O Anticristo

O Anticristo Friedrich Nietzsche




Resenhas - O Anticristo


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Valério 17/03/2012

Infantil
Sejamos honestos. Dizer que leu um livro de Nietzsche gera até um pouco de respeito. Considerado um homem bem acima da média e bem a frente de seu tempo, é um filósofo de controvérsias e admiradores.
Contudo, o próprio Nietzsche afirma, em outras obras, admirar quem tem a coragem de contestá-lo. Não escreveu para que concordem passivamente, como muito se vê. Mas para ser contestado.
E vou tomar a dianteira aqui.
A leitura de "O anticristo" me deu dó. De Nietzsche, sim. Me decepcionou. Sei que ele pode - e poderia - fazer muito mais, fazer muito melhor. Seja para criticar o Cristianismo ou qualquer outro tema.
Mas Nietzsche pareceu neste livro, uma criança revoltada. Abusou de eufemismos, de exageros. E suas conclusões são muito mais especulativas do que científicas. Parte de pressupostos não comprovados e de julgamentos próprios. Julga que todos os sacerdotes cristãos são enganadores por decisão própria, conscientemente. Lógico que há sacerdotes, de todas as religiões, que não são flor que se cheire. Há, como não poderia deixar de haver, os que erram. Mas daí a escrever um livro partindo da premissa que TODOS fazem o mal deliberadamente, é por demais contrário ao que o próprio Nietzsche prega em suas obras. Neste livro, o autor desceu muito baixo em meu conceito. Parece que este livro é um grito ao mundo, com vontade de criar celeumas e aparecer.
Novamente, gostaria de dizer à Nietzsche: Você pode fazer um trabalho muito, muito melhor do que este fraco livro, que serviu de inspiração para muitos jovens, ainda sem um personalidade totalmente definida, que levantam este livro como um troféu de demonstração que são polêmicos e acham bonito ser ateus (como se ter ou não fé fosse uma qualidade ou defeito que torna alguém melhor ou pior. Conheço excelentes ateus e péssimos cristãos, como também o inverso). E se escondem, na sua falta de argumentos válidos para um cristão, atrás deste livro, como se Nietzsche fosse o detentor da verdade suprema e inquestionável (justamente um dos pontos atacados no livro).
Vale a pena ler. Mas seja crítico. Não é porque é o Nietzsche quem diz que você não deve refletir se faz sentido.
Dourado 07/01/2013minha estante
Cara, o que você não gostou são os próprios preceitos da filosofia xD.


Valério 21/01/2013minha estante
Dourado,
Não entendi muito bem o que quer dizer, por não ter detalhado. Partindo do pressuposto que você quis dizer que preceitos da filosofia são a crítica, eu não questiono o fato de Nietzche ter criticado. Apenas entendo que não o fez de forma madura, adulta, séria. Ele foi contra seus próprios preceitos e os, adivinhe, preceitos da filosofia, ao partir de subsunções que tomou como verdade. Na filosofia, questionamos tudo, sem verdades absolutas, certo? Não podemos assumir que toda uma categoria, necessariamente, raciocine da mesma forma, por exemplo. Não se pode afirmar, seguramente, que todos os líderes religiosos SABEM que Deus não existe e que, apenas para deter algum poder, MENTEM que a Divindade existe. Isso, para mim, desculpe o Nietzche e todos os seus seguidores, não é filosofia, é achismo. E feio para alguém como ele. Se não foi exatamente com relação a isto que se manifestou, desculpe o texto longo. Abs.


Nietking 09/03/2013minha estante
"Parte de pressupostos não comprovados e de julgamentos próprios. Julga que todos os sacerdotes cristãos são enganadores por decisão própria, conscientemente."
Nietzsche trabalha e questiona a verdade, no entanto quando se refere que os sacerdotes e cristão são enganados por que eles mesmo desejam é pelo fato de eles mesmo escolher uma tal verdade bem distante da realidade como a realidade metafísica ou seja ela chega se tornar tão real na própria mente do homem que os próprios a transformam em uma realidade mística, pois no livro inteiro Nietzsche quer alegar que o homem fez uma verdade que sabia que era irreal e que ao decorrer do tempo foi se tornando cada vez mais concreta.
"Não se pode afirmar, seguramente, que todos os líderes religiosos SABEM que Deus não existe e que, apenas para deter algum poder, MENTEM que a Divindade existe" os próprios líderes são completamente equivocados, pois para mentir é preciso se apresentar uma verdade como essa não é absoluta os supostos líderes não mentem para os outros e sim para si próprios.
Quando se questiona uma verdade supostamente você tem que apresentar outra verdade.
A verdade afinal é um verdadeiro equívoco. a visão que eu tive é que verdade não está no alcance do ser humano por culpa de seus valores morais, portanto quando se afirma verdade não se afirma a verdadeira verdade.


Rubem 01/03/2014minha estante
''Você pode fazer um trabalho muito, muito melhor do que este fraco livro''
Meu dels, ou é crente ou é coroinha


Valério 01/03/2014minha estante
Nem um, nem outro. Mas sei pensar, sem aceitar, não raciocinando, o que falaram há duzentos anos. Pense, também, Rubens


Hiago 14/04/2017minha estante
Impressionante, a todo momento ressaltou a visão totalizante e consequentemente mesquinha do autor e me solta um ''este fraco livro, que serviu de inspiração para muitos jovens, ainda sem um personalidade totalmente definida'', como contraponto muito reflexivo, hein? Lhe falta coerência, tanto na resenha quanto na capacidade de compreender o gênero exposto aqui, pois trata-se de um ensaio e, pelo visto, não tens afinidade com isso.


Pato Donald 16/08/2017minha estante
Perfeito seu comentário, Valério! As pessoas não costumam ser críticas, menos ainda quando se trata de um personagem conceituado...


Isa 21/02/2018minha estante
Puxa, exatamente o que senti lendo o livro. Chega a ser irônico como ele discursa em um tom febril e passional semelhante aos daqueles que ele critica.


Vinicius.Fernandes 21/12/2018minha estante
Talvez você não tenha entendido o livro propriamente. O ataque de Nietzsche não é ao Cristo em si a Deus ou qualquer coisa assim. É a deturpação dos ensinamentos de Jesus que ele critica, a deturpação feita principalmente por Paulo de Tarso, o judeu ressentido. vale lembrar que o título da obra em alemão "Der Antichrist" pode ser traduzido como anticristo ou anticristão. Nesse sentido, se há um anticristo, este foi Paulo, que distorceu o Evangelho e tornou o cristianismo um "platonismo para o povo", uma vulgarização da ideia original. E fez isso em nome de um desejo de poder, em nome da vingança. Veja-se as seções 37 e ss. O anticristão é todo aquele que se opõe àquilo que a doutrina de Paulo prega, sua filosofia e sua religião. A própria filosofia de Nietzsche inclusive muitas vezes é caracterizada como anticristã (cf. Kaufmann). Concordo que não se deve engolir tudo que um filósofo fala sem reflexão, mas talvez taxar de infantil tenha sido um exagero.


x gaabý 29/01/2020minha estante
Todos sacerdotes fazem o mal deliberadamente porq delimitam a infinitude em Ser. E essas delimitações estão intrínsecas a profissão, já que todos aparecem com uma cartilha de certos e errados com condutas esperadas. Absteça das suas verdades ao se dispor conhecer algo novo. Não sigo religião alguma por as compreender como mal (atraso) doq qlqr tipo de bem, contudo me senti em diversos pontos alfinetada, e isso é maravilhoso, nossa essência se pauta em transformações, deixo aqui como exemplo, sua visão de compaixão como algo nocivo. Como não discorrer sobre a questão e rever conceitos internos? Escolhas, apenas escolhas pessoais.
Fiquei desapontada com a falta de elegancia na escrita, tendo a preferir uma linguagem mais robusta, porem que este cara estudou e sabia doq estava falando, isso se faz incontestável.




Mary360 23/05/2023

Nietzsche quando escreveu esse tratado, estava com sífilis já há algum tempo. Sem tratamento, essa doença lhe rendeu problemas neurológicos como bem se vê nesse seu último trabalho!
A obra resume se a falar mal do cristianismo, que o mesmo é uma praga para a humanidade e os cristão são todos odiosos, fracos e invejosos e bla bla bla..... palavras de baixo calão, nenhum argumento histórico ou científico para embasar as alegações......

Dei uma estrela na avaliação porque esse foi um trabalho escrito por um homem literalmente louco, mentalmente insano e doente que morreu não muito tempo depois.
A leitura não é legal, demorei muito para concluir e consegui sentir o ódio do autor em cada frase. Foi angustiante.
O pior de tudo é que tem gente que se utiliza dessa obra como base para continuar atacando o cristianismo. Isso não faz bem a ninguém!
Se o cristianismo que o Ocidente conhece é amor, igualdade e justiça, que tipo de pessoa era Nietzsche?
Debi 23/05/2023minha estante
Por que sempre exigem embasamento científico ou histórico pra criticar o cristianismo, se o próprio cristianismo não apresenta nenhum embasamento histórico e científico? ?


Mary360 23/05/2023minha estante
Kkkk
Sua indagação é infantil, não é porque não aprendemos isso na escola que podemos sair por aí dizendo que não há!
Segue alguns livros que te ajudarão a compreender como religião e ciência estão conectados, poderia te dar títulos de história também mas tô sem tempo.
A ciência pode explicar tudo? John C. Lennox; Design inteligente sem censura Jonathan Witt; A involução de Darwin Marcos Eberlin; Aascendencia da ditadura científica Fhillip Darrell; Discutindo a criação: um encontro entre a Bíblia e a ciência Mark Harris; Ciência e religião: fundamentos para o diálogo Alister Mc Groth


Debi 23/05/2023minha estante
Obrigada pelas recomendações. Aproveitando, já que quer 'embasamento científico', leia O mundo assombrado por demônios, de Carl Sagan e Deus, um delírio, de Richard Dawkins ?


Mary360 23/05/2023minha estante
Conheço a ciencia de Carl Sagan e tenho dois de seus livros, não sou uma analfabeta científica e não sou afetada por histeria coletiva ou invencionices de gente antiga. Nunca confundi paralisia do sono com perturbação demoníaca como ele bem explica em seu livro.Sei muito bem quais são os limites da razão e da espiritualidade, não sou carola e nem tão pouco desdenho das pessoas em seus post.
Mas fica a dica pra vc ampliar seus horizontes.


Bruna.Nunesx 18/12/2023minha estante
Se você quer embasamento histórico, eu vou te dar, A igreja católica romana utilizou da Fé para matar 100mil pessoas na Europa nas décadas 16 a 17 colocando dogmas religiosos para matar pessoas inocentes por nome de Deus, falando que eles eram "hereges" e acusado mulheres de bruxaria na idade média mais conhecido como "idade do trevas" e eles eram tão cruéis que nem as mulheres GRÁVIDAS eram ilesas a torturas e a queimação da fogueira pública (eles falam que elas estavam grávidas do "Diabo") e não vou falar nem das mortes de duas/4 crianças que estavam doentes e os religiosos falam que eram o Diabo e queimaram elas VIVAS! e além disso o cristianismo foi uma invenção da igreja Romana, Tudo que você aprendeu que é "cristã" (tipo as festividades) natal e páscoa foi colonizados pelos portugueses na Roma que era oficialmente PAGÃO e não sou eu que estou falando isso, Isso são os pesquisadores historiadores que falam os fatos mas se você quer negar que a igreja fez vítimas na idade média mesmo com factos, isso já é falta de caráter.


GabrielJurubeba 07/02/2024minha estante
O que não falta é história, é só observar ao seu redor, vai me dizer que não vê? Teve um caso de uma inquisição em pleno século 21. É fato que é uma religião retrógrada, baseada no medo do desconhecido e de mudanças. Absolutamente respeito quem segue a religião, só espero que entenda todo o mal que ela causou e causa, e por que ela faz isso.




Carlos Augusto 11/03/2010

Auto-ajuda para ateus
"O livro que promete uma filosofia, algo para lhe fazer pensar.
Pois é, o livro pensa por você. Não me instigou ao pensamento como outros livros que lí.
Não gostei." [2]

Sem falar que quase 100% do livro é baseado na falácia do espantalho que Nietzsche cria da religião e dos religiosos. Perda de tempo, a não ser para ateus-wannabe que querem um "intelectual" para concordar com as suas sandices, elevar os seus egos e fazê-los se sentirem melhores.
@freitas.fff 08/04/2010minha estante
A única parte que tenho que discordar é a de "não gostei". No entanto, concordo com tudo que foi dito. Deus sabe quanto "poder" essa leitura pode proporcionar a um Ateu pré-adolescente super interessante, de nossa época. Diversão.



Mas esse comentário se tornará mais válido se me disser que não é Cristão e/ou Religioso; senão seria algo como; "auto-ataque" para cristãos... Entende?



Abraço.


Valério 17/03/2012minha estante
Perfeito. Achou o que resume e simplifica o livro: auto-ajuda para ateus..
Mas, na minha opinião, uma auto-ajuda muito fraquinha. Sem qualquer conclusão científica ou mesmo lógica. O livro todo é baseado em julgamentos e achismos do autor. Gostei bastante de "Humano, demasiado humano", do mesmo autor. Mas aqui, ele foi partidário, e assumiu como pressupostos vários achismos...


Mariana 12/03/2013minha estante
É uma características dos livros do Nietzsche pensarem por seus leitores, coisa que me desagrada demais. Ainda assim, este está na minha lista de leitura.


Pato Donald 16/08/2017minha estante
Concordo plenamente!


Andre 01/07/2022minha estante
Autoajuda para ateus kkkkkkkkk amei o título da sua resenha




Fidel 22/12/2018

Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) foi uma alma atormentada e dono de uma mente que era reflexo da angústia que o assolava. Nietzsche em sua loucura, escolheu Deus e a religião para descarregar suas frustrações diante da dificuldade em compreender e aceitar as regras da vida.

O Anticristo, a sua obra crítica ao cristianismo, nega a existência de Deus e desconstrói a religião como a base para a formação moral da Cristã. Em O Anticristo, Nietzsche encontra a justificativa para o seu ódio mortal contra os cristãos e tudo que eles representam. Para Nietzsche o cristianismo é o mal que precisava ser eliminado.

Nietzsche, influenciado pelo niilismo de Arthur Schopenhauer (1778-1860) e de quem herdou a filosofia da tragédia, acreditava que o mundo precisava ser reformulado e que a destruição do cristianismo seria o primeiro passo em direção a este objetivo. O cristianismo não tem lugar no novo mundo, em que Nietzsche é um dos seus arquitetos. O cristianismo é uma ameaça para a realização deste objetivo: o surgimento do homem novo.

Para Nietzsche O Anticristo é dedicado a poucos. Certo de que somente alguns privilegiados o compreenderiam, alerta:

“Esse livro se destina a pouquíssimos. Talvez ainda não viva nenhum deles. Quem sabe sejam os que compreendem o meu Zaratustra: como eu poderia me confundir com aqueles a quem já hoje se dá ouvido? – Só o depois de amanhã me pertence. Alguns nascem póstumos.”

Como se pode ver no texto acima, Nietzsche sabia que suas idéias teriam melhores acolhidas depois da sua geração. Exatamente o que está acontecendo hoje. Basta olhar ao redor para perceber que há um grande movimento mundial para acabar com o cristianismo.

O Anticristo, de Nietzsche, criou nas gerações de intelectuais posteriores a consciência necessária para demolir a doutrina cristã e denegrir os seus valores, pois esta é para Nietzsche uma doutrina do mal feita para humilhar e escravizar os homens superiores, uma praga que precisa ser eliminada.

O cristianismo, a religião da caridade e compaixão, era vista por Nietzsche como uma falácia para enganar e envolver os fracos e malogrados, um vício danoso. O cristão se apossou do lugar do homem sonhado por Nietzsche.

“Os fracos e malogrados devem sucumbiu: primeira tese do nosso amor a humanidade. E ainda deve ser ajudado nisso. O que é mais danoso que qualquer vício? – A compaixão ativa por todos os malogrados e fracos – o cristianismo…”

“O cristianismo tomou o partido de tudo o que é fraco, vil e malogrado, ele fez um ideal a partir da contradição aos instintos de conservação da vida forte; ele corrompeu a própria razão das naturezas mais fortes espiritualmente quando ensinou a sentir os valores supremos da espiritualidade como pecaminosos, enganadores, como tentações.”

O forte não pode ser compassivo. Acreditava Nietzsche. Mal sabia ele que a negação da compaixão resultaria na morte de milhões de russos, de milhões de cambojanos e de milhões de judeus.

“O cristianismo é chamado de religião da compaixão. – A compaixão se encontra em oposição aos afetos tônicos que elevam a energia da disposição para viver: ela tem efeito depressivo. Perde-se força quando se é compassivo. Através da compaixão, aumenta e se multiplica ainda mais a perda de força que, em si, o sofrimento já traz à vida.”

“sentimento piedoso de simpatia para com a tragédia pessoal de outrem, acompanhado do desejo de minorá-la; participação espiritual na infelicidade alheia que suscita um impulso altruísta de ternura para com o sofredor.”

“Esse instinto depressivo e contagioso se opõe àqueles instintos voltados à conservação e à elevação do valor da vida: tanto como multiplicador da desgraça quanto como conservador de tudo que é desgraçado, ele é um instrumento capital para a intensificação da décadence a compaixão persuade ao nada!… Não se diz “o nada”: em vez disso, diz-se “o além”; ou “Deus”; ou “a vida verdadeira”; ou nirvana, salvação, bem-aventurança… Essa retórica inocente do âmbito da idiossincrasia moral religiosa aparece de imediato muito menos inocente quando se compreende qual tendência aí se envolve no manto de palavras sublimes: a tendência hostil a vida.”

Pelo contrário. É a filosofia anti-religiosa de Nietzsche a propagadora do mal e não o cristianismo como ele afirma. Para os cristãos, Satanás é o inimigo da virtude. Para Nietzsche a virtude deve ser inventada segundo os critérios e a vontade de cada um. As virtudes são universais, pois valores morais não são inventados ao desejo de cada um, mas a partir de um sentimento universal do bem que repousa sobre a fé em Deus. Mas Nietzsche não pensava assim:

“uma virtude que se origine apenas de um sentimento de respeito diante do conceito “virtude”, conforme queria Kant, é prejudicial. A “virtude”, o “dever”, o “bem em si” o bem com caráter da impessoalidade e da universalidade… […] As leis mais básicas da conservação e do crescimento ordenam o contrário: que cada indivíduo invente a sua virtude, o seu imperativo categórico.”

A compaixão não é a prática do niilismo como Nietzsche quis que acreditássemos. Ter compaixão, é tomar para si a dor do outro, como fez Jesus ao se deixar crucificar e Deus ao entregar o seu Filho ao sacrifício. Ter compaixão é usar o coração como juízo no lugar em que a razão fatalmente falhará. Ter compaixão é “amar o próximo como a ti mesmo” – Mateus 22:39. Reside nestas simples e belas palavras a verdadeira superioridade do homem, cujo alcance ainda se encontra na eternidade diante das nossas imperfeições.

Adolf Hitler quando ordenou o extermínio de seis milhões de judeus, estava convencido de que era um homem de virtudes e a sua consciência lhe dizia que ele estava fazendo um bem para o povo alemão e para o mundo. Isso é o resultado da liberdade em que cada um pode criar a sua própria virtude. Outros seguiram a filosofia nietzschiana e foram responsáveis pela morte de mais de 100 milhões de pessoas. Compaixão e virtudes são sentimentos universais. O homem virtuoso tem compaixão que é também uma virtude. Para Nietzsche a virtude deve ser inventada de acordo as suas conveniências:

“Uma virtude precisa ser nossa invenção, nossa legítima defesa e necessidade mais pessoal em qualquer outro sentido ela é apenas um perigo que não é exigido pela nossa vida.”

Quando se acredita que Deus está morto, como pensava Nietzsche, morrem todas as virtudes, pois estas são os instrumentos que Deus nos deu para estarmos mais próximos da sua glória. Não se cria virtudes, busca-se na inspiração e na verdadeira fé em Deus.

site: www.leiologopenso.com.br
Francisco 10/03/2019minha estante
E sobre o budismo, o que vc achou?


Fidel 11/03/2019minha estante
Olá prezado Francisco. O problema de Nietzsche era com o cristianismo. Nas suas críticas ele era benevolente até mesmo ao criticar o judaísmo, mas era extremamente perverso em relação ao cristianismo . Quanto ao budismo, percebi nele uma certa inclinação em sua direção, não como uma religião, mas como uma doutrina filosófica.


Francisco 14/03/2019minha estante
A crítica que ele faz ao cristianismo, ao meu ver vai de encontro no que vivenciamos hoje. O cristianismo é pautado em uma moral e ética dos valores. Para alguns pensadores como Max Weber observou isso em sua obra. O Espírito do capitalismo e a ética protestante. O autor descreve que a ética protestante contribui de uma forma inconsciente na evolução do capitalismo. Esta vertente vê o cristianismo protestante como algo positivo. Já Karl Marx, descreve que a fé é como um ópio, que embreaga os seus fiéis. Quase que na mesma linha de Nietzsche. Penso que sem a ética e moral Cristã muitas atrocidades poderia ter deixado de acontecer, como as ações da igreja católica na idade média, e hoje podemos ver também atrocidades nas ditas igrejas evangélicas da prosperidade, ódio por grupos que não compartilham d. mesma ética e moral. Em ambas vertentes parece que esqueceram de amar a Deus acima de todas as coisas e seu próximo como a si mesmo.


Marina 21/01/2022minha estante
Eu já cho mais é que as ações da Igreja Católica na idade média não tinham nada a ver com Bíblia e nem com Jesus. Muito provavelmente nem liam a Bíblia direito, pois era cada coisa que pensavam!


Correção:

Lucas 10:27 Ele respondeu: " ?Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento? e ?Ame o seu próximo como a si mesmo?". (NVI)




sohisolo 02/07/2020

Nietzsche transcende muitas barreiras
Já era de se esperar que Nietzsche fosse provocativo e tão ácido em seus argumentos, mas ainda assim me surpreendi de forma muito positiva com o livro. Confesso que num primeiro momento, baseado no título, deduzi que fosse uma crítica à Cristo, mas muito longe disso. O autor crítica de todos os âmbitos possíveis somente a doutrina, inclusive com paralelos sobre outras das principais doutrinas.

Uma leitura é realmente proveitosa não só quando te satisfaz, mas te instiga a procurar outras leituras. Esse é o caso. Mais do que buscar argumentos para concordar com o alemão ou refutá-lo surge o interesse mais puro possível pelas doutrinas. O que era praticado em seu tempo não condiz com o período relatado por ele, assim como o período vivido por nós não condiz com o período vivenciado por ele. Dessa forma, é bom não só ler e se aprofundar em publicações de épocas diferentes, mas a partir delas traçar uma linha que possa facilitar a compreensão do todo.
Andressa 03/07/2020minha estante
Que livro!! ???? Nietzsche sempre maravilhoso!!


sohisolo 03/07/2020minha estante
Demais, né
Você chegou a ler Zaratustra?


Andressa 05/07/2020minha estante
Ainda não, mas pretendo!!


sohisolo 06/07/2020minha estante
Limpa a mente primeiro. Se eu absorvi 20% foi muito haha




fleabookz 15/09/2020

Uma história de mais ódio que amor
É a primeira vez que leio algum livro de filosofia, então não tenho nada para comparar. Logo, também não fiz leitura das outras obras do Nietzsche.
Obviamente que eu sabia que é um livro com o objetivo de criticar o cristianismo, mas fiquei bastante surpresa ver ele citando outras religiões. Fiquei mais surpresa ainda ao perceber que ele falava bem dessas outras religiões.
Concordo com várias coisas ditas, mas discordo totalmente de outras. Vou tentar colocar essas concordâncias e desavenças de maneira breve, ou não, e na ordem em que aparecem no livro.
No que diz respeito ao poder, acredito que o cristianismo realmente o olha como algo pecaminoso. Esse poder está em Deus e em seus sacerdotes, não no homem. Mas não necessariamente vejo a compaixão como sinônimo de fraqueza, penso que precisa ter força para simpatizar com a dor do outro.
Não é segredo pra ninguém que o cristão deve seguir algumas regras, abrir mãos de coisas terrenas, ao menos na teoria. Pois esse está preparando o seu espírito para o "paraíso", ou seja lá o que o for.
Gostei bastante da comparação com o budismo, o pintando como melhor que o cristianismo. Porém, no meu ver não faz sentido falar bem de uma religião enquanto ataca outra, visto que todas tem seus pontos altos e baixos. Além do que, depende muito também de como os fiéis a colocam em prática.
Em certo momento o autor fala que o cristão é hostil com os nobres e que não se pode mais esbanjar seus privilégios. Isso me fez rir demais, essa briga todo com o cristianismo, simplesmente por não poder mais se denominar aristocrata (tão patético). Já pro final mais uma fala desse tipo, que os "medíocres" são felizes por estar nessa posição. Ainda mais que é devido a essa desigualdade que os direitos existem e que esses são privilégios. Fiquei bem brava nessa parte, não vou mentir.
Apesar dessa grande raiva dita no parágrafo anterior, como boa apaixonada que sou, amei sua breve fala sobre o amor. "O amor é o estado em que o homem mais vê as coisas como elas não são." e é isso mesmo, por isso o chamamos de cego.
Me chamou a atenção ele falar de Jesus como opositor da hierarquia dirigida pela Igreja. E como um bom exemplo de modo de viver o evangelho.
Eu estava meio pé atrás em ler Nietzsche por causa da sua frase "a mulher foi o segundo erro de Deus", muitas vezes usada por algum homem pra desmerecer mulheres que citam o autor em algum momento. Sendo que tiraram ela de todo o contexto em que foi usada né? Porque com isso ele quis dizer que a Eva despertou em Adão o interesse pelo conhecimento, assim dando início à busca pela sabedoria. O que os expulsou do paraíso, visto que Deus é inimigo da ciência, e é por isso que foi um erro criar a mulher.
Por fim, sem dúvidas, o cristianismo é inimigo da ciência e não tem compromisso nenhum com a realidade. O que me deixa atônita e me faz afastar de qualquer religião possível. Gostei do livro, mas achei alguns posicionamentos muito elitistas.
Thamires.Chaves 15/09/2020minha estante
Oi, gostei muito do seu posicionamento.. Nietzsche é bem famoso por "odiar" tudo, super concordo com vc que ele muitas vezes só crítica algo por criticar... Caso vc ainda se interesse por filósofa e bastante ciência tem um livro muito maravilhoso de uma autor que eu amo (talvez vc já conheça) é o Sapiens do Yuval Noah Harari.. lá ele explica muito bem a relação do humano com a religião, eu pelo menos acho incrível..


fleabookz 15/09/2020minha estante
Oi, ah eu achei ele um chato, praticamente ele só criticou o cristianismo porque não pode ficar contando as vantagens intelectuais e financeiras. Eu conheço sim o Harari, comecei a ler Sapiens pra faculdade e acabei comprando de tanto que gostei. Acho a escrita dele bem fácil, mas não terminei ainda kkkkkk.


Thamires.Chaves 15/09/2020minha estante
Ahhhh que legal que vc conhece, amo demais ele... Sobre nietzsche fica de boa, as pessoas dizem que gostam dele só pra se fazerem de pseudo intelectuais, poucas pessoas tem coragem de descordar dele




Cristine.MAller 29/03/2021

Quebrando dogmas religiosos com Nietzsche
Bom, não tá pra dizer que Nietzsche é uma leitura tranquilinha, principalmente falando deste livro que é carregado de ódio pelo cristianismo.

É a segunda vez que leio o Anticristo, e em diversos momentos tive que parar para refletir as suas ideias, e mesmo que seja totalmente explicito o ódio do autor, não só pelo cristianismo, como por outras religiões que ele traz ao longo do livro, são pontos muito fortes e que realmente precisam ser ressignificados.

Em muitos momentos, confesso que também fiquei um pouco confusa, pois ele faz referência à diversos textos, obras e citações, e a falta desse background pode deixar leitores em uma situação de não entender muito bem a ideia dele, mas isso não prejudica o entendimento do livro como um todo. De modo geral, a leitura não é difícil e com um pouco de paciência você pega o jeito da escrita do autor.

Acredito que refletir e questionar sobre pressupostos religiosos é uma necessidade, visto que a religião em diversos momentos da história foi usada como uma forma de obter poder, calar as minorias e causar um mal disfarçado de vontade divina. Sendo crente, ateu, agnóstico, ou qualquer que seja sua religião recomento a leitura deste livro.
Teste de leitura 29/03/2021minha estante
O mais bacana dessa obra é que ele não deixa uma crítica apenas ao cristianismo, ele também critica vários outros pensadores hahahaha


Cristine.MAller 29/03/2021minha estante
Exatamente


Vinícius 06/04/2021minha estante
Cirúrgica




veiza 14/12/2022

O anticristo
simplesmente nietzsche. Pra mim nietzsche é um dos maiores filósofos que já existiram, com esse livro ele questiona situações que eu sempre me questionei, usa exemplos simples que mostram as maiores das verdades.
Silas-sama 19/12/2022minha estante
Podes citar uns exemplos de questionamentos? Fiquei curioso, acho que vou ler


veiza 19/12/2022minha estante
o poder e o que isso afeta nos homens, uma ideia completamente nova para mim sobre achar que estamos progredindo, quando na verdade estamos regredindo, além de muitos outros.


veiza 19/12/2022minha estante
e vendo por esse ângulo parece situações com respostas óbvias, mas é aí que entra o fato de ter me surpreendido tanto, pq quanto mais vc lia mais vc entendia que o negócio era bem mais fundo




Albert Lucas 01/05/2016

A compaixão é para os fracos
Friedrich Nietzsche nasceu na Alemanha em 15 de outubro de 1844.
Em 1864, ingressou para a universidade de Bonn, onde voltou seus estudos para a teologia e filologia.
O livro "O anticristo" foi escrito no ano de 1888, nele, o autor critica duramente as concepções do cristianismo e afirma que Deus é um Nada.
O autor é categórico ao afirmar que o cristianismo é uma doença no mundo e chega ao ponto de afirmar que a compaixão é uma fraqueza humana e a fé, caridade e esperança são mentiras dessa doutrina a fim de domesticar o homem.
Todos os pontos analisado por ele baseiam-se em opiniões do próprio autor. Em nenhum momento foi apresentado dados para embasar seus argumentos.
Surpreende-me esse escritor ser o "Guia" de muitos ao ateísmo. Tudo que percebi foi a arrogância de Nietzsche e sua descrença na sociedade.
Ao negar o plano espiritual o o autor viu-se condenado a um mundo decrépito e triste e quando isso ocorre, o indivíduo deprime-se ou torna-se arrogante e como o próprio filósofo afirma, passa a olhar a sociedade com desprezo.
Pude aprender que o ateísmo não tem propósito na vida de ninguém e feliz é o homem que possui uma crença pois a ignorância de certa forma é uma bênção.
Bradley 05/05/2016minha estante
No ateísmo há sim um propósito. O de ser realista.


Celio.Junior 27/04/2017minha estante
Nietzsche é um filósofo que defende a subjetividade e os pontos de vistas, sendo assim, quem leu outras coisas deles, ou até uma biografia rasa sobre ele, pode deduzir muito bem que aquilo que ele escreve são percepções próprias de seu ambiente e de sua época. Ele não era um pastor ou um padre, ele não queria que quem lesse se torna-se ateu, apenas expôs seu ponto de vista. Eu admiro muito isto nele, esse senso crítico afiado, que apesar de soar arrogante tantas vezes, ainda me faz sentir refletido, pois já tinhas opiniões semelhantes às deles antes de lê-lo.




Ines 22/02/2019

Comparativo e histórico
O livro fala sobre a filosofia alemã, Nietzche critica fortemente esta filosofia e tudo que tem origem dela. Nietzsche fala também sobre o budismo e o compara ao cristianismo, diz que é infinitamente superior ao cristianismo. No livro o cristianismo juntamente com os sarcedores são ditos como hipócritas e que limitam a liberdade do ser humano. O cristianismo é visto como a ruína da humanidade e o pecado é visto como privação de liberdade do ser humano. A piedade é vista como fraqueza do ser humano e é o que faz ser manipulado e mais fraco que os animais.
Francisco 10/03/2019minha estante
Excelente para quem defende a moral e a família Cristã.


Francisco 10/03/2019minha estante
Vão chama lo de comunista.




hta 13/12/2022

Cansativo
Nietzsche é arrogante e petulante, e eu gosto. Trazendo reflexões, Nietzsche vai despejar nesse livro seus pensamentos e argumentos sobre, Deus, devotos, cristianismo, religião, entre outros. Definitivamente não é um livro para ser lido rápido mas para ser digerido porém em diversos momentos tem muitas repetição, o que torna o texto maçante e chato. De qualquer forma recomendo a leitura.
Mari 13/12/2022minha estante
Tive a mesma sensação, pois ele traz aforismos, então as partes podem ser desconexas.
Como ele iniciou um novo pensamento, muito do que ele disse, apesar de inovador, algumas vezes precisou ser amadurecido.


hta 14/12/2022minha estante
simm, exatoo




spoiler visualizar
Juanfelix 12/09/2020minha estante
fala, mano! beleza? estou criando disposição pra poder entrar nessa leitura, pois sei que é um tanto densa. mas cara, não faz esse tipo de comentário. sou cristão, ou melhor, "crente", e não sou aberração. acredito que nunca devemos monopolizar as questões ideológicas/religiosas, porque assim alguns acabam pagando pelos erros de outros. mas enfim, abraço e boas leituras!


yoongi 12/09/2020minha estante
chamei cristãos em geral de aberração, não especifiquei ninguém. Se eu fosse especificar seria, sei la, o R.R. Soares kkkkkkkkk mas enfim boa leitura amooo




Leandro 04/08/2010

Manual do ateísmo
Para começar, eu já era ateu antes de ler este livro. Porém, vivia ainda imerso em verdades pré-estabelecidas, e Nietzsche é um mestre em cutucar estas verdades.
Em cada um de seus livros que li, Nietzsche reclama justamente sobre os assuntos mais banais e cotidianos, o que me fez levar estes questionamentos à minha própria vida.
Este livro vem questionar justamente a maior verdade universal que permeia a minha vida de brasileiro: Jesus, o homem bom. Embora não acreditasse em Deus, continuava a acreditar na existência de Jesus Cristo e em suas palavras como um manual do correto e do justo. Nietzsche, em momento algum, me disse que eu estava errado, mas sempre me fez perguntar se estava certo.
Se o conhecimento cresce conforme temos mais dúvidas e as dúvidas crescem conforme temos mais conhecimento, Nietzsche, neste livro principalmente, me mostrou que não sei de nada.
@kauelivros - kaue_leonardo 31/12/2014minha estante
Leandro, se voce gostou deste livro, irá curtir o "Deus, um delirio" que estou lendo, do Richard Dawkins. Ja leu?


Mister Lyndon 22/09/2021minha estante
Deus, um delírio, é o ?massacre da serra elétrica? em qualquer forma teísta!




Sabrina 22/09/2022

Prefiro parir um boi do que reler isso
Lembro que quando li isso foi uma tortura terminar de ler. Parece aluno de faculdade enchendo um texto de frases redundantes pra preencher folhas. E pior que dá pra entender muito bem. Só um trecho ou outro que é confuso, mas é tão desinteressante que nem dá graça de ir atrás pra decifrar o enigma.
Lívia 22/09/2022minha estante
parir um boi KKKKKK adorei a expressão


Sabrina 22/09/2022minha estante
Vi isso em um livro BR aí não lembro qual foi kkkkkkkk




TiagoR² 04/12/2009

Só uma recomendação para os interessados:
Ignorem a edição da Escala. Não bastasse a capa que relaciona o livro à ideologias outras, a minha edição tinha erros crassos de tradução, digitação, diagramação, e até na montagem do livro!
Comprei então a da L&PM que ilustra essa página. Recomendo, assim como recomendo Nietzsche em geral.

Com tantos escritores hoje atacando as religiões por questões científicas, neurológicas e sociais, Nietzsche faz uma argumentação por um caminho totalmente diferente e típico de seu pensamento: Critica o Cristianismo por suas consequências na moral e na auto-estima do indivíduo em si.
Thara 04/12/2009minha estante
Precisamente. Você dá um tom jornalístico às resenhas a julgar por essa... Very good.


RaphaellaKaoana 17/11/2011minha estante
É uma pena a editora Escala estar faltando assim... Assino a revista leituras da História e tem vários erros de digitação (eu acho) e grotescos.. Enfim, adoro as reportagens, então continuo assinando rsrsrs. Mas obrigada pela dica ^^


Egberto 17/01/2012minha estante
E pior que tinha achado esse livro por um preço muito barato, mas era da Esala, eu acho, se tinha aquela cruz em fogo...sim.




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