Ka Ladybook 21/07/2023Cuidado para não se perder na biblioteca!Adso é o fiel escudeiro de Frei Guilherme, que é incumbido de investigar um mosteiro franciscano em um morro. Mas, chegando lá, o objeto de investigação se torna muito mais delicado, pois, a cada dia que passa, um monge é assassinado de uma maneira diferente.
Quem será o culpado por tamanha atrocidade?
Bom, na sinopse não tem muito o que falar sem entregar spoilers, esse é o plot, mas pode se sentar para ouvir a minha opinião sobre esse livro.
Primeiro de tudo, não vou mentir para vocês, esse livro não é uma leitura fácil. O vocabulário é rebuscado (no começo eu vivia com o Google aberto), tem trechos de latim no meio (mas, felizmente, a Record colocou a tradução dos trechos ao final da edição de brochura) e o texto é, muitas vezes, prolixo. Porém, achei que todo o “perrengue” da leitura valeu a pena.
O livro é rico em história medieval, o que eu achei muito interessante. Ele fala tanto sobre o contexto político da região na época, quanto sobre os conflitos religiosos. O autor também traz muitas reflexões acerca de religião, da vida e da natureza do ser humano. Geralmente é Frei Guilherme que dá voz a essas reflexões, que eu achei geniais e, por isso, considerei-o um personagem muito sábio.
Senti que a narrativa toda foi bastante enriquecedora, exceto quando Adso entrava em seus devaneios, que preenchiam páginas e páginas e isso deixava a leitura um pouco arrastada e cansativa. Mas o enredo sempre me manteve presa. Como eu adoro uma boa história de suspense, foi muito “legal” acompanhar a descoberta de cada corpo, as caças às pistas e todo o raciocínio de Frei Guilherme na companhia de Adso. Eu havia assistido ao filme na escola e só lembrava de uma coisa, que era bem importante na resolução do caso, mas não atrapalhou o meu proveito.
Mas sabe o que mais me fascinou nessa história? A biblioteca do mosteiro e o amor pelos livros que foi declarado nessas páginas. Acho que essa foi a biblioteca mais incrível que eu já conheci em toda a minha vida, seja ela real ou fictícia. Ela é um labirinto cheio de enigmas e, se você não souber andar por ela, corre o risco de ficar preso lá para sempre. Quando Guilherme e Adso entram lá, eu me senti juntinho com eles, foi sensacional.
O negócio desse livro é que tem tanta coisa dentro dele, que eu posso ficar escrevendo e escrevendo e sempre vai vir alguma coisa à mente para continuar falando sobre ele. A minha última recomendação é que você leve o tempo que precisar para terminar esse livro. É uma leitura difícil, mas vale cada página. Espero que goste!