Pergunte ao Pó

Pergunte ao Pó John Fante




Resenhas - Pergunte ao Pó


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Rafa 28/04/2018

O grande Bandini
Ah, Arturo Bandini, apaixonado por Camilla Lopez, esta por sua vez só tem olhos para Sammy, o barman.

Arturo, se voce morresse hoje ficaria feliz pelo simples fato de não ter que ler suas poesias, mais dia ou menos dias nos encontraremos e farei você rir com meus versos da nova versão de "o cachorrinho riu", nele estarão Camilla Lopez e Sammy, o barman.

Antes de partir peça 5 dólares a sua mãe, e por fim, faça com que aquele assassino de bezerros lhe pague, ao menos com uma xícara de leite.

Um brinde ao autor de o cachorrinho riu. Entre sem bater Camilla Lopez, ou então, chegue ao amanhecer.
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Bruna 25/01/2018

Quando estava lendo mulheres de Bukowski,ele citou esse livro,pesquisando vi que foi através de John Fante com Pergunte ao pó,que influenciou Bukowski na maneira de escrever,e isso despertou minha curiosidade.
O livro conta a história de um escritor Arturo Bandini em busca de reconhecimento e convivendo com um amor não correspondido por Camilla uma mulher complicada e apaixonada por outro.
A escrita é um misto de comédia e drama,um livro fácil de ler.
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Lolo 20/01/2018

Descubra como é ser um escritor morto de fome sem sair de casa.
Achei o livro meio vagabundo. Primeiro que eu odeio livros sobre escritores, parece uma coisa óbvia sobre a qual se escrever: sua profissão. Sei lá, sempre fico com má vontade de ler livros sobre escritores. As vezes você realmente consegue se sentir na pele do personagem passando pelos percalços dele, o livro flui fácil e é divertido, mas em vários momentos ele é exagerado, os personagens são um pouco grotescos demais e a história é meio rasa. Parece que o autor exagera um pouco nos devaneios do personagem principal e nas loucuras dos personagens pra deixar o livro mais interessante e pra mim não funcionou.
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Joice (Jojo) 17/11/2017

O pó que tudo toma, que tudo leva
Arturo Bandini é um personagem curioso. Aspirante a escritor, ele nos conduz (às vezes arrasta) por uma Los Angeles da década de 1940 enquanto corre (ou rasteja) atrás de seus sonhos. Uma contradição ambulante, ele é, sem dúvida, um dos grandes trunfos de John Fante em "Pergunte ao pó".

Admirador de Nietzsche e Voltaire, mas criado por uma mãe extremamente católica, Bandini, assim como a maioria de nós, é repleto de dúvidas e ações contraditórias. ("Eu podia me livrar daquilo por meio do raciocínio, mas não era o meu sangue. Era o meu sangue que me mantinha vivo, era o meu sangue que corria por meu corpo, dizendo-me que aquilo estava errado.") Generoso e muquirana, gentil e cruel, gênio e medíocre, amante e eunuco, Bandini alterna de humor a cada página, a cada novo capítulo. Seu amor por Camilla (seria amor mesmo, ou ele gostava de ideia de amá-la?), confuso e tumultuado, é apenas um reflexo de seu relacionamento com as pessoas ao seu redor. E são suas imperfeições que o tornam tão fascinante.

Este é meu primeiro contato com John Fante, e fiquei apaixonada pela escrita do autor. Rápida, volátil como água, ele nos leva para dentro e para fora da cabeça de seu personagem com facilidade, conferindo dinamismo à narrativa. Mau posso esperar pela primavera. ;)

A edição da Jose Olympio também é muito boa (gostaria, contudo, de mais páginas dedicadas à biografia de John Fante).

Super recomendado.

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Camis 25/04/2017

Não pensei que fosse gostar tanto desse romance de John Fante, pretendo ler outros livros do autor. Gostei da leitura porque fluiu bem e em nenhum momento achei enfadonho. Só me instigou a querer ler mais.

Em alguns momentos do início do romance, achei Arturo Bandini um tanto convencido e se gabava de ser ou que seria o melhor escritor. Vivendo na miséria, só comia laranjas e mau tinha dinheiro. No final ele consegue escrever um romance sobre uma mulher solitária que o persegue, se apaixona por Camilla, que é uma personagem marginal, uma garçonete de um café que ele costuma frequentar. Do meio para o fim, Bandini descobre que Camilla é maconheira, ela perde o emprego e a razão. Arturo Bandini depois de conseguir um bom dinheiro com seu livro, quer ajudá-la e tem planos de morar com ela, mas não consegue. Camilla desapareceu no deserto e Bandini desisti de sua procura por ela.
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Luciano Luíz 10/04/2017

PERGUNTE AO PÓ de JOHN FANTE é um daqueles clássicos que não são afetados pelo tempo. O romance foi publicado em 1939 e tudo que está em seus parágrafos passa facilmente a sensação de que é algo que ocorre em pleno século 21.
Aqui temos um jovem escritor que está na merda. Ele se sente o maioral porque publicou um conto numa revista. E assim vive num hotel passando necessidade. E quando tem dinheiro é porque sua mãe mandou. Pega a grana e gasta com coisas inúteis (e até empresta pros outros) além de que adora esbanjar dando gorjetas e querendo ser quem não é.
Então um dia entra num bar e lá está Camila. E assim nosso escritor fica apaixonado e sua vida se divide em ascensão e decadência. Camila ama outro. Mas isso não impacta o autor. Aliás, o outro também se diz escritor... Depois aparece outra mulher, Vera, que quer a todo custo que o jovem autor seja seu...
O mais interessante é a mesclagem de inocência e seus desejos íntimos. Ou seria apenas alguém que de alguma forma quer ajudar a todo mundo gastando o pouco que tem?! Considera-se como um escritor fenomenal e assim consegue publicar mais um conto.
O livro é fenomenal quando se trata do cotidiano do escritor, mas quando Camila e Vera entram em cena, o ritmo cai e a qualidade do enredo fica muito tosca. Depois quando Vera some e fica somente Camila melhora um pouco. E daí é um sobe e desce.
O livro tem seu auge nas primeiras 50 páginas. Depois não é lá grande coisa. Porém, assim mesmo vale a pena conferir este romance atemporal. O relacionamento de amor que ele sente pela moça é algo que mostra o quanto seu sentimento é mesmo real, mas ela, seja por um ou outro motivo que vai desde amar outro até ter problemas mentais (ou algo assim aparentemente) é algo que faz o ódio se instaurar na mente de quem lê com a pergunta: Por quê?!
Enfim, esse é aquele livro que Charles Bukowski costumava comentar em suas obras. O livro que mudou sua vida na questão de ser escritor quando foi na biblioteca e depois de se aventurar em vários achou esse e a leitura mexeu com ele. Aliás, nesta edição tem um prefácio do velho safado.
Mesmo tendo partes que se arrastam, é mais que recomendado.

Nota: 10

L. L. Santos

site: https://www.facebook.com/lucianoluizsantostextos/
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Paulo 04/05/2010

Uma história
[atenção: spoilers, trama revelada, não continue se não tiver lido o livro]

Uma história. Vai pegando de pouquinhos, até deixar o leitor com toda uma ternura por Arturo Bandini.

Tematicamente, gostei de ele não ter explorado um clichê de escritor fracassado. No início, parece que é isso que vai acontecer: um sujeito que quer ser escritor famoso, mas a vida é dura e ele vai ficar mofando sem dinheiro naquele quarto imundo pelas 200 páginas. Mas aos poucos seus contos vão sendo vendidos, e no final ele publica até um romance.

Não fica rico, até porque prodigaliza ao máximo por causa de seu amor por Camilla Lopez. O final seria de sonho, ele com Camilla em uma casa de praia, não fosse sua insistência em condená-la por fumar maconha, o que a faz fugir. O desfecho é muito triste e bonito.

Não é um livro genial, mas muito bom. Um perfeito romance urbano do século XX, com boa mistura de questões sociais e existenciais, por meio de um estilo bem ajustado.
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Danielle 04/01/2012

não recomendo a 3a edição da José Olympio, há vários erros de digitação e a tradução de Roberto Muggiati é por vezes deficiente. o texto, ainda bem, se salva. destaco a abordagem da metaficção realizada por Fante (o protagonista Bandini é também um escritor em processo) e a problematização dos limites das personas do autor.
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N.Barbosa 23/11/2016

Viver antes de escrever!
O acúmulo de experiências na vida nos faz aprender um pouco de cada vez sobre viver, sobre o amor, o sexo e uma infinidade de outros sentimentos. Em alguns casos, ou na maioria deles, só o tempo vai nos dizer o significado e a importância daquela experiência. Arturo Bandini, na casa de seus 20 anos, nos EUA após os crack da bolsa em 1929, se lança ao desafio de escrever, de entrar para o rol daqueles que são capazes de transformar as situações da vida em prosa ou verso. Mas, Bandini ainda não tinha experimentado o amor, o sexo, os relacionamentos, ou descoberto a relevância da sua própria existência. O romance de formação de John Fante vai se desdobrar em um aprofundamento daquilo que formamos por meio das nossas experiências pessoais, mas, também mesclar a faceta daquilo que nos rodeia, dos fatores sociais, econômicos e temporais em que estaremos inseridos. A linguagem é extremamente fluida e agradável. A narrativa é envolvente e o enredo é conduzido por o que nos torna humanos, demasiadamente humanos: nossas emoções. Ao final da leitura, descobri que a obra já entrou sem dificuldade alguma na listas de meus livros favoritos. Altamente recomendado.
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Ana 18/11/2016

"Desci os degraus de Angel's Flight até Hill Street: cento e quarenta degraus, com os punhos cerrados, sem medo de homem algum, mas apavorado pelo túnel da rua Três, apavorado de atravessá-lo a pé - clautrofobia. Apavorado por lugares altos também e por sangue e por terremotos; fora isso, bastante corajoso, excetuando a morte, exceto o medo de que eu vá gritar numa multidão, exceto o medo de apendicite, exceto o medo de problemas cardíacos, a tal ponto que, sentado no seu quarto segurando um relógio e apertando a veia jugular, contando as batidas do coração, ouvindo o ronrom e o zumzum do seu estômago. Fora isso, bastante corajoso"
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Julio.Argibay 14/09/2016

Gostei muito. Os personagens sao ricos e a estória muito interessante.
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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 05/09/2016

SUGESTÃO DE LEITURA
Arturo Bandini é um ítalo-americano que tenta ser um escritor de renome nos Estados Unidos. Em uma destas tentativas, Bandini vai morar em Los Angeles, ambientada na década de 30. Ele se hospeda num quarto barato de hotel e vê-se diante de um estado de quase miséria, pois não trabalha e não consegue vender seus contos. Quando ganha algum dinheiro, Bandini não sabe privar-se dos prazeres da vida, e gasta o que recebe em pouquíssimo tempo, voltando à pobreza. Este ciclo se repete várias vezes ao longo da estória, e Bandini se reveza entre sentimentos de plenitude e uma culpa que o aflige e o angustia.

Neste meio tempo, ele conhece Camilla Lopez, uma garçonete com aspecto de mexicana de uma lanchonete que ele frequenta. Eles desenvolvem uma relação de amor e ódio e, até o término do livro, é difícil saber qual será o destino desta relação. Também é difícil compreender inteiramente as motivações de Camilla, mas Bandini se joga na relação com ela também sem a entender, o que nos deixa, como leitores, na mesma situação que ele.
A inocência e juventude de Bandini ficam muito aparentes quando ele tenta relacionar-se com as mulheres - sejam elas prostitutas ou Camilla. Neste ponto, Bandini me lembrou muito o Holden Caulfield de "O Apanhador do Campo de Centeio", de J.D. Salinger. Outra semelhança com "O Apanhador do Campo de Centeio" , na minha opinião, é a estrutura onde o narrador em primeira pessoa se "perde" em reflexões, digressões e tentativas de compreender seus próprios sentimentos.

Bandini é cheio de falhas (morais, espirituais e psicológicas) e, exatamente por causa de todas elas, ele se torna encantador e carismático. Como leitora, torci para que ele conseguisse sua redenção: não só com Camilla, mas consigo mesmo.

site: http://perplexidadesilencio.blogspot.com.br/2015/09/sugestao-de-leitura-pergunte-ao-po-de.html
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isadiaz 03/08/2016

Os vinte-e-poucos-anos de Bandini
'Pergunte ao Pó' relata os vinte-e-poucos-anos de Arturo Bandini, uma espécie de alter ego de Fante, em sua luta para se tornar um escritor reconhecido. Bandini é um personagem complexo, que vive numa montanha-russa emocional que vai de picos de completa insegurança em relação à própria escrita até momentos embebidos da arrogância característica dos vinte anos. Neste livro, Fante relata uma das primeiras paixões de Bandini e a sua inabilidade em lidar com mulheres, que é entremeada por doses de machismo e misoginia típica dos anos 1940. John Fante tem uma narrativa urbana e real, e não à toa é o inspirador outros grandes escritores, à exemplo de Bukowski. Vale a leitura.
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Pedro.Castello 31/05/2016

Todo mundo tem um pouco de Arturo Bandini.
Imagino eu, que quem entra no Skoob e faz disso algo corriqueiro, já imaginou escrever um livro.

Mas ao mesmo tempo que tem boas ideias pra iniciar um simples conto, acha também que elas não prestam.

Arturo Bandini não é diferente. Às vezes, em seus pensamento, se acha o melhor escritor do mundo. Mas, em pouco tempo, acaba se convencendo do contrário.

Arturo Bandini não é apenas o alter ego do Fante. Mas de todos nós, "Skoobers".

Uma pessoa que adora literatura e que larga tudo para perseguir o sonho de ser escritor. Será que ele vai conseguir? Será que você vai conseguir?

Pergunte ao pó, ora bolas!
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hemersomn 31/03/2016

Ao Pó Voltaremos
John Fante nasceu no Colorado em 1909, começou a escrever em 1929 e teve seu primeiro conto publicado no The American
Mercury em 1932. Sua obra mais conhecida é Pergunte ao Pó, um dos livros preferidos de Charles Bukowski, que escreve o prefácio do livro.

Somos apresentados a Arturo Bandini, alter ego de Fante e escritor de contos que se considera o melhor escritor do mundo por seu conto O Cachorrinho Riu. Bandini já apareceu em outros livros de Fante, mas cada um se passa em fases diferentes de sua vida, logo não há uma sequência para que você possa ler os livros.

Bandini acaba de chegar em Los Angeles. Com apenas um conto publicado e o tempo todo precisando de dinheiro, ele é um sonhador frustrado, que aluga um quarto e sofre com os bloqueios criativos e a necessidade de dinheiro para se alimentar. Se apresenta como o autor de O Cachorrinho Riu, o que nem sempre comove as pessoas. À noite, em uma lanchonete, ele conhece a garçonete Camilla Lopez, despertando um misto de paixão e desprezo, começando por reclamar do café que pede. Toda a relação deles é entremeada de brigas, ofensas e desejos. Um jogo de implicância a cada vez que se encontram.

Por alguma razão Arturo Bandini me lembrou bastante o homem do subsolo de Dostoiévski.

A inquietude de Bandini, sua facilidade em gastar dinheiro com futilidades, seu coração bom e sua falta de tato em agir com as pessoas o tornam um personagem intrigante e pode ser que muita gente se identifique com ele. Em momentos você pode ter odiá-lo, em outros pode até sentir pena.

Não temos um romance meloso, nada aqui é clichê. Fante tem uma facilidade em nos situar nos locais com sua descrição deliciosa de ser lida e pela forma como nos cria empatia com os personagens. A incerteza dos sentimentos permeia cada página.

No meio dessa atribulada relação aparece Vera Rivken, como uma miragem, uma catarse, um tapa no tédio da espera. Ela quer Bandini, deseja o escritor que, para ela, não é tão bom escritor assim. Mas ela teme que ele veja sua carne, suas marcas. E da mesma forma que Vera aparece na vida de Bandini, ela desaparece.

Mas a presença de Vera foi tão marcante na vida do escritor que ele decide escrever seu primeiro romance inspirado na misteriosa mulher. Diz ser a sua obra prima. Diz ser o trabalho da sua vida.

É esse romance que põe fim ao livro. E ao romance alquebrado entre ele e Camilla.
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