A Ditadura Envergonhada

A Ditadura Envergonhada Elio Gaspari




Resenhas - A Ditadura Envergonhada


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Giordano.Sereno 11/10/2021

Uma leitura necessária
Essa foi a terceira vez que li esse livro. E até hoje me espanto com a violência, com a restrição de liberdade que o regime impôs. Com o passar do tempo, até aqueles que apoiaram a ditadura passaram a ser perseguidos por ela.
Mas me lembro que quando li pela primeira vez 2005, não havia tanta gente defendendo abertamente a volta disso tudo. Todo mundo deveria ler esse livro para saber o que aconteceu. Deveria ser leitura obrigatória para o ensino médio.
Mas não é uma leitura fácil... São muitas referências, notas de rodapé, citações a documentos extensos. E recomendo a leitura de todos os documentos. Contudo, acabam por deixar a leitura mais arrastada.
comprido 08/12/2021minha estante
leu 3x, achou arrastado, estranho isso




Igor13 04/10/2021

Denso sem ser maçante
Mais que um "livro", mas uma referência de peso no assunto. Uma coletânea impressionante de referências e documentos.

O autor procurou colocar informações de uma forma que não deixasse o volume 'pesado'. É denso, sem ser maçante.

Trabalho impecável. Não demorarei para começar o volume II.

Obs: muitas dessas páginas são de referências, documentos e apêndice. Então não é tão longo assim. Devem sobrar umas 300-350 páginas 'líquidas'.
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Marcianeysa 04/09/2021

Ditadura
Livro interessantíssimo, que mostra os bastidores do movimento que orquestrou o golpe de 1964. São tantos personagens que as vezes me perdi em algumas partes. Ansiosa pelos demais capítulos.
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Edson Camara 10/08/2021

Da derrubada de Goulart ao AI5
A Ditadura Envergonhada é o primeiro volume dos cinco que compõem este documento histórico da história recente brasileira.
Aqui é relatado os fatos, com referências documentais importantes e testemunhos de pessoas que viveram e participaram diretamente dos eventos.
Este volume cobre desde toda a movimentação, articulação e desdobramento do final do governo João Goulart, a derrubada e a tomada do poder pelos militares, passa pela administração de Castelo Branco, que queria devolver o governo a sociedade civil ainda em 1967, seu emparedamento político e a eleição “indireta” de Costa Silva até a decretação do AI5. O autor é muito bom relator, reporta a história sem tomar partido dando ênfase aos fatos, embora se permita, um ou outro comentário pessoal que em nada desabona o teor e a importância do tratado.
É um livro importante para quem deseja conhecer a história recente do Brasil.
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Ane 22/07/2021

O livro traz fatos que ocorreram desde a deposição de Jango em 1964 até a instituição do AI-5 em 1968. É muito importante entendermos mais o contexto em que a Ditadura Militar se iniciou no Brasil. Assim, esse livro é uma leitura obrigatória, principalmente se considerarmos as ameaças à democracia recentemente sofridas.
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Mariana 03/05/2021

Pesquisa histórica impecável!!! Descobri esse livro através de um professor e confesso que esperava um pouco mais dele. Por ser impecavelmente histórico, por vezes era tão neutro que enveredava para a direita mas sem nunca cair realmente na direita. Elio Gaspari nos dá a entender que o próprio exército perdeu a mão na Ditadura a partir de 1968 através da tortura e do dispositivo AI-5, que mudaria o Brasil para sempre.
Em primeiro lugar eu decidi ler o livro por existir uma lacuna muito grande em termos de ensino sobre a ditadura, queria compreender melhor esse período turbulento e polêmico, então nesse objetivo, acho que o livro é uma boa pedida para quem não pretende fazer juízo de valor sobre certo e errado. Acredito que pessoas com bases mais profundas e sólidas do período, dependendo sua posição, podem se decepcionar, uma vez que o autor deixa transparecer muito pouco sua opinião (apesar de eu desconfiar qual seja).
Este é, definitivamente, um livro cinza.
Igor13 24/05/2021minha estante
Justamente por ser "cinza", estou gostando dele. Poucos o são no Brasil. Nossa cultura é de assumir lados rápido sem uma compreensão da complexidade humana.


Mariana 25/05/2021minha estante
Concordo, em livros com assuntos "polêmicos", tenho me colocado como observadora dos fatos, sem tanta pressa de emitir pareceres finais, é infinitamente mais agregador culturalmente falando




Emanuel Xampy Fontinhas 20/03/2021

...
Primeiro de uma série de volumes que tratam sobre um período nebuloso de nossa história. Leitura fácil, muito fluída, uma riqueza de detalhes, pesquisa primorosa de diversas fontes primárias e secundárias, entrevistas com personagens da época, uma vasta lista de referências e contextualizações, em suma, uma grande obra de investigação jornalística. Fundamental para conhecer sobre a ditadura militar.
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RALPH 29/01/2021

A história politica brasileira parece ser cíclica
É assustador imaginar que vivemos momentos tão turbulentos depois do Golpe de 64, e o mais inacreditável é que estamos reproduzindo os mesmos erros da ditatura em pleno século XXI. A tristeza é indescritível. O livro é excelente, o Elio tem uma escrita dinâmica, fugaz, digna dos melhores thriller policiais, texto envolvente, convidativo, totalmente oposto aos livros chatos, enfadonhos de historia do colegial.
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Beatriz 03/01/2021

Incompleto
O livro tem seus pontos positivos, porém deixa muito a desejar na descrição política e transforma o regime em uma nave extraterrestre alheia a política e a sociedade, um astro q orbita sem relações, sem ideologia (como ele tenta imputar) e sem base social e política para governar. Desta forma, ele trata levianamente as tensões políticas que culminaram no golpe, as relações políticas internas no Brasil durante esse período e torna todas as tentativas de manter a fachada democrática do período q esse livro trata em apenas uma palavra, sem qualquer demonstração de suas implicações e o papel real dela nos acontecimentos e reações, como se ela fosse apenas liberdade de expressão e sufrágio universal.
E mesmo q considere q seu interesse era retratar os militares da ditadura, ainda sim há muita brecha na forma como aborda o histórico e a forma de pensar desses militares e os tranforma em pessoas fracas e desgovernadas e até psicopatas (oq não excluo).
Parece que foi um trabalho de recolher as opiniões dos militares e não ir além, não acrescentou o q faltou para deixar a história completa. Porém, o Gaspari escreve bem e demonstra capacidade para descrever os fatos e a forma como funciona a hierarquia e as relações militares. Talvez falte mesmo sair do muro pra dar peso a narrativa.
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Jonas incrível 29/12/2020

Bom
Saber o passado ajuda na construção do futuro. É importante entender os fatos perguntar por que algo aconteceu, como aconteceu e como se deu, como foi resolvido. Se foi resolvido...
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comprido 08/12/2021minha estante
cade os spoller




Karisma 17/02/2020

Levemente entediante.
Comprei o box, terminar esse primeiro livro foi uma tarefa de determinação. Existe um esclarecimento histórico, mas a narrativa é vasta e aborda vários pontos de vista o que acaba por deixar a leitura pesada.
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MSc. Lipe 03/11/2019

Uma grande decepção
Para começar essa resenha eu me vejo na obrigação de citar um trecho de Graciliano Ramos que aparece no livro: "Ladroagens, uma onda de burrice a inundar tudo, confusão, mal-entendidos, charlatanismo, energúmenos microcéfalos vestidos de verde a esgoelar-se em discursos imbecis, a semear delações."
Do ponto vista didático e histórico é uma obra pobre em vários sentidos. Primeiramente, o leitor deve se atentar ao fato de que as principais fontes do autor são dois ditadores. Ou seja, você estará lendo um livro sobre a ditadura militar no Brasil sob o ponto de vista dos cabeças do golpe de 1964.
E fica claro a linha de pensamento dessa gente; uma procura insana por inimigos imaginários: na impressa, no congresso, na cultura; o sempre presente fantasma do comunismo e outros devaneios e ilusões que advém da caserna. Contudo, a obra tem o nome de "Ilusões Armadas"... então acredito que o autor tem ciência desses "delírios".

Mas o ponto crucial a entender é esse: vale a pena ler um livro sobre o fascismo considerando como visão principal a de Mussolini, ou estudar o nazismo com um livro escrito por Hitler? Esse é o ponto!
Conforme a leitura avança você começa a perceber a racionalização para justificar os atos absurdos cometidos num dos períodos mais negros de nossa história. Ajuda a entender como parte dos militares vêem qualquer vislumbre de democracia como ameaça e explica um pouco o momento de histeria coletiva por qual estamos passando desde 2018.
Eu acho que faltou muita coisa no livro.
Não vi nenhuma referência a Tancredo Neves chamando os deputados golpistas de CANALHAS. Na maior parte o autor se refere ao golpe de 64 por "revolução", o que é uma falha gravíssima, pois tenta mais uma vez justificar o injustificável.
No ponto de vista histórico, aconselho a leitura da biografia do Marechal Lott. Nessa biografia há sim uma descrição muito mais viva e realista sobre a tortura que ocorria nos porões do regime.
Bom, por fim, como intitulei esta resenha, este livro foi uma grande decepção.
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Matheus 05/09/2019

Detalhes da Ditadura
Mesmo sendo rico em detalhes, o livro possui uma narrativa bastante envolvente, com a leitura fluindo rapidamente.
No capítulo de introdução é detalhado como o general Geisel conseguiu garantir que o processo de redemocratização seguisse a diante, retirando um provável sucessor, linha dura, da jogada. Correndo enorme risco de acabar ele mesmo emparedado ou mesmo deposto.
Depois passa pelo fim do governo Jango. Você tem a oportunidade de observar os bastidores dos acontecimentos. Eu sempre achara que o golpe tinha sido rápido e que o presidente não gozava mais de nenhum controle das Forças Armadas, mas não é bem assim.
O golpe se inicia no dia 31 de março e só irá se concretizar no dia 1º de abril, o presidente tinha todo um "dispositivo" militar (militares leais sejam a ele, a democracia ou a própria esquerda) em postos chaves, mas isso não foi suficiente diante da falta de ação de Jango, o mesmo que havia feito um discurso inflamado poucas horas antes, agora encontrava-se mudo. O golpe não era dado como certo e o general Castello Branco, tão logo quando soube da sublevação das tropas mineiras, ligou para o general Mourão pedindo para que o mesmo voltasse para o quartel. O modo como a esquerda reagiu também mostra que ela acreditava que o presidente conseguiria dominar os revoltosos, através dessa percepção e do receio de que o presidente se voltasse contra ela, a esquerda não se preocupou muito em defender o governo, ficaram só nos discursos e incitando Jango a tomar medidas extremas.
Políticos e militares tentaram convencer João Goulart a se afastar de algumas alas da esquerda, mas foram infrutíferos os apelos. Talvez, como diz o autor, o presidente tivesse a noção de que não bastava que as tropas rebeladas voltassem para os quartéis, um expurgo muito maior seria necessário, não só no meio militar, mas também no político e administrativo, em suma, fazer o que foi feito pelos militares logo ao tomarem o poder. Quando Jango deixa o rio e vem para Brasília, todo o "dispositivo" militar cai e ele passa a peregrinar até o exílio no Uruguai.
Depois do golpe, o autor foca nas atitudes do general Costa e Silva, como ele assumiu o ministério da guerra e se tornou comandante do exército (cargo que nem existia), isso antes mesmo de qualquer indicação presidencial, Castello Branco ainda nem havia sido eleito.
No terceiro capítulo, você vai ter os primeiros relatos de tortura que eram denunciados nos jarmais da época e também verá uma tentativa do governo Castello Branco frear essa barbárie, mas não punindo os torturadores, muitas vezes nem mesmo os identificando, acreditava que apenas demonstrar que não era favorável a tais práticas já era o suficiente. Também o governo dirá que alguns no calor da "revolução" tomaram atitudes exacerbadas, mas que depois de um certo tempo já não ocorriam. O livro vai trazer dados que demonstram que o número de torturados caiu no decorrer dos três anos do governo Castello Branco, mas a impunidade permitiu que as sementes das torturas continuassem latentes.
Daí em diante o livro vai falar do surgimento do SNI, que não era tão funcional quanto se pensa. O chefe do SNI olhava com desdém as organizar de esquerda, chegando a afirmar que operações que desbaratavam movimentos subversivos servia para o deleite da linha dura.
Do auxílio cubano as organizações de esquerda, com objetivo de formarem grupos guerrilheiros, não apenas no Brasil. Alguns militares expurgados e que por isso ficaram estigmatizados, não conseguindo encontrar empregos, além daqueles que já eram favoráveis a esquerda, vão compôr as guerrilhas. O mesmo irá ocorrer com o movimento estudantil.
No sexto capítulo ele vai mostrar o que estava ocorrendo no Brasil e no mundo e como aqueles anos foram de revoluções em diversos sentidos e como isso se chocava com a ordem vigente.
A chegada e o governo Costa e Silva é muito bem narrado. Em algum ponto do livro o autor vai dizer que Castello se via como um presidente eleito pelo Congresso, enquanto Costa e Silva se encarava como revolucionário. O general se ultilizou da linha dura durante o governo Castello Branco para se catapultar a Presidência da República, mas ao assumir não consegue controla-la.
O governo de Costa e Silva é visto como incapaz de lidar com os problemas que foram surgindo, o presidente chegou a correr o risco de sofrer um golpe, tudo vai mudar com a adoção do Ai-5. O último capítulo fala sobre a tortura dentro de unidades do exército, agora como prática institucional, ensinada inclusive.

Esta é uma brevíssima resenha de um livro maravilhoso, que merece ser lido com todos os seus detalhes. Agora vamos para o livro 2
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