Resenhas - Em Busca de Abrigo

Ana Paula FZ1 19/04/2018

Ler Jojo é sempre uma delicia, mas um grande teste de paciência. Eu amo de paixão suas historias, mas o começo dos livros dela são morosos demais. E com esse não foi diferente. Os primeiros 2, 3 capítulos voce fica mais perdida que cego em tiroteio, mas depois, cai de amores num grau por esses personagens, que quando o livro acaba voce sofre pela historia, porque acabou, e porque definitivamente voce quer mais, muito mais.

Me senti em Londres lendo esse livro, na Irlanda, apesar de nunca ter sequer saído do meu Estado de origem. Sentia a frieza daquele pais cinza, e lembrei muito das entrevistas que vi da Jojo quando ela esteve no Brasil, falando que ela nunca tinha sido tão abraçada na vida, quando chegou ao Brasil. E durante essa leitura, tudo o que eu mais desejei foi que os personagens se abraçassem, simples assim, eu pensava, gente se abracem, troquem energia, extravasem, porque olha, a vida desses personagens era tensa demais viu.

Esse foi o primeiro livro da Jojo, e na sua estreia ela já arrasou. Me vi em muitos momentos com os olhos marejados de lágrimas. Uma emoção atras da outra, mas que me fazia suspirar e torcer por mais esses personagens tão sérios e tão encantadores ao mesmo tempo.


Aqui conhecemos a historia de três mulheres da mesma familia, mas de gerações completamente diferentes.

Começamos com Joy, a avô. Joy foi uma moça ¨esquisita¨, se é que se pode usar esse termo. Mas ela era diferente. Nada do que agradava as outras moças a agradava, nada do que outras jovens do seu tempo queriam, ela queria. e quando na posse a Rainha Elizabeth em sessenta e pouco, quando Joy era uma moça, ela conhece o grande e único amor da sua vida. Amor a primeira vista, mas foi obrigada a esperar um ano pra que a união entre eles se concretizasse, porque Edward era da Marinha e só quando ele voltasse para onde Joy estava, dali um ano, foi que seu pai permitiu que eles se casassem.

Então a historia da um salto e entramos no mundo de Kate e sua filha Sabine. No começo eu fiquei confusa ate entender que Sabine era neta de Joy, e Kate era a filha que Joy sempre deu a impressão de que nunca amou.

Quando Kate envia Sabine para a casa da mãe na fria Irlanda, tudo o que Sabine faz é odiar a mãe, ate começar a odiar a avó que mau conhece, o avô que não a reconhece, o lugar cheio de regras e as pessoas que la habitam. Os dias se passam e Sabine começa a entender um pouco mais o porque de todas essas pessoas serem do jeito que são. Então tudo começa a ficar menos penoso.


E nessa descoberta de Sabine, Joy, que parece ter erguido um muro em torno de si e de suas emoções, se vê sentindo como ha muito tempo não sente. Mesmo que a principio o que ela sente é raiva.


E quando Sabine, Kate e Joy se veem obrigadas e ficarem frente a frente, muitos segredos são revelados. Muitas mágoas são expostas, e apesar de tudo parecer ficar resolvido, ainda senti falta daquele belo abraço que mencionei no inicio dessa resenha sabe. As três se abraçarem pra fechar um ciclo ruim e iniciar outro, pra mostrar que tudo ficou no passado. Mas entendi e achei linda a forma como elas se resolveram.

A unica coisa que senti por não ter sido mais aprofundada, foi a historia de Thom e Kate. Eu queria tanto mais deles e sobre eles rrss. Mas foi mais uma bela historia, contada lindamente.

Adorei demais !!!

site: http://paixaoporleituras.blogspot.com

Priscila.Santos 03/04/2018

Comunicação
O romance de estréia de Jojo Moyes tem uma mensagem que considero importantíssima: a comunicação entre aqueles que se gostam (ou vivem juntos).
As personagens principais que são três gerações de uma família, não tem uma boa comunicação que no decorrer do livro fica bem claro, após um infeliz acontecimento a vida das três muda completamente. Sem contar que do início ao meio do livro você fica com uma curiosidade tremenda sobre a primeira personagen.
Um livro tocante.

Augusto 18/03/2018

RESENHA - Em Busca de Abrigo
O prólogo é basicamente parte da história de Joy. Uma mulher que, para os padrões de 1953, era considerada como "avançada", não tinha os mesmos interesses que as mulheres de sua época e, em alguns momentos, era colocada de escanteio por conta de suas escolhas. Sua melhor amiga Stella era com quem mais se sentia a vontade, ainda que esta representasse o estereótipo de mulher daquela época. Seus pais eram um casal de aparências. Possivelmente a sua mãe era o seu maior pesadelo pela quantidade de imposições e regras de "como ser uma mulher".

Kate, filha de Joy, é uma mulher independente, mas que emenda um relacionamento atrás do outro. Deu a impressão de que ela não conseguia ficar sozinha por muito tempo e, as vezes, ela precisava exatamente ficar um tempo sem ninguém para se dedicar a si mesma e a sua filha. Relacionamentos estes que, quando chegavam ao fim, interferiam negativamente na relação dela com a sua filha. Sabine tinha convicção que a "culpada" sempre era a instabilidade emocional de sua mãe e que ela deixava escapar as melhores oportunidades de constituir uma família.

Sabine, filha de Kate e neta de Joy, é uma adolescente de 16 anos. Culpa Kate por praticamente tudo que acontece de errado, como se a sua mãe fosse a única responsável pelas coisas que não dão certo em sua vida. E o relacionamento das duas, que não é algo próximo, fica mais abalado quando Kate decide mandar a filha para casa de Joy, para que possa lidar com mais um término de relacionamento e para que possa proteger a filha dos efeitos causados por esse término. É uma adolescente considerada "esquisita" pelas garotas de sua escola, tem a leitura como hobby e, como era de se esperar, tem um rapaz que ela acredita gostar e, com esse tempo na casa de sua avó, provavelmente "esqueceria" dela e ficaria com outra menina. Dramas de uma adolescente de 16 anos.

A história se desenrola a partir do momento que Sabine está na casa de sua avó Joy. Existe um segredo de família que foi cuidadosamente guardado e que anos depois foi descoberto. Segredo este que nos faz entender melhor Joy e as decisões que esta tomou. Somos apresentados a uma Kate fragilizada com tantos relacionamentos que não a fizeram feliz e ela se pergunta se seria a "responsável" por nunca encontrar alguém com quem pudesse dividir a sua vida. Sabine vai amadurecendo no tempo que passa na casa de sua avó, senti isso durante a leitura e depois de comparar o primeiro dia da jovem na casa de Joy.

?Eu não acho que você tenha feito tudo errado - disse, com a voz baixa e rouca, como se estivesse deixando escapar uma confidência. - Sei que às vezes não sou muito gentil com você, mas acredito que você é uma mãe legal. Quer dizer, de um modo geral. Sei que me ama e tudo o mais. Isso é importante. - Começou a corar. - Aposto que o vovô tinha orgulho de você, sim - continuou - aposto que tinha de verdade. Só que ele não conseguia demonstrar. Eles não eram muito bons nessa história de demonstrar emoções, a vovó e o vovô. Não é como eu e você. Sério. - E apertou os braços da mãe. - Eu sei disso.?

Dreeh Leal | @dreehleal 28/02/2018

Em Busca de Abrigo - Jojo Moyes
Narrado em terceira pessoa em perceptivas alternadas entre as protagonistas, Jojo Moyes estreou na literatura demonstrando sua habilidade de criar tramas emocionantes. Porém, como ela mesma já disse em diversas entrevistas, sua escrita mudou muito ao longo da carreira. E ao meu ver, essa mudança se faz presente em seus livros de maneira gradativa.

O livro se inicia com um prólogo datado da década de 50, quase meio século antes do início da história. Fiquei curiosa para saber o desenrolar daquela história, principalmente após os primeiros capítulos onde conhecemos a nova Joy. Porém o leitor só irá conhecer mais sobre o seu passado quase na metade do livro. Ao longo da leitura tive uma guerra interna que me desanimava. Se por um lado eu não conseguia ler mais de meio capítulo sem pegar no sono; por outro existia uma grande curiosidade para conhecer melhor a vida da matriarca. Além de saber como e se essas mulheres conseguiram se conectar.

O cansaço venceu a batalha, mas não desisti dessa história. Há muito para se desvendar sobre essas personagens! Joy é uma verdadeira incógnita, já que somos apresentadas a uma mulher doce e apaixonada para depois encontra-la amargurada e fechada em uma carapaça nada fácil de transpor. Kate é uma egoísta egocêntrica inconsequente! Talvez por não conseguir entender suas atitudes, que seriam mais plausíveis vindas de uma adolescente, não consegui criar empatia por ela. No início até fiquei com pena, pois é nítido o quanto ela ama sua filha, mas falta coerência. Acredito que tudo será fundamentado mais a frente, e por isso preciso muito saber,

Sabrine começa a história como uma adolescente irritante, mas consigo entender seus pensamentos. No auge dos seus quinze anos, poucas coisas são mais importantes que a amiguinha do colégio e o cara que ela é a fim. Boa parte da história se passa através dela, e vamos desvendando mais sobre o passado de sua família junto com ela. Gostei dessa perspectiva.

Em busca de abrigo é uma história com a marca registrada da autora, porém contada de forma mais lenta. Ele será posto na minha cabeceira, para uma leitura de forma homeopática. A Edição da Intrínseca está lindíssima, seguindo o padrão de capas que já conhecemos e amamos dedicado a Jojo Moyes.

site: http://www.maisquelivros.com/2018/01/resenha-em-busca-de-abrigo-jojo-moyes.html

Coisas de Mineira 05/02/2018

Sinceramente eu nunca havia lido nada da Jojo Moyes, então quando o livro "Em Busca do Abrigo" chegou aqui em casa enviado pela editora Bertrand, ele foi direto para a estante durante um bom tempo por que mesmo a capa sendo linda, a sinopse não chamou minha atenção.

Mas depois de algum tempo uma amiga me recomendou muito os livros da Jojo Moyes e disse que a escrita da autora era muito apaixonante e que eu tinha que dar uma oportunidade a ela, então lembrei que esse livro estava esquecido na minha estante e embarquei na leitura, nas primeiras páginas eu não consegui me conectar com o enredo ou as personagens e isso fez com que eu tivesse duvidas se queria continuar ou não, mas no decorrer das páginas a historia dessas três gerações de mulheres contado em terceira pessoa alternando entre o passado e presente foi me encantando e quando vi já estava quase terminando.

Kate e sua filha Sabina não conseguem se entender, e fazem com que a relação delas seja muito complicada e também muito difícil a ponto de Kate achar que o melhor para a filha é que ela passe um tempo com avó Joy na Irlanda, o problema é que a menina de quinze anos nunca teve um relacionamento próximo com a matriarca da família a muito anos, pois sua mãe ao sair de casa aos dezoito anos também raramente mantinha contato com Joy e isso faz com que essa viagem seja repleto de conflito e segredos guardado a muito tempo que vem a tona.

Como disse no início da resenha, não tenho como comparar a escrita da Jojo Moyes, já que não li nenhum outro livro dela anteriormente, então só posso dizer o que achei sobre esse livro que a meu ver foi uma boa historia. A autora realmente sabe como descrever sentimentos e conflitos familiares de uma forma bem sutil, dando a cada personagem sua própria personalidade e características, também mesclar capítulos através de visões de personagens diferentes.

Porém, a JoJo colocou muito mais páginas que eram necessárias e deixou a historia cansativa no início e tirou um pouco o brilho e do ritmo da leitura, que fez o livro não me conquistar tanto assim como eu estava esperando, já que ela foi tão recomendada, entretanto esse enredo mais demorado não fez com que o livro não fosse uma leitura prazerosa ou uma viagem por alguns lugares incríveis.

Por: Leh Pimenta
Site: http://www.coisasdemineira.com/2016/01/livro-em-busca-de-abrigo-jojo-moyes_6.html

Mariana Rosa | @bibliotecadamaari 14/01/2018

Em busca de abrigo
A história demora pra ser desevolvida confesso que demorei pra ficar interessada na história mas do meio para o final eu gostei do livro.Esse foi o primeiro livro da Jojo então escrita dela evoluiu bastante depois como da pra perceber em "Como eu era antes de você", "A garota que você deixou para trás" etc.

Cláudia - @diariodeduasleitoras 08/11/2017

Em busca de abrigo
Que Jojo Moyes é minha autora favorita vocês já devem saber, mas talvez não saibam que 'Em Busca de Abrigo' foi seu primeiro livro publicado. Estreiou no Brasil no ano de 2004, e em 2017, a editora intrínseca relançou a obra com essa capa 'maravilinda', bem semelhante às atuais capas da autora. Durante a leitura, lembrei da entrevista da Jojo no programa do Pedro Bial- salvo engano em Maio deste ano, o qual lhe perguntou se, depois de tantos livros escritos, ela sentia que sua escrita havia mudado. Ela disse que sim e que percebeu que, nos primeiros livros, a história demorava a começar kkkkkk. E é verdade. Porque nos livros mais recentes ela faz cada coisa acontecer em seu tempo, sem enrolações ou cenas desnecessárias. Enquanto que neste, demorou uns capítulos para a leitura fluir, e para entender o objetivo da obra. Mas isso não me impediu de gostar do livro, muito pelo contrário, só fiz essa observação porque agora compreendo o que ela disse ao Bial.

Em Busca de Abrigo é uma trama sobre conflitos familiares. Conhecemos as três gerações da família Ballantyne. Três mulheres que são muito parecidas entre si, mas que a falta de diálogo faz com que não se conheçam de verdade. Joy, Kate e Sabine, respectivas, avó, mãe e filha, contam a história de suas famílias. Joy tem uma personalidade difícil e é uma mulher forte. Kate ama a filha mas no início parece uma mulher carente em busca de algo mais. Sabine é bem chata no início por conta de seus pensamentos em relação à sua mãe e avós e sobre à mudança de cidade, mas compreendemos a personagem ao longo da leitura.

A leitura é profunda; narra encontros e desencontros, traição, os conflitos entre mães e filhas e as expectativas que 'NÓS SEMPRE' depositamos nas pessoas e, consequentemente, nos frustramos. Mas, principalmente, a necessidade do perdão. Jojo Moyes consegue (e isso não mudou com o tempo) apresentar personalidades, destinos e histórias envolventes, nos fazendo refletir sobre nosso próprio comportamento em família, deixando grandes lições. Sem dúvidas, ela é uma autora incrível desde o seu primeiro texto.

Glétsia 21/09/2017

lgum tempo atrás após ler "Depois de você" e assistir o filme, saí lendo vários livros da Jojo Moyes. Tinha empacado nesse aqui. Retomei a leitura e conclui. Achei um tanto longa demais. A mudança toda hora do foco de atenção sobre as personagens também não me agradou muito. Mas o que me deixou desgostosa foi constatar o machismo na leitura, colocando a mulher num papel de subalterna e propensa a renúncias como algo natural do gênero. Na história retratava como algo mais longínquo, entretanto, é triste constatar que certos padrões mentais ainda permeiam nosso atual contexto histórico.

Priscila.Teles 14/09/2017

Fraquinho...
Esse livro não vai fazer parte dos meus favoritos feito pela Jojo. Ficou parecido com aquelas novelas chatas, só conflitos e dramas familiares. Tendo um final não tão pertinente a todos os acontecimentos.

Cris 27/08/2017

arrastado
Já li muita coisa da Jojo e este, com certeza, é seu pior livro.
Arrastado, daqueles que a gente fica esperando engrenar, mas não engrena...
A mudança de personagens é confusa, prejudicando o ritmo da narrativa.
Os sentimentos dos personagens também podiam ter sido melhor explorados, tinha muito potencial, mas ficaram muito na superfície.
Uma decepção.

Ju Porto 17/05/2017

Maravilhoso!!!
Nossa!!! Já de início o livro me prendeu, se mostrando bem escrito, sensível, forte!!!
Só tenho elogios a autora e o livro.
Os conflitos de hoje vividos por todas as famílias, estão descritas naquelas paginas, tudo de uma forma simples, direta.
Fiquei emocionada com o livro inteiro, surpresa de como pude me identificar com todas as fases dele , com todos os conflitos que criamos em família e quanto tempo perdemos na vida, nos culpando por coisas que não fizemos ou que fizemos.
Vamos ser felizes, e amar a nossa família, aproveitar cada segundo, dizer que os ama e primordial, pois quando se forrem saberão que fizeram e não deixaram a culpa os consumir.
Leiam eu recomendo

Sandra99 20/01/2017

Em busca de abrigo
Mais um livro dessa querida autora ....
Este é o livro de estreia da Jojo Moyes e por conta disso é totalmente diferente da escrita que já conhecemos da autora .
Ela usa a mesma tecnica do tempo presente em muitos dos seus livros , mas senti falta daquela ligaçao com os personagens , achei a Joy uma personagem muito seca , a filha dela a Kate uma personalidade muito carente , mas foi das que mais gostei apesar de tudo , e a filha da kate neta da Joy por vezes muito irritante , apesar de concordar com ela sobre a mae em muitos aspectos .
Ate agora não sei definir uma nota pra esse livro , ele não desenvolve de uma forma rapida , mas ao mesmo tempo me prendeu , senti mais conectada com o livro a partir da pagina 300 , pois é onde a historia se desenvolve , e nos conectamos mais com os personagens .
Ficou claro que a jojo tinha muito mais a desenvolver na historia , alguns personagens gostaria de acompanhar mais como o Tom que foi o mais envolvente pra mim e ate mesmo a propria historia daquelas mulheres ...
Enfim na minha opinião não é o melhor da Jojo mas fico feliz por terem visto o potencial desta autora que tem muito a oferecer ... ,

Renata Mota 20/01/2017

Em Busca de Abrigo
Joy é filha de Alice e sempre desejou ser diferente da mãe, até ter uma filha.
Kate é filha de Joy, quis tanto ser diferente da mãe e proporcionar liberdade a filha que hoje já nem consegue alcançá-la.
Sabine é filha de Kate, não conhece como é a vida sem um padastro atrás do outro e como toda adolescente julga as atitudes da mãe, da avó e se chegasse a conhecer a bisavó a julgaria também!
Tudo começou na Hong Kong de 1953 onde podemos acompanhar todo o frenesi da coroação da rainha (a conhecemos como avó do Príncipe Wiliian ;) e foi quando a rainha subiu ao trono que Joy conheceu seu príncipe, Edward Ballantyne! Nos dias atuais (que pelos meus cálculos vem a ser 1995) o casal mora em uma fazenda na Irlanda criando cavalos.
A história é de Joy e Edward, mas também pertence à Kate e Sabine, a Anne e Patrick com seu próprio drama familiar, a Sra. H e sua paixão pela vida e a Thom que com seu amor por cavalos, poucas palavras e mãos de plástico talvez tenha sido para Sabine mais que um “crush” quando ela confundiu as coisas e sim aquela figura fraterna que ela nunca teve e nem soube reconhecer.
As relações de mãe e filha aqui são frias e superficiais em todas as gerações, Joy é avó e mãe com uma personalidade forte, dura e inflexível não sabe demonstrar seus sentimentos. A filha Kate vive tentando encontrar o amor e se reinventa de acordo com o homem em quem o encontra mas talvez o único amor verdadeiro que sinta seja pela filha mesmo. Já Sabine é a filha e neta, que domina a narração do livro e conduz a história de uma forma surpreendente.
Como sempre Jojo criou uma história que vai muito além do romance, ele deu vida a três mulheres fortes e retratou a vida familiar, seus dramas, o conflito entre gerações, a traição e o perdão, a falta de comunicação, os problemas de aceitação e as dúvidas a respeito de seu lugar no mundo.
É raro se ler algo desta autora e não se identificar ao menos em algum nível com seus personagens ou pensar, analisar e, acima de tudo, aprender com eles. Com capítulos alternados entre personagens e idas e vindas no tempo este livro é carregado de amor e drama do começo ao fim.

site: http://maisacontece.com.br/coluna/001339/em-busca-de-abrigo-jojo-moyes