos. Pessoas que aparentemente não tem nada a ver uma com a outra, mas que aos poucos vão mostrando conexões.
A narrativa pula de personagens e muitas vezes eu demorava um pouco para perceber qual deles estava "falando".
Nem sempre o que o personagem está falando é o que ele está pensando ou sentindo, então consegui me conectar com a história por conta dessas nuances e conflitos, foi muito interessante.
O livro aborda muitos temas, como relacionamentos amorosos, parentais e de amizade, suicídio, homossexualidade, caráter, estrutura social, preconceito...
Enfim, futuramente pretendo reler, pois apesar do livro se passar em menos de 1 dia e não ocorrer nada, muita coisa acontece.
comentários(0)comente



Layla.Ribeiro 30/07/2020

Leitura Coletiva
Para mim foi um grande desafio ler esse livro, pois exige muita concentração para não se perder e às vezes é necessário ler mais de duas vezes a mesma página. Livro inovador com a narrativa de fluxo da consciência nos mostrando o quanto brilhante foi Virginia Woolf por nos mostrar a realidade do pensamento humano, apesar da genialidade da sua escrita, ela mantém sua crítica e sua opinião sobre como eram tratados as doenças mentais na época , como as mulheres viviam e eram submetidas a se comportar no tempo e sua crítica a burguesia inglesa.
comentários(0)comente



lucasgsan 06/08/2022

Certo dia, Virgínia decidiu ela mesma escrever um clássico
Por meio de uma narrativa movida pelo fluxo de consciência, Virgínia permite sermos aquela mosquinha que vai de canto em canto saber dos pensamentos mais íntimos das personagens. Ao longo da narrativa, que tem como ponto de partida um passeio de Clarissa por Bond Street, a protagonista rememora constantemente o passado, e por conta disso conseguimos ir até o seu lado mais íntimo, compreendendo suas paixões, suas aspirações, angústias e medo. Percebemos a importância da festa para Clarissa, pois para ela aquilo seria o seu grande momento de mostrar o seu papel naquela sociedade - anfitriã perfeita e mãe. É legal ver também que por um momento Clarissa questiona os rumos que sua vida levou e que as coisas poderiam ser diferente. Além de Clarissa, somos apresentados a Septimus, para muitos o ?duplo? de Clarissa. O único contato entre eles é quando ambos se veem refletidos na janela de um carro. Só com isso já é possível inferir uma espécie de ligação entre as personagens - a conexão temática entre vida-morte e sanidade-insanidade. Na última cena, vemos mais claramente o quão ligados esses personagens estavam e que naquele dia Clarissa não foi simplesmente comprar flores, mas sim proporcionar grandes reflexões em um livro que marcou e marca história até hoje.
comentários(0)comente



1387 encontrados | exibindo 166 a 181
12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR