A Ditadura Envergonhada

A Ditadura Envergonhada Elio Gaspari




Resenhas - A Ditadura Envergonhada


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Tauan 15/10/2015

Uma coleção que deveria ser incluída na aulas de história de toda escola. Com pesquisa farta, linguagem rica e argumentos desapaixonados, o autor mostra os paradoxos dos 21 anos de ditadura militar no Brasil.
É importante pois vemos uma ditadura que não se parece nem com o circo de horrores ignóbil que a esquerda pinta, nem com o mar de rosas que a direita tenta inventar.

Pra mim o mais chocante é a o aparato de censura, nas palavras do próprio autor:

"Três meses depois da edição do AI-5, estabeleceu-se que os encarregados de inquéritos politicos podiam prender quaisquer cidadãos por sessenta dias, dez dos quais em regime de incomunicabilidade. Em termos práticos, esses prazos destinavam-se a favorecer o trabalho dos torturadores".

"As emissoras de televisão, as rádios e as redações de jornais foram ocupadas por censores recrutados na polícia e na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais"
elson.mauricio.1 10/12/2017minha estante
Vou começar a ler hoje o primeiro volume.




maikon 29/03/2015

Texto de Reflexão: A ditadura hoje seria diferente
"As frases abaixo foram retiradas deste livro, demonstram a tortura, a violência do regime, a censura de fato (e não a que falam hoje), a limitação das liberdades individuais e como o governo poderia prender a quem bem entendesse sem que nenhum dispositivo legal pudesse interferir no curto prazo. No início, no golpe de 64 não era isso que a classe média tinha em mente quando apoiou um golpe contra a "esquerda", porém esse foi o resultado de tal apoio. E a pergunta que fica é, seria diferente nos tempos atuais, em um "golpe contra o PT"? Ou seria, apenas a abertura necessária para o retorno de todas estas atividades produzidas por uma real ditadura militar?
Então, ao levantar o cartaz "Volta dos Militares" reflita se são estas as atitudes que defendes, pois, implantado uma ditadura militar não há outro caminho senão um que passe por violência, morte e sangue.
Seguem recortes do livro, para talvez despertar o interesse de leitura. Eu recomendo.

"O caso Para-Sar e o silêncio do Brigadeiro indicaram que essa brigada liberal preferia o silêncio a tomar riscos diante da criminalização das atividades policiais das forças Armadas"

"Três meses depois da edição do AI-5, estabeleceu-se que os encarregados de inquéritos politicos podiam prender quaisquer cidadãos por sessenta dias, dez dos quais em regime de incomunicabilidade. Em termos práticos, esses prazos destinavam-se a favorecer o trabalho dos torturadores".

"As emissoras de televisão, as rádios e as redações de jornais foram ocupadas por censores recrutados na polícia e na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais"

"Os erros da Recolução de 64 foram se acumulando, e agora só restou ao governo 'partir para a ignorância'".

"Começa a fazer efeito [choque elétrico] quando o preso já não consegue manter o pescoço firme e imóvel. Quando o pescoço dobra, é que o preso está sofrendo. Ensinou o tenente-professor".

"O exército brasileiro tinha aprendido a torturar".

Gaspari, Elio. AS ILUSÕES ARMADAS: A DITADURA ENVERGONHADA."

site: http://questaodeopiniao.wix.com/questaodeopiniao
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*Ana Paula* 09/08/2011

Me decepcionei triplamente com esse livro: primeiro porque ansiava por ele há 10 anos, segundo porque todos comentários que li a respeito dele diziam ser maravilhoso e terceiro porque comprei em livraria, ou seja, paguei muito caro.

Achei muito mal escrito e super confuso. A pesquisa do autor foi imensa, sem dúvida (até porque ainda tem mais 3 volumes), mas parece que ele simplesmente jogou no texto tudo que pesquisou e aonde caiu, ficou.

Além disso, existem erros bobos do tipo "foram dez militares, sendo dois blablabla, quatro blablabla e um blablabla" (só um exemplo)... ah, então foram sete e não dez.


Talvez seja bom para historiadores, para quem já tem um bom conhecimento da época. Por inúmeras vezes ele chegava a conclusões e eu pensava "tá, e dái? o que isso tem a ver?", como não ia ter resposta mesmo, seguia em frente. Só li até o final porque sou teimosa com livros.

Apenas a cronologia ficou bem organizada e interessante. É uma parte importante do livro.
Também interessante é o anexo com a relação de tropas e hierarquia do exército, porém ficou falha.
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Afonso74 11/09/2010

Elio Gaspari ainda faz parte de um seleto grupo de jornalistas que podem ser considerados independentes e que recebe críticas tanto do que se chama de esquerda quanto daqueles que se ainda conseguem se chamar de direita. E está de parabéns por esse empreitada de escrever quatro livros sobre o período 1964-85.

Sua leitura do período pré AI-5, que é o objeto desse livro, foi muito precisa em relativizar determinadas ações dos militares de Castelo Branco como não totalmente desprovidas de razão. Obviamente tal visão foi criticada pela nossa esquerda raivosa que prefere a visão maniqueísta e limitada de ver apenas os militares como bandidos e seus companheiros como heróis, sem relativizar que o período militar pré 68 foi muito diferente do pós 68, no qual o radicalismo tomou conta de ambos os lados.

Embora tenha sido o objeto inicial da pesquisa, o autor se estica na descrição do que Ernesto Geisel e Golbery (O Sacerdote e o Feiticeiro) faziam nesse período em passagens desprovidas de importância. Parece que o Sr. Gaspari não quis deixar de publicar todo o material de seus apreciados personagens.

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Antonio Luiz 25/03/2010

Balanço de horrores
Durante os 21 anos da ditadura militar, pouco havia de politicamente mais vital do que saber o que os militares faziam nas masmorras do regime e entre as salas dos ministérios – informação não só difícil de conseguir, como também perigosa para quem não fazia parte dos círculos do poder.

Apesar da censura, sempre havia boatos à boca pequena que, ao menos nas grandes cidades, não permitiam a ninguém ignorar totalmente o que se passava – a menos que fechasse deliberadamente olhos e ouvidos.

Mas saber se de fato o general fulano brigou com o marechal beltrano ou se sicrano já havia sido torturado e morto era um privilégio reservado a poucos civis, que para ganhar status entre seus pares – e, às vezes, recompensas bem mais materiais – só precisavam demonstrar sua intimidade com o poder.

Nestas duas décadas de redemocratização, testemunhos de quem exerceu ou padeceu a ditadura começaram a aparecer à luz do dia e serem colocadas em letra de forma, fragmento por fragmento. Faltava ousar passar da coleta e classificação à reconstituição do conjunto dos acontecimentos numa história que faça sentido.

A obra de Elio Gaspari, "As Ilusões Armadas" foi um salto de qualidade nesse processo. Ao trabalho dos predecessores, reuniu trezentas horas de entrevistas com alguns dos personagens centrais da ditadura general, incluindo o general Ernesto Geisel e seu estrategista, o general Golbery do Couto e Silva.

Dispôs também dos 5 mil documentos que formavam o arquivo pessoal deste último e do diário do capitão Heitor Ferreira, secretário de Geisel. Ao longo de 18 anos de pesquisa – esta obra começou a ser preparada em 1984 – organizou 28.176 fichas no seu computador. O resultado é um amplo e detalhado painel de incidentes políticos e militares da queda de João Goulart ao final do governo Geisel.

Foram lançados os dois primeiros volumes. O primeiro, "A Ditadura Envergonhada" introduz o projeto com a história do fracasso do golpe de Sylvio Frota contra Geisel e o período do golpe de 1964 ao AI-5. O segundo, "A Ditadura Escancarada", prossegue até a posse de Geisel. Faltam três outros volumes que chegarão até a entrega da faixa presidencial ao general Figueiredo, cuja administração, se depender do autor, ficará no esquecimento que pediu.

Quem já viveu ou estudou esses tempos, terá uma oportunidade de recapitulá-los com mais amplitude, além de descobrir detalhes importantes que ainda não tinham sido contados e podem dar uma nova dimensão à gravidade da desordem nos quartéis e das crises miitares do período. Os jovens que ainda não os enfrentaram têm uma boa referência para começar.

Gaspari avisa que seu objetivo não é contar a história da ditadura, mas de como Geisel e Golbery a teriam montado e desmantelado. Mas o leitor não deve levar esse aviso mais a sério que ele mesmo.

O que os dois primeiros volumes oferecem não é exatamente o que se anuncia na declaração de intenções. O autor destaca tanto quanto possível a participação de Geisel e Golbery nos primeiros anos depois do 31 de março, mas ambos estiveram, ao longo desse período, longe do centro do palco – e mesmo nos bastidores sua importância foi relativa.

Participaram das articulações militares e ideológicas que precederam o golpe e que imediatamente o seguiram, mas dizer que o “fizeram” é exagero. Golbery, em particular, foi também o responsável pela criação do SNI, mas durante sua gestão não conseguiu dar ao órgão o caráter e a importância que tinha planejado.

Pela lógica, pouco mais haveria a contar até se chegar a 1973. Apenas como se armou o cenário em que a trama principal – cujo clímax já foi antecipado pela introdução – vai se desenrolar. É óbvio que esses dois grossos volumes e sua abundância de informação oferecem mais do que isso.

O primeiro começa com uma narrativa do golpe militar pouco satisfatória, por não dar importância suficiente às articulações prévias que envolveram militares, civis e a Casa Branca, nem à versão dos vencidos. Ao tomar como mote a frase de efeito do general Cordeiro de Farias – “o Exército dormiu janguista e acordou revolucionário” – deixa na sombra a articulação do golpe. De resto, o próprio general Geisel disse que “o que houve em 1964 não foi uma revolução”, com a mesma franqueza que fez dele o único general a defender a tortura em público.

Continua com uma narrativa mais extensa e satisfatória dos conflitos dentro das Forças Armadas nos primeiros anos do regime e do nascimento da guerrilha. Aqui insiste, de forma pouco convincente, em explicar a atuação de Fidel Castro e Leonel Brizola principalmente a ambições pessoais, além de atribuir uma responsabilidade talvez excessiva ao segundo.

No segundo tomo, trata-se do endurecimento e sistematização da repressão e da tortura, seguidos pela decisão de fazer “desaparecer” todos os militantes capturados e pela degeneração tanto da guerrilha quanto do aparelho repressivo.

Gaspari apropria-se do carinhoso apelido de “tigrada”, dado à turma dos porões por Delfim Netto, que pressionou banqueiros e empresários a contribuir para a Operação Bandeirantes (Oban).

Assim se dey vida ao monstro que, como nos filmes fica menos terrificante e mais grotesco quando deixa de ser apenas insinuado em memórias fragmentárias e aparece de corpo inteiro à luz da variedade de fontes a que o autor recorre, incluindo os generais, a Igreja Católica e o testemunho de torturadores e torturados.

Essa história horrível ainda não havia sido contada de uma forma tão panorâmica e capaz de abrir o caminho a considerações mais complexas que a simples ojeriza moral.

O problema é que Gaspari promete tanto os “Anos de Chumbo” quanto o “Milagre Brasileiro”, mas os primeiros são bem melhor contados que o segundo. Ao se ver obrigado a esboçar uma reflexão que vá além dos aspectos mais chocantes da ditadura, Gaspari deixa a desejar – e cai no mesmo equívoco de histórias do nazismo que o reduzem ao Holocausto ou tentam explicá-lo pelas ambições pessoais destes e daqueles líderes.

Descreve esses anos como uma série de articulações e desarticulações de militares e oposicionistas, condicionada apenas pela busca de poder e prestígio dentro de suas respectivas estruturas burocráticas. Quando as realidades internacional e econômica chegam a ser mencionadas, é só como plano de fundo.

O golpe quis se justificar principalmente como uma reação a uma política econômica de esquerda e seus sucessos e fracassos nesse campo traçaram seu destino. Mesmo assim, as questões econômicas ocupam uns poucos parágrafos nas quase mil páginas já publicadas.

Octávio Gouveia de Bulhões e Roberto Campos são ignorados. Nada se diz do Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG) e das divisões que provocou nas bases civis e militares de Castello Branco. Já Delfim Netto é amplamente citado – mas não por sua atuação econômica e sim por seu papel no endurecimento e na consolidação política da ditadura.

As crises militares que agitaram o país durante as gestões dos generais Castello Branco e Costa e Silva surge do vazio, como mera expressão da ambição e do personalismo deste ou daquele comandante da “linha dura”, ou simplesmente da “anarquia militar”. Hoje, qualquer bom colégio oferece análises mais ricas em suas aulas de história.

O próprio texto de Gaspari dá pistas de algo mais por trás dessas insubordinações. Menciona a importância do Ato Complementar nº 40 – a centralização dos recursos fiscais nas mãos do governo federal – como “instrumento de funcionalidade do AI-5 nas relações econômicas do Estado brasileiro, transmutando aquilo que poderia ser uma ditadura difusa num processo de reorganização do poder”.

Mas não chega a conclusão de que abrir o caminho para essa reorganização – igualmente desejada por muitos militares e muitos civis poderosos – era, muito mais que a repressão, o objetivo do endurecimento.

Por que o general Affonso de Albuquerque, depois de ter apoiado o AI-5 e a concentação do poder econômico nas mãos do ministro Delfim, despediu-se do governo denunciando o clima político que “propicia e coonesta uma verdadeira escalada dos grupos econômicos poderosos, em detrimento mesmo das empresas nacionais”? Por que, exatamente, disse a ACM que o “o Delfim e o Andreazza devem ser enforcados e pendurados de cabeça para baixo, como ladrões”?

E o que queria a tal “linha dura”? Simplesmente poder e repressão? Assim fica difícil entender o processo de escolha do sucessor de Costa e Silva que, como diz Gaspari, tinha de ser o “mínimo múltiplo comum” entre “duros” e “moderados”, pôde convergir no general Emílio Garrastazu Médici. O homem que levou a sanguinolência da ditadura ao extremo, sem que os “moderados” esboçassem a menor restrição.

Não parece que tenham sido relevantes as divergências sobre como tratar a oposição, pacífica ou armada. Os conflitos que precisavam ser assentados giravam sobre os rumos da economia. Envolviam, entre outras coisas, a oposição entre setores mais favoráveis a interesses transnacionais e outros mais “nacionalistas” – mais fracos e por isso mesmo mais exaltados, mas suficientemente posicionados para exigir algumas satisfações.

É preciso levar Delfim mais a sério quando diz que “o discurso do Marcito [Moreira Alves] não teve importância nenhuma. O que se preparava era uma ditadura mesmo. Tudo era feito para levar àquilo.”

É de supor que essas divisões militares representassem – não necessariamente com fidelidade – divisões análogas nos meios empresariais e financeiros. Apesar de banqueiros e empresários aparecerem a todo o momento como testemunhas de decisões sigilosas e financiadores diretos da repressão, a história é contada como se não tivessem qualquer participação ativa nesses conflitos e decisões, o que deixa no escuro não só a essência do regime militar, como também uma parte decisiva da história que Gaspari se propõe contar.

Pelo contrário, Gaspari enfatiza os conflitos e a desordem entre os militares para insisitir, como anuncia na introdução, que negar racionalidade e ideologia à ditadura militar e afirmar que Geisel e Golbery desmontaram a ditadura militar simplesmente porque “era uma grande bagunça”.

Há aí pelo menos dois mal-entendidos. O primeiro é julgar que ideologia – no caso a “Doutrina de Segurança Nacional” – significa uma teoria racional completa, coerente, conseqüente e estável, aplicada em cada decisão concreta. A ideologia pode sonhar consigo mesma dessa maneira, mas nada mais é que uma falsa consciência da realidade.

O segundo é tratar a ordem e a racionalidade como absolutos e supor que a corrupção, os absurdos, os fiascos, e as insubordinações as desmentem, quando na realidade podem ser seus instrumentos e até suas condições de existência – em maior ou menor medida, dependendo da natureza e objetivos dessa ordem.

Também no III Reich, havia corrupção desenfreada, conflitos entre subordinados, superposição irracional de atribuições entre órgãos e funcionários que se desautorizavam mutuamente e fracassos de planejamento. Mas seria extravagante pensar que esse regime não tinha “ordem” nem objetivos.

Os conflitos internos tinham uma função: levava os subordinados vigiarem-se mutuamente em vez de conspirar contra a cúpula e a tornavam necessária como árbitra em última instância, assegurando a “ordem” enquanto poder absoluto do Führer – ao preço, é claro, de comprometer a eficiência da máquina produtiva e militar quando se tornou mais necessária.

O discurso oficial desse regime também nunca foi muito coerente. Às vezes enfatizava seu pretenso caráter popular e socialista, outras seu anticomunismo. Ora dizia defender valores cristãos, ora queria ver uma nova religião nazista esvaziar as igrejas tradicionais.

Alguns líderes defendiam a supremacia do sangue nórdico, outros condenavam as tentativas de dividir o povo alemão em tipos raciais. Setores que queriam atrair os povos do leste para sua causa eram desautorizados por outros que os queriam expulsar para a Sibéria.

Mesmo assim, seria estranho dizer que o nazismo, em nome do qual milhões mataram e morreram, não era uma poderosa ideologia. Guardadas as proporções, observações análogas podem ser feitas sobre a ditadura militar brasileira e seu “pensamento”.

Supervalorizar os personagens e subestimar a importância dos processos que os envolvem é outro ponto fraco deste trabalho. Ainda na introdução, Gaspari atribui o recuo do regime em geral e o fim da censura em particular ao “complexo mecanismo de uma decisão imperial do presidente Ernesto Geisel”.

A vontade de jornalistas, proprietários de jornais e “qualquer tipo de pressão direta sobre o governo” podem ter contribuído pouco para o desfecho. Mas terá sido por coincidência que a ditadura recuou depois de ter fracassado financeiramente e caído na dependência do mercado financeiro global?

Será por acaso que todas as ditaduras do Cone Sul – incluindo as que iniciaram seu ciclo quando Geisel já governava ou se preparava para assumir – sofreram crises econômicas e fizeram sua abertura econômica e a transição para um regime civil praticamente ao mesmo tempo? De tão imperial, a decisão de Geisel foi acatada não só por Figueiredo, como também por Pinochet e pelas juntas da Argentina e do Uruguai?

Não se trata de atribuir o desenlace apenas às ordens de um imperador colocado mais acima, mas de entender como os militares latino-americanos do final do século XX, se não tomaram palácios de governo só porque assim quiseram, também não saíram por um ato de pura vontade.

Quando poderes econômicos nacionais e transnacionais confluíram para apoiar a ditadura, jornalistas – e mesmo proprietários de grandes grupos de comunicação – pouco puderam fazer. Sua posição mudou quando as mesmas forças perderam a confiança nos velhos métodos e sentiram a necessidade de outros porta-vozes e executores.

Nesse momento, foram os militares que pouca escolha tiveram além de organizar silenciosamente sua retirada, ou cair atirando. Foi o que se decidiu na crítica tarde de 12 de outubro de 1977. A vitória de Geisel – além de evitar muitas mortes inúteis – foi importante por permitir a saída relativamente honrosa. Tivesse sido Frota o vitorioso, o fim poderia ter sido tão desastroso e humilhante quanto foi o da Argentina do general Leopoldo Galtieri, bem sucedido em depor seu superior “moderado”, Roberto Viola.

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ka19 11/07/2009

Muito barulho por nada.
Quando lançado me empolguei para comprar todos os volumes. Ainda bem que não o fiz.

Até penso que o livro, por um lado, é produto de vasta pesquisa, porém, por outro lado, não apresenta toda essa pesquisa. O ponto de vista do autor fica muito explícito.

O pior, é que o livro foi muito comentado e comprado. Assusto-me com o fato de que muitos podem se utilizar do livro como material de estudo de história.

Basicamente, achei o livro tendencioso.
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