spoiler visualizarGean 29/08/2021
O amor é mais leve que a montanha
Início: 13 de maio de 2020.
Término: 29 de agosto de 2021.
A roda do tempo é minha segunda série de fantasia lida e finalizada. Com 15 livros, essa série foi muito desafiadora e extremamente complicada em alguns momentos. Principalmente no que se refere ao decorrer de livros que poderiam muito bem nunca ter sido escritos. Pois bem, do livro 01 ao livro 06, eles apresentam problemas, é claro, mas a visão predominante minha é que eles são ótimos.
Esses 6 primeiros livros marcam uma história coesa e coerente, uma história muito bem interligada e fascinante. Aqui dava para sentir que nossos protagonistas estavam de fato em uma missão impossível, uma missão que eles lutariam contra pessoas muito mais preparadas, perigosas e inteligentes. Exemplo disso, é o Ishamael, o forsaken mais doido que já existiu. Ele metia medo. Outros exemplos são o da Lanfear e o do Ravhin. Os demais forsakens desses primeiros livros também remetiam a uma noção de: ?nossa, esses caras são realmente perigosos e competentes?. Além disso, o Dark One se equiparava ao criador, diante disso, como que simples pastores poderiam derrotar uma força cósmica?
Com relação ao livro 07, eu gostei bastante, achei muito engraçado, pois o Mat foi bem ativo nele. Além disso, esse foi o livro em que o último forsaken morreu, que foi o sammael. Depois disso, os próximos livros não terão nenhuma morte de peso de alguns desses ?vilões?, e isso, ao que parece, parecia ser uma vontade do Robert Jordan, a de matar um forsaken por volume.
Com relação ao livro 09, eu também gostei bastante, pois apresentou muito do Rand, que é um dos meus personagens favoritos da série. Sem contar que nesse livro teve um grande evento d enormes proporções, que foi a limpeza de saidin, movimento chefiado por Rand, Nina, Cadsuane, Narishima e outros. Virmos aqui todos os abandonados correndo igual loucos tentando capturar o choedan kal, o sa?angreal mais poderoso já feito.
Quanto ao livro 08 e 10, esses foram os piores livros. Levei o dobro de tempo que levaria para ler um volume normal. Já com relação ao livro 11, uns 50% do livro eu com certeza não gostei. E o livro 13 eu odiei todos as partes envolvendo o Perrin, pois aqui ele está insuportável, e sua luta contra o Slayer parece que nunca acaba. Tendo fim apenas nos momentos finais de a memory of light.
Já com relação ao livro 12, 14 e 4, eles estão entre os meus favoritos até o momento. Mas de maneira geral, os 6 primeiros também são meus favoritos.
Alguns problemas que percebi no decorrer dessa série: ritmo extremamente lento; capítulos e até mesmo livros em que nada acontece; falta de coerência e coesão; sombra incompetente; prolongamento demasiado de coisas que já deveriam ter sido finalizadas; mil descrições repetidas sobre a mesma coisa; valan luca; repetições, repetições e mais repetições; aes sedai; povo do mar; personagens chatos e com personalidades imutáveis; livro 8, 10, 11 e 13... enfim, essa série, devido a sua extensão, se transformou, durante alguns volumes, em um enorme peso e uma leitura estressante, desgastante e nada divertida, fazendo-me em muitas vezes cogitar a abandonar. No entanto, acabei continuando, pois a morte é mais leve que a pluma e o dever mais pesado que a montanha.
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Agora com relação a este livro em questão, A Memory of Light.
Esse livro foi a redenção do Perrin, que após o seu casamento com a Faile, se tornou sabujo dela e perdeu toda a sua personalidade que o tornava tão especial. Aqui ele aprende que Faile não é a coisa mais importante do mundo, e que há coisas mais urgentes do que sempre está a protegendo de qualquer pluma que caia sobre ela. Perrin aprendeu essa lição, e na hora de tomar uma decisão realmente difícil, ele decidiu fazer o que era mais certo, que era ajudar Rand e impedir que o mundo sucumbisse à última batalha. Ademais, há uma passagem muito interessante em que mestre Luhhan fala sobre ele:
?Se já houve um momento para se esforçar, é este?, disse Mestre Luhhan. ?Nós ganhamos uma luta, mas se o Dragon Reborn não vencer a sua. . . Luz, eu não acho que você cometeu um erro. Este é a nossa última chance na forja. Esta é a manhã em que a grande parte disso tudo deve chegar ao fim. Hoje, você continua trabalhando até que tudo tenha terminado.?
?Mas se eu desmaiar. . .?
"Então você deu tudo de si."
?Posso falhar porque estou sem forças.?
?Então pelo menos você não falhou porque se conteve. Eu sei que parece ruim, e talvez eu esteja errado. Mas . . . bem, tudo o que você está falando é um bom conselho para um dia normal. Só que esse não é um dia normal. Não, pela Luz, mas não é.? Mestre Luhhan pegou Perrin pelo braço. ?Você pode ver em si mesmo alguém que se deixa ir longe demais, mas esse não é o homem que eu vejo. Na verdade, Perrin, eu vejo em você alguém que aprendeu a se conter demais. Eu já vi você segurar uma xícara de chá com extrema delicadeza, como se temesse quebrá-la com sua força. Já vi você apertar as mãos de um homem, segurando a mão dele com tanto cuidado, nunca apertando muito forte. Eu vi você se mover com reserva deliberada, para que você não empurrasse ninguém ou derrubasse qualquer coisa. ?Essas foram boas lições para você aprender, filho. Você precisava de controle. Mas em você, eu vi um menino crescer em um homem que não sabe como se livrar dessas barreiras. Eu vejo um homem que tem medo do que acontece quando ele fica um pouco fora de controle. Eu sei que você faz o que faz porque tem medo de machucar as pessoas. Mas Perrin. . . é hora de parar de se conter.?
Por fim, seu papel foi importante. Perrin cumpriu com a profecia de que ele deveria está com Rand, pois se não, este morreria. Nesse quesito, perrin cumpre sua missão e finalmente consegue matar o slayer, personagem esse que já vinha a um tempo enchendo o saco durante todo o livro 13.
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Faile: confesso que no livro anterior, devido aos muitos capítulos do perrin, acabei achando essa personagem muito chata. Ou quem sabe, eu achei chato o perrin devido as muitas aparições da faile. Enfim, não sei ao certo quem deles é realmente chato e um péssimo personagem durante metade da série, embora eu esteja inclinado a achar que é o perrin.
Pois bem, o papel da faile foi manter a trombeta de valere em suas mãos, até que, em decorrência de um ataque trolloc, ela passou a trombeta para o olver, e fugiu no intuito de trazer para si a atenção do inimigo, que pensou que ela ainda estava com a trombeta.
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Falar em trombeta, foi muito bom ter visto os heróis da trombeta retornando. Última vez que os vimos foi em a grande caçada. Aqui os vemos novamente. Entre eles estava o mito e lendário conquistador Arthur Asa de Gavião. Muito engraçado também ter visto mat conversando com eles na maior intimidade.
Outro núcleo muito bom foi o da Birgitte. Ela morreu no plano físico, mas felizmente ela retornou como uma herói da trombeta. Sua despedida com a elayne foi triste. E por fim, felizmente ela irá renascer de novo e terá a chance de reencontrar seu amor Gaidal.
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Falar em amor, gostaria de ter visto mais de galad e berelain após galad ter surgido na enfermaria com um braço faltando.
Felizmente a primeira largou sua obsessão pelo perrin e percebeu que há coisas melhores. Outro ponto que gostaria de ter visto também é como ficou sua relação com a faile.
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Demandred: melhor abandonado de wot. Pena que não teve uma oportunidade de enfrentar o Listerine. Seria um duelo digno de aplausos.
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Moridin: um dos piores abandonados. Se o dark one investisse no demandred o que ele investiu no moridin essa batalha teria sido vencida por ele. Por fim, ishamael, esse sim era um abandonado de peso. Mas depois que ele foi renascido e teve sua loucura curada, ele se tornou nesse projétil incompetente que teve várias oportunidades para eliminar Rand e não o fez. Falta de coerência, certo?
Além disso, mais uma vez ele viverá sem descanso. Ao que parece, para sempre ele viverá nessa angústia de querer morrer, de ser apagado do padrão. Mas infelizmente ele continuará sendo escravo do dark one até infinitos girares da roda, até infinitas tentativas de derrotar o dragão e a humanidade. Até que é algo triste de se pensar, pois ele nunca descansará, nunca fugirá desse tormento.
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Lanfear: aqui nesse livro seu papel foi de idiota. Ela se achava tão superior nos inícios dos livros, e aparentava ser tão forte e perigosa, mas se mostrou apenas uma vítima de sede de poder. E teve o que mereceu.
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Aranha: a covarde virou escrava seanchan. Dizem que só os mais fortes sobrevivem ao final, o que não é o caso dela. Ela é apenas a mais medrosa.
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Graendal: ao lado de demandred, foram os dois melhores abandonados dessa última batalha. Eles realmente tocaram o terror nas forças da luz. Seu final foi engraçado e irônico. Ela acabou sendo vítima de sua própria compulsão. Se tornou escrava da aviendha. Ksks
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Elayne: sempre odiei essa personagem, mas tenho que admitir que aqui nesse livro ela foi demais. Top ver ela grávida e lutando e comandando exércitos.
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Min: Min é Min S2.
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Aviendha: após ter sido escolhida como uma sábia no livro anterior, ela mostrou aqui sua habilidade para comandar e mostrou que, apesar de não ser mais uma donzela da lança, há outras formas de lutar e se mostrar útil.
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Thom e moiraine: não consigo ver eles como um casal. No geral, os casais de wot são muito subdesenvolvidos.
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Mat e tuon: melhor casal depois de min e rand. Como sempre, os capítulos do Mat foram muito engraçados, e foi muito bom ver que ele se tornou o general responsável pelas forças da luz.
Tuon também é uma personagem muito engraçada e cativante. Eu não ficaria triste se ela tivesse dominado todo o mundo.
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Lan e Ninaevi: dois dos melhores personagens da série. Lan como sempre sem medo da morte, ou melhor, mergulhado no vazio. Acabou derrotando Demandred, um dos maiores espadachins e generais da era das lendas.
Já ninaevi, ficou ao lado de Rand, juntamente com Moiraine, e juntas, foram de suma importância para que Rand vencesse essa batalha.
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Cadsuane: coitada será amyrlin. Apesar de que eu preferiria que a eugenia estivesse viva para continuar como amyrlin, cadsuane é a melhor escolha entre as existentes. É uma aes sedai de fato. Rígida, mas respeitável e competente, e juntamente com a torre negra, sobre o comando de logain, eles irão criar uma união muito promissora. Em muito tempo, a noção de equilíbrio pode se tornar realidade.
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Eugenia: comecei a gostar dela por volta do livro em que ela se envolve com os aiel e ela se manteve em meu gosto até essa reta final. Uma pena que ela teve que morrer, mas assim como Verin, que surgiu para ajudar eugenia a subir ao poder; eugenia ajudou o mundo a ver a luz novamente. Sua participação, apesar de relutante no início, foi indispensável para vitória da luz. Uma vez que eliminou o taim e os canalizadores sharans que ainda restavam, isso ao fazer uso de uma nova trama até então desconhecida em randland: a chama de tar valon.
Com suas ações ela trouxe vida a um solo destruído e exposto ao vazio do dark one; além de ter avisado a egeanin sobre quando quebrar os selos da prisão do tenebroso, momento o qual ele se libertaria do mundo e quando rand mais poderia se aproveitar da vulnerabilidade dele.
Além disso, sua participação foi muito importante mesmo após sua morte, uma vez que ela apareceu para o rand e disse para ele que as mortes que vinham acontecendo não era culpa dele. Que todos que morreram sabiam que isso poderia vir a ocorrer assim que decidiram lutar em tarmon gai?don. Que não foi uma luta em vão, mas uma batalha pela esperança de que houvesse um amanhã.
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Por falar em batalha, muito interessante a gente ver os bastidores da última batalha. Uma guerra não é uma corrida, nem uma maratona. Mas sim uma longa caminhada, em que homens morrem, em que homens precisam se alimentar; descansar e voltar para o duro e inebriante campo de batalha.
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Asha?man: melhor organização.
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Aes sedai: pior organização.
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Aiel: melhor povo.
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Povo do mar e latoeiros: piores povos
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Seanchan: povo bastante interessante.
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Filhos da luz: pessoal sensato.
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Ogiers e loial: vemos com clareza que ogiers com raiva são verdadeiras máquinas de guerra.
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Rand e dark one: finalmente o momento mais esperado dessa série aconteceu e terminou: a última batalha. No concluir dela percebemos que rand não mata o dark one, mas apenas o prende novamente, colaborando para aquela máxima de que a roda do tempo gira e eras vem e vão. E que tudo o que aconteceu está destinado a acontecer novamente uma e mais uma vez.
Rand percebeu que o dark one não é a origem de todo o mal, mas sim as pessoas. Que seu sonho de um mundo perfeito sem o dark one, um mundo sem violência, guerras e mortes é impossível. Ele percebe que enquanto houver pessoas no mundo haverá guerras, mensagem que a gente também percebe no livro 12, the gathering storm.
Por fim, sua profecia era uma mentira. Fiquei feliz por ele não ter morrido. Apesar de ter perdido seus poderes de canalizar, ele agora é equiparado ao próprio criador, podendo mudar a realidade ao seu bel prazer e vontade. Diante disso, rand agora está indo tirar um tempo de férias e descanso, mas ele sempre estará vigiando randland, e cuidando para que sua paz não seja violada.
Rand de fato foi um personagem que experimentou demais a máxima de ?a morte é mais leve que uma pluma. O dever mais pesado que a montanha?. E isso faz dele meu protagonista favorito entre todos os livros lidos até agora. Sua evolução foi a mais sensacional de todas.
Além disso, também vale citar que esse é o livro que a sombra está realmente competente. Muitas das vezes senti que a luz iria perder, pois ela de fato estava. mas o resultado foi claro: não foi dessa vez que o dark one venceu. Não foi hoje que ele destruiu a roda e o tempo e se tornou aquilo que ele tanto falou tentando convencer o rand a desistir: que ele é tudo o que existe.
Diante disso, vimos nosso querido dragão perceber que a última batalha nunca foi sobre ele. Mas sim sobre as pessoas. O dark one não venceu porque rand não permitiu, ele não venceu porque as pessoas não desistiram. Não desistiram tanto de lutar, quanto do próprio rand. Dessa vez, assim como afirmou rand antes de ir para shayol ghul, o que venceu essa guerra foi o amor. Pois enquanto os forsaken iam até o grande senhor devido a sentimentos de inveja, desejo de poder e ganância; o pessoal de randland se uniu ao dragão por motivos de esperança, amor e uma união que, apesar de cheia de poréns, foi aceita e acordado por todos.
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Muitos núcleos ficaram em abertos e que eu desejava saber mais o que aconteceu, como por exemplo o que se refere a alviarin; elaida; galad; berelain; hurin e etc.
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Enfim, agora que a ficha caiu que eu acabei essa série, sentirei saudades dos bons momentos e desses personagens e conceitos que estarão comigo até o fim da minha existência.
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Tai?shar Malkier;
Tai?shar Manetheren
Tai?shar Far Madding
Tai?shar Randland.