Mrs. Dalloway

Mrs. Dalloway Virginia Woolf




Resenhas - Mrs. Dalloway


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R. K. 27/07/2020

Ainda razoável
Não é uma resenha. Um comentário, se muito. Clarissa continua. Acho que ela só não pode parar, não admite parar. É sua única função. Perdeu o ponto de retorno e se resigna. Faz festas. Melhor anfitriã, dona de casa, mãe e esposa. Mulher? Não sei. Ela sabe? Sabe. Minha segunda leitura. Ainda não foi como eu queria. Pretendo ler uma terceira vez. Quem sabe consigo do modo que almejo. Ler e existenciar o dia de Clarissa. Eu, ela e Woolf juntas nas horas de nossos dias como mulheres.
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Duana Rocha 25/08/2021

Virgínia não funcionou pra mim.
Detestei a narrativa! Monótona, cansativa, um fluxo de consciência super confuso de acompanhar. Toda a proposta de discurso se perdeu pra mim em meio a chatisse que foi cada página.
Todos precisando urgente de terapia!
Ps: Antes que apareça aqui o "Fandom" pra me atirar pedras e afirmar que não entendi... Sim eu entendi muito bem só não gostei mesmo!
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Maria 17/01/2023

Mrs Dalloway
Clarissa vai dar uma festa a noite e sai para comprar ela mesma as flores.
A partir daí acompanhamos vários personagens, seus pensamentos, suas atitudes, seus sentimentos. Pessoas que aparentemente não tem nada a ver uma com a outra, mas que aos poucos vão mostrando conexões.
A narrativa pula de personagens e muitas vezes eu demorava um pouco para perceber qual deles estava "falando".
Nem sempre o que o personagem está falando é o que ele está pensando ou sentindo, então consegui me conectar com a história por conta dessas nuances e conflitos, foi muito interessante.
O livro aborda muitos temas, como relacionamentos amorosos, parentais e de amizade, suicídio, homossexualidade, caráter, estrutura social, preconceito...
Enfim, futuramente pretendo reler, pois apesar do livro se passar em menos de 1 dia e não ocorrer nada, muita coisa acontece.
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Nernwie 05/07/2022

Virginia não erra
Não vou mentir, o livro, na minha humilde opinião, não chegou nem perto de superar a imensidão de "um teto todo seu", mas não é por conta disso que o livro possa ser considerado ruim. Longe disso, esse livro foi uma leitura incrível, e posso me arriscar em dizer que foi uma das melhores do ano, então isso só afirma o quanto eu amei minha primeira leitura , citada anteriormente, da Woolf.
Foi muito difícil entrar no ritmo da leitura nas primeiras páginas, mas quando consegui me acostumar... foi um momento extremamente prazeroso, a autora nasceu para escrever, ela realmente tem o dom de te envolver nas histórias, principalmente em uma como essa.
Entrar na cabeça de cada um dos personagens por um dia foi incrível, o jeito que foram construídos, com o objetivo de mostrar que cada ser humano, por mais fútil que pareça, possui um universo inacreditavelmente intenso dentro de si.
Recomendo MUITO para quem já leu algo dela, mas se você está tentando decidir sua primeira leitura da Woolf, não indico esse. Como só li outro dela por enquanto, indico "um teto todo seu" para ser o pontapé inicial com ela.
Além disso, posso afirmar que foi mais um livro do desafio da rory que valeu muito a pena.
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Diego Rodrigues 16/10/2021

"O que ela apreciava mesmo era a vida"
Escritora modernista e feminista, Virginia Woolf foi uma das figuras mais importantes da literatura britânica do século XX. Nascida em 1882, no distrito londrino de Kensington, teve uma vida marcada por acontecimentos trágicos e episódios de surtos psicóticos. Perdeu a mãe quando tinha apenas 13 anos, a meia irmã aos 15, o pai aos 22 e, dois anos mais tarde, foi a vez do irmão. Iniciou sua carreira literária em 1915, com a publicação do romance "A Viagem". Vanguardista, fez uma série de experimentos no campo da literatura, onde desbravou caminho para o feminismo e foi precursora do chamado fluxo de consciência. Integrou-se ao Grupo de Bloomsbury ao lado de artistas como a irmã e pintora Vanessa Bell, o biógrafo Lytton Strachey, o crítico Roger Fry e o escritor E. M. Foster. Em 1912, casou-se com Leonard Woolf, com quem, cinco anos mais tarde, fundou a editora Hogarth Press. Infelizmente Virginia nunca se recuperou completamente dos traumas sofridos ao longo de sua vida e suicidou-se por afogamento em 1941, deixando um grande legado composto por romances, contos, ensaios, biografias, cartas e diários memoráveis.

Publicada pela primeira vez em 1925, "Mrs. Dalloway" é uma de suas principais obras. O romance, nascido de dois contos publicados anteriormente, é figurinha carimbada nas listas de obras mais importantes e influentes da literatura mundial. Ironicamente, na época de sua primeira publicação o livro de Woolf foi duramente criticado e até mesmo acusado de simplesmente "não ser arte." A história se passa em um único dia de junho de 1923 e nos coloca a par dos preparativos para a festa de Clarissa Dalloway. Frívolo? Nem um pouco! Enquanto percorremos as ruas de Londres, somos apresentados a um verdadeiro microcosmo da geração britânica do período entreguerras. A estimada Clarissa, o veterano de guerra Septimus, o regresso Peter, a "rebelde" Sally e muitos outros, todos eles incorporam, cada um à sua maneira, diferentes faces da sociedade londrina dos anos 20. Mas não para por aí! Tomar esses personagens tão marcantes por meros arquétipos seria reduzi-los.

Com o fluxo de consciência a todo vapor, Woolf permite ao leitor penetrar no âmago da mente de todos esses personagens. A maior parte do romance se passa no campo psicológico e através de flashbacks, com personagens de meia idade evocando lembranças de uma juventude colorida e questionando as escolhas que fizeram ao longo de sua vida. Traumas, preconceitos, falso moralismo, a passagem do tempo, questões existencialistas e a busca de toda uma geração por identidade, esses são apenas alguns dos temas nos quais vamos esbarrar enquanto saltamos de uma mente à outra ao longo da narrativa. Confesso que senti um pouco de dificuldade com isso no início, o fluxo de consciência é um gênero que não estou muito acostumado e que exige certo nível de concentração (algo que anda em falta por aqui), mas, depois da "vertigem" provocada pelas páginas iniciais, fui definitivamente fisgado e já não consegui mais largar o livro.

Afinal, sobre o que é "Mrs. Dalloway"? Difícil dizer. Tudo é uma questão de perspectiva. Olhando para Carissa, pode-se dizer que este é um romance sobre a vida, simplesmente. Olhando para Septimus, a coisa fica mais sombria: um trágico romance pós-guerra. Talvez a protagonista seja Londres e este seja um romance histórico. Mas acho que aplicar qualquer rótulo seria diminuir a obra. Em pouco mais de duzentas páginas, Woolf percorre tantos caminhos e explora tão a fundo a consciência de seus personagens que pode-se dizer que esse é um livro sobre nada e tudo ao mesmo: é sobre a vida, mas também sobre a morte; sobre ser jovem, mas também sobre ficar velho; sobre o pós-guerra e o pré-(outra)guerra. Uma obra peculiar e muito à frente de seu tempo. Indefinível, mas instigante. Um livro nômade, que acredito que a cada releitura será entendido de uma forma diferente.

site: https://discolivro.blogspot.com/
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gabirius 25/05/2023

Sútil igual uma batida de trem.
Uma leitura marcante, tanto pela dificuldade em ser lido e interpretado como ele afeta-o de dentro para fora. É interessante o uso do fluxo de consciência e a sua identificação com pensamentos muitíssimo existenciais dentro de um cotidiano fora da nossa realidade, mas semelhante em humanidade. Cada detalhe dentro do livro mostra espectros gigantes da alma das personagens e do leitor. É um livro de pequenas doses, você ler enquanto é lido também.
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Layla.Ribeiro 30/07/2020

Leitura Coletiva
Para mim foi um grande desafio ler esse livro, pois exige muita concentração para não se perder e às vezes é necessário ler mais de duas vezes a mesma página. Livro inovador com a narrativa de fluxo da consciência nos mostrando o quanto brilhante foi Virginia Woolf por nos mostrar a realidade do pensamento humano, apesar da genialidade da sua escrita, ela mantém sua crítica e sua opinião sobre como eram tratados as doenças mentais na época , como as mulheres viviam e eram submetidas a se comportar no tempo e sua crítica a burguesia inglesa.
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brayanmra 03/07/2023

"vilão"
O meu maior "vilão" nesse livro foi, sem dúvidas, o fluxo de consciência. Por ser minha primeira leitura com algo do tipo, confesso que, no início, tive que ler as mesmas páginas por duas vezes até conseguir compreender a trama. Sobre a Mrs. Dalloway, gostaria que seu passado tivesse mais aprofundamento e não somente os flashbacks que a mesma tivera no decorrer dos preparativos do jantar que estava organizando. O meu núcleo preferido, sem dúvidas, foi o de Septimus Warren: Veterano de guerra que sofre com os traumas deixados após o fim da Primeira Guerra Mundial.

*Esta leitura está passível de uma revisão futura.
Eduardo 03/07/2023minha estante
numa releitura vc vai aproveitar bem mais da obra


brayanmra 03/07/2023minha estante
Simm! Irei reler justamente pq senti que não consegui absorver tudo que essa obra entrega.




Nikki 23/08/2020

Já quero ler mais de Virginia Woolf :)
Depois de entender e me acostumar com o estilo (no início, tive q voltar várias vezes e reler alguns trechos), achei sensacional navegar entre personagens, passado e presente, "fatos" (e aí entre aspas pq os fatos são sempre narrados pela ótica de algum personagem) e pensamentos.

Algumas reflexões nesse emaranhado de vidas e mentes são particularmente tocantes - ou mesmo arrebatadoras.

Já tinha lido alguns textos feministas esparsos de Virgínia Woolf, mas esta é minha primeira experiência com a romancista que ela foi, e espero não demorar pra voltar :)
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Mab 10/08/2023

" O que importa o cérebro quando comparado ao coração?"
Nesse livro acompanhamos um dia na vida da Mrs. Dalloway, vendo todos os seus pensamentos e memórias. Gostei de como alguns assuntos pesados foram abordados e as metáforas foram incríveis. Porém, por
ser meu primeiro contato com a autora, estranhei a falta de separação dos capítulos, por isso tive que prestar muita atenção na escrita para conseguir entender de quem era o ponto de vista na história. Gostei, me fez refletir bastante e agora preciso voltar pra terapia ??
LetAcia972 18/11/2023minha estante
Posso te dar uma recomendação?


Mab 19/11/2023minha estante
Podee sim


LetAcia972 19/11/2023minha estante
Helena de troia é um reconto de illiada é bem pequeno e da pra ler em 1 hora mais ou menos




Maju Deolindo 11/04/2020

Esperava mais porém valeu a experiência
Confesso que foi bem frustrante a leitura pois eu iniciei o livro com a maior expectativa por ser a história mais aclamada da autora. O meu maior incômodo foi porque eu demorei bastante para engrenar na história, em muitos momentos era difícil diferenciar quem era o narrador principal. Mas eu pretendo ler outros livros da autora e quem saber reler esse livro.
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João Pedro 02/05/2021

Profundidade sentimental
Lembro que, há alguns anos, quando eu ainda era muito reticente quanto à leitura de clássicos e já navegava nestes mares literários do Skoob, me deparei com o perfil de algum livro de Virginia Woolf e cogitei a leitura. Passado um tempo, porém, acabei desistindo da ideia... Lembro da impressão que possuía de que a obra de Virginia era algo como melancólica, talvez por ter, de certo modo, associado a seu suicídio.

Hoje, felizmente, despido dessa pré-concepção, me permiti iniciar a leitura da obra de Virginia Woolf por "Ms. Dalloway" e só posso dizer que estou deslumbrado. Mais do que o enredo em si, é a forma narrativa da autora que destaca todo o seu poder com as palavras. Como Clarissa Dalloway costurando em sua sala de estar enquanto comanda os preparativos para a festa que dará em sua residência, Virginia Woolf costura com palavras uma teia de sentimentos, paixões e emoções que interliga todas as suas personagens, tudo isso em um espaço temporal de um dia (uma quarta-feira londrina de junho de 1923, para ser mais preciso).

É fascinante como a ausência de linearidade narrativa explorada por Virginia lhe confere a liberdade de muito bem explorar o íntimo de suas personagens, com uma profundidade sentimental peculiar. De fato, esse ir e vir por vezes demanda atenção redobrada do leitor, sendo bastante comum a necessidade de se reler trechos para se compreender sobre qual personagem a autora está narrando. Isso, porém, não atrapalha o ritmo da leitura; em verdade, é um deleite, pois a cada releitura se desvenda, tal como flor desabrochando, a beleza incutida em suas palavras.

"Ms. Dalloway disse que iria ela mesma comprar as flores." (p. 14)
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Luíza | ig: @odisseiadelivros 03/05/2020

(re)Leitura de quarentena #5
A maneira com que eu encarava a Literatura mudou após eu ler este livro.
Comprei-o despretensiosamente, pelo preço e pelo o que ouvi falar de Virginia Woolf – brilhante, difícil, uma grande escritora. Eu não imaginava o impacto que ela teria na minha vida naquele momento.
Naquela época, eu havia me afastado da Literatura. Havia entrado na faculdade há um ano e minha relação com os livros havia mudado. Antes de cursar Letras, a Literatura não é nada mais do que prazer. Após dois semestres e duas disciplinas, afastei-me um pouco dos livros, percebendo que uma leitura feita apenas com prazer era insuficiente para lidar com o objeto literário. Eu deveria ler com mais atenção, ser mais crítica.
Foi Mrs Dalloway que me fez atar as duas pontas: dulce et utile.
A jornada não é fácil. Acompanhamos a vida de personagens aparentemente discrepantes entre si. Dois são principais: Clarissa Dalloway, uma mulher da classe média, e Septimus Warren Smith, veterano inglês sobrevivente da 1ª Guerra Mundial. Na minha primeira leitura, desfamiliarizada com o fluxo de consciência, tive muita dificuldade para trespassar as primeiras páginas. Com o tempo, fui pegando o “jeitinho”.
Em 2019, foi o meu primeiro livro da autora. Em 2020, eu já havia passado por outras narrativas suas e, gradativamente, aconchegando-a no meu coração. Foi interessante perceber a discrepância da edição em que realizei a primeira leitura e a que eu realizei a releitura. Na segunda, eu enchi diversos post-it com anotações, detalhes interessantes que eu analisei sob outra ótica.
Devo lembrar que Mrs Dalloway, em 2019, já era um dos meus livros favoritos. Agora, eu o amo ainda mais. Por falar com uma aparente simplicidade de temas como a morte, a vida, a frágil condição psicológica, a sociedade inglesa, o amor e a mente humana, Virginia Woolf é uma verdadeira artista. Nada se compara a mergulhar em suas palavras, até mesmo seus ensaios e artigos são acolhedores.
Por me sentir tão bem e tão acolhida na prosa virginiana, além de enxergar o objeto literário em suas nuances, foi com ela que aprendi a balancear o prazer e a crítica. E, como leitora e pessoa que gosta (talvez, muito) de ler, sou muito grata a isso.
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Rafael 08/03/2022

Cada cabeça um mundo!
Para os preparativos de uma grande festa, era uma bela manhã de junho para ir a Londres. Como Lucy já tinha muito o que fazer, "Mrs. Dalloway disse que iria ela mesma comprar as flores" (p. 14). Ao ter contato com essa despretenciosa abertura, a partir de uma simples ida da personagem Clarissa a uma floricultura, mal sabia eu que estava sendo levado às profundezas da consciência humana.

Durante a leitura de "Mrs. Dalloway" (1925), de Virginia Woolf, percebi inicialmente traços comuns de um narrador onisciente, apresentando-me, em terceira pessoa, Clarissa como uma senhora aparentemente fútil, cujo apreço pelas trivialidades da nobreza era proporcional aos sentimentos que recusara corresponder ao apaixonado de longa data Peter Walsh. Eram essas impressões iniciais de mentes que se revelaram complexas.

Páginas depois, porém, comecei a me sentir confuso, como se eu tivesse sido teletransportado para um novo lugar, com novas personagens. Nessa ruptura narrativa, conheci Septimus, um ex-combatente da Primeira Guerra que manifesta, em razão da experiência traumática, uma forma peculiar de encarar a vida. A sua inserção no contexto de Clarissa Dalloway, assim como de outros, seria compreendida por mim apenas depois, como num grande quebra-cabeça em que as peças, aos poucos encaixadas, oferecem contornos à imagem oculta.

A estranheza que senti é justificável: é que a autora faz uso, segundo Carola Saavedra, tanto do fluxo de consciência, quando os pensamentos se mostram de forma aparentemente caótica/desorganizada, como do discurso indireto livre, técnica caracterizada pelo trânsito livre do narrador entre a primeira e a terceira pessoa, seja para oferecer uma ampla visão dos fatos, seja para mergulhar nos pensamentos mais íntimos das personagens. Ambos os mecanismos foram aperfeiçoados por Flaubert anos antes, em "Madame Bovary" (1856).

No romance, é incrível que tudo sucede dentro do espaço de um ú-n-i-c-o dia, de modo que "o real não está tanto ?no que acontece?, mas nessa interseção entre ?o que acontece? e o que cada um apreende, percebe", como aponta Ana Carolina Mesquita.

Confesso que não foi uma leitura fácil!
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Nanda5Oli 14/06/2020

O começo é confuso pois a autora vai nos conduzindo a conhecer pela narrativa de vários personagens os seus sentimentos e pensamentos.
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