Graça Abundante

Graça Abundante John Bunyan




Resenhas - Graça Abundante


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teologiareforma 20/02/2024

Graça Abundante ao principal dos Pecadores - John Bunyan
Como disse meu amigo @pr.icaro, "Graça abundante é terrível", de fato, ao finalizar a leitura foi uma das minhas reações ao livro. Esse é sem dúvidas um dos livros que ao finalizar ele ainda fica em sua mente por dias e dias, a mensagem é avassaladora e ao mesmo tempo impactante por tamanha graça, como o próprio livro diz: Graça Abundante;

Como toda literatura autobiográfica em que o próprio autor a descreve, ele tem a liberdade de fazer uso da linguagem para descrever momentos vividos em sua vida, o que nesta obra tem um diferencial que aparentemente, Bunyan, com intencionalidade leva essa liberdade a um nível ainda maior. Ele expõem suas lutas contra tentações e tentações, pecados que eu seu entendimento seriam imperdoáveis e como isso impactava sua vida em todos os aspectos, tanto físico, mental e emocional.

Em meio a tantas lutas ele disse:

"Percebi que o pecado pode lançar a alma para longe de Cristo, especialmente o pecado imperdoável; mas, ai daquele que for afastado assim, pois a Palavra o excluirá" pg. 98

E posteriormente, vemos o seu encontro com "Um raio de esperança":

"Encontrava-me num período em que tinha certeza a respeito do que antes me fizera duvidar tanto. Meus temores antigos eram que meu pecado fosse imperdoável e que, portanto, eu não tivesse direito de orar, de arrepender-me, etc.; ou que, mesmo orando e arrependendo-me, não conseguisse proveito algum. Mas agora eu pensava: se este pecado não é para morte, então é perdoável. Por causa disso, fui encorajado a vir a Deus por meio de Cristo, para obter misericórdia, a considerar a promessa de perdão com aquele que permanece de braços abertos para receber tanto a mim quanto a outros". pg. 99

Aqui encontramos o Triunfo da Graça ou a Graça Abundante, uma vez que em grande parte do livro o vemos em meio as lutas e batalhas contra as tentações e os pecados, este encontro muito nos edifica, pois sabemos que jamais conseguiremos proveito algum se buscarmos com nosso intelecto um falso arrependimento, do tipo que não é honesto com aquele que nos justifica.

Assim sendo, te encorajo a ler esta obra e se identificar com o autor de O Peregrino que pouco o conhecemos suas lutas.
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Erika Rodrigues 15/02/2024

Excelente auxílio para a caminhada cristã!
"Ouro! Se ela pudesse ser obtida com ouro, o que eu não teria dado por ela? Se eu possuísse o mundo inteiro, teria dado 10.000 vezes mais por essa glória, para que minha alma fosse trazida ao estado de conversão."
- John Bunyan

Com certeza encontrará aqui uma leitura abençoadora, nessa autobiografia de John Bunyan você se depara com um homem que sofreu com terríveis tentações e intempéries, sobretudo em sua mente!

Um homem encarcerado, pela vontade do próprio Deus, produziu uma obra que abençoou e abençoa a igreja invisível. Devo dizer que é uma grande benção poder ler testemunhos assim, é possível perceber como o inimigo de nossas almas é perspicaz e empenhado em nos importunar a mente, ele não se cansa e se nós ficarmos por aí sonolentos e desatentos, nem sequer percebemos as inúmeras investidas dele. Isso resulta numa fé deficiente e voaremos por aí como palha, com qualquer vento de doutrina, qualquer vento de tentação.

Mas, devo dizer, é mais brilhantemente possível constatar como a graça é triunfante através da poderosa palavra de Deus! Essa palavra nos firma os pés na rocha e é poderosa para nos manter lúcidos em meio as muitas tentações e angústias da vida. Glória a Deus !
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Maria18997 09/02/2024

Graça abundante
Estava lendo um livro sobre pessoas importantes para o cristianismo e o nome de Bunyan apareceu. Fiquei curiosa e fui procurar um pouco sobre ele, nisso achei o livro.
Nele, John conta um pouco de sua trajetória em seu relacionamento com Deus, as diversas tentações e dificuldades que passou e como Deus sempre o ajudava. Chegando ao ponto de ser preso por doze anos por pregar o evangelho.
Uma leitura muito fácil e simples, apesar de tão antigo tem temas extremamente atuais que podem acabar ocorrendo no dia a dia de um cristão.
Me ajudou muito e com certeza será meu livro cristão preferido por um tempo.
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Carlos588 23/09/2023

Do Medo ao Amor: A Jornada de Reconhecimento do Inferno e o Viver a Graça de Deus
Atravessando os males do medo, desperto pelo Espírito Santo de sua terrível condição de pecador, John Bunyan passou por terríveis males de desespero e dor. Entretanto, em cada momento, ainda que ele não percebesse de início, Bunyan foi sendo alvo da insondável, infalível, abundante, maravilhosa e tremenda graça de Deus. Graça esta da qual ele foi alvo somente ao perceber que, de fato, ele era merecedor de toda e qualquer condenação da parte de Deus como cada um de nós e, quando aceitou este fato, Deus veio graciosamente ao seu encontro e o salvou, dando-lhe graça e capacitação para pregar o Evangelho a tal ponto que era dito que se lhe cortassem, sangraria versículos. Escreveu este livro na prisão, onde Deus viria usar seu silêncio vocal para transmitir com mais força, poder e vigor a mensagem do Evangelho verbalmente por meio de muitos de seus livros.
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Daniel 28/04/2023

Reflexivo
John Bunyan, um homem que renunciou a própria vida para o avanço do reino. Um exemplo de perseverança e fidelidade ao Senhor Jesus Cristo.
Leiam!
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Biggie 12/03/2023

Bem mais ou menos
Graça abundante ao principal dos pecadores é uma autobiografia de John Bunyan, um grande pregador puritano batista, nascido na Inglaterra em 1628, que foi preso por pregar a Palavra de Deus, não sendo ordenado um ministro pela Igreja da Inglaterra.
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Lucas.Tonim 11/02/2023

Uma bela história de um homem que sofreu durante muito tempo com o seu pecado. Mas que encontrou graça e misericórdia em Deus.
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Danielle.Bevilaqua 02/02/2023

?Contudo, este tempo de sofrimento gerou também outro tipo de fruto, pois, quando os lábios de Bunyan foram silenciados para a pregação, ele começou a escrever.?
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Micael 01/09/2022

Graça abundante ao principal dos pecadores
Como fui impactado por este livro! Bendigo o Deus de toda graça que levou John Bunyan a escrever este tesouro espiritual em 1666. A autobiografia de Bunyan - que mais se assemelha a uma conversa sobre coisas profundas da alma - é, sem pestanejar, um belíssimo mosaico tecido com momentos obscuros de sua jornada como peregrino e momentos áureos que, pela misericórdia de Deus, Bunyan teve a graça de viver nesta vida. A fome de Bunyan pelas escrituras e a vontade de saciar sua alma sedenta na Palavra de Deus são confrontadoras, bem como sua diligência em apresentar-se sem falta diante do quartel espiritual para a guerra, isto é, a oração. Quantas vezes Bunyan orou desesperado? Sem rocha alguma pela qual se firmar? Contra todas as circunstâncias? Quando não cria nem mesmo que havia esperança? Tiro, pois, o maior ensinamento desse livro: Ore. Bunyan, antes de ser um conhecedor da Escritura, era um mendigo assíduo implorando por pão para seu Mestre. Ele, após ser acalentado pela graça de Deus mediante o conhecimento da justificação em Cristo, foi separado para o ministério da Pregação, e, amou tanto as almas, que, quando estava preso, disse que se ele tivesse de ser enforcado para que, por meio de um testemunho fiel ao Mestre, o Senhor despertasse uma alma sequer para o estado perdido em que se encontra, ele o faria. Que Deus nos ajude a amar como Bunyan, a orar como Bunyan, a depender de Cristo, como Bunyan.
eline 01/09/2022minha estante
Agora terei que lê-lo!! Amém pelas palavras proferidas ao fim de um texto tão belo e pelas inúmeras e inimagináveis formas que nosso santo Deus nos ilumina com leituras tão proveitosas




lidiadasilva 20/07/2022

Incrivel.
Maravilhoso esse livro, amei ver um pouco mais sobre a trajetória de John Bunyan, e foi bom ver que ele também foi tentado, provado e passou por coisas semelhantes às que eu passei... enfim amei esse livro e indico a vocês, leiam!
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Damiris 26/04/2022

Relata sincero e corajoso da caminhada cristã de um homem do Séc. XVII
Se você é Cristão eu devo dizer: Leia este livro.

Se você gostaria de entender sobre a essência do Cristianismo, leia este livro.

Recomento a leitura deste livro para todos...

John Bunyan se auto intitula o pior dos pecadores e ele explica porque se via assim, era um homem muito rude, praguejador, prisioneiro dos vícios. Relata ter sido um homem atormentado, temia a ira de Deus, tentou calar a angústia que sentia e, de início, teve a certeza de estar irremediavelmente perdido. Vendo-se como um caso sem solução, ele decide fazer o que a sua natureza pecaminosa pede, afundando-se ainda mais no pecado. Mas chega o momento em que ele encara o quão vil e pecaminoso é o seu coração, sente-se tão mau que tenta por si mesmo fazer uma reforma em sua vida.

No entanto a reforma que empreendera era apenas exterior. Chega porém o dia no qual ele escuta mulheres piedosas conversando sobre o novo nascimento, passa então ,pouco a pouco, a analisar a si mesmo de forma profunda e acaba reconhecendo que não nasceu de novo, vê-se como um cego, confessa tal cegueira a Deus e clama por discernimento espiritual.

A partir de então Bunyan passa por um longo processo de altos e baixos, ele é tentado de diversas formas, questiona vários pontos da fé e luta contra a própria natureza pecaminosa.

Quem leu o Peregrino vai perceber que a história de Cristão é uma alegoria da vida de Bunyan, eu já li e vou relê-lo em breve.

Os penúltimo capítulo fala sobre o ministério evangelístico de Bunyan, ele atendeu ao chamado de Cristo para pregar sobre a Salvação e isso trouxe muitas responsabilidades perigos para ele. Não foi uma decisão fácil, pregar a palavra trouxe dificuldades para Bunyan e sua família pobre. Ele realmente priorizou a Cristo e à pregação do evangelho colocando sua família e a si próprio em uma situação muito difícil pois ele foi preso e sua esposa e filhos, incluindo uma filha cega, ficaram sem o principal provedor. A situação de sua família o entristecia demais porém ele os confiava a Deus em suas orações, ele confiava muito em Deus.

O modo como ele amava a o evangelho, o interesse genuíno que ele tinha pelas almas as quais ele almejava apresentar a Salvação em Cristo Jesus me fez refletir sobre como eu enxergo a missão que Deus confia a mim e a todos os seus filhos.

É difícil falar sobre o que mais me chamou a atenção neste livro, pretendo relê-lo, mas o capítulo que ele fala do cárcere: "Em toda minha vida, nunca tibe tão grande discernimento sobre a Palavra de Deus como agora", "Nunca soube o que significa ter Deus ao meu lado em todo o tempo, como o tenho visto fazer desde que vim para cá". Que experiência genuína, encontro verdadeiro com Deus. Fascinante.

Este livro é um relato muito sincero sobre a caminha de um cristão verdadeiro, a vida dele não ficou mais tranquila depois que aceitou a Jesus e ao chamado para pregar, ele passou por muitas lutas e dificuldades, mas perseverou até o fim e foi vitorioso, morreu falando do anseio de estar com Cristo.

Livro incrivelmente bom, a edição da Editora Fiel é muito boa, boa diagramação, projeto gráfico lindo, material de qualidade.
trevisan.jj 26/04/2022minha estante
já vai pra lista dos que quero ler?


Damiris 26/04/2022minha estante
Fico muito feliz em saber Juls,?




Jéssica 19/01/2022

É incrível ver a graça salvadora do nosso Senhor na vida dos homens.
Na vida da gente!

Acompanhar a jornada dramática da conversão de John Bunyan, e todos os percalços que ele enfrentou na sua caminhada cristã, foi muito edificante pra mim. Quando pensamos nos grandes nomes cristãos que fizeram história, imaginamos que eram pessoas extraordinárias, que possuíam algo que nós não temos. Mas a verdade é que eram pessoas comuns, como eu e você, que cometiam pecados, tinham medos e eram inseguros. No entanto, confiavam plenamente no Senhor, nosso Deus e Salvador, reconhecendo o quão pequenos somos, mas o quão gracioso é estar debaixo da graça de Deus.

John Bunyan experimentou grandes provações, dúvidas e tentações a respeito da sua caminhada cristã. Mas ele também experimentou da misericórdia e graça de Deus. Como é reconfortante saber que o Senhor está sempre de braços abertos para nos receber de volta quando pecamos. Estes mesmos braços estão sempre ao nosso alcance para nos levantar quando caímos.

“Considerai as gerações passadas e vede: quem, confiando no Senhor, foi abandonado?”
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Deborah.Lima 28/06/2021

Perfeito
Esse exemplar de John Bunyan ele relata sobre sua vida antes da sua conversão, suas tentações , porque ele foi preso.
John Bunyan escreveu esse livro quando estava preso, ele foi preso por pregar o Evangelho, permaneceu na prisão por 12 anos consecutivos. Durante seu processo de conversão e após sua conversão ele foi tentado por bastante tempo de que Jesus não iria olhar para ele, que o sangue de Jesus não podia o limpar do seu pecado. Mais os versículos bíblicos vinham a sua mente e traziam paz para sua alma.
No fim ele diz: " Se Deus não fizer nada para me livrar, pensei, vou saltar da escada para a eternidade, mesmo com os olhos vendados, nadarei ou afundarei, venha céu ou inferno. Senhor Jesus, se desejas me tomar, faze-o; se não, arriscarei tudo por teu nome.

Recomendo a todo cristão ler esse livro, pois, ele é muito rico em ensinamento.
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Vitória 30/04/2021

"Deus tem sido misericordioso comigo e me tem preservado"
É muito comum acharmos que os grandes homens e mulheres do cristianismo foram pessoas extraordinárias, dignas de características que nunca poderíamos ter. Por isso, destaco a grande importância de ler a biografia de um homem como John Bunyan. Ao longo das páginas, vemos como ele na verdade foi um homem comum, que viveu grandes provações, tentações e dúvidas a respeito da caminhada cristã. Apesar disso, pela graça de Deus, alcançou misericórdia e escreveu seu testemunho para alertar e ajudar outros cristãos. Me senti abraçada, confortada e também admoestada por suas palavras. Que grande presente de Deus foi essa obra.

Citações favoritas

Consideradas todas estas circunstâncias, engrandeço o Deus do céu e da terra, porque, por meio delas, Ele me trouxe ao mundo, a fim de participar da graça e da vida que estão em Cristo, mediante o evangelho. (Pág. 19)

Em todo esse tempo, eu estava inconsciente do perigo e da malignidade do pecado. Fui impedido de considerar que, não importando a religião que seguisse, o pecado me amaldiçoaria, se eu não estivesse em Cristo. (Pág. 26)

Nesse momento, senti meu coração começar a agitar-se e ficar desconfiado de meu estado espiritual, quando percebi que, mesmo com todas as minhas ideias sobre religião e salvação, o novo nascimento jamais havia penetrado a minha mente, nem conhia o conforto e a promessa da Palavra, nem o engano e a traição de meu coração corrompido. (Pág. 35)

Li alguns desses livros, mas não era capaz de fazer nenhum julgamento sobre eles. Assim, conforme lia e pensava a respeito deles, tornei-me ciente de minha incapacidade para avaliá-los e me submeteria a uma oração sincera tal como: Senhor, sou tolo e incapaz de distinguir a verdade do erro. Senhor, não me deixes entregue à minha própria ceguei- ra, nem para aprovar nem para condenar esta doutrina. Se ela provém de Ti, não permitas que eu a despreze; se vem do diabo, não me deixes abracá-la. Senhor, no tocante a este assunto entrego minha alma somente aos teus pés; não me deixes ser enganado - eu Te suplico humildemente! (Pág. 36)

Mas Deus, que tinha, como eu esperava, designado-me para coisas melhores, guardou-me no temor de seu nome e não permitiu que eu aceitasse tão abomináveis princípios. Bendito seja Deus que dispôs meu coração a clamar por ele, a fim de ser guardado e direcionado por ele, e a continuar desconfiando de minha própria sabedoria! Desde então tenho visto os efeitos daquela oração em ter o Senhor me preservado, não somente dos erros dos ranters, mas daqueles que surgiram desde então. A Bíblia era preciosa pra mim naqueles dias. (Pág. 37)

Entendi que ninguém poderia entrar na vida, exceto aqueles que o fizessem com sinceridade e deixassem para trás o mundo iníquo, pois na passagem havia lugar apenas para o corpo e a alma, e não para o corpo a alma e o pecado. (Pág. 44)

"Considerai as gerações passadas e vede: quem, confiando no Senhor, foi... abandonado?" (Pág. 45)

De fato, o Senhor permitiu que eu continuasse nesse estado por muitos meses, sem revelar-me se eu já era dele ou se seria chamado no futuro. (Pág. 49)

Senhor, que a culpa seja removida de meu coração somente quando isso puder ser feito da maneira certa, por meio do sangue de Cristo e da aplicação de tua misericórdia à minha alma, por intermédio dele. (Pág. 53)

O tentador me afligiu com desencorajamentos como estes: "Você possui um desejo ardente por misericórdia, mas o esfriarei; esse estado de coração e mente não durará para sempre." (Pág. 63)

Agora eu percebia claramente que havia uma vasta diferença entre as idéias da carne e do sangue e a revelação de Deus no céu; entre a fé simulada de acordo com a sabedoria dos homens e a fé genuína, que surge quando um homem é nascido de Deus. (Pág. 69)

Oh! Caros amigos, clamem a Deus que lhes revele Jesus Cristo! Não há quem ensine como ele. (Pág. 72)

Deus sabe como nos humilhar e remover nosso orgulho. (Pág. 74)

Agora eu via que, assim como a mão de Deus estava em todas as providências e dispensações que vieram sobre o seu povo eleito, assim também a sua mão estava em todas as tentações que lhes aconteciam, seduzindo-os a pecar contra ele. Deus faz isso, não para incitá-los à perversidade, mas, antes, ele escolhe sabiamente tentações e infortúnios para seus eleitos, e os deixa ser afligidos por essas coisas por um tempo, não para que sejam destruídos, e sim humilhados por essas provas ? para que não fiquem além de sua misericórdia, e sim receberem as renovações dessa misericórdia. (Pág. 84)

Qualquer coisa que eu pensasse a respeito disso me desanimava. Se eu meditasse sobre como Deus sustentava o seu povo, isso me abatia; se meditasse sobre como eu havia caído, isso também me desanimava. (Pág. 84)

Ficou claro para mim que o Deus Todo-Poderoso valorizava tanto o amor de suas criaturas pecadoras que, ao contrário de ficar sem o amor delas, ele prefere perdoar suas transgressões! (Pág. 101)

Estou verdadeiramente inclinado a pensar que isso veio de Deus, pois a palavra da lei e da ira deve dar lugar à palavra da vida e da graça; porque, apesar de a palavra da condenação ser gloriosa, a palavra da vida e da salvação excede, sobremaneira, em glória, a palavra da condenação. (Pág. 107)

Além disso, vi que não era meu bom estado de coração que faria minha justiça ser melhor, nem meu estado precário que tornaria pior a minha justiça, uma vez que minha justiça era o próprio Jesus Cristo, que é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hb 13.8). (Pág. 113)

Agora eu via que Cristo Jesus era contemplado por Deus e que deveria também ser contemplado por nós como aquela pessoa comum ou pública em quem todo o corpo de seus eleitos será sempre contado e con- siderado; isto é, cumprimos a Lei por meio dele, morremos por meio dele, ressuscitamos dentre os mortos por meio dele, somos vitoriosos sobre o pecado, a morte, o diabo e o inferno, por meio dele. Quando ele morreu, nós morremos, e o mesmo se dá com a ressurreição. (Pág. 115)

A respeito das causas, penso que havia principalmente duas, das quais estava profundamente convencido durante todo o tempo em que a aflição permaneceu sobre mim. A primeira era que, quando tive livra- mento da tentação anterior, não continuei a orar a Deus para me guardar das tentações que viriam. (Pág. 119)

Outra causa desta tentação foi que coloquei Deus à prova. (Pág. 120)

Foi isso que ele fez comigo, e mereci, pois deveria ter crido em sua Palavra e não ter colocado um "se" perante os olhos onipresentes de Deus. (Pág. 121)

Agora quero mostrar-lhe algo sobre as vantagens que também ganhei desta tentação. Em primeiro lugar, ela me fez possuir continuamente em minha alma um maravilhoso senso tanto da bênção e da glória de Deus quanto de seu amado Filho. (Pág. 121)

As Escrituras também eram maravilhosas para mim. Vi que sua verdade era a chave do reino dos céus. Aqueles que as Escrituras favorecem herdam a felicidade, mas aqueles aos quais elas se opõem e condenam perecem para sempre. (Pág. 121)

Esta tentação me fez entender a natureza das promessas, de um modo como nunca entendera antes; agora, eu tremo sob a poderosa mão de Deus, continuamente lacerado pelo trovejar de sua justiça. Isso me fez, com coração cauteloso e olhos vigilantes, virar cada página da Escritura com grande temor e considerar, com muita diligência e tremor, cada versículo, bem como a sua importância e amplitude naturais. Através desta tentação também fui preservado de minha antiga e insensata prática de pôr de lado mente. (Pág. 122)

Nunca vi tanta abundância e plenitude de graça, amor e misericórdia, como vi depois desta tentação - graça abundante estendida sobre grandes pecados. Onde a culpa é mais terrível e veemente, ali a misericórdia de Deus em Cristo, quando outorgada à alma, se mostra mais sublime e poderosa. (Pág. 123)

Isso me mostrou que os dons são perigosos - não em si mesmos, e sim por causa dos males que sobrevêm àqueles que os possuem, isto é, orgulho, desejo de vanglória, presunção, etc. - tudo que pode estimular facilmente o aplauso e os elogios de todo cristão imprudente, colocando em risco a vida de um pobre pecador e, talvez, fazendo-o cair na condenação do diabo. (Pág. 141)

A pessoa que possui dons tem razões para andar humildemente com Deus, e ser pequeno aos próprios olhos, e lembrar, também, que seus dons não lhe pertencem, e sim à igreja, que por meio dos dons ele se torna servo da igreja e que, no final, ele prestará contas de sua administração ao Senhor Jesus. (Prestar boas contas será uma grande bênção!) Que todos os homens, portanto, avaliem o temor do Senhor. Os dons são, realmente, desejáveis; mas grande graça e pequenos dons são melhores do que grandes dons sem a graça. Isso não significa que o Senhor concede dons e glória, e sim que o Senhor concede graça e glória; e bem-aventurado é aquele a quem o Senhor concede graça, verdadeira graça, pois esta é a verdadeira precursora da glória. (Pág. 141)

Não tenho sido guardado porque há em mim qualquer bem, mais do que existe em outros; mas Deus tem sido misericordioso comigo e me tem preservado. Oro para que ele continue a preservar-me, não apenas disso, mas de todo mau caminho e procedimento, bem como para que ele me guarde até à vinda de seu reino celestial. Amém. (Pág. 144)

Fui levado de casa à prisão, onde tenho estado por doze anos completos. Durante todo esse tempo, esperei ver o que Deus permitiria que esses homens fariam comigo. (Pág. 147)

Em toda a minha vida, nunca tive tão grande discernimento sobre a Palavra de Deus como agora. Aqueles versículos nos quais eu não enxergava nada antes, começaram a reluzir para mim, no cárcere e na condição de encarcerado. Jesus Cristo também nunca foi tão real e evidente como agora. Aqui, eu o tenho visto e sentido de um modo autêntico! (Pág. 148)

Assim, vejo que o melhor meio de passar por sofrimentos é confiar em Deus por meio de Cristo no que diz respeito ao mundo vindouro. E, em relação a este mundo, a melhor maneira de passar por sofrimentos é considerar a sepultura como a minha casa; é fazer minha cama na escuridão - é dizer à corupção tu és meu pai", e aos vermes "vós sois minha mãe e minha imã"; é tomar essas coisas familiares a mim. (Pág. 149)

5. De todos os temores, os melhores são os causados pelo sangue de Cristo; de todas as alegrias, a mais doce é aquela que está unida com o pranto a respeito de Cristo. Oh! como é bom estar de joelhos, com Cristo em nossos braços, diante de Deus! Espero que eu saiba alguma coisa disso.

6. Até hoje, encontro sete abominações em meu coração: (1) inclinação à descrença; (2) esquecimento súbito do amor e da misericórdia que Cristo manifesta; (3) inclinação às obras da lei; (4) distração e frieza na oração; (5) esquecer de observar aquilo pelo que orei; (6) disposi- ção para murmurar por não ter mais e prontidão a abusar daquilo que tenho; (7) incapacidade de fazer as coisas que Deus me ordena, sem que a natureza pecaminosa me faça sentir a sua presença: "Não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço".

7. Vejo e sinto continuamente essas coisas, pelas quais sou afligido e oprimido. Entretanto, a sabedoria de Deus as ordena para o meu bem: (1) elas me fazem detestar e abominar a mim mesmo; (2) impedem-me de confiar em meu coração; (3) convencem-me da insuficiência de toda retidão inerente; (4) mostram-me a necessidade de correr para Jesus; (5) compelem-me a orar a Deus; (6) mostram-me a necessidade de vigiar e ser sóbrio; (7) estimulam-me a orar a Deus, por meio de Cristo, para que me auxilie e conduza neste mundo. (Pág. 156)
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John 26/04/2021

Espetacular.
Um maravilhoso e empolgante livro para quem deseja observar suas lutas internas escritas em um livro.
Muito edificante!
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