Resenhas - O Quinze

Suh 19/06/2024

Eu estou impactada
O título pode aparecer uma piada,mas eu de fato estou? Como podem "os grandes autores" se negarem a reconhecer que Rachel foi capaz de conceber essa obra prima , so porque foi "escrito por uma mulher" ? Como pode que as escolas brasileiras falem de Graciliano Ramos , de Guimarães Rosa e não se fale de Rachel de Queiroz?
Se obras como essas fossem levadas ao ensino ,ai sim se faria uma revolução no ensino.
Sobre os personagens e seus desfechos , sobre como as coisas "terminam" me parecem tão precisos , tão naturais. Essa obra toca em pontos sensíveis,principalmente pra quem mora no nordeste. Ela traz à tona um medo que fica guardado dentro da gente e a gente nem sabe.

Bia Franzoi 17/06/2024

Um retrato da realidade
A leitura foi rápida e fluida, principalmente da metade para frente. Apesar de ter termos e expressões desconhecidos por mim, sinto que isso não se tornou um problema, pois o contexto permitia entender o sentido.

O que mais me marcou foi a visão clara da desigualdade social que podemos perceber ao longo da história. Enquanto a seca, para algumas pessoas, era apenas um período difícil, para outras, significava fome, morte e perda.

A parte mais interessante, para mim, foi acompanhar a jornada de Chico Bento e sua família pelo sertão, em busca da sobrevivência. Algo que também remete a Vidas Secas, outro livro maravilhoso sobre o tema.

A história em O Quinze é retratada de forma honesta, crua, realista e natural. Mostra a vida, imperfeita como é e as pessoas como elas são, ora falhas e egoístas, ora fortes e admiráveis, mas acima de tudo, humanas.

Jurema__Jurema 15/06/2024

[EU NÃO SOU PROFISSIONAL NISSO E O QUE ESTÁ ESCRITO AQUI É SÓ A MINHA OPINIÃO, NÃO LEVE PARA O LADO PESSOAL]
Esse livro tá na categoria ?Livros que li por causa da escola? e esse aqui é o que achei mais interessante e até mesmo mais envolvente no quesito personagens (vou falar mais para frente.
Primeiro, sobre o livro no geral, é cativante a história principalmente na parte da autora descrevendo a situação da seca (tem dois cenas que eu fiquei imaginando como se fosse cena de filme, penso que seria super bonito) e cada núcleo de personagem lidando com essa mudança climática no dia a dia.
Segundo, os personagens são super envolventes, porque eu digo isso, é simples, eu tô pensando até agora o que foi que aconteceu com a família, o menino e a garota, se faz eu ficar pensando e imaginando sobre o destino dos personagens é porque interessantes eles são.
Terceiro, Conceição é a personagem favorita, achei ela fora do padrão para época dela na literatura (por favor não levem pro pessoal, porque isso está vindo de uma garota que está entrando agora no mundo da literatura brasileira e está falando sem saber se tem alguma personagem antes dela que foi mais ?revolucionária?), tipo assim ela me passou muita uma vibe ?Paty? que estaria em protestos (novamente pensamentos meus).
Quarto e último, dou 5/5 fácil porque na minha visão ele o que ele propôs ele entregou e obviamente porque foi o primeiro livro nordestino que eu estou lendo desde que vim morar no Piauí e porque o ?primeiro? livro foi super agradável para mim.
(Recomendo para alguém que quer entrar nesse mundo de leitura para redação, sim sim eu só estou lendo livros para ter repertórios me julguem, é super interessante.)

luizacx 15/06/2024

Me lembro da primeira vez que li essa livro, fiquei encantada pela escrita da Rachel, a forma como ela descreve o ambiente, os personagens.
O Quinze foi um livro que me marcou muito e que me marca até hoje, definitivamente um dos meus livros favoritos!

elieltoncastr_ 14/06/2024

"Um dos eternos fantasmas da seca"
Uma escrita simples e despretensiosa que narra histórias de dor e sobrevivência de gente igualmente simples e despretensiosa. Não há exatamente a construção de momentos de tensão,de suspense ou de reflexão, a vida das personagens apenas acontece, tal qual a realidade. E é justamente isso que torna certas passagens cruas, viscerais. Exímio literário!

João222 13/06/2024

O quinze
O quinze de Rachel de Queiroz conta uma história com vários pontos de vista da seca de 1915. Particularmente, foi uma leitura bem lenta e desinteressante para mim, até por que eu não sabia nem sobre o que o livro se tarava. É muito interesante ver as diferentes vidas dos personagens e como tudo acontece com cada um deles. Não é o tipo de livro que eu leio com frequência, porém achei que valeu muito a pena.

Lara2565 11/06/2024

Meio chato
Realmente, a história é muito triste e muito comovente. porém achei a linguagem muito difícil e com muitas gírias nordestinas (sou nordestina) que não entendi. só acabei a leitura porque eu tive uma prova sobre ele, se não nem teria começado.

Ana.reads0 11/06/2024

Odiei
O único personagem bom é o Chico Bento










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Izabella.BaldoAno 07/06/2024

"como pode descrever de maneira tão bonita algo tão triste?" foi uma anotação que fiz logo no início de O Quinze e que foi se repetindo várias vezes ao longo dele.

uma das coisas que mais me chamou a atenção na escrita de Rachel aqui foi como ela parte da paisagem dura da seca para a criação de uma poética, tão tocante mas também tão dura e seca. dá pra sentir na pele o sol, nos pés as rachaduras de um solo árido, na boca a escassez de água. dá pra ver aqueles juazeiros que ainda são esperança de abrigo num cenário tão hostil, dá pra sentir internamente a dor dos animais que padecem.

como faz com o ambiente, a secura invade também as relações humanas, condicionadas e moldadas pela dor, pela fome e, como em todos os cenários, mas extremadas pelo extremo da própria situação, o poder. há a estrutura familiar completamente abalada pela desolação da fome, há amores suspensos pelo tempo, quase que à espera de chuva pra que se tornem sólidos ou se liquefaçam. há aquele que se curva, mão estendida em pedido, e aquele que mataria para conservar intacto seu patrimônio, mesmo diante dos que morrem de fome.

num momento em que nosso país passa por uma tragédia tão grande causada pelo excesso de água, foi extremamente marcante ler um livro que se passa num cenário oposto, onde a tragédia é causada por falta dela. ambas situações tão extremas e reais, enfrentadas no mesmo país, ora em tempos diferentes, ora contemporâneas. as duas reveladoras de mazelas extremas que nós, estando tão próximos, muitas vezes não costumamos alcançar.

assim como a realidade, O Quinze me deixou uma marca permanente.

Carlos531 05/06/2024

Inúmeras reflexões
O Quinze reflete sobre a resistência e a resiliência do povo nordestino no processo de seca severa no sertão e os dramas da migração e miséria dos estudantes. A desigualdade social e a necessidade de políticas públicas mais eficazes para enfrentar os desafios climáticos e socioeconômicos se perpetuam até os dias de hoje no nordeste.

kettlem0 04/06/2024

Li por causa da escola e gostei bastante, não foi uma leitura fluida mas foi importante prosseguir.
É muito rico em cultura e trás uma narrativa importante pra Enem, vestibular e etc.

Jessica1248 01/06/2024

"O Quinze" é um romance de Rachel de Queiroz, publicado em 1930. O livro é uma obra fundamental do Modernismo brasileiro e descreve a dura realidade da seca de 1915 no sertão nordestino, especialmente no Ceará. A narrativa é dividida em duas partes principais que se entrelaçam ao longo da obra.

A primeira parte acompanha a trajetória de Conceição, uma professora que volta ao sertão para ajudar sua família durante a seca. Conceição é uma mulher independente e educada, que enfrenta dilemas pessoais e sociais enquanto tenta melhorar a vida dos sertanejos. Sua relação com Vicente, um primo que representa o homem do campo, é central na trama, mostrando o contraste entre a vida na cidade e no sertão.
A segunda parte foca na saga de Chico Bento e sua família, que são obrigados a deixar sua terra e enfrentar uma jornada árdua em busca de melhores condições de vida. Essa parte da história é um retrato fiel do sofrimento dos retirantes, mostrando a fome, a miséria e a luta pela sobrevivência.
Achei que a autora gastou muito tempo descrevendo cenas que não serviram para o plot da história, deixando a leitura lenta e sem ritmo.

pysche 31/05/2024

Eu concordo com todos os fatos em que falam sobre a importância do livro em todos os aspectos.

o que me pega nesse livro é que ele é realmente chato de ler (na minha humilde opinião). apesar disso, é uma leitura de extrema importância não só para o vestibular, mas para a vida mesmo.

Grazi 31/05/2024

No início eu achei que seria uma leitura mais cansativa, no entanto eu me surpreendi por ter sido na verdade mais fluida. Algumas histórias me espantaram (em especial uma morte ocorrida lá pelo meio do livro). Mas afinal de conta, vale a pena ler esse livro por retratar uma história real que aconteceu/acontece no Brasil.

Eduarda 30/05/2024

O quinze
Foi uma releitura gostosinha por ser em hq, já tinha lido em 2020 pra escola e decidi reler um ano dps de ter estudado ele no modernismo (melhor fase da literatura brasileira). Sei que muita gente odeia os clássicos brasileiros mas acho q seja por que começaram errado. Se você não tem o ato de ler clássicos ent não pode comer lendo um Machado de Assis, Raul Pompeia?tem que chegar devagar e ler as hqs é uma opção maravilhosa pra isso. Comecei pelos clássicos em hq e a medida que fui me apaixonando pela história fui lendo os livros propriamente dito.

O quinze é um marco pro modernismo brasileiro e da pra ver o porque. A necessidade e importância desse livro em um meio de seca e miséria é notavel. Por outro lado vi muita semelhança com ?Vidas secas? mas por se tratar do mesmo eixo temático acho um detalhe totalmente dispensável. Mas, se tem algo que realmente me incomoda nessa hq em específico (já li várias outras da mesma editora e amei) é a bagunça temporal que nos traz.