Resenhas - O Homem do Castelo Alto

Maria 07/03/2022

Meus amigos... que ressaca literária que eu tive com esse aqui viu.

É o segundo livro desse autor que eu leio e simplesmente não consigo gostar da escrita dele, mas esse livro em especifico piorou a visão (que já não era das melhores) sobre os livros dele.

Sci-fi é meu gênero favorito, então fui com certa sede ao pote, pois:
1. Muita gente falou bem dele pra mim
2. A sinopse parecia interessantissima
O problema é que quase não foca no assunto principal que é um mundo nazista, simplesmente meteram um monte de personagem e ficaram focando em coisas pequenas do dia-a-dia que qualquer livro sobre máfia retrata. Esse negócio de ter um monte de personagem já notei que é algo caracteristico do autor, o que não seria um problema se não fosse personagens tão parecidos que se torna impossível de decorar nome e saber em que cena é tal personagem falando (há mudanças drasticas de planos).

Enfim, pra mim foi meio perda de tempo pq eu definitivamente não curti. Pretendo ler de novo no futuro pra ver se eu li errado mesmo, espero que sim.

Gleice.Fernandes 02/03/2022

Um pouco confusso
Comecei o livro após ter assistido a série e achei o livro um pouco confusso. Tem várias histórias soltas sobre vários personagens e o final ficou meio em aberto. Eu gostei mais da série do que do livro, mas valeu a leitura.

bearittz 28/02/2022

Esperava bem mais
Esse livro teria sido magnífico se a ideia inicial fosse bem executada. O que aconteceu foi justamente o contrário: uma ideia muito promissora que foi desperdiçada. Uma pena.

Primeiramente, o livro troca de narrador constantemente e não necessariamente quando começa um novo capítulo. Isso fez com que eu demorasse muito para entender a dinâmica do livro e dos personagens.
Em segundo lugar, o autor não explora quase nada do contexto prometido. 85% do conteúdo é só o dia a dia da vida entediante das personagens, que também são muito entediantes (menos a Juliana). Posso dizer que, no máximo, 2 acontecimentos são realmente relevantes e interessantes na história, e foi o que me motivou a continuar.
Outro ponto que vale mencionar é que o livro é cheio de política, mas de uma maneira inútil. Eu não aguentava mais ler sobre cargos alemães e termos políticos que não faziam a mínima diferença na história, em sua grande maioria.
A verdade é que tem muita coisa inútil nesse livro, inclusive alguns personagens (principais!!). A narração desses acaba antes dos 70% da história e fica lá, desconexa com o resto.

Vale mencionar que tem uma carga filosófica relativamente alta sobre a realidade, o valor da cultura numa sociedade, sobre a vida em geral, etc.

Apesar disso, a revelação do final foi sim boa, como eu ouvi dizer que seria. Mas, infelizmente, não chegou nem perto de salvar o resto do livro para mim.

Alassis 27/02/2022

Desagradável e genial em partes iguais
A primeira coisa que salta à vista durante a leitura são as amplas referências filosóficas e culturais que o autor insere na narrativa, com reflexões interessantes sobre o papel da arte e cultura na sociedade que ele imaginou. Contudo, o aspecto descaradamente racista do livro o torna por demasiado incômodo. Não me entendam mal, é óbvio q um livro que retrata uma realidade em que os N4z1stas dominam o mundo deve ter um nível de tensão racial e por ter sido escrito nos anos 60 alguns termos e ideias não encaixem bem com as nossas concepções atuais de mundo, mas esse livro extrapola todos os limites do bom-senso. Não recomendo, pois o livro perde mais tempo com panfletagem racista do que na construção de mundo propriamente dita e as boas digressões não valem o desgaste de ler o resto.

scndgurl 26/02/2022

O livro é meio ???
Não entendi nada desse aqui. Achei a trama muito confusa e apesar dos trechos reflexivos parece que o autor não deixou muito claro o que ele queria mostrar na história.
O ponto positivo é que a história é narrada por diferentes personagens lidando com o que parece uma crise se aproximando e como ela afeta a vida de diferentes classes nesse mundo divido pelas duas potencias que venceram a guerra. O final te faz questionar algumas coisas da obra e o que de fato aconteceu nessa realidade.

Halfleggr 23/02/2022

O que é a realidade?
É sobre isso que se trata o livro: realidade. O ambiente usado, um pós guerra com a vitória da Alemanha e Japão, é apenas uma curiosidade daquilo que não foi. Ou será que foi e ainda é? Afinal, o que é a realidade?

@ruthlunang 16/02/2022

O homem do castelo alto
Pra começar: eu gostei bastante do livro, mas não entendi nada kkkkkkkk

Eu nem sei como avaliar, porque diferentemente do que muita gente comentou por aqui, a história me prendeu desde o começo e eu realmente estava gostando de acompanhar todos os personagens. Mas aí chegou o final e fiquei com cara de paisagem sem saber o que foi que de fato aconteceu. A princípio pensei que o final constava que tava todo muito doido e que na verdade o eixo realmente tinha perdido a guerra... Mas daí vi uma resenha em que a pessoa comenta que o final mostra que independente de quem tivesse ganho a guerra, o mundo não estaria melhor ou pior por isso (eu não não tive essa interpretação nem de longe). Enfim, no fim das contas foi uma leitura que valeu muito a pena.

Gretha 15/02/2022

Sei lá, sabe?
Resolvi ler o livro antes de ser a série, já sabendo sobre as diferenças, e agora que finalizei, não sei bem o que pensar sobre ele.

É o primeiro livro que leio do autor, então não tenho muitos parâmetros quanto as outras obras, mas achei o início confuso, e demorei um pouquinho para compreender como as divisões territoriais ficaram depois da Guerra. Os personagens foram interessantes, cada um buscando seu próprio meio de viver. Mas acho que o que mais me incomodou foi o uso de muitos termos preconceituosos em relação as origens dos personagens.
Eu sei que é um livro de 1962, e creio que na época de lançamento foi algo realmente novo, afinal, é um cenário interessante em termos do ?e se?? mas o jeito que ele termina, pra mim, foi bem sei la?

Pedro.Augusto 14/02/2022

E se o mundo fosse diferente?
A narrativa é intrigante e se desenvolve em diferentes núcleos de personagens que existem em um mundo em que Alemanha e Japão venceram a segunda guerra mundial. O leitor acompanha as aflições, desejos e interesses dos personagens que propiciam reflexões sobre diferentes aspectos dessa realidade e sobre e o ser humano.
Durante todo o livro fiquei tentando entender onde a história iria culminar, o que só consegui compreender nas últimas páginas.

Jessica Simone 11/02/2022

Um bom livro que traz um tema interessante e que tinha potencial para se destacar ainda mais porém o autor não desenvolveu muito a história, poderia ter se aprofundado melhor antes de chegar ao fim.

Maikel.Rosa 09/02/2022

A pergunta de PKD é sempre a mesma - o que é a realidade? -, mas a resposta nem sempre vai satisfazer a todos. No caso de “O homem do castelo alto”, fui eu quem saiu frustrado.

É óbvio que é um romance genial: rica na descrição de nuances sobre um hipotético cenário onde o nazismo e o fascismo são os sistemas ideológicos vigentes, esta é considerada por muitos a melhor obra do autor. Mas, pra mim, ficaram faltando elementos importantes pra que se tornasse também uma história cativante, pra além das discussões diplomáticas e excentricidades filosóficas que já são marca do Philip.

Talvez seja o fundo — abomino tudo relacionado à guerra e ao militarismo —, mas em diversos momentos da leitura me senti entediado. Os personagens, principalmente os dos altos escalões, são pedantes e fúteis. Com motivações dúbias, a maioria parece não ter ideia do que está fazendo ou aonde quer chegar.

Fora algumas discussões interessantes sobre a essência da arte popular, a influência do misticismo na vida prática dos cidadãos e o deslocamento da dinâmica dominante-dominado, provocado pelo rearranjo histórico, o livro não me fez apegar a nenhum personagem, e mesmo minha breve torcida por uma jovem libertária acabou culminando em um desfecho supérfluo e sem sentido.

No fim, acho que eu não soube penetrar as muralhas desse castelo tão aclamado pela crítica.

Tati 08/02/2022

Esta resenha (talvez) contém spoilers
Entrar no mundo de Philip K. Dick através de O Homem do Castelo Alto pode não ser uma ideia das mais espertas. Decidi assim porque já havia assistindo a série em 2020 e garanto que foi uma experiência muito legal e que fez diferença na minha leitura!

Saindo de uma ressaca literária, convenhamos que nenhuma leitura é simples, né?! Mas este livro em particular demorou a "engrenar" pra mim. Parecia que nada estava acontecendo, até que tudo fez sentido, num virar de páginas.

Temos a realidade apresentada na história em si, a realidade do livro escrito dentro da história e uma realidade que todos desconhecemos (personagens e leitores) e que deveria ser a correta, então! Ou será que não?

É ótimo quando temos sentimentos tão fortes por personagens! Passei o livro todinho praticamente detestando todos (e os fãs de Juliana que me perdoem, mas pra uma mulher forte ainda falta muito feijão pra ela!).

Não há o que se comparar da série para o livro, mas entendo que a série explique muitas coisas que no livro ficam subentendidas (no sentido político e da ambientação mesmo). Também entendo que deve se saber o mínimo do contexto histórico da época no qual o livro se passa para ter o mínimo de compreensão do que se propõe a história.

4 ?

Davizinho :) 07/02/2022

Um livro de gênio.
Esse livro é para todos que gostam de mergulhar em uma história alternativa. Dick é uma espécie de gênio louco que aborda um cenário bem sombrio e muito interessante, onde o nazismo venceu a guerra e acabou tendo um domínio ideológico devastador na sociedade. Embora Dick tenha criado todo um contexto social bem complexo, o que me chamou a atenção de verdade foi a maneira que ele interligou todos os personagens e usou os judeus como um símbolo de resistência em uma sociedade dominada pelo totalitarismo. Enfim, adorei o livro e recomendo muito sz

ilber 07/02/2022

A história se passa nos EUA ocupado pela Alemanha Nazista e pelo Império Japonês em uma versão alternativa da História onde esses dois países venceram a Segunda Guerra Mundial. São apresentados o ponto de vista de vários personagens, que representam tanto as forças de ocupação quanto os norte-americanos conquistados, cada um refletindo a sua maneira sobre aquela sociedade e a situação do mundo. Cada personagem tem seu próprio drama e problemas a serem resolvidos e muitas vezes entram em contato com um livro de ficção científica que apresenta um mundo alternativo onde os EUA e Inglaterra venceram a guerra. A história se passa em um recorte bem rápido da vida dessas personagens e é interessante ver a forma como elas lidam com certos acontecimentos bem intensos. Tudo se desenvolve bem rápido e tem uma certa pega "espiritualista" (não sei bem se essa é palavra certa) na narrativa, que já vi em outros livros de P. K. Dick.

Marcella.Fileto 07/02/2022

Um universo paralelo
São personagens que buscam se reconhecer no meio que vivem. Uma distópia que demonstra bem o mundo triste e sem sal que seria se a Alemanha nazista tivesse ganhado a segunda guerra mundial.
Dos personagens, a única que se incomodava com o mundo que vivia, era a Juliana, inclusive se decepciona quando ao final descobre algo revelador sobre a própria história de algo acreditará muito. Os outros personagens para mim são covardes, vivendo apenas por viver, sem se posicionar.
Achei um livro confuso, mas intrigante, vale a pena a leitura, só para ter uma opinião formada sobre.