O Anticristo

O Anticristo Friedrich Nietzsche




Resenhas - O Anticristo


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Lindenberg 26/11/2021

Hoje Nietzsche seria cancelado.
Se Nietzsche estivesse vivo e tentasse publicar seus livros hoje, provavelmente não iria encontrar nenhuma editora disposta a isso.

O que ele escreve é questionável em vários aspectos e mesmo quando faz total sentido não é fácil de digerir. O livro é bom, mas acho que poucos vão conseguir ler sem odiar o autor.
Marta Skoober 27/11/2021minha estante
Pra meu amigo, Deus tá no céu e Nietzsche tá na terra...




Betodepoa 07/11/2021

"Filhinhos, é chegada a última hora. Ouviste dizer que o Anticristo deve vir; e já vieram muitos anticristos: daí reconhecemos que é chegada a última hora. Eles saíram do nosso meio, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco." (1 Jo 2, 18–19)

O Anticristo, “o filho da perdição, o adversário ‘que se levanta contra tudo que seja Deus’” (2 Ts 2, 3-4), foi uma criação da própria Igreja, uma espécie de epíteto que era lançado contra qualquer entidade que pudesse representar uma ameaça a sua hegemonia doutrinária ou a suas pretensões políticas.
O de Nietzsche quer ser apenas a antítese do cristão e dos seus valores mais preconizados -a compaixão e amor abnegado; representa o ímpeto, o merecimento, a integridade, o destemor e o amor-próprio; é algo que lembra muito o seu Zaratustra, o super-homem.

"Este tipo de elevado valor já existiu por mais de uma vez; [...] nunca como um tipo desejado. Pelo contrário, foi precisamente o tipo mais temido [...] -e esse temor engendrou o tipo inverso, desejado, criado, conseguido: o animal doméstico, a rês gregária, a enferma besta humana -o cristão." (parte III, p. 15)

Com um estilo sanguíneo, Nietzsche quer destruir o cristianismo a “marteladas”.
Diz na página 17: “O cristianismo tomou partido de tudo o que é fraco, baixo, incapaz, fez da oposição aos instintos de conservação da vida forte, um ideal.”

Bate forte nos sacerdotes.
"É necessário que digamos quem consideramos como nossa antítese: -os teólogos e todo aquele que tem nas veias sangue de teólogo, -toda a sua filosofia... [...] o padre tem na mão todas as grandes noções (-e não só na mão!), e lança-as com um benévolo desprezo contra o ‘intelecto’, os ‘sentidos’, as ‘honras’, o ‘conforto’ [confronto?], a ‘ciência’; vê tais coisas ‘abaixo’ de si como forças perniciosas e sedutoras, acima das quais o ‘espírito’ plana, numa abstração pura [...]. Enquanto o padre passar por ser superior -o padre, esse caluniador, esse envenenador da vida ‘por profissão’- não haverá resposta para a pergunta -o que é a verdade?" (parte VIII, p.21)

E, por aí, vai ...
O livro discorre também sobre vários temas correlatos: fala do judaísmo e da lógica do pecado, da degenerescência moral do cristianismo, da superioridade da cultura greco-romana, etc.

Agora, sobre Jesus diz o seguinte:
"Esse santo anarquista que chamava o povo mais baixo, os réprobos e ‘pecadores’, os tchandala do judaísmo, à resistência contra a ordem estabelecida -com uma linguagem que ainda hoje conduziria à Sibéria, a acreditar nos Evangelhos [...]. Isto levou-o à cruz: prova-o a inscrição que sobre ela existia. Morreu por seus pecados." (parte XXVII, p. 56)

Jesus acabou com a lógica judaica do pecado (Pecado-Arrependimento-Perdão), o instrumento de sujeição inventado pelo sacerdote judeu.

"O ‘pecado’, toda a relação de distância entre Deus e o homem, fica suprimido – ‘essa é a boa nova’. [...] “O ‘arrependimento’, a ‘oração pela salvação’ não são caminhos para Deus: ‘só a prática evangélica’ conduz a Deus; ela, justamente, é ‘Deus’!" (parte XXXIII, p. 66 e 67)

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Gabriel Capelin 04/11/2021

Realmente, o perfeito anticristo.
Eu vi inúmeras pessoas reclamando dos argumentos utilizados pelo Nietzsche nesse livro, principalmente pelo fato que muitos disseram que ele mais estava parecendo "uma criança rancorosa para com Deus". Eu discordo totalmente dessa alegação contra o autor e, a cima de tudo, eu concordo com os argumentos utilizados por ele no livro. Pelo simples fato da convivência constante com o cristianismo, e pela visão simplóriamente superficial a respeito da mesma, muitas pessoas acabam por não ver o real desserviço que o cristianismo faz contra a sociedade e contra o que é naturalmente bom (os desejos mais básicos do homem), assim, quando alguém realmente expõe a grande sujeira que isso é, muitos vêem com maus olhos e ficam ofendidos.
Em suma: uma ótima visão e argumentos (na minha opinião), uma escrita fluída e bem "descomplica" para pessoas que não tem muito costume de ler livros com um vocabulário mais complexo.
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Isa 25/10/2021

atemporal
A leitura em si, é boa. O mais interessante da leitura é que, em momento algum ele critica o que leitor acha sobre a religião ou não, mas pelo contrário, ele faz o QUESTIONAMENTO se aquilo está certo. Além disso tudo, traz versículos bíblicos para provar o que ele questiona, achei sensacional. Porém, é uma leitura um pouco cansativa, e em partes, não me agradou.
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Sabrina Araújo 21/10/2021

Ácido!!!
? "Uma doutrina dessas também não pode contradizer; ela absolutamente não entende que existam, possam existir outras doutrinas; ela nem consegue imaginar um juízo contrário... Quando o encontra, ela se lamentará, com sua mais íntima simpatia, acerca da ?cegueira? ? pois ela vê a ?luz? ?, mas não fará qualquer objeção..."

?O Anticristo divide as mais diversas opiniões, sejam elas positivas ou negativas, não há de forma alguma negar o quão marcante a obra é. Não é uma leitura para todos, como o próprio já avisa de início, mas é necessária bastante cautela para absorver cada capítulo que, destaco com todas as letras, mesmo com capítulos pequenos e poucas páginas, seu conteúdo se sobressai o suficiente para marcá-lo como um livro com zero chances de ser esquecido. Uma vez em contato com sua escrita, é o suficiente para provar a crítica de Nietzsche e sua prediletação por irônia e aforismo.

? "Nietzsche arranca uma a uma as máscaras benevolentes do cristianismo até que não reste mais do que uma carantonha odiosa."
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Elton.Oliveira 29/09/2021

Comecei o livro devido à uma frase q exalta o ceticismo.... Bem , não sabia dessa forte oposição de Nietzsche ao cristianismo ! Me surpreendeu positivamente suas colocações à respeito da igreja. Ele usa de uma ironia sem igual durante quase todo o tempo , não se importando com qualquer sentimento de culpa aos cristãos, pelo contrário , ele a ataca veementemente. O livro se arrasta um pouco devido à sua linguagem mas torna-se agradável aos ateus como eu q sempre querem ouvir sobre as contradições da "Sagrada Igreja Católica".
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SamuellVilarr 18/09/2021

O Anticristo, Nietzsche.
O Anticristo de Nietzsche é uma obra que vai tratar da decadência, da miséria, da proclamação da irreverência, da crítica mordaz e contundente às ideias providas e da religião do cristianismo. Nietzsche considera o cristianismo como o cúmulo de corrupção e antítese no mal sentido que já existiu na humanidade, considera como um elemento de degradação do homem e dos seu espírito e também do seu intelecto, pois o filósofo pensa que o mesmo é corrompido ante as proposições da crença e da fé, sendo assim, diz que o intelecto libertário e livre é o que está representado no cético, somente o homem que está desgarrado de toda e qualquer manifestação de convicção (é a palavra que usa o filósofo) que é realmente liberto e livre; em quanto o crente que está em condição e em estado de convicção e fé é um preso em calabouço, aprisionado nas celas de sua convicção. Logo no segundo capítulo ele apresenta uma espécie de aforismo em que formula respostas á questões como o mal e o bem, isso como forma de ilustrar sua posição posterior que irá desenvolver nos outros demais capítulos. Demonstra como forma de argumentação as questões históricas, filológicas e filosóficas (é claro) da questão religiosa, portando, um exemplo é a queda do império romano, o mesmo que o considera como um grande e louvável momento da história que foi findada pelo cunho religioso cristão; outra proposição que ele estabelece é sobre a questão filológica, para isso, apresenta a questão basilar para o entendimento de sua crítica, que é a concepção do que se trata a disciplina da filologia, ele a considera a arte de ler bem clmo forma de ter discernimento para interpretação profunda dos textos, coisa esta que, para ele, não está presente nos teólogos, diz que os mesmos estão submetidos e inclinados a realizarem uma má interpretação das escrituras, a mesma que ele entende que foi uma das características causadoras responsáveis da manifestação da compreensão religiosa e sobretudo, dos conceitos religiosos, como "Deus", "fé", "salvação" e etc. Portanto, temos aqui uma perspectiva de Nietzsche a respeito de sua inquietação e repugnação ao cristianismo e as seus empreendimentos e conceitos. Ele finaliza a obra com um tratado que expõe 6 artigos que desmoralizam e pretendem "dizimar" o cristianismo e seus precedentes e representantes, o assina como o Anticristo, aí está justamente a idéia geradora, o conceito representativo como forma de declaração ao caos do cristianismo e a imposição de suas ideias. Considero este livro como bom no sentido da sustentação do seu argumento e da argúcia do Filósofo que de alguma maneira é grandiosa, por mais que suas ideias sejam em algumas circunstâncias contraditórias e irreverentes, em Nietzsche conseguimos ver a manifestação de um espírito em que a suspeita está presente em todos e em qualquer enunciados e ideias sobre si mesmo e sua consciência de si e seus aspectos resultantes nas ideias em que se adota como "certo", "errado" ou "bem" e "mal", isso considero como admirável, sendo assim, sua ferramenta para tal empreendimento (há de ser um martelo), como sabemos, é seu pensamento dotado por seu espírito que é sua filosofia, portanto, uma dose de Nietzsche é sempre saudável e bem vinda.
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Frank 23/08/2021

O Anticristo não se trata de uma apologia satanista, como muitos pensam, mas uma critica não só ao cristianismo, mas também ao sistema filosófico platônico. É uma critica à ética por trás dos valores cristãos.
Nietzsche defende que o único verdadeiramente cristão era Jesus, que defendeu sua filosofia ao ponto de morrer por ela.
Ele critica o cristianismo, de forma que este defende que para ganhar o reino dos céus (reino este que é melhor que o reino terreno e que não pode ser alcançado em vida), o homem deve se curvar e sofrer.

Pra ser sincero a obra é curta, mas densa, e eu precisaria de diversas releituras para absorver o conteúdo e entender bem suas ideias. Uma resenha melhor (ou não) emais profunda vai ficar pra uma releitura.
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Yuri Silva 20/07/2021

Um livro necessário, para ser lido com cautela
Lendo esse livro dois sentimentos me marcaram muito, um sobre o cristianismo e outro sobre Nietzsche. Quanto ao cristianismo, já há algum tempo que eu partilho do sentimento dele quanto a essa religião que hoje vejo como um mal no mundo e mais especialmente no Brasil - dela se origina a homofobia que mata tanto no nosso país; ela, trazida por homens brancos para as américas através do assassinato, roubo de terras, estupro e violência; ela, composta por um rebanho nefasto colocando nos cargos mais altos da política os seres humanos mais ignóbeis e corruptos da sociedade; ela, guiada por padres Robsons e pastoras Flor de Lis. Falar em deus é suficiente pra ganhar a simpatia do cristão, seja você um assassino, um ladrão, um político corrupto, um miliciano, e assim os cristãos permitem que se cometa livremente as maiores atrocidades sob o véu da fé e do não-questionamento. O outro sentimento, sobre Nietzsche, é também um pouco sobre o povo alemão. Nietzsche tem um ódio contra judeus que me pareceu muito nazista (o nazismo é posterior a ele, mas a postura está lá, é a mesma). Existe nele a ideia de um "espírito alemão", uma "raça superior", uma "elite", que me fez questionar um pouco sobre o peso desse tipo de auto-denominação em genocídios perpetrados por alemães (admitidamente temos o do povo judeu e na Namíbia). Eu acho perigosa essa ideia porque historicamente é isso que justifica a mais pura maldade europeia contra a africanos e ameríndios. E que moral tem um europeu para falar da maldade cristã se ela é só outro tipo igual de maldade? Dê a essa "elite" (pessoas que calharam de nascer aristocratas) poder e estaremos de volta aos tempos de subjulgação de povos e desumanização que os europeus foram tão pioneiros em cometer. De qualquer forma, me aqueceu o coração o desprezo dele pelo alemão do seu tempo, mostra que ele não isentou seu povo de crítica, embora eu ainda ache a visão dele dependente demais da figura de um deus, em alguns momentos ele me parece ser teísta (o que não é um problema dado que não é um livro ateu, e sim anticristão). De qualquer forma, adorei ter lido e recomendo muito.
Marina 18/01/2022minha estante
Eu sou "cristã". Na verdade, em meu meio, não nos denominamos muito como sendo cristãos. Para não confundir com a Igreja Católica. Como todo mundo sabe o que é protestante, vou dizer...sou cristã protestante. Bem...vou confessar...eu tinha meio que um "medo" desse filósofo. Mas agora eu tô é achando que vou concordar com ele em certas partes kkkkkk. Pelo fato de que no meio cristão tbm há aqueles e aquelas que fazem esse debate aí que vc escreveu. Eu me vejo discutindo a parte em que vc falou da religião que se tornou um mal. Já pensei nisso. E tem outras pessoas, que assim como eu, refletem sobre isso. Pra mim não há isso de não questionar. Até porque Jesus, por exemplo, respondia diversas perguntas (tanto dos discípulos quanto de gente querendo colocar Ele em maus bocados kkkk). Vc não aprende se não fizer perguntas. E outra para quem "vc" as faz? É melhor refletirmos sobre essa última pergunta do que achar que não pode questionar.

Se alguém está tentando conhecer um outro alguém, nada mais óbvio do que PERGUNTAR e ESTUDAR.

Esse assunto gera muuitos debates kkkkk. Eu ia só comentar algo rápido.

Mas enfim, acho que concordo com tudo que vc disse aí sobre a religião. Há erros (cometidos por muitos cristãos) em todos os pontos que vc trouxe.




Mateus 06/07/2021

(insira aqui sua reclamação)
boa leitura, especialmente no começo. com o tempo se torna bastante enfadonho. tem boas quotes, mas foi, de longe, a leitura mais sofrida do ano até aqui. recomendo só para quem tem muita paciência.
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Insighters 30/06/2021

A antítese de cristo
Eu acreditava que esse livro seria sobre questionar a existência de deus. mas o que Nietzsche questiona é a fé. Por isso ficou muito explicito pra mim, porque a igreja o classificou como louco e como um escândalo de tamanha proporção, mudou os rumos do século XX. Por isso deveria existir uma nova linha do tempo chamada de antes e depois de Nietzsche.
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Leandro.Battu 03/06/2021

Cristianismo sob ataque
Nietzsche combate as ideias do cristianismo nesse livro, comparando-o ao niilismo. Eu achei seus argumentos ótimos, alguns nem tanto, mas quem sou eu para discutir com um intelecto como o desse filósofo? ?
Apesar de ver razões em vários de seus argumentos, esse livro não abalou a minha crença no cristianismo. Saio dessa leitura sem nenhum ressentimento de Nietzsche.
Marina 18/01/2022minha estante
Bem..."respondendo" a sua pergunta: talvez vc seja uma outra pessoa com intelecto para discordar ou concordar com o filósofo. (Assim como muuitas outras). Não é o "falou, tá falado". "Ah...filósofo tal falou, então é assim mesmo". Não devemos cultivar essa ideia dos filósofos (até porque eles eram tbm produto do meio deles, tinham suas crenças, seus ideais, etc).




Viviane Alves 25/05/2021

Que mente espetacular!
Adorei o livro. Ótimas indagações!
Sem mais... bom seria se todos questionassem suas crenças.
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Luiza.Martins 05/05/2021

Ácido
As reflexões proporcionadas pelo livro são ácidas e importantes, por mais que, diante do atual cenário de pandemia no mundo, entendo que o livro possa tomar um peso muito maior do que já tem.
Através do livro só reafirmei opiniões críticas e severas que já tinha a respeito da religião, mas enxergo a importância que a fé tem para as pessoas e como ela é necessária, ainda mais quando vira sinônimo de esperança. Como ateia, acredito que o cristianismo, assim como diversas religiões, deveria ser apenas uma comunidade para se debater assuntos sobre a fé, e não ser um lugar onde a palavra de Deus se torna verdade, uma vez que a crença, a meu ver, é algo muito mais interno do que externo, e seria impossível atribuir uma única verdade a todos os indivíduos, o que tornaria a religião corrupta. Reflexões importantes! Livro necessário
Johann.Dias 20/05/2021minha estante
Muito bom




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