Nosso Homem em Havana

Nosso Homem em Havana Graham Greene




Resenhas - Nosso Homem em Havana


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Ladyce 31/10/2018

De Graham Greene eu só havia lido Viagens com minha tia, [Travels with my aunt], que li em inglês nos primeiros tempos de moradia nos Estados Unidos há anos. Boas recordações associadas a essa leitura -- personagens fora do comum, como tia Augusta com uma vida não muito límpida -- seu sobrinho, o monótono gerente bancário, aposentado, Henry Pulling, e sobretudo as aventuras europeias fora do esperado, não foram suficientes, no entanto, para que eu retornasse a Graham Greene até agora. Mas meu grupo de leitura votou neste clássico para discussão mensal. E foi, portanto, com prazer que abri as primeiras páginas de Nosso Homem em Havana. No início a narrativa pareceu de difícil engajamento. Passei para o original em inglês considerando que talvez fosse a tradução, neste caso de Brenno Silveira. Mas o início do original em inglês foi lido com tão pouco entusiasmo quanto seu correspondente em português. Até que a história, pequenina, não chegando mesmo a 280 páginas, toma um embalo, lá por um terço e daí por diante fluiu sem obstáculos, tornando-se uma das mais interessantes narrativas que li nos últimos tempos. E devo acrescentar, escrita com grande humor, uma sátira muito bem feita que chega, em ocasiões, a trazer o riso solto ao leitor. Realmente muito engraçado.

Publicado em 1958, o livro tem trama elaborada. Passa-se em Cuba, ainda no governo de Batista, mas já com rebeldes agindo nas montanhas, precursores da revolução cubana liderada por Fidel Castro e seus associados. Interessado no que pode vir a acontecer, o serviço secreto britânico, por falta de melhor solução, contata James Wormold para mandar notícias sobre o que se passava na ilha. Wormold, cidadão inglês radicado em Cuba, vendedor de aspiradores de pó, figura apagada e insossa que nenhum de nós pode imaginar como personagem principal de uma aventura de espionagem, precisava reforçar o conteúdo de seu bolso, para dar à sua filha, manipuladora sem limites, as necessidades de luxo, que ela desejava. Aceita o trabalho, desconhecendo como proceder. A necessidade, dizem ser a mãe das invenções. Sabedoria popular que se afirma neste caso. Que mal poderia acontecer, se desta longínqua ilha no Atlântico, mais de 7.000k de Londres, Wormold colorisse a realidade? Nada, ele pensa. Quem vai saber? A situação toma caminhos inimagináveis quando na capital inglesa o serviço secreto leva a sério os relatórios assinados por Wormold.

Farsa, comédia rasgada são termos comumente associados ao teatro, mas podem descrever a sátira feita por Graham Greene, que baseia seu sucesso -- como o melhor do humor inglês -- nas pequenas frustrações que seus personagens, verdadeiramente humanos, imperfeitos, ingênuos sofrem, e de como são incapazes de impedir as consequências inevitáveis de suas ações. Paródia, crítica sobre o serviço secreto inglês e métodos da política mundial, do final da década de 1950, não tornam a história datada. Ao contrário, ela é atemporal, clássica no sentido mais largo da palavra, porque é baseada não em circunstâncias de época mas no registro das emoções e do caráter de seus personagens. Sensível, Graham Greene brinca com o que rotulamos importante. E explora com destreza as fraquezas humanas. Sim, é um clássico que pode ser lido e relido inúmeras vezes. Excelente leitura. Leve e curta.
Claire Scorzi 31/10/2018minha estante
ainda na pilha a ler, ainda na pilha...


Ladyce 31/10/2018minha estante
Pode deixar lá. Vale a pena a qualquer momento.




spideramiel 24/12/2009

pq abandonei
O livro parece ser interessante, é sobre um homem estrangeiro que mora em havana e tem um monopolio de vende e reparo de aspirador de pó que que atende a cidade , exclusive para o presidente. Espiões querem contratar o homem para roubar informações e entre outras coisas , e como o homem atende a cidade fica mais facil entrar nos lugares pare ter acesso a essas informações. O problema do livro que os nomes dos personsagens são meios parecidos e acaba confundindo quem é quem na historia. Quando eu tiver nada para fazer vou reler o livro.
Modesto 18/07/2017minha estante
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Celaro 10/07/2015

O falso agente
Nomeado agente secreto do governo britânico em Cuba por acaso, Mr. Wormold cria uma realidade fantasiosa recrutando agentes fictícios e enviando relatórios falsos. Aproveita-se da renda extra gerada por esta atividade para satisfazer aos desejos da filha Milly, até que a situação torna-se perigosa quando os inimigos vêm para se livrar de Wormold e seus agentes. Com muita perspicácia Graham Greene cria uma história de suspense bem humorada e de agradável leitura.
Derso 05/11/2016minha estante
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Jacques.Bourlegat 16/06/2021

Nosso homem em Havana...
Romance escrito em 1958, antes da revolução cubana, quando a ilha ainda era um local onde os turistas americanos iam gastar dólares em casinos e mulheres. Em algumas passagens isso fica muito claro sobre "o grande assunto de Havana: as relações sexuais não constuíam apenas o principal comércio da cidade, mas a própria razão de ser da vida humana. Vendia-se e comprava-se sexo. Era uma coisa imaterial, mas à qual não se renunciava nunca."
Assim se expressa o nosso protagonista Wormold sobre a função à qual a cidade fora destinada: prostíbulo dos Estados Unidos.
Mas isso são alguns detalhes que podemos depreender no decorrer da trama dessa história de espionagem "diferente".
Antes de James Bond ser um sucesso nas telas de cinema, as histórias de espionagem já eram um sucesso nos livros, inclusive escritos pelo criador de próprio 007, Ian Fleming. Assim, "Nosso homem em Havana" está impregnado nesse ambiente de guerra fria e espionagem da década de 50. Real e ficcional.
É interessante ver como Graham Greene estava muito bem antenado sobre os acontecimentos, pois já havia movimentos revolucionários na ilha no decorrer da década de 50 que culminou com a tomada do poder em janeiro de 1959 por Fidel Castro.
Outra coisa interessante é ver como Greene debocha um pouco de tudo isso: leste oeste, ocidente oriente. Creio que seja uma das maiores lições dessa obra. Talvez seu ponto de vista sobre o assunto... O que importa é a família!
Pois um desconhecido vendedor de aspiradores em Havana consegue enganar o serviço secreto britânico inventando algo que não existe pelo amor que tem pela sua filha. Cria armamentos e rebeldes que não existem. Mas de repente a ficção se torna real. Mostrando um pouco o que ocorria em uma guerra fria. Tudo e todos eram suspeitos. E Cuba foi o cenário perfeito para esse romance, depois que Fidel Castro tomou o poder com a Revolução, todos os serviços secretos ficaram tensos, principalmente o americano. Fidel teve o apoio da URSS para manter-se no poder na ilha, o que levou à crise dos mísseis em 1962.
Entre paródia de espionagem e drama, esse romance é muito interessante!
Spy Books Brasil 07/01/2022minha estante
Interessante também mencionar, Jaques, que o filme rodado no ano seguinte encontrou Havana já sob comando de Fidel Castro. A equipe teve alguns percalços e teve de fazer adaptações no roteiro, porque os revolucionários queriam deixar claro que a Havana retratada na história era a de Fulgêncio Batista. Fiz uma crítica do filme no meu blog: spybooksbrasil.wordpress.com. Um abraço.




seufuviu 09/08/2009

O porre do basset preto
“NOSSO HOMEM EM HAVANA” -* Graham Greene -*mais um livro lançado pela L&PM, na sua coleção POCKET BOOK.
O fabuloso escritor inglês, dos anos 50 e 60, noveleia uma situação em que o poder, a farsa e a violência são os motes da esplêndida narrativa deste autor, que com simplicidade & ironia (d)escreve situações da guerra fria - como um espião inglês que’ele mesmo foi na 2ª guerra; trabalhou para o M-16, serviço secreto da Inglaterra.
A história e a estória contextualizadas por uma Cuba, ainda nas mão do ditador Fugêncio Batista, leva’ nós leitores ao risco máximo do humor & da realidade, conduzida pela viagem intertextual da maga ficção, verve de Graham Greene.
Wormold – o inglês, protagonista d’aventura tropical d’espionagem, com seus criativos relatórios, seus limitados amores, sua farsa e gana(ância), demonstram que a obra literária escrita em 1958, adiciona’os’eus tormentos existenciais & morais; 1 homem & um escritor pecaminoso, em ½ ao realismo desafiante à pratica cristã local.
Um livro para ser lido.
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Coruja 23/11/2013

Nosso Homem em Havana é um dos livros que estava faz mais tempo na fila de espera na minha estante, de forma que o levei comigo na mala quando viajei em agosto – e fui lendo pedaço por pedaço a cada etapa da jornada, culminando no trem entre Veneza e Florença (enquanto meu vizinho da frente devorava um álbum de Corto Maltese e volta e meia me distraía com seus resmungos).

Curiosamente, eu acho que comprei esse livro justamente para lê-lo numa viagem. Inicialmente pensava que tinha ganho ele de alguém, mas tenho uma vaga memória de ler a sinopse e colocá-lo debaixo do braço – de forma que o carimbo de uma livraria em Belo Horizonte significa que o comprei quando fui a BH. Fora que ele é um volume de bolso, o que sempre prefiro quando quero ler algo em trânsito.

Seja como for, devo dizer que Nosso Homem em Havana foi uma muito agradável surpresa. Eu não conhecia o Graham Greene, nem estou acostumada com o gênero de espionagem, de forma que não tinha criado nenhum tipo de expectativa. Creio que o que me levou a comprar esse livro foi a ligação com Cuba e a Guerra Fria, que é algo sobre o que tenho pouco conhecimento para além do visto nos bancos escolares.

Enfim... o homem em Havana é um inglês, representante comercial de uma firma que vende aspiradores de pó. O senhor Wormold é um cidadão pacato, que há muito se integrou a Havana (embora Havana não tenha se integrado tão bem nele). Abandonado pela mulher, ele tem como uma preocupação na vida a filha Milly, que alterna a vida entre ser uma católica devota e carola e uma provocadora de confusões – incluindo aí o fato de ter enrolado no seu dedo mindinho o capitão Segura, reputado torturador do regime conhecido como Abutre Vermelho.

Wormold é contatado por um agente do MI-6 que quer transformá-lo em espião. Mais por inércia que qualquer outro motivo, Wormold concorda... e se a princípio ele é um espião relutante, não demora muito, quando ele percebe o dinheiro que pode fazer com tal negócio (e, por conseqüência, assegurar o futuro de Milly), para que ele esteja inventando outros agentes, bases secretas, armas de destruição em massa e outras conspirações.

O que Wormold não esperava, contudo, é que os chefões da agência engolissem com tanto gosto suas mentiras. Tampouco, que suas histórias começassem a se tornar realidade. Ou ainda, que ele se tornasse alvo de agentes de outras nações.

A história se passa antes do golpe que levou os Castro ao poder, durante o governo de Batista. À época, esse gênero literário estava começando – Ian Fleming apenas começava a publicar sua série sobre o agente Bond, James Bond – e não acho que o livro tenha produzido um grande impacto, até por ser uma clara sátira. Hoje, contudo, diante dos escândalos e trabalhadas dos serviços de inteligência e espionagem, Greene soa bastante crível.

Greene sabia sobre o que estava escrevendo, tendo sido, ele mesmo, um agente. Por isso, ainda que o tom seja farsesco e alguns diálogos e situações, razoavelmente absurdas, ele consegue nos convencer que tudo aquilo é possível, é real.

Uma excelente pedida. Recomendado, sem dúvida.


site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2013/11/para-ler-nosso-homem-em-havana.html
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Israel145 22/02/2015

Mr. Worlmold é um mero inglês vendedor de aspiradores de pó na Havana pré-revolucionária e que dedica seus dias a fazer um pequeno pé de meia para sua filha Milly, mesmo os negócios indo mal assim como sua vida pessoal, depois que sua mulher o abandonou. Nesse cenário desolador, um mero dia, Wormold é recrutado por um agente do serviço secreto inglês dando ao sujeito uma chance de fazer um ótimo dinheiro e dar um futuro melhor a Milly.
Nesse contexto surreal, Graham Greene monta um delicioso romance de espionagem, mortes, mistério, suspense e tensão que o transforma num dos grandes clássicos da literatura policial, mesmo o autor dando um tratamento de comédia e exagero nas ações dos personagens.
Apesar do tom pitoresco e surreal que permeia a obra, o leitor é tragado imediatamente pela história sem ter que esperar pela ação, pois o livro todo tem um desenrolar bem dinâmico logo nos primeiros capítulos. Os capítulos são curtos, o que torna a leitura muito mais deliciosa.
Sem ficar atrás de medalhões do gênero como Dashiell Hammet e Raymond Chandler, Greene brinca com todos os elementos desde o romance policial, passando pelos pulps e claro terminando nos filmes noir. Os personagens são extremamente caricatos, porém, altamente convincentes nas suas ações e muito bem elaborados, fazendo o romance se tornar inesquecível.
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Gláucia 10/10/2016

Nosso Homem em Havana - Graham Greene
Primeiro livro que leio do autor e foi uma ótima estreia. Publicado em 1958, meses antes da Revolução Cubana, tem como protagonista Jim Wormold, inglês residente em Cuba e representante comercial de aspiradores de pó. Foi abandonado pela esposa e tem a difícil missão de criar sua bela filha Millie de dezessete anos. A moça tem gosto refinado e sendo muito difícil a um pai sozinho negar qualquer coisa a uma filha, especialmente uma filha como Millie que domina a arte de conseguir o que quer, o pacato Wormold de repente se vê trasnformado num astuto agente secreto na ilha dominada pelo ditador Fulgêncio Batista.
Para mostrar serviço e justificar o dinheiro recebido, passa a inventar relatórios com histórias mirabolantes, armas secretas e apontar pessoas a serem investigadas. Com seus relatórios falsos e pessoas inventadas acaba se metendo em situações perigosas e colocando sua vida e de terceiros em risco.
Leitura deliciosa e divertida que fiz em dois dias, tem um tom de paródia à paranoia da Guerra Fria. Final criativo que manteve o tom de sátira da narrativa.
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Julio.Argibay 16/03/2017

N h em Havana
Primeiro livro q li de Grahan Grenne, escritor inglês. Nosso homem em Havana eh um bom livro, consiso, com personagens bens construídos e um roteiro bem criativo, inusitado e chega a ser ironico. Um bom retrato da época pós II Guerra Mundial e início dá Guerra Fria. Por algum motivo me lembrou o velho Hemingway. Recomendo.
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Vai Lendo 20/02/2018

Uma divertida trama de espionagem sem limites para a imaginação
Imaginar. O ato de criar situações, personagens. Fantasiar. Pode ser uma fuga, uma diversão. Mas e quando o universo criado acaba interferindo na realidade? O quanto do que achamos que é real, na verdade, não passa de uma história inventada? Em "Nosso Homem Em Havana", livro de Graham Greene, escrito em 1958, que ganhou uma repaginada em julho de 2017 pelo selo Biblioteca Azul, da Globo Livros, vemos uma divertida trama de espionagem onde não há limites para a criatividade, além de ter aquele humor que só os britânicos sabem fazer.

Jim Wormold é um pacato inglês, vendedor de aspiradores de pó, que vive na Cuba pré-revolução. Com dívidas e a necessidade de atender a todos os desejos de sua filha Milly, ele aceita um misterioso e inusitado convite para se tornar espião. Só que Wormold não tem a habilidade necessária para tal atribuição. Em contrapartida, não lhe falta criatividade e, utilizando a imaginação, ele se torna um dos principais espiões britânicos. No entanto, ficção e realidade se misturam. E, agora, o homem de Havana está metido numa perigosa e divertida tramoia.

O fascinante no livro "Nosso Homem Em Havana" é o universo criado por Wormold e a construção do personagem em si. Antes de sermos apresentados a toda essa mente fabulosa do vendedor de aspirador de pó, Graham Greene detalha bem o protagonista: o que o levou a aceitar o trabalho, a relação com a filha Milly – que o dobra com facilidade – e como vê a vida. Sei que muitos leitores gostam de chegar logo na ação, mas, na trama, conhecer este sujeito é primordial e o que torna a leitura tão interessante.

O humor britânico dá à obra um charme peculiar. Quem curte o estilo, com certeza, vai adorar. As situações envolvendo o serviço secreto, bem como as próprios pensamentos de Wormold são bem divertidos. "Nosso Homem Em Havana" é uma história que aparenta simplicidade, mas, se nos atermos aos detalhes, vemos o quanto a imaginação e a realidade são próximas. Alguns diálogos são bem afiados e reflexivos; o humor camuflando a crítica social.

Para quem não conhece, Graham Greene foi um dos escritores ingleses mais lidos do século 20. Durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou para o governo inglês nos ministérios da Informação e do Exterior e também como agente secreto. Acho que dá para imaginar de onde veio a inspiração para "Nosso Homem Em Havana"… Não sei a opinião de outros leitores, mas esta informação me fez refletir muito mais sobre as questões de espionagem, notícias inventadas e tudo o que consumimos como verdades.

"Nosso Homem Em Havana" é um livro para se deliciar. Deixar a imaginação fluir e ver até aonde a criatividade pode ir (e suas consequências, claro!). É uma obra para se divertir com as confusões de Wormold, refletir sobre questões políticas e conhecer através de outra perspectiva esta famosa ilha caribenha.

site: http://www.vailendo.com.br/2018/01/18/nosso-homem-em-havana-de-graham-greene-resenha/
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Beatriz3345 26/11/2018

Mais um livro desse autor maravilhoso que li. Graham Greene, nas duas obras que li dele, utiliza muito de ironia e satiriza alguma parte da história, nessa por exemplo estamos no meio da guerra fria e a paranoia dos serviços secretos fazem com que o personagem principal consiga facilmente enrola-los com relatórios e construção de armas que não existem apenas para conseguir dinheiro para suprir as regalias de sua filha super religiosa.
Uma história de suspense e espionagem bem diferente do que costumo ler mas mesmo assim muito boa.
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none 08/04/2019

Graham Greene atual
Cuba, governo Fulgêncio Baptista, Inglaterra, monarquia enciumada com o poderio das potências nucleares URSS e EUA. Nos ombros desses gigantes um vendedor de aspiradores e sua filha tentam viver sua vidinha modesta classe média na capital Havana. Milly é uma moça de 17 anos católica paquerada pelo capitão torturador, o Abutre Escarlate, Segura, seu pai - o senhor J. Wormold- é indicado pelo serviço secreto de sua majestade a investigar ocorrências suspeitas de espionagem subversiva (seja por parte dos soviéticos, dos americanos, dos nazistas). Alemães que vivem em Cuba passam ser diretamente suspeitos mesmo sendo inocentes, aspiradores de pó acabam virando modelos de armas nucleares para sustentar as mentiras forjadas e alimentadas e para forjar a própria atividade de espionagem britânica na ilha!!!
Surreal? Não, atual.
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Cdmm 05/09/2021

Durou pouco.
Um livro muito divertido em que não sabemos se os acontecimentos são piada ou se devemos temer pelo personagem. Muito rápido de ler.
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spoiler visualizar
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Spy Books Brasil 07/01/2022

Uma sátira sobre o secretíssimo mundo dos espiões
James Wormold é um pacato vendedor de aspiradores de pó em Havana, para onde se mudou depois de se apaixonar pela primeira vez. Abandonado pela esposa, ele vive com a filha adolescente. Milly gasta dinheiro numa velocidade que ele não consegue acompanhar. Os negócios vão mal. Com o governo cubano ameaçado por um grupo de revolucionários e a capital sob cortes frequentes de energia elétrica, ninguém dá a mínima para aspiradores de pó.

O diligente oficial do MI6 – A salvação de Wormold chega na figura de um compatriota. Henry Hawthorne é funcionário do MI6, o serviço secreto britânico. Ele recruta Wormold para espionar o cenário político cubano. Pouco importa que Wormold nada saiba sobre o que se passa nos palácios cubanos, ou mesmo tenha contatos entre os poderosos. Hawthorne foi incumbido de montar uma rede de espiões em Cuba e pretende cumprir sua missão a qualquer custo. Convencido pelo possibilidade de faturar o dinheiro que tanto lhe falta, Wormold cria uma rede fictícia de informantes – muito bem pagos, claro – e começa a fabricar relatórios fantasiosos para o MI6.

Até que os serviços de inteligência rivais começam a acreditar nos relatórios inventados por ele e a situação se transforma.

Cuba pré-revolução – Ambientado na Havana pré-Fidel Castro, em 1958, o romance de Graham Greene é uma comédia que brinca com a qualidade da inteligência produzida a custo de ouro pelas estruturas de espionagem durante a Guerra Fria. Se as informações são tão secretas, quem pode verificá-las? E se ninguém consegue compravá-las, quem questionará sua veracidade?

Eu gosto muito da maneira como Greene constrói analogias com o trabalho do romancista. Não quero dar spoilers, mas numa determinada altura da trama, um informante inventado por Wormold sofre um atentado praticado por espiões inimigos e morre num acidente. Wormold fica perplexo com a informação e se pergunta: “Será que podemos criar seres humanos reais por meio da escrita? Será que Shakespeare ouviu a notícia da morte de Duncan numa taverna, ou ouviu a batida na porta de seu quarto após ter terminado de escrever Macbeth?”*

O livro é uma leitura deliciosa, sem pretensões de grande suspense. Foi classificado pelo próprio autor como “entretenimento” e rendeu um filme, rodado em 1958, com Alec Guinness no papel de Worlmold.


site: spybooksbrasil.wordpress.com
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