Nath @biscoito.esperto
26/07/2021"In omninus requiem quaesivi, et nusquam inveni nisi in angulo cum libro"."O bem de um livro está em ser lido. Um livro é feito de signos que falam de outros signos que, por sua vez, falam de coisas. Sem um olho que o leia, um livro traz signos que não produzem conceitos, portanto é mudo".
Faz cinco dias que eu terminei de ler O Nome da Rosa, e desde então não consegui começar nenhum outro livro. Poucas vezes fui impactada desta forma por uma leitura.
Este livro tem tudo: litros de sangue, crimes cruéis, debates filosóficos e teológicos, humor religioso, aventuras noturnas, latim e grego, mistérios, labirintos reais e figurados, detetives e inquisidores, pecado e purgação. Principalmente, O Nome da Rosa é um tratado, um manifesto, uma declaração de amor aos livros.
Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo, mas não fez tudo sozinho: convidou Adão a participar da criação quando lhe deu a liberdade para nomear os animais e as plantas. Com este dom, o homem nomeou tudo aquilo que existe na terra. Por mais que os nomes se percam, os significados permanecem. "Diferentes são os nomes que os homens impõe para designar os conceitos, mas iguais para todos são os conceitos".
Nenhum conhecimento se perde, qualquer tentativa de destruir a verdade falhará. Os nomes podem ser esquecidos, mas aquilo que existe no centro da criação é eterno.
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