O vento da noite

O vento da noite Emily Brontë




Resenhas - O Vento da Noite


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isa.dantas 19/03/2018

Poemas bastante intensos de Emily Brontë. Particularmente, não gostei da tradução. Entendi o propósito da edição, mas acaba por se tornar muito pessoal a versão feita por Lúcio Cardoso. Preferi seguir os poemas no original.
Marcos 21/03/2018minha estante
Ainda bem que é bilíngue esta edição! Também não gosto muito de poesia traduzida, tenho minhas reservas...


Nathani 05/10/2020minha estante
também não gostei nada da tradução, teve trechos que chegou a mudar o sentido original além de acrescentar versos. ainda bem que a edição é bilíngue




spoiler visualizar
Noêmia 09/07/2023minha estante
Falsidade se vê por aqui


MarcosOMartins 10/07/2023minha estante
Falou q ia ler mas até agora nada




juisreading 21/06/2023

O vento da noite.
"E se viesse o fim deste mundo e o fim dos homens
O fim dos universos, a ruína dos sóis,
Se apenas Tu ficasses,
Serias ao mesmo tempo todas as existências."
maria 11/08/2023minha estante
qual o nome desse poema? vc lembra?




Aione 16/09/2016

Emily Brontë foi imortalizada com O Morro Dos Ventos Uivantes, seu único romance publicado. Agora, a editora Civilização Brasileira traz uma nova edição de O Vento da Noite, coletânea de 33 poemas da autora traduzidos por Lúcio Cardoso, publicados pela primeira vez em 1944 pela editora José Olympio. Com apresentação e organização por Ésio Macedo Ribeiro, organizador dos Diários, de Lúcio Cardoso, a edição é bilíngue, permitindo a leitura dos poemas originais bem como das traduções segundo à visão de Cardoso.

É importante ressaltar que essas são traduções livres, ou seja, privilegiam o sentido do poema ao invés de uma tradução literal, palavra a palavra. Assim, é comum encontrarmos diferenças entre as duas versões, como estruturas diferentes, modificação de palavras, versos reorganizados, suprimidos e, até mesmo, adicionados.

Outra alteração, consequentemente, está na perda de ritmo e sonoridade dos poemas originais. Nas traduções, a métrica não foi mantida, bem como o esquema de rimas. Assim, ainda que os poemas mantenham a essência, perderam a sonoridade original – algo comum de acontecer na tradução de poesias, já que é extremamente difícil manter sentido e sonoridade na passagem de um idioma para o outro. É sempre uma opção do tradutor preferir aquilo que considera mais essencial de ser mantido no poema, e fica nítida a escolha de Cardoso pelo sentido.

As temáticas de Brontë abraçam sonhos, lembranças, fantasias, desilusões e morte, trazendo versos dotados de melancolia. Ainda, a presença da natureza é muito forte nos poemas, sendo ora local de refúgio e escape, ora conectada aos sentimentos do eu-lírico. De qualquer maneira, é impossível desassociá-la dos poemas de Brontë, assim como é impossível não reconhecer, aqui, o mesmo tom melancólico e, por vezes, sombrio presente em O Morro dos Ventos Uivantes.

O incrível de se fazer a leitura nos dois idiomas é tanto reconhecer suas diferenças quanto notar a maneira de como o tradutor enxergou os poemas originais. Também, como os traduzidos acabaram por perder sua sonoridade, pude fazer a leitura em voz alta dos originais e, assim, sentir toda sua força e intensidade. Ainda que, muitas vezes, eu não tenha conseguido compreender todo o sentido dos versos em inglês – a leitura de um poema não é fácil, principalmente em um idioma que não é o seu de origem -, sendo necessária a tradução para isso, eu seguia a leitura apenas para ouvir os versos e sentir a potência no som de cada palavra.

De modo geral, como com qualquer poesia, a leitura de O Vento da Noite não é fácil, exigindo atenção e tempo do leitor – tempo este que será estendido caso os poemas sejam lidos em ambos idiomas e comparados entre si. Contudo, é uma experiência extremamente proveitosa, tanto por permitir um conhecimento extra do trabalho de Emily Brontë quanto por proporcionar a percepção de seu alcance poético. Mais uma vez, fui encantada pelas palavras da autora e pela intensidade e melancolia de suas emoções e obras.

site: http://minhavidaliteraria.com.br/2016/09/16/resenha-o-vento-da-noite-emily-bronte/
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Lê Golz 21/09/2016

A beleza no pessimismo
Emily Brontë foi uma autora consagrada por seu romance "O morro dos ventos uivantes", do qual não sou a maior fã. Mas hoje, adoro tudo que se refere as irmãs Brontë e saber sobre essa edição bilíngue com poemas de Emily, traduzidos originalmente em 1944 por Lúcio Cardoso, só me fez desejar a leitura.

Para meu deleite, os poemas são lindos e fortes. Em sua grande maioria falam de desesperanças, esperas, dores, almas solitárias, morte e vida eterna. Não são poemas incrivelmente românticos. Na verdade são dolorosamente pessimistas, o que nos leva a pensar se eram reflexos da vida da autora, uma vez que sinto que poemas são escritas tão íntimas do próprio coração.

Essa obra possui 33 poemas da Emily, que foram escolhidos na verdade pelo tradutor, que ousou corajosamente transcrever seus poemas para o português. Com essa edição bilíngue é possível ler a escrita original e logo ao lado a tradução de Lúcio, que não segue estritamente os originais. Não sou muito fluente no inglês, mas é possível notar a sutil diferença em alguns poemas e algumas maiores em outros. Porém, é isso que tornou a obra bela, forte e prazerosa.

Alguns poemas me agradaram mais que outros. O poema intitulado "Agora está acabado" se revelou o mais forte para mim. Um pouco mais longo que os outros, esse nos fala de um tremendo desespero e até nos põe para baixo. Mas o meu preferido encheu meu coração, e tristemente foi o último poema que Emily Brontë escreveu antes de morrer tão jovem. Vou deixar um trecho dele ao final da resenha e ele falará por mim.

O prazer em ler poesia deve ser apreciado aos poucos, por isso recomendo uma leitura breve de O vento da noite a cada dia, embora eu tenha lido em dois, pois não resisti. Emily Brontë é uma autora imortal para a literatura e suas obras merecem ser apreciadas.


Trecho do último poema que Emily escreveu: Minha alma não teme coisa alguma


Minha alma já não teme coisa alguma,
E a escura tempestade em que sem descanso o mundo
Gira,
Não mais a abalará: (...)

Ó Deus que eu trago dentro em mim, (...)

A morte se esforça em vão para achar um espaço,
Mas seu poder não pode aniquilar um átomo sequer.
Tu és o Ser e o Sopro,
Nada poderia abolir as Tuas formas.

site: http://livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br/2016/09/resenha-o-vento-da-noite.html
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Pandora 30/09/2016

Emily Brontë é uma das autoras inglesas mais celebradas do mundo. O único romance escrito por ela O morro dos ventos uivantes, com justiça, foi suficiente para garantir a ela um lugar no meio dos cânones da literatura mundial. Porém, o romance não foi a unica forma de expressão artistica utilizada por ela e suas irmãs - Anne e Charlotte -, elas também escreviam poesias.

Emily escreveu um número considerável de poemas, mas esses textos não chegaram a vir a luz enquanto ela estava viva. Apenas em 1850 Charlotte Brontë, a irmã mais velha, fez uma coletânea de poemas dela própria e de suas irmãs Anne e Emily e publicou com o titulo Poems, usando os pseudônimos Currer, Ellis e Acton Bell com o intuito de preservar a si e as suas irmãs do escrutínio público.

Dessa coletânea de 1850, Lúcio Cardoso em 1944 recolheu os poemas que compõe o livro por ele batizado como O vento da Noite, em referência ao primeiro poema da seleção de 33 por ele elencados para compor a unica coletânea de poesias de Emily Brontë publicada no Brasil, até o presente momento.

Na minha opinião, de todas as irmãs Brontë, a Emily é a mais complicada, densa, misteriosa, aflitiva e conflituosa. Também ela é quem tem tido mais da minha atenção ao longo dos anos. Não sei se gosto ou desgosto dela, porém, nos últimos dez anos, li seu livro três vezes e estou me preparando psicologicamente para a quarta leitura.

Para quem já leu seu O morro dos ventos uivantes, sua poesia não vai trazer nada de inédito. Ela traz a tona o mesmo mundo marcado pelo sofrimento, frio, inverno, forças misticas, forças da natureza, aflição e conflitos emocionais expressos em seu livro. Aqui temos contato com um pouco mais da genialidade intoxicante dela. Essa genialidade capaz de nos lembrar da existência de lugares frios em mundos de luz e de lugares de luz em mundos de frio.

Particularmente penso em todo reencontro com a Emily como uma ocasião única. Sendo uma pessoa introspectiva e observadora essa mulher fez de sua escrita uma porta para seu mundo particular e sempre me sinto honrada quando ponho os pés no mundo dela. Sei que vou sentir suas angustias e as minhas, no entanto também sei o quanto vai ser um grande encontro, uma imensa viagem, algo do qual vou sair diferente.

Modestamente falando, lendo a tradução dos poemas dela feita pelo Lúcio Cardoso tive a impressão que ele ao ler os textos de Emily era invadido por sentimentos semelhantes aos meus. A angustia, luz, sombra e escuridão dela se encontrava com a dele e dialogava. Esse livro é produto desse diálogo entre almas separadas no tempo e no espaço unidas apenas pelo fio da literatura.



Talvez por isso Lúcio não tenha se esmerado em transpor a poesia dela para o português ipsis litteris. Ele preferiu dialogar com a poesia da inglesa dobrando-a, moldando-a, recriando-a através de paráfrase do texto original. O vento da Noite emerge como produto final do dialogo de dois gênios, um do século XIX, o outro do século XXI. A possibilidade de ter esse diálogo em mãos, em uma edição bilíngue, não deixa de ser algo a ser celebrado.

P.S.: Gostaria de agradecer a Michele Lima e ao Rafael Castro por me ajudarem a compreender um pouco melhor como funciona o trabalho de um tradutor. Em especial a Michele responsável por me fornecer os léxicos utilizados por mim para verbalizar minhas sensações com o trabalho do Lúcio Cardoso na tradução da Emily Brontë.

site: http://www.oquetemnanossaestante.com.br/2016/09/o-vento-da-noite-resenha-literaria.html
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Carol 01/10/2016

Sensacional!
Não sou a maior leitora de poemas, e isso é um fato. Tive uma dificuldade enorme para absorvê-los durante o ensino médio, e uma dificuldade triplicada na faculdade, quando a teoria literária do curso de Letras me exigia que não só lesse muitos poemas, como os estudasse minunciosamente. Contudo apesar de não ser meu tipo predileto de literatura, hoje posso dizer que os enxergo de uma maneira diferente. Não o bicho de sete cabeças que era aos treze anos, mas com um certo ritmo, como a melodia de uma canção, o que me faz sentir as obras de um jeito inusitado e bem pessoal.

Pedi O Vento da Noite pela autora. Sou completamente apaixonada pelo pessimismo de O Morro dos Ventos Uivantes, ainda que essa seja uma das característica da obra que a maioria das pessoas não curte. Sou pessimista por vida, e me identifiquei demais com a autora por ter transcrito para o papel um sentimento tão bem quanto ela fez naquele livro. E devo dizer que ela conseguiu fazer o mesmo com O Vento da Noite, que é uma coletânea de contos publicado por Charlotte, sua irmã, depois da morte da Emily.

Na época, a publicação saiu com poemas das três irmãs, e levava a assinatura neutra que mulheres usavam para esconder seu sexo e identidade. Ser mulher e artista em pleno século XIX não era tarefa fácil, mas essas três levaram com louvor, o trabalho.

Das três irmãs, vocês devem concordar comigo que Emily é a mais taciturna. Que apesar das três carregarem uma certa melancolia em suas escritas, e aqui devo ao fato do próprio gênero feminino envolto numa época ultrarromântica literária, Emily possuía uma forma de escrever que me assustava. Era um tanto madura para uma jovem mulher. Doída demais para alguém tão novo e que a sociedade da época julgava ser tão leve, como deveriam ser as mulheres.

Lendo O Vento da Noite comecei a entender que de fato Emily não incorporou um papel de escritora infeliz para escrever O Morro dos Ventos, mas ela por si carregava uma áurea triste e machucada. Isso está presente a todo o momento nos 33 poemas do livro, e me fisgou de tão forma, que cada vez que terminava de ler um, tinha que fechar e pensar no que provavelmente Emily estava vivendo quando compilou aquilo. É pesado. Insustentavelmente pesado.

Além de me identificar com a autora em muitos quesitos, hoje me coloco também no papel de curiosa sobre quem foi Emily Bronte, além daquilo que os sites de buscas podem me revelar. O nome dela está na minha lista de pessoas que eu gostaria de conhecer, se não fosse o simples fato de que isso teria que ser feito no além. Essa mulher cunhou Heathcliff, minha gente! E falem vocês o que quiserem, esse personagem é fabuloso.


Também preciso comentar aqui o quão incrível o tradutor se portou nessa obra. Bato palmas para o trabalho de Lúcio Cardoso em transportar o sentimento dos textos originais, mesmo que perdesse a melodia do poema em sua língua natal. Mas, sinceramente? Isso é muito comum em traduções de literatura desse tipo. Seria difícil manter o sentimento e o ritmo, mas não senti falta disso, porque essa edição traz as duas versões, e o leitor pode bem entender o texto, e ainda o sentir, como um sopro frio de vento da noite, de fato.

Toda a obra foi organizada de maneira genial. Eu, que não sou fã de poemas, estou encantada com o trabalho de modo geral: com a autora, com o tradutor e com a edição. Acho que todos os livros de poemas deveriam vir nesses moldes, coma ambas versões.

Li porque sou fascinada pela autora, e não me decepcionei. Ali está a Emily, em seu mais profundo abismo sentimental. Continuo a achá-la sensacional, e recomendo essa obra de olhos fechados.

site: http://terradecarol.blogspot.com.br/2016/10/resenha-de-o-vento-da-noite-emily-bronte.html
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Na Literatura Selvagem 19/11/2016

A poesia de Brontë em O vento da noite...
Muitos já ouviram falar de O morro dos ventos uivantes, clássico da literatura universal escrito por Emily Brontë. E muitos também desconhecem que a autora escreveu poesias durante sua curta vida... O vento da noite é uma compilação de alguns desses poemas, publicado na década de 1940 aqui no Brasil, traduzidos por Lúcio Cardoso...

A Editora Civilização Brasileira pertencente ao Grupo Editorial Record nos contempla com uma nova edição dessa obra composta de 33 belos poemas, que tratam de temas sombrios, góticos, líricos e que fazem ressonância a sua obra mais conhecida... A escrita de Brontë é dramática, dolorosa, profunda. Seus versos são construídos com toda a carga de romance que a época carregava... Metáforas com notas fantasmagóricas...


leia mais em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2016/11/a-poesia-de-bronte-em-o-vento-da-noite.html
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Batata 17/01/2017

A noite se torna mais escura diante de mim
O Vento da Noite, de Emily Brontë, nesta edição foi traduzido pelo exímio autor e também poeta Lúcio Cardoso. Este é um dos livros em que o tradutor é tão importante quanto o autor. Lúcio fez um trabalho excelente. E embora eu tenha preferido a tradução literal dos poemas do inglês para o português, os ajustes que o tradutor fez, deixou a poesia no ar, o que não seria possível com uma tradução fiel.

Este é um livro que fala sobre a passagem do tempo, solidão, morte e a noite. As poesias descrevem como o vento se comporta na natureza, sobre o que a poetiza sente ao tocar do vento em seus cabelos, como a noite é escura e também parte de seu eu. A natureza fica triste quando ela também fica. São traços do romantismo.

A edição está impecável, com os poemas em inglês de um lado e sua tradução do outro. Cada página foi reservada para um poema e a diagramação ficou ótima. É possível consultar uma palavra em uma folha e seguir para a outra.

O livro conta ainda com um sumário, com as 30 poesias dispostas com seu título em inglês e em português. Nem sempre a autora colocava títulos, aqui foi acrescentado alguns para que o leitor não se perdesse.

As poesias são de difícil compreensão, por isso eu li uma poesia por noite antes de deitar. Ficou muito mais suave e consegui decifrar todas as poesias. Foi um momento de relaxamento e também de aprendizagem!

Resenha feita originalmente para o blog: O Casulo das Letras. Leia o texto na íntegra com fotos e citações da obra no site:

site: http://ocasulodasletras.blogspot.com.br/2017/01/dica-de-leitura-o-vento-da-noite-emily.html
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Charlene.Ximenes 06/02/2018

Poesia do sofrimento
Certo dia, lendo o livro "Clarice Fotobiografia", vi um trecho no qual Lispector falava numa carta enviada para Lúcio Cardoso, tradutor de "Vento da noite", sobre a sensação que os poemas da Emily Brontë lhe causaram ("Como ela me entende Lúcio, tenho vontade de dizer assim. Há tanto tempo eu não lia poesia, tinha a impressão de ter entrado no céu, ao ar livre. Fiquei até com vontade de chorar, mas infelizmente não chorei porque quando choro fico consolada, e eu não quero me consolar dela; nem de mim" - Clarice Lispector, carta a Lúcio Cardoso, Nápoles, 7 fev. 1945). Fiquei imensamente curiosa para conhecer esses poemas e corri a procura da obra.

Esse é o único livro publicado no Brasil que reúne exclusivamente a poesia de Emily Brontë, mesma autora de "O morro dos ventos uivantes". A edição de "O vento da noite", publicada pela editora Civilização Brasileira, foi traduzida por Lucio Cardoso e é uma edição bilingue. A que foi lida por Clarice em 1945 foi também traduzida por Lucio Cardoso e enviada a Clarice por sua irmã Elisa.

As traduções desses poemas são livres e beneficiam os sentidos no lugar de evidenciar uma tradução literal. Mas, pelo que pude observar, o Lúcio transpôs muito bem dos sentimentos sombrios que a autora quis passar, apesar de se ter perdido a métrica e as rimas, ou seja, sua sonoridade original.

Os temas abordados na obra tratam de morte, desilusões, tristezas, sonhos, recordações, fantasias, um mundo repleto de sofrimento, aflitivo e cheio de conflitos internos. Pareceu-me que eu estava lendo algo proibido, um poema-diário, cheio de angustias eminentes de uma pessoa que vivia numa solidão a dialogar com a escuridão dos seus dias, meio que uma forma de fuga.

Creio que não compreendi tudo que os poemas queriam passar. Achei-os complexos e profundos, porque parecem tratar de uma força e intensidade que acho que nunca li em outro tipo de poesia. Quero retomar essa leitura em alguns anos e procurar sentimentos perdidos. De todo modo, é uma experiência de leitura diferente, que me tirou de uma zona de conforto e me apresentou uma relação entre autora e tradutor muito significativa.
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Cláudia - @diariodeduasleitoras 26/06/2020

O vento da noite
Emily Jane Brontë, rainha do romance gótico; criadora do Heathcliff, aquela que ou vc ama ou vc odeia (se odiar estou de mal.. rsrs) uma das maiores escritoras da literatura mundial, também deixou sua marca na poesia, vcs sabiam?? Pois é?!

Emily não só escreveu como foi comparada com todos os grandes poetas do mundo, include o todo poderoso Shakespeare. É senhoras e senhores, não há nada que posso acrescentar ao que a crítica do mundo inteiro tem dito. Perfect!

O título do livro provém do poema que abre o livro, O vento da noite.

As temáticas de Brontë falam sobre sonhos, lembranças, fantasias, desilusões e morte, trazendo versos repletos de melancolia. E por essa profundidade devo deixar registrado que achei a leitura um pouco complexa. Bom, fato é que não sou uma leitora assídua do gênero poesia, talvez seja por isso.

Ainda, a presença da natureza é muito forte nos poemas, sendo impossível não relembrar de O morro dos ventos uivantes. O tom melancólico e, por vezes, sombrio está presente na sua poesia, assim como no romance.

Se gostei?? amei vários poemas, outros, nem tanto. Certamente irei reler, e reler.. em breve em inglês! Assim espero..

Esse livro é o único publicado no nosso país que reúne uma coletânea de 33 poemas da escritora inglesa, traduzidos por Lúcio Cardoso, pela primeira vez, em 1944. A obra é organizada e apresentada por Ésio Macedo Ribeiro, e é uma edição bilíngue. O que é ótimo para quem lê inglês, pois propicia ao leitor a oportunidade de apreciar os poemas originais, além das traduções segundo à visão de Cardoso. Pois conforme dito na introdução a tradução foi livre.

Curiosidade: Emily Brontë morreu aos trinta anos de tuberculose, deixou ao mundo uma obra única e incômoda, O morro dos ventos uivantes - TUDO pra nós - e várias publicações poéticas (pouco conhecida) tendo a maioria sido publicados postumamente, por sua irmã Charlotte Brontë.
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Livia.Gabriela 18/03/2024

Acredito que por ser poesia, flui mais rápido. Algumas boas, outras nem tanto. Mas não foi um livro que me ganhou.
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andyelivros 12/03/2021

O vento da noite
Descrição

Único livro no país que reúne exclusivamente a poesia de Emily Brontë, autora de O morro dos ventos uivantes, este volume traz 33 poemas da escritora inglesa Publicado no Brasil originalmente em 1944, como parte da primorosa Coleção Rubáiyát, da editora José Olympio, O vento da noite, traduzido por Lúcio Cardoso, retorna em edição bilíngue pela Civilização Brasileira. É uma bela oportunidade de reviver o encontro entre dois grandes nomes na literatura e de observar as especificidades que permeiam os processos de criação do autor e do tradutor ? uma relação marcada pela sensibilidade, intimidade, escuta e delicadeza. 
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Barboza 10/04/2021

Neste perfil, nós adoramos Emily Brontë
Pouca gente me conhece aqui, mas a verdade é que sou um fã declarado de Emily Brontë, vida e obra. Por isso, é muito difícil, quase impossível, falar da obra dela sem me emocionar.

Quando li as palavras da Charlotte, irmã da Emily, que antecedem o último poema, precisei fechar o livro e dar um tempo para não começar a chorar.

Oh, pobre Emily, daria minha fortuna para ter te abraçado e consolado nesta vida. :(

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Dito isso, quero destacar algumas observações. Primeiramente, a seleção de poemas é ótima. Se alguém ler com atenção, pode ver ligações com Morro dos Ventos Uivantes. Os mais ousados podem até encarar os poemas como uma obra dentro da obra. Afinal, tudo pertence ao mesmo universo: a mente de Emily Brontë.

Em geral, as poesias nos deixam conhecer mais sobre a autora. Alguém romântica, sonhadora e febril em sentimentos, mas que também atribuí grande valor a natureza. Afinal, Brontë não era chegada a ir até a cidade e preferia ficar no campo. É fácil constatar como ela deixa um pedaço de si em cada verso.

Por fim, sobre a tradução: tive sérios problemas para entender. Chegou em um ponto que desisti, inclusive, e passei a ler os poemas direto do inglês apenas. Salvo alguns versos, a semântica parecia muito mais clara em inglês.

É isso. Se eu não der 5 para Emily Brontë, me internem.
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Sara277 17/04/2021

O Vento da Noite, de Emily Brontë
Ah... Emily, por que você nos deixou tão cedo? ?
Acredito que todo aquele que conhece sua obra principal, O Morro dos Ventos Uivantes, fica curioso em ler mais coisas escritas pela autora, tendo em vista que ela nos presenteu apenas um romance; e foi nesse espírito que li esse livro, não estão todos os poemas escritos pela Emily Brontë, mas podemos ver claramente que seu talento não era apenas para as grandes narrativas mas também para a poesia. Recomendo muito.
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