Baudolino

Baudolino Umberto Eco




Resenhas - Baudolino


41 encontrados | exibindo 31 a 41
1 | 2 | 3


Fabio Di Pietro 20/04/2010

Mitológico
Só pelo autor este livro dispensa comentários, mas para aqueles que estão acostumados com um Umberto Eco mais "filósofo", este livro apresenta uma história muito bem elaborada onde não sabemos se o que autor-narrador nos conta o que foi por ele vivenciado, ou ele nos mente. Para aqueles que gostam do clima da idade média, busca pleo graal, lendas e mitos que povoaram aquela época sobre o local (na terra) do Paraíso eu recomento!
comentários(0)comente



Rafael 21/02/2010

Um dos melhores livros que já li.
A resenha abaixo é de GIAN DANTON, e foi escrita no ano de 2001. Eu a COLEI literalmente por achar que diz tudo o que mais me satisfez na leitura deste livro.

Em Baudolino, Umberto Eco faz o que sempre fez melhor: contar histórias ambientadas na Idade Média. Seu outro grande sucesso, O Nome da Rosa, também acontece na chamada Idade das Trevas e talvez venha daí seu sucesso.
Eco tem outros textos, mais acadêmicos, em que compara a Idade Média com nossa época e diz que as semelhanças são maiores que as diferenças.
De fato, é grande a semelhança do período em que se passa Baudolino (1152 –1204) e os dias atuais.
Na época reinava na Europa o Imperador Frederico, que gastava mais tempo administrando os conflitos entre as cidades italianas do que com qualquer outra coisa. Da mesma forma, os pequenos países do Oriente Médio têm dado grande dor de cabeça para o todo-poderoso de nossa época, o presidente norte-americano George W. Bush.
E, se os italianos tinham o ouro de seu tempo (as especiarias), os mulçulmanos têm o ouro atual (o petróleo).
“Vale a pena viver nessas terras, onde todos parecem ter feito voto de suicídio, e onde uns ajudam os outros a se matarem?”, diz Baudolino, à certa altura do livro. Parece estar falando dos países do Oriente Médio, mas está se referindo à Itália.
Coincidências à parte, o livro vale pela inventividade. A história é contada a partir do relato de Baudolino, um mentiroso por natureza, que acabou sendo adotado pelo imperador Frederico após fazer uma previsão absolutamente falsa: “Quando se diz uma coisa que se imagina, e os outros dizem que é exatamente assim, acaba-se por acreditar nela, afinal. Assim, eu vagava pela Frascheta e via santos e unicórnios na floresta, e quando encontrei o imperador, sem saber quem fosse, falei em sua língua, e disse-lhe que São Baudolino me dissera que ele conquistaria Terdona. Disse-lhe isso para contentá-lo, mas para ele era conveniente que eu o dissesse a todos, e de modo especial aos mensageiros de Terdona, para que eles se convencessem de que também os santos estavam contra eles, eis a razão pela qual me comprou de meu pai”.
O livro começa com Baudolino salvando Nicetas, um sábio da corte de Constantinopla à época em que ela foi invadida pelas tropas européias. Nicetas faz um favor a seu salvador: ouve e escreve seu relato, na tentativa de contar a história de uma época.
Mas a empreitada é difícil. Baudolino é tão mentiroso que o sábio não consegue distinguir, entre o que ele fala o que é real e o que é falso. Muitas vezes o que parece real é falso e o que é falso parece real.
Baudolino é uma espécie de Forrest Gump da Idade Média. Com uma diferença: enquanto Forrest era um tolo, Baudolino é um espertalhão mentiroso.
A graça do livro está justamente aí: em ouvir uma história sem estar certo da idoneidade de quem a conta. De todos os fatos narrados, muitos são mentira e muitos são verdade, mas é impossível separa o joio do trigo.
Baudolino dá a impressão de ter sido escrito para provar uma das teses mais importantes de Eco: a obra aberta.
Na década de 60, quando o mundo das artes era sacudido por uma vanguarda pós-moderna, Eco escreveu um livro definindo o que ele chamou de Obra Aberta em oposição ao que ele chamou de discurso persuasivo, ou fechado.
O discurso persuasivo traz a mensagem pronta para o receptor. O leitor de um livro tem apenas o trabalho de descobrir o que o escritor pretendia com seu livro. Uma única leitura era a permitida.
A obra aberta revolucionava o sentido da arte forçando o receptor a ter participação ativa no processo de fruição. Assim, cada pessoa que lesse um livro ou ouvisse uma música deveria ter um entendimento próprio sobre seu significado. Já não havia mais certezas a serem desveladas. O próprio conceito de realidade é colocado em questão. Pela teoria da relatividade, cada observador teria sua própria interpretação de realidade, dependendo do ponto em que estivesse observando determinado fenômeno.
Da mesma forma, em Baudolino, realidade é o que o protagonista conta, mas ele pode estar mentindo e, assim, a realidade é relativizada. O leitor não deve confiar nem mesmo no narrador.
Mas não é necessário conhecer o conceito de obra aberta para gostar de Baudolino. Eco, como sempre, consegue transformar temas complicados (como a política medieval) em uma leitura deliciosa que envolve uma história policial, lendas medievais, uma expedição em busca do Santo Graal e até uma referência à Alexandria, cidade natal do escritor.
Outro destaque é a capa, belíssima, com impressão em prata.
Um livro para ler e reler e encontrar novos significados a cada nova leitura.
comentários(0)comente



Vivi Koenig 13/02/2010

Pura ficção...
"Terá uma alma, perguntava a si mesmo, esse personagem que sabe moldar sua prórpia história para exprimir almas tão diversas?..."
No meio de uma história de ficção pude extrair alguns ensinamentos para vida. Gostei!
"É preciso saber esperar, é claro, mas não deixar passar a oportunidade!"
comentários(0)comente



Rafael 09/01/2010

Acabei!
(Texto publicado no blog http://mia-geodesica.blogspot.com, com modificações)(24/08/06)

É com alívio e até com um pouco de vergonha que venho dizer que acabei de ler o livro mais demorado da minha vida: Baudolino (Umberto Eco).

O livro possui 459 páginas de texto muito bem escrito e envolvente. Um pouco pesado, por remeter a uma linguagem arcaica e medieval, mas nada que comprometa o entendimento do enredo. Trata-se das histórias da personagem homônima do título, Baudolino, um grande mentiroso, relatadas ao historiador Nicetas Corniates. Assim o descrevem a editora:

"Como um historiador às avessas, favorecido pela intimidade com o poder,com diversos idiomas e extraordinária ambição, Baudolino é uma máquina de invenções. Ao produzir relatos falsos, cartas falsas, pergaminhos falsos, traficar relíquias falsas e produzir planos e acordos baseados em inverdades, as aventuras de Baudolino se transformam numa mentira coletiva que se torna a própria história de um tempo."

É muita pretensão bem realizada por um escritor só. Realizada com maestria. A parte vergonhosa é que levei 5 meses para terminar de ler, apenas justificável pelo semestre que levei.
comentários(0)comente



Cleo 05/01/2010

Excelente! Uma parte da história da Idade Média contada de maneira divertida e fantasiosa pelo herói. O livro é fácil de ler, envolvente.
comentários(0)comente



Gofh 03/12/2009

Baudolino
A historia com uma narrativa muito interessante, no inicio foi difícil para mim me encaixar na historia, mas pouco a pouco o livro foi me cativando e em menos de 3 dias terminei de ler essa obra que é repleta de fantasias e mistérios, sem duvida alguma vale a pena ler esse livro, não somente pela diversão mas também para aprender mais sobre algumas crenças do mundo medieval e cristão.
comentários(0)comente



FEbbem 20/11/2009

Baudolino
ATE QUE PONTO UMA MENTIRA É SAUDÁVEL? MESMO, AS CORRIQUEIRAS, CONTADAS NO DIA A DIA; MESMO AQUELAS, SEM MALDADE, USADAS APENAS PARA BONS FINS!
SERÁ A MENTIRA DE TODA RUIM? OU HÁ MOMENTOS EM QUE ELA SE FAZ BENÉVOLA?
EM BAUDOLINO; UMBERTO ECO, DEIXA ESSA QUESTÃO NO AR E NOS REMETE A REFLETIR, SOBRE AS CONSEQÜÊNCIAS DE UMA, OU MAIS MENTIRA.
BAUDOLINO QUE VIVE A MENTIRA PARA AGRADAR AS PESSOAS, ACABA PRESO A SUAS PRÓPRIAS AMARRAS QUANDO SE DEPARA COM O PIOR DOS PESARES, EM SUAS MÃOS – A MORTE DE SEU PAI!
UMA COISA É CERTA, FÁCIL NESTE MUNDO SÓ MESMO AMASSAR MINHOCA E MORDER ÁGUA, PORQUE TANTO A MENTIRA QUANTO A VERDADE SÃO COMPLICADAS DE SEREM PRESTADAS.
A VERDADE POR SI SÓ JÁ É UMA DIFICULDADE, ORA POR SUAS CONSEQÜÊNCIAS ORA PELO NOSSO PUDOR DE ASSUMIR O ERRO, SERIA ALGO COMO BOTAR O DEDO NA PRÓPRIA FERIDA E ASSINAR ATESTADO DE INCOMPETÊNCIA.
JÁ A MENTIRA É POUCO MAIS COMPLEXA, MESMO QUE A PRIMEIRO MOMENTO ELA PAREÇA O MELHOR A SER FEITO, O INDIVIDUO DEVE TER ASTÚCIA E SAGACIDADE PARA MANTÊ-LA, MESMO PORQUE ELA TOMA DIMENSÕES IMENSURÁVEIS ATÉ CHEGAR A TAL PONTO EM QUE SE PASSA A VIVER UM CONTO DE FADAS. O SUJEITO TEM QUE SER UM GÊNIO, UM MESTRE DOTADO DE EXTREMA SAPIÊNCIA.
SE LEVARMOS EM CONSIDERAÇÃO OS DADOS QUE INDICAM OS HOMENS COMO OS SERES QUE MAIS FAZEM DA MENTIRA SEU SUBTERFÚGIO (ADVOGADOS, CONTADORES E JUIZES DE FUTEBOL NÃO FORAM ENTREVISTADOS) ISSO NÃO SERÁ CAUSA GANHA E MUITO MENOS JUSTA. MELHOR NÃO CONSIDERARMOS.
CASO ISSO NÃO ACONTEÇA, O ELEMENTO PERDE TOTAL CREDIBILIDADE E PODE TROCAR O SEU NOME DE JOSÉ NÃO SEI DAS QUANTAS PARA O SIMPLES E NOTÓRIO: BAUDOLINO.
NÃO GOSTO E NEM QUERO TOMAR PARTIDO DE NENHUMA, MESMO PORQUE GOSTO DAS DUAS E FAÇO O BOM USO DE AMBAS NO MEU DIA A DIA, MAS ACREDITO QUE A VERDADE É O CAMINHO MAIS CURTO, O QUE NÃO QUER DIZER MENOS SINUOSO, A MENTIRA SÓ DEVE SER USADO EM CASOS EXTREMOS, COMO CHEGAR EM CASA DEPOIS DAS DEZ, COM O HÁLITO DE WHISKY DE SEGUNDA E CIGARRO BARATO.
UMA BOA MENTIRA: - “MAS É CLARO QUE ERA UMA REUNIÃO DE NEGÓCIOS”.
UMBERTO ECO, ALEM DE CONSEGUIR, (E EU AGRADEÇO MUITO A ELE POR ISSO) NOS DEIXAR ESSA DUVIDA, INQUIETANTE SE DEVEMOS SER OU NÃO SINCEROS, CONSEGUE TAMBÉM MANTER A LINHA DO DIALOGO DE UMA FORMA COESA E INTRIGANTE; UTILIZANDO O SURREALISMO DE FORMA SUTIL E ENCANTADORA.
É DE FATO UMA OBRA DE UM GÊNIO, UM PERFEITO MENTIROSO, COMO TODO ESCRITOR DEVE O SER, E ANTES DE TERMINAR, ME, ME LEMBREI DE OUTRA COISA QUE TAMBÉM É MUITO FÁCIL DE FAZER.
EMPURRAR BÊBADO EM LADEIRA...
comentários(0)comente



Rick-a-book 30/10/2009

Verdade, mentira, o contrário deles e o que está entre eles.
Publicado em 2000, "Baudolino" é ambientado na Idade Média entre os anos de 1152 e 1204. Nesta obra, Baudolino, um homem que se intitula "o maior mentiroso do mundo inteiro", conta seus feitos ao historiador Nicetas Coniates, da cidade de constantinopla, durante os ataques sofridos por ocasião da quarta cruzada.

Baudolino narra sua aventura picaresca: ainda jovem, é adotado por Frederico I, o Barba Ruiva, Sacro Imperador do Império Romano, de quem aprende a língua alemã e é levado para seu castelo, onde aprende latim e política, principalmente sobre as disputas de poder que assolam o norte daquela que viria a ser a Itália. Mais tarde é enviado para Paris para estudar e ali conhece seus amigos e companheiros de aventuras: o Poeta, Robert de Boron e Kyot. Juntos, descobrem a "existência" da terra do Preste João e decidem se lançar em busca desse paraíso terrestre.

O desenrolar da trama é preenchido de feitos de íntima relação com mitos inverossímeis nos dias de hoje, porém de ampla divulgação à época, e acontecimentos históricos, entre guerras e uma viagem a um mítico oriente, um mundo apenas imaginado.

Umberto Eco brinca com nosso conceito de verdade e mentira, fato histórico e mero acontecimento cotidiano, nossas noções de linguagem e compreensão cultural, nos levando para uma época de limites territoriais inexistentes em que terras e mares misteriosos e mesmo imaginários faziam parte de projetos de expansão territorial, aumento de poder religioso e comercial, alimentando ambições e cobiça de governos, negociantes, intelectuais e aventureiros, como Baudolino e seus amigos.
comentários(0)comente



Mônica Firmida 13/07/2009

Nem me lembro da história; só me lembro que não gostei e parei de ler.
comentários(0)comente

Aniêgela 11/05/2010minha estante
foço minhas as palavras de Mônica Firmida: "Nem me lembro da história; só me lembro que não gostei e parei de ler."







Edubrandao 24/06/2009

Uma verdadeira obra prima
Baudolino é um dos livros que não canso nunca de reler. É um livro complexo, cheio de idéias e conceitos, e que além disso consegue reunir comédia, romance, ação e suspense na mesma trama.

A História é recontada, parodiada, tendo em diversos eventos importantíssimos a influência direta de Baudolino, um gaoroto mentiroso da Fraschetta, adotado pelo imperador.

Além das curiosidades históricas, o livro disserta sobre diversos temas, como o amor platônico que Baudolino sentia pela madrasta; diversas heresias que a Igreja Católica condenou e são abordadas de maneira brilhante no livro; a própria natureza de Deus e do ser humano é discutida no livro.

São tantos temas que é impossível enumerar todos em um pequeno comentário como esse.

A diversidade de idéias, temas e acontecimentos históricos requer um pouco de conhecimento prévio, mas isso só valoriza o livro, na minha opinião, um dos melhores que já li...

Enfim, recomendo muito a leitura, é uma obra que acrescenta bastante coisa para se pensar.
comentários(0)comente



Núbia Esther 02/03/2009

Desde que foi lançado em 2001, aquele a que muitos denominaram ser o tão esperado romance de Umberto Eco, fiquei com vontade de lê-lo. Por vários acasos do destino, destes para os quais certamente não buscamos explicações, não o li naquele ano nem nos subseqüentes. Para ser mais precisa, acabei de lê-lo ontem, dia primeiro de março de 2009. Oito anos depois.
De certa forma, só tenho que agradecer aos acasos que não me permitiram ler esta obra antes. Foi melhor assim. Como já disse (escrevi) em um fórum que participo: "A obra de Eco não teria tanto ‘eco’ se tivesse sido lida quando ainda estava no Ensino Médio". Faltava vivência, conhecimento, leitura. Sem os conhecimentos prévios acerca de determinados assuntos a história de Baudolino seria só palavras ordenadas ao acaso.
Bem, se já ouvistes falar em: traducianismo biogeográfico baseado na ocorrência do Dilúvio, surgimento de novas espécies a partir da Arca de Noé, pangênese e herança de caracteres adquiridos, antípodas, idéias sobre o paraíso terrestre ser um lugar efetivamente material e ser protegido por acidentes geográficos, patrística grega e latina, o mito de babel, Renascimento, a prensa de Gutenberg e a disseminação do livro - o que acabou por suscitar a realização de novas expedições ao Oriente, as várias crenças sobre o formato da Terra - esférica, plana ou em forma de tabernáculo?, e o mito de Atlântida só para citar alguns dos temas que de forma direta ou na maioria das vezes indiretamente são retratados por Eco. Lerás as histórias de Baudolino a admirarás o arcabouço de temas que Eco reuniu para dar mais veracidade a sua obra.
Baudolino é uma obra-prima, ao se ler a sinopse têm-se a impressão de que estamos para iniciar a leitura de aventuras constantes e inenarráveis, as quais na maioria das vezes são pautadas de muitas guerras e romances. Sinto informa-lhe, mas não é isso que te espera. Então poderás se perguntar: “Serás então a narrativa de aventuras ‘sem-graça’, guerras imaginárias e romances inexistentes?” Muito pelo contrário, as aventuras apesar de em sua maioria não serem épicas são constantes – o cotidiano de Baudolino nada tem de cotidiano e suas aventuras só não são inenarráveis porque como exímio mentiroso que ele é a tarefa de narrar o impossível é brincadeira de criança. E as guerras? São de verdade e como todas as guerras verdadeiras são palcos de muitas mortes, mas nosso herói, anti-herói ou o que queiram lhe denominar as abomina e de muitas faz de tudo para livrar os envolvidos através de ardis criativos. Romances inexistentes? Aqui acertastes, a obra é pautada de romances inexistentes, mas como o Baudolino adorava dizer: “A fé torna verdadeira as coisas...” Portanto, não se assustes se de repente deparar-se com situações inacreditáveis e seres impossíveis a fé de Baudolino fez milagres em suas histórias...
comentários(0)comente



41 encontrados | exibindo 31 a 41
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR