Encarnação

Encarnação José de Alencar
José de Alencar
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Resenhas - Encarnação


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eduardamp 24/03/2024

Primeiro livro de José de Alencar que leio. Apesar da escrita um pouco difícil, a história te envolve.
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Márcia 19/01/2024

Encarnação - José de Alencar
Encarnação é o último livro escrito por José de Alencar, publicado postumamente em 1839, narra a história de Amália , jovem, bela que desfruta sua juventude e Hermano, um viúvo de hábitos estranhos.
Logo no início do romance somos apresentados a Hermano que se casou pela primeira vez com Julieta, que morre devido a um aborto espontâneo. Ele sofre com a ausência da esposa e cria uma espécie de fascinação por ela. Ele se mantem viúvo e fiel a falecida esposa durante muitos anos.
Até que um dia, através de um amigo de infância, ele conhece Amália, sua vizinha. Amália era uma menina quando ele se casou com Julieta mas agora ela era uma bela moça que se interessa por Hermano.
Amália e Hermano se apaixonam porém Hermano fica confuso com esse amor, ele ainda esta ligado a sua primeira esposa. Mesmo assim eles se casam e Amália se muda para a casa de Hermano em seguida.
No começo, Amália tinha dificuldades de se estabelecer como dona da casa, os empregados também não a reconhecem como tal. Além disso, ela enfrenta dificuldades no matrimonio, ela se sente rejeitada por Hermano, pois eles não trocam carinhos e ela sequer é beijada por seu marido.
Prestes a desistir do casamento e propor uma separação, Amália descobre o segredo de Hermano.
Hermano, na verdade, idealiza um amor, uma mulher ideal . Ela não valoriza a forma e sim o conteúdo, tanto que ele se casa com Julieta que não era bonita e nem rica.
Amália tenta se parecer com Julieta para seduzir Hermano e ganhar o amor de seu marido. Mas essa encenação custa caro, Hermano tenta colocar fogo na casa para morrer e se juntar a Julieta e, ao mesmo tempo, deixa Amália livre para desfrutar sua juventude.

By Kasrina Guedes

Dizem que essa história tem elementos que se parecem muito com a Sucessora de Carolina Nabuco e Rebecca de Daphine du Maurier (acho que se parece mais com Rebecca).

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samy 20/11/2023

Li esse livro por conta de trabalho e até agora foi um dos melhorzinhos.
apesar da escrita do José de alencar ser muito difícil, eu gostei da mistura de gêneros que teve na obra, acho que foi o que me agradou
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Carla.Parreira 13/10/2023

Encarnação
?
É um dos romances do escritor brasileiro José de Alencar. Escrito em 1877, só foi publicado em livro postumamente. É o ultimo romance do autor, que foi escrito aos 47 anos de idade, meses antes do falecimento do mesmo. A história relata sobre Hermano, que muito bem situado socialmente, casa-se com Julieta, de projeção social menor, filha atraente de um coronel aposentado. Ambos vão viver na chácara de São Clemente uma vida plena de felicidade e que só terminará com a morte da esposa durante um aborto. Abreu, o criado e pai de criação de Julieta, sempre muito bem vestido com trajes escuros, atende bem as poucas visitas que lá comparecem para tratar de negócios e, após a morte de Julieta, ele torna-se homem de confiança e ajuda o patrão a manter viva a memória da esposa. O Dr. Henrique Teixeira, recém-chegado da Europa e amigo de infância de Hermano, leva-o para Paris, tentando ajudá-lo, mas sem sucesso.
Ele retorna para sua chácara. Cumprindo algum pacto de amor eterno, Hermano encomenda estátuas da esposa, que chegam em sua casa embalada em grandes caixas fechadas que motivam muitos mexericos na região. Amália, desde os nove anos bisbilhotando a vida do casal, agora com 18 anos vê chegarem aquelas caixas e depois vê silhuetas de mulher na casa. Supõe uma traição de Hermano à memória da esposa e se decepciona. O Sr. Veiga busca uma aproximação com o jovem médico para saber mais da vida do vizinho, um bom partido, e do seu equilíbrio emocional. Amália aproveita, também, para saber mais do vizinho e o pai supõe um namoro da filha com o médico.
O tempo passa, Amália começa a sentir atração por Hermano e procura chamar sua atenção usando todos os seus dotes e, principalmente, a sua bela voz que era, também, um dom de Julieta muito admirado pelo marido. Hermano se aproxima de Amália através do Dr. Teixeira. Os dois se conhecem (até então se conheciam apenas de vista) em uma festa e se entendem. A casa de Hermano é reformada e decorada para receber a noiva. Os aposentos da ex-esposa, porém, são conservados intactos e sempre fechados, por determinação de Hermano.
O casamento acontece e é marcado pelos mal-entendidos e dúvidas levantadas, há tempos, por Amália, o que impede a consumação sexual do casamento, algo que só acontecerá quando Amália, desobedecendo ordem de Hermano, pega a chave dos aposentos de Julieta e, então, descobrindo a estátua, esclarece tudo. A história termina com o nascimento de uma menina muito bonita e que completa a felicidade do casal. A menina apresenta traços de Amália e, também, traços da ex-esposa, Julieta, que não seriam geneticamente explicáveis. Talvez, um lado místico do autor sugerindo alguma manifestação do sobrenatural contido no espiritualismo. O desfecho do livro com a encarnação de uma filha (e por que não uma reencarnação de Julieta?) é o melhor da leitura.
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Bianca.Anastacio 05/04/2023

Isso aqui foi longe demais
Primeiro ponto: a diferença gritante de idade deles......... bizarro pensar que isso era normal.
segundo ponto: eu confesso... eu estava gostando e tinha esperanças de um romance agua com açúcar, mas eu não esperava que fosse virar essa PALHAÇADA. Cara, que p**** é essa??? oque esse zé mané tinha na cabeça mds do céu ((pior que eu gostei do plot jamais imaginaria isso
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CallmeA. 30/03/2023

Um mar de loucura.
Se de duas coisas tenho certeza acerca desse livro é que,
1: Todo mundo na narrativa é um louco incubado.
2: Essa obra é incrível.
Superou minhas expectativas, pois não esperava encontrar uma leitura tão fluida e agradável. Cativante do início ao fim e portador de um final que me deixou surpreendentemente chocada. Não esperava gostar tanto dessa história e seu desenrolar. Mas sabe... Em minha opinião, terapia seria uma boa pra essa galera.
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Ticiane 30/12/2022

Já dizia calcinha preta: duas paixões, dois amores
Pretendo ler Rebecca da Daphne Du Maurier e como sei que a temática da obra se relaciona com A Sucessora da Carolina Nabuco e com Encarnação de José de Alencar, resolvi ler o livro mais antigo primeiro.

Comecei a leitura com a intenção de analisar possíveis semelhanças com as obras que citei aqui - que ainda lerei. Fiquei com um pé atrás ao ler algumas resenhas aqui que falaram um pouco do realismo presente na obra e pensei que não iria gostar, mas fui surpreendida e gostei bastante. Para mim o mais interessante na história foi o fator psicológico, que inclusive é muito lembrado quando se fala de Rebecca e imagino que de A Sucessora também, mas que não vi sendo falado neste. Esse livro merece tanta visibilidade quando os outros, a história é muito bem construída.

Gosto do estilo que o autor adota em seus romances urbanos, para mim ele equilibra bem a ambientação, os personagens, momentos de romance e descontração. Li Cinco Minutos/A Viuvinha e me apaixonei pelos contos. Diria até que parece um autor totalmente diferente das suas obras indianistas. De todos os livros que li do autor esse foi o único que me remeteu a Machado de Assis. Pensei isso durante a leitura porque notei algumas - possíveis - referências a outras obras e também dicas que o narrador dá de forma bem sutil sobre coisas que acontecerão.

Começo pelo nome da falecida: Julieta. Após a sua morte, Hermano vive um constante luto: é um Romeu que não morreu, mas gostaria de ter morrido com a amada. Só se relaciona socialmente e só frequenta os lugares que eram conhecidos por ambos. Adiante Amália também passa a ser como a Julieta - de Shakespeare - ela desfalece de amores por ele e ele pensa em morrer por ela.

"É verdade, há ocasiões em que sinto Julieta perto de mim, e em que vivo com ela como outrora. E a sua alma que me acompanha ou é a minha lembrança que a tem sempre viva e presente ao meu espírito? Seja o que for, isso me consola e me restitui a felicidade que perdi. Que necessidade tenho eu de investigar este mistério ou dissipar esta ilusão?"

Antes de conhecê-lo Amália sentia curiosidade e achava maluquice o comportamento e devoção de Herculano. Nunca quis saber de casamento, mas após vê-lo no jardim e recordar-se de uma cena que vira entre o casal na infância seu pensamento muda completamente e ela passa a vê-lo com outros olhos. "Essa mulher que havia merecido um amor tão puro completamente desprendido dos interesses e misérias sociais; que expressão, que encanto especial, que magia celeste possuía a sua beleza?" Passou a comparar-se com a falecida, no fundo desejando ser alvo de tal devoção.

Quando Hermano vê Julieta pela primeira vez ela está cantando Lúcia de Donizetti. Ele pensa consigo mesmo que sempre imaginou a cantora sendo loira, mas Julieta era morena. Em contrapartida, quando ele vê Amália pela primeira vez ela está cantando a mesma música, mas dessa vez a mulher em questão é de fato loira. Mais a frente o autor usa a música como expressão de sentimento. Quando eles se desentendem Amália canta uma Addio del Passato - tem no YouTube -, uma ópera triste.

"Ela acreditava que o marido de Julieta ainda amava a primeira mulher e vivia de sua lembrança, mas esse afeto de além túmulo não podia encher-lhe a existência; e por isso aquela alma rica de paixão e mocidade se desprendia da sua idolatria para buscar no mundo uma expansão, um sentimento de que se nutrisse."

Li em algum lugar por aqui que diz que nesse livro o autor flerta com o gótico e eu concordo. Não pude deixar de correlacionar o amor doentio de Catherine e Heathcliff em O Morro dos Ventos Uivantes a Hermano, Amália e Julieta.

"O gesto de Hermano por mais excêntrico e singular que fosse, aparecia-lhe através da morte cuja sombra o envolvia. Não era uma fineza banal de namorados, nem uma afetação vã. Havia naquele diálogo mudo a comunicação de duas almas cujo elo o túmulo não tinha partido."

Inicialmente presente apenas no primeiro casamento, uma vez que compartilhavam da ideia da união - transcendental, talvez? - de almas no casamento, que esse laço seria eterno. Mais avante esse sentimento contamina Amália também.

"O casamento é uma fatalidade. Como Hermano interrogava-lhe o semblante para conhecer o sentido de suas palavras, ela acrescentou: - Meu marido há de pertencer-me de corpo e alma, como eu a ele, e para sempre. É assim que entendo o casamento. - Penso da mesma maneira. - Para sempre é eternamente."

"Heathcliff, it's me. I'm Cathy, I've come home. I'm so cold, let me into your window." Por coincidência a primeira vez que Amália o vê de perto depois de apaixonada é através de uma janela.

Ela toma para si as dores de Julieta, considerando-se traída em seu lugar ao imaginar que Hermano poderia estar com outra. Quando enfim torna-se esposa passa a ter raiva da falecida por ainda ser tão presente na casa, sempre um terceiro membro à mesa. "Esse marido lhe pertencia agora; e ninguém lho podia roubar. Tinha-lhe jurado fidelidade; e só ela podia dar-lhe a ventura. Essas recordações que afligiam incessantemente o espírito de Hermano, eram uma vingança de Julieta. Essa mulher nunca tinha amado sinceramente o esposo; pois não sabia sacrificar-lhe o egoísmo de sua afeição." Como Catherine passa a amá-lo com um amor que lhe adoece, abrindo mão de si para tornar-se outra.

"O amor de Hermano era uma demência. Não fora uma mulher que ele havia adorado, e adorava ainda; mas um fantasma, um ente de sua imaginação. Esse ideal, ele tinha encarnado em Julieta, desde o primeiro momento em que a vira."

O final me surpreendeu pois achei que Hermano teria êxito em seu plano, gostei de como findou. Digo que é possível resumir toda a história em poucas palavras e a banda Calcinha preta fez isso muito bem: "Duas paixões, dois amores é loucura que somente um coração pode explicar. Me perdoe, é que sem ela eu não vivo e sem você não sei ficar. Tem jeito não, eu te amo mas a três não rola, não."
Rafaela 26/07/2023minha estante
Que belo resumo


Rafaela 26/07/2023minha estante
Apenas esqueceu-se de citar que, naquela época as pessoas tratavam o luto de forma diferente da atualidade


Ticiane 16/12/2023minha estante
Imagino que sim, mas o luto dele é muito atípico, até doentio. Então não considero ele em específico como um exemplo de como encaravam isso antigamente.




@thereader2408 04/04/2022

Julieta, Rebecca e Alice
Encarnação conta a história de Hermano e Julieta, um casal da alta sociedade que tem uma vida muito feliz, até que Julieta vem a falecer. Hermano fica desolado e faz de tudo para superar e sem sucesso decide se render à sua mórbida obsessão e coloca estátuas de Julieta para deixar viva a lembrança da falecida, até Amália aparecer...

Daqui para a frente essa história converge com outras obras e faz com que uma discussão importante venha à tona: Qual o limite entre imitação e inspiração na literatura? Ainda bem que esse livro é de 1893 e Alencar ficou fora da treta, mas foi por causa disso que decidi reler esse livro, pois na minha primeira leitura não sabia dessa discussão. "Rebecca" de Daphne Du Maurier (1938) foi um dos melhores livros que li em 2021, mas infelizmente o brilhantismo (?) da obra foi ofuscada pela semelhança indiscutível com "A Sucessora" de Carolina Nabuco (1934).

"Encarnação" de Alencar, após os fatos relatados anteriormente, vai adentrar ao tema "a segunda mulher" que não é uma novidade na literatura. Neste tema a falecida aparece como uma forte memória, quase uma presença física que marcadamente incomoda a segunda esposa. E há vários outros exemplos de livros que também abraçam esse tema: A segunda mulher, A dama dos rubis, A casa dos mochos, de Eugênia Marlitt, Escrava ou rainha, de M. Delly, Jane Eyre, de Charlote Brontë, A maldição de Manderly, de Susan Hill, A outra Rebecca, de Maureen Freely, A intrusa, de Júlia Lopes de Almeida, Meu destino é pecar, de Nelson Rodrigues, e tantos outros que não cabem em um post.

As três histórias tem semelhanças? Sim. São idênticos? Não. Foi plágio? Não. Esse é meu veredito, mas é bom você tirar suas próprias conclusões se o assunto te interessa. É fato que entre essas obras há relações intertextuais muito fortes, bem mais marcantes entre A sucessora e Rebecca. Há semelhanças na construção dos personagens, no ambiente e em algumas ações. A presença do elemento gótico é incontestável, além do fogo ser quase um personagem nas três obras.

@thereader2408
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Guilherme 26/02/2022

Seria esse livro a porta de entrada pra jose de alencar na literatura realista? Hmmmm.... é realmente algo a se pensar. Nota 5 de 5 pra essa belezinha hehehehe
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Dilson Vargas Peixoto 21/02/2022

Desfecho esperado, mas meio inesperado
Como outros romances urbanos que li do mesmo autor, o final é previsível. Entretanto, a forma de amar de Hermano é excepcional. Se fosse escrito atualmente, leitores iriam criticar por nao ter sido abordado a fundo, não ter trabalhado mais, o apego a uma idealização ao ponto doentio. Apesar disso, é uma leitura válida por proporcionar uma criticidade sobre o amor: amamos a pessoa ou a imagem que criamos dela em nossas mentes?
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Thaís Senra 11/07/2021

Encarnação
Encarnação foge ao padrão extremamente romântico e mundano da escrita do José de Alencar, indo para pontos mais profundos e sombrios.
O clímax do enredo acontece mais para o fim da história, então é preciso de um pouco de paciência para toda a situação que precede o casamento já descrito na sinopse.
Possui a dose certa de tragédia e suspense para não deixar tudo muito parecido com aqueles clichês "água com açúcar".
O final foi ligeiramente inesperado e foi possível sentir a tensão característica do livro.
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Flávia 14/06/2021

Esse último romance de Alencar se mostra um tanto diferente dos demais. Mais enxuto e com um teor altamente psicológico. Hermano é um homem que vive à sobra da lembrança de sua esposa falecida, Julieta, a quem amou profundamente. Ele se apaixona por sua vizinha, Amália, mas sua obsessão pela defunta é um empecilho ao amor dos dois. Com uma revelação bastante interessante e um final tipicamente romântico, esse romance de Alencar consegue ser bem surpreendente.
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Jamal 26/05/2021

Gostei muito do tema da história e dessa semelhança entre a Julieta e Amália, gostei como foi abordado.
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Camila.Guibor 06/05/2021

Com a morte de sua amada esposa, Julieta, Hermano se fecha durante anos em seu mundo, o seu luto pela a perda de sua alma gêmea é bonito e ao mesmo tempo triste, mas é por essa intensidade que Amália fica fascinada, o desenrolar da história é maravilhoso.

Esse livro comecei ler quando estava na 7 série, mas infelizmente não terminei porque não tinha 4 páginas. Lembro que fiquei durante um tempo procurando e somente 7 anos depois eu encontrei ele em uma feira de livros.
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