Os sinos da Agonia

Os sinos da Agonia Autran Dourado




Resenhas - Os sinos da Agonia


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Gabriel Nasci 17/01/2024

O sino que aparece no final
Relembrando a uma leitura de um mineiro diplomata, Austran Dourado, demonstra suas habilidades e estilo de uma escrita muito peculiar. Apresentando personsogens muito bem devolvidos e introduzindo-nos em seus pensamentos e devaneios. Consecutivamente cada personagem se torna único, representando uma esfera social e política com muita antropologia e psicanálise em sua leitura, que muitas das vezes pode passar despercebida.m
Austran Dourado demonstra muito estudo para produzir está obra. Lembrando muito a Guimarães rosa.
A obra em si é romance entre os Personagens, todos são ruins, egoístas e apaixonados, no sentido verdadeiro, muita intriga, mas nada igual a um cortiço.
Me apaixonei por essa obra, muito do Freud foi usado. Pretendo comprar outros livros dourados.
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Dani 01/12/2023

QUE INCRÍVEL
Não tenho palavras para explicitar o quanto amei esse livro, uma adaptação MARAVILHOSA do mito de Hipólito, o modo como o autor coloca as ideias e enredo da tragédia (adaptados claro) são maravilhosas.

No começo tive um pouco de dificuldade em me acostumar com o estilo de escrita, mas logo na segunda parte as coisas esquentam e tudo melhora. Li com auxílio de um professor e foi excelente, só coisas boas a sentir e falar sobre essa incrível obra.

Prova de como reutilizar os clássicos de forma perfeita, mas ainda com tantas características próprias! Extremamente recomendado para todos que gostam de antiguidade e tragédias e até para aqueles que não sabem nada.
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Mauricio.Carvalho 06/10/2023

Viagem a um mundo ancestral
Narrando a história de um triângulo amoroso, sob a perspectiva de seus principais personagens, o autor vai pouco a pouco de forma espiralar nos revelando a história e seus detalhes. Sob a trama dessa paixão o autor nos leva a uma viagem para um lugar ancestral.
Um Minas ancestral do ouro e diamantes, dos senhores e dos escravos, das primeiras criações de gado, das sesmarias e dos amigos de El Rei.
Mas traz também algo de mais ancestral que essa próprio Minas, algo como uma tragédia grega nos lembrando que as virtudes e predições dos homens em nada mudaram e ainda podem nos levar aos mesmos resultados.
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Ana 12/09/2023

Tragédia à moda mineira
Autran Dourado é um dos maiores escritores brasileiros do século XX. Nasceu em MG no ano de 1926 e faleceu no RJ em 2012.
Os sinos da agonia é seu oitavo livro publicado em 1974.
A estória se passa num Brasil colonial, na capitania de MG, vila Rica no século XVIII que está em decadência e transição econômica da extração do ouro para a pecuária.
O potentado João Diogo Galvão ficou viúvo e vai até SP arrumar uma nova esposa de casta e família nobre. Acaba se casando com Malvina, filha de Dom João Quevedo, aristocrata falido. Ele tem o triplo da idade dela e seu filho, Gaspar, não aprova muito a ideia, no entanto, respeita a decisão do pai.
Assim como Ópera dos mortos tem como inspiração a tragédia grega Antígona de Sofócles, Os sinos da agonia é fundamentada na tragédia grega Hipólito de Eurípedes e Fedra de Sêneca e Racine.
O livro é dividido em 4 partes que o autor chama de jornadas. São elas: A farsa, A filha do sol, da luz, O destino do passado e Roda do tempo.
Cada jornada conta a mesma estória por perspectivas diferentes e funciona como um quebra cabeça onde vamos juntando informações para descobrir o que aconteceu. Na primeira é a visão de Januário, na segunda a visão de Malvina, na terceira a visão do Gaspar e a quarta é a conclusão de cada um deles dos acontecimentos.
O narrador é uma falsa terceira pessoa porque ele não é onisciente e só sabe o que as personagens sabem ou julgam saber. Existe aqui uma descentralização do foco narrativo.
A percepção de cada personagem está enviesada pela sua visão de mundo, seus valores, suas crenças e o status social que tem. Essa sociedade escravagista mineira do século XVIII é extremamente estratificada e patriarcal. A personagem Malvina é uma mulher à frente do seu tempo. É forte e determinada, ao mesmo tempo manipuladora e cruel. Me lembrou em alguns momentos a Helena de Tróia.
Como toda tragédia aqui, a força do destino é inapelável. As personagens se vêem consumidas por desejos e paixões avassaladoras, o que as levam à perdição.
Achei o livro espetacular e estou cada vez mais apaixonada pela escrita de Autran Dourado.
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Morganna 09/09/2023

QUE OBRA DE ARTE!!
Esse livro conseguiu superar todas as minhas expectativas, sendo envolvente e cativante do início ao fim! A trama, as reviravoltas, a valorização dos detalhes, perfeito perfeito perfeito!!! Esse livro merecia ser reconhecido, definitivamente.
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Leila 07/06/2023

Os Sinos da Agonia de Autran Dourado, é um romance que despertou sentimentos conflitantes em mim. Embora não possa afirmar que tenha sido uma leitura que me cativou plenamente, devo admitir que gostei mais desse livro em comparação com sua obra anterior que li recentemente, O Risco do Bordado". Porém devo confessar que não estava muito na vibe de um romanção das antigas com direito a dramas novelescos, referências a Shakespeare, tragédias gregas e outras grandes obras literárias.
A trama central envolve personagens que são, de certa forma, arquétipos literários. É possível traçar paralelos entre eles e figuras emblemáticas da literatura mundial, embora seja difícil determinar se essa foi a intenção do autor ou se foi apenas resultado de uma inspiração não declarada. Mas de qualquer forma, não senti empatia por eles, Malvina é uma oportunista, Gaspar um esquisitão, Januário um deslocado e os personagens secundários são totalmente esquecíveis. Não deu pra se apegar e torcer por ninguém nessa história.
No que diz respeito à narrativa em si, o estilo de escrita de Dourado é impecável. Sua prosa é elegante e fluente, conferindo ao livro uma qualidade literária inegável. A habilidade do autor em construir frases elaboradas e ricas em detalhes é inquestionável, demonstrando seu domínio da linguagem e sua erudição. No entanto, essa eloquência pode, em alguns momentos, sobrepor-se à essência do enredo, tornando a leitura um tanto arrastada e cansativa.
Uma das maiores questões que encontrei em Os Sinos da Agonia foi minha própria falta de sintonia com a proposta do livro. Como mencionado anteriormente, não estava no clima para um romance que mescla elementos clássicos e teatrais de forma tão intensa. Embora reconheça o valor artístico da obra e aprecie a ambição do autor em tecer conexões complexas, a falta de uma conexão emocional profunda com os personagens e a trama em si acabou afetando minha experiência de leitura.
Enfim, Os Sinos da Agonia é um livro que vai agradar aos fãs do autor e de qualquer forma valeu a experiência de leitura, mas se você nunca leu nada do Autran, não indicaria começar por esse.
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Anna1524 11/05/2023

Vou é ao encontro desse nada que eu sou
Eu realmente não sei como eu passei tanto tempo da vida de leitora sem conhecer esse livro - obrigada mais uma vez ao meu professor de estudos literários pela recomendação!
Os sinos da agonia retrata um amor proibido de uma mulher pelo seu enteado. A história é contada na perspectiva de três personagens (principalmente): Januário, Malvina e Gaspar. Com uma temporalidade um tanto quanto confusa (que me deixou bem perdida no início), o livro corresponde à expectativa do seu título - uma verdadeira agonia. Além disso, é um livro que, por ser extremamente sensual e trágico, nos leva a ter sentimentos confusos sobre como desejamos que a história transcorra.
Cada dia que passa eu fico mais apaixonada pelo meu curso, que me permite ler um livro tão genial com um olhar técnico. A descrição do espaço e do tempo, juntamente com a teatralidade, são incríveis. Eu estou completamente obcecada por Os sinos da agonia.
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Duda 12/04/2020

É um livro muito interessante recomendo
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Arsenio Meira 14/11/2013

Aos leitores trapezistas


É incrível como o Brasil se dá ao luxo de ignorar um livro deste naipe. Não deveria me causar espanto.

Através da temática de amores impossíveis, Autran Dourado, recria a Vila Rica no iminente declínio do ciclo do ouro, trazendo informações históricas sobre o peso e crueldade da escravidão, a estupidez da nobreza racista, a corrupção do Estado e ainda, alusões ao célebre movimento que chamamos "Inconfidência Mineira."

A mesma história é contada sobre três perspectivas diferentes, o que obviamente proporciona o prazeroso preenchimento dos espaços deixados, revelando a habilidade técnica do autor ao transformar uma cena já conhecida em algo novo e misterioso. Parece que através das palavras, somos guiados através de grãos estelares a uma mesma armadilha, pelo mesmo rastro luzente, mas por caminhos diferentes.

No primeiro momento, quando a história é construída sobre a perspectiva de Januário, através de vozes e recordações guardadas na sua memória, a narrativa exige cautela. Segue ligeira e por isso, muitas vezes precisei parar, pensar como que tinha chegado naquele assunto, e voltar algumas páginas com a curiosidade de descobrir o caminho traçado.

É como tentar recompor um sonho, uma conversa com amigos que sai constantemente dos trilhos ou tentar relembrar o fascínio da descoberta, ou o caminho de volta após caminhar por uma cidade desconhecida. As mudanças de assunto são freqüentes e repentinas, sem qualquer aviso, o tempo presente mistura-se com lembranças, com acontecimentos do passado, delírios, sonhos e previsões futuristas.

A partir do segundo capítulo a narrativa parece ser mais fácil. A história segue linear, existem subdivisões de capítulo que servem para o leitor respirar e já se sentir avisado quanto as possíveis mudanças na narrativa. Porém a técnica continua a mesma, só que desta vez, passa-se quase que imperceptível e não há o sentimento de estar perdido. No segundo capítulo, Autran nos dá uma importante pista quanto a sua técnica: “Passado e futuro eram uma só memória, pasto do tempo presente” (p. 171).

No terceiro, existe um momento em que, aparentemente, a narrativa tem ares de incoerência, onde, utilizando-se de uma conversa com o mito de Tirésias, o dedo do autor fica explícito, na tentativa de aprofundar e explicar uma vontade de compreensão. Aparentemente.

Em "Os sinos da agonia", Autran Dourado construiu uma perfeita rede de proteção que inspira confiança a qualquer trapezista, um impecável sistema de segurança em que as supostas falhas se transformam em qualidade. Usando o artifício da história - contada através dos burburinhos e fofocas da cidade de Vila Rica - Autran compõe a liberdade; democratiza informações e enseja o pavimento da grande ficção.
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Ivarth 13/09/2010

''Casinha'' de bagunça
O livro mostra de uma maneira muito detalhada uma história com personagens, é dramtico, gosto deste tipo de literatura. Contos com personagens de Minas Gerais. Achei bastante legal.
Os sinos da Agonia, faz jus ao titulo fala de olhos, punhal, tem um pouco de suspense no meio. Um otimo passa tempo.
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Goldenlion85 08/05/2009

O Livro...
Fabuloso, a maneira que o autor escreve,
os personagens, a trama, tudo...
recomendo
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