Um Cântico Para Leibowitz

Um Cântico Para Leibowitz Walter M. Miller Jr.




Resenhas - Um Cântico Para Leibowitz


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Elaine Messias 27/02/2021

E se voltássemos para a IDADE MÉDIA?
Após ter sido quase aniquilada por um holocausto nuclear, a humanidade mergulha em desolação e obscurantismo. Os anos de loucura e violência que se seguiram ao Dilúvio de Fogo arrasaram o conhecimento acumulado por milênios. A ciência, causadora de todos os males, só encontrará abrigo na Ordem Albertina de São Leibowitz, cujos monges se dedicam a recolher e preservar os vestígios de uma cultura agora esquecida. Seiscentos anos depois da catástrofe, na aridez do deserto de Utah, o inusitado encontro de um jovem noviço com um velho peregrino guarda uma surpreendente descoberta, um elo frágil com o século 20. Cobrindo mil e oitocentos anos de história futura, "Um cântico para Leibowitz" narra a perturbadora epopeia de uma ordem religiosa para salvar o saber humano.
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Lerinha80 18/02/2021

Um cântico para Leibowitz
Livro excepcional! O autor narra a luta milenar de monges de uma ordem religiosa, a fim de resguardar o conhecimento para futuras gerações, diante de constantes instabilidades políticas e riscos iminentes de destruição do planeta. Essa brilhante obra distópica nos faz refletir acerca do potencial aniquilador e regenerador do ser humano.
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Davi Busquet 16/02/2021

Mais do que religião
O homem, por milênios, foi o senhor da Terra, comandando a natureza, domando incertezas e definindo seu destino, tudo graças ao conhecimento. A chama que o separa das trevas e ilumina seu futuro, porém, pode ser sua ruína, ao lhe conferir poder absoluto e irrestrito, capaz de destruir a Criação. E isso de fato aconteceu, quando Lúcifer, na forma de mísseis nucleares, desceu à Terra e espalhou morte e precipitação radioativa. Para proteger o homem das sombras que acompanham a luz do conhecimento, uma ordem religiosa católica busca, copia e guarda da selvageria tudo que um dia o ergueu aos céus, antes de derrubá-lo nas profundezas.
É nesse misto de narrativa religiosa e epopeia do conhecimento que "Um Cântico para Leibowitz" se desenrola, apresentando um mundo pós-apocalíptico devastado por uma guerra nuclear total e as investidas da Ordem de São Leibowitz para conservar da obliteração tudo que o homem um dia foi capaz de produzir em matéria de conhecimento.
A história, que se passa em três momentos diferentes do período que se seguiu à quase destruição da Terra, tem um tom católico bem acentuado — usando, inclusive, expressões típicas em latim, além de descrever com detalhes parte da liturgia e dos costumes dessa religião. Contudo, longe de intentar uma conversão por assimilação ou uma simpatia por associação, o autor simplesmente ilustra as diferenças existentes entre conhecimento e ciência, e religião e ignorância.
A doutrina dos monges da Ordem de São Leibowitz, que, ao contrário de um preconceito que relaciona religião a uma negação dos valores científicos, vê no conhecimento acumulado da humanidade um reflexo do próprio espírito divino de benevolência e solidariedade. Entretanto, o que pode ser falsamente interpretado como sabedoria é refutado categoricamente na trama, ao longo de vários séculos e diferentes personagens, os quais representam as aspirações mais elevadas de uma humanidade fervorosa e, ao mesmo tempo, evoluída.
Talvez essa visão, por parte do autor, seja inocente a tal ponto que, no fim, o leitor tenha a impressão de que o mosteiro de São Leibowitz não passa de uma utopia infantil fada à destruição. Contudo, o que é o sonho humano de progresso sem sacrifício de seus pares senão um inocente sorriso no meio de uma multidão de ódio e autodestruição?

site: https://www.instagram.com/davi_busquet_br
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César Ricardo Meneghin 21/01/2021

Fantástico
Maravilhoso, faz você pensar onde a sociedade está indo.
O livro em alguns momentos surpreende com algumas viradas.
E o autor é muito criativo, e sabe descrever e entreter.
Na maior parte do tempo você percebe o tempo passando na história, e a forma como ele faz isso é muito legal.
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Wellington 21/01/2021

Um Cântico para Leibowitz – 10,0
Um Cântico para Leibowitz engloba três momentos históricos, cada um com suas peculiaridades e personagens; todas as eras se relacionam. A presença da teologia cristã se dá de maneira complementar a dilemas inerentemente humanos. Ao longo de toda a história, há breves ensaios filosóficos e teológicos disfarçados de diálogo; a visão do autor é surpreendentemente afim à minha em várias questões como liberdade, responsabilidade, conhecimento, medo, esperança, fé. Foi reconfortante lê-lo.

O dilema central é se a humanidade está pronta para o poder que tem, para o conhecimento que desenvolveu. O término do livro é extraordinário, com um abade conversando sobre questões existenciais e encontrando algo que sempre buscou.

A escrita é fluida; centenas de anos e três eras são contempladas em 400 páginas. Frases em latim estão traduzidas num glossário de apoio e seria estranho imaginar a obra sem elas.

A edição é excelente, tanto em design quanto conteúdo. E veio com um pôster de brinde!

As temáticas ressoaram comigo e o impacto foi agradável. Quase um ano depois, é um dos meus favoritos de todos os tempos.

site: https://www.instagram.com/escritosdeicaro/
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Valerya insta @leslivres_ 12/01/2021

Perfeito.... esplendidamente perfeito.
Uma leitura magnífica, bela e inesquecível para um bom começo de ano.
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Rosa Maria 22/10/2020

Releitura. Li Um Cântico para Leibowitz em 1990. Agora, 30 anos depois, aventurei - me. Reli.
Que prazer. Excelência.
Que eu viva mais 30 anos para tornar a ler, e com certeza avaliá - lo, outra vez com 5 estrelas.
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Qnat 24/08/2020

O livro é um pouco arrastado - mas a escrita boa e irônica do autor impulsiona a leitura para a frente.

Neste sentido, a tradução pela Aleph é um tanto melhor do que traduções mas antigas, por retratar a forma "descontraída" e humorada do autor original.

O tema é bastante realista. Mesmo hoje, não podemos deixar de dizer que o futuro pincelado de forma tão surreal seja improvável.

Há vários pontos que beiram o non-sense, mas eu acho isso do nosso próprio mundo atual!
Por exemplo, a fase de "simplificação" (um massacre contra cientistas e professores durante o caos de um desastre), o poder persistente e estranho da Igreja sobre tudo isso...

Há diversos trechos de meta-linguagem do narrador, e reflexões dos personagens, que dão uma noção de realidade para o livro bastante satisfatória.

Eu particularmente achei as primeiras partes do livro, que retratam uma "era medieval" e "iluminista" pós-apocalíptica, melhor do que a última, que retrata uma era "era interestelar".
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Jessé 22/08/2020

Um livro interessante.
Um livro bem interessante, escrito num momento que refletia muito, os temores que afligiam à população na época. O medo de uma guerra nuclear.

Eu não gosto muito dessas histórias pós apocalípticas, mas esse tem seu charme. Devo deixar avisado também, que não é um livro de fácil compreensão, e nem uma história pós apocalíptica qualquer. Confesso que tive que reler certas partes pra ter uma compreensão melhor.

Então não pense que você irá encontrar um Jogos vorazes ou algo similar. Diria que eles está mais pra um 1984 ou Admirável mundo novo. Não digo na história , mas sim na forma filosófica em que os assuntos são abordados.

Eu só não vou dar 5 estrelas, porque é evidente que é uma estória inacabada, pois muitas questões ficam abertas. Não sei se estou errado, mas parece que o escritor já estava trabalhando numa continuação, que foi interrompida por ele ter cometido suicídio. Então esse romance é seu filho único.

Fiquei sabendo que a estória possui uma continuação, escrita por outra pessoa. Mas sinceramente não tenho interesse de continuar lendo algo, que não seja a visão real do seu escritor original.

Apesar de tudo, acho que vale a pena conhecer esse livro, pois mesmo pros dias de hoje, ele continua sendo atual.
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Leticia 08/08/2020

Estamos fadados à repetição?
O mundo como conhecemos foi devastado por uma guerra nuclear. No século 26, a ciência e a tecnologia são repudiadas, o conhecimento é tratado como uma espécie de “pecado”. Por isso, a parca documentação que sobrou é guardada em mosteiros, como uma forma de ser preservada e estudada.

O livro é divido em três partes (Fiat homo, Fiat lux e Fiat voluntas tua) e todas se passam no Mosteiro da Ordem de Leibowitz, em intervalos de mais ou menos 600 anos. A escrita é recheada de referências bíblicas e de críticas à religião e à ciência.

Um dos fios condutores da história são as tentativas dos monges em decifrar o que diz essa documentação antiga, tratada como “relíquia”. Interessante também a atmosfera de tensão que se estabelece nas relações entre os monges e deles quanto ao conteúdo dessa documentação.

Eu adoro esse o tipo de leitura: as descrições, os diálogos, os temas, tudo vai deixando o leitor imerso numa reflexão crescente e, de repente, o livro te entrega uma cena bizarra, uma frase engraçada, que te tira do torpor.

Recomendadíssimo, um clássico da ficção científica, filho único de Walter Miller Jr..

Segue o trecho de destaque (eu teria pelo menos uns 10):
“Os homens, quanto mais se aproximam de um paraíso por eles mesmos construído, mais impacientes parecem ficar com a sua obra e consigo próprios. Fizeram um jardim de prazeres e, progressivamente, tornaram-se infelizes à medida que crescia em riqueza, poder e beleza; talvez, porque então foi-lhes mais fácil ver que algo faltava nele, alguma árvore ou arbusto que não crescia. Quando o mundo jazia na escuridão e na tristeza, era fácil crer na perfeição e desejá-la ansiosamente. Mas quando tornou-se brilhante com a inteligência e as riquezas, começou a pressentir a estreiteza do fundo da agulha e a exasperar-se, pois nada mais havia a esperar. E agora iam destruí-lo outra vez — este jardim do Paraíso, civilizado e sábio — iam outra vez dilacerá-lo, para que o Homem pudesse voltar a esperar no meio da escuridão angustiosa”.
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Isa 08/05/2020

Um Cântico para Leibowitz
Resolvi ler O Cântico para Leibowitz justo agora porque percebi um link desse  nosso momento pandemia, onde temos que repensar nossos viveres. Mas o trama nos mostra como é assustador perceber que apesar de qualquer pesar na essência não mudamos, continuamos sempre a querer mais. A velha máxima, o bastante nunca é o suficiente. 

Transcorrem séculos pós "Diluvio de Fogo", e o que sobrou da humanidade entra na extremista "Idade da Simplificação", onde todo o conhecimentos deve ser banido com a queima dos livros e os cientistas caçados como responsáveis a todo infortúnio da quase extinção humana. Os poucos que conseguem fugir deste destino se refugiam nos conventos e mosteiros. Resolveram poupar a "Igreja". 

Então, em uma linguagem truncada, assim prevalece o mote da história, Leibowitz depois de se converter ao sacerdocio decide tentar salvar todos os livros que puder. E esses poucos, passam a ser os únicos.

E nós séculos porvir a humanidade(!?) se repete, se destruindo para recomeçar em um ciclo irracional e vicioso. 

Um eterno oroboro. Pela desolação, três estrelas e meia.
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giio 28/03/2020

Impressionante
Li esse livro a muitos anos atrás, quando ainda morava com meu pai e até hoje me pego comparando-o com outras ficções que já li. É impressionante o grau de profundidade e a atmosfera que o autor criou nele. Um mundo que tenta seguir a diante com o que restou depois de um guerra nuclear.

A única instituição forte o bastante para sobreviver ao esfacelamento dos Estados foi a Igreja. E vemos a Igreja novamente ter o domínio sobre o conhecimento que restou do mundo antigo, que seria o nosso hoje.

Muito crível, muito imersivo, muito bom. Recomendo demais pra quem gosta de ficção e até pra quem não gosta mas aprecia um livro bem escrito. Acho que vou relê-lo em breve.
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