Kenia 31/08/2012"O Inverno das Fadas" foi lançado dia 10 de julho e nesse mesmo dia o exemplar chegou em minha casa. Comprei na pré-venda e fiquei super empolgada para iniciar minha leitura. O livro traz uma linguagem tão tranquila que terminei em três dias!
Mas vamos ao que interessa. A trama se passa na Inglaterra e no Reino das Fadas (Fairyland) nos dias atuais, e conta a história de Sophia Coldheart que é uma Leanan Sídhe, uma fada amante, considerada musa para humanos talentosos. Ela é capaz de seduzir e inspirar artistas a terem enorme sucesso, porém condenando-lhes a uma vida curta. A fada concede inspiração para o artista executar grandes obras, alimentando-se da emoção emanada por ele. Quando o artista atinge o tão sonhado sucesso, ele acaba morrendo, e na maioria das vezes, tirando a própria vida.
Na história, acompanhamos a relação entre Sophia e mais uma de sua vítimas, o escritor William. O que era pra ser mais um artista a se envolver com a fada a troco de energia para sua própria sobrevivência, acabou despertando um sentimento que ela não esperava. Seria William o primeiro humano a mexer com os sentimentos da fada, a fazendo ir contra sua própria natureza? Há muito o que esperar desse romance.
O que posso acrescentar é que o livro é rico em descrição sobre fadas;
A trama se passa na Inglaterra, em Keswick, Cumbria. Fiquei me deliciando com as descrições do local, da beleza de cidade pequena, como da nevasca que assolou o local;
O título de cada capítulo é um título de músicas internacionais variadas, mas com sua devida tradução.
A autora cita muitos escritores famosos durante o texto como Tolkien, Rowling, Martin e muito mais. Até Tim Burton ela citou, o que me chamou bastante a atenção.
As cenas de romance e sexo são descritos de uma forma muito bonita e inteligente, nada agressivo e vulgar;
A personagem Melanie de "A Fada" faz uma aparição nesse livro, e só quem leu vai saber relacionar os personagens;
Fora os inúmeros detalhes que fazem de "O Inverno das Fadas" um livro a ser apreciado.
Mas uma coisa é preciso ser dita: li uma nota sobre o livro no jornal O Globo que achei desnecessária: "É um tipo de literatura fantástica com muito sexo e muita morte." É de assustar uma crítica dessas, e o livro não tem esse peso todo. Afinal, trata-se de fadas, romance, mas com todo seu contexto cultural.
Enfim, me agradou e indico a todos os amigos que apreciam livros que combinam conhecimento com entretenimento.