O Problema do Sofrimento

O Problema do Sofrimento C. S. Lewis




Resenhas - O Problema do Sofrimento


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Wesley Soares 11/05/2013

Mais ou menos...
Se você pretende ler este livro é bom se atentar ao que o autor escreve logo nas primeiras páginas:

"Se um verdadeiro teólogo ler estas páginas verá facilmente que são obra de um leigo amador. Exceto nos dois capítulos finais, partes dos quais são admitidamente especulativas, acredito que confirmei doutrinas antigas e ortodoxas. Se quaisquer partes do livro mostraram-se "originais", no sentido de serem novidade ou não ortodoxas, isso aconteceu contra a minha vontade e como resultado de minha ignorância. Escrevo, naturalmente, como leigo da Igreja Anglicana, mas tentei não presumir nada que não fosse professado por todos os cristãos de batismo e em comunhão." (Prefácio, p. 16)

E assim é a narrativa de Lewis: um testemunho de fé. Sem muita profundidade, rigor teológico ou filosófico, o autor dá o tom de como ele imagina que possa ser conciliado o sofrimento com um ente onipresente, onipotente, onisciente e dotado de infinita bondade.

Criticar o livro será muito fácil para aqueles que estudam teologia ou filosofia, pois Lewis não perpassa pelas grandes obras que já se propuseram a debater o tema e por isso não traz nada de novo ao debate. Mesmo sendo um livro de 1940, muito já havia sido tratado, logo, penso que o autor deveria abordar a questão de forma mais crítica e não de forma "romântica" como faz.

Acho que a polêmica maior fica por conta do capítulo em que Lewis se propõe a falar sobre o "sofrimento animal". A conclusão pressupõe que animais não sofrem e, se sofrem, não sabemos dizer muito sobre isso e nem nos preocupar:
"O homem foi destinado por Deus para ter domínio sobre os animais, e tudo o que o homem faz para o animal ou é uma prática legal, ou um abuso sacrílego, de uma autoridade divinamente outorgada." (p. 155)

Conclusão: se o leitor for leigo no assunto, leia. Irá gostar das belas passagens e analogias que o autor faz para explicar a teodiceia.
Se o leitor for um estudioso, que já se aprofundou no tema lendo Agostinho, Leibiniz e Bart D. Ehrman, não achará muito interessante, como no meu caso.
Paulo dos Reis 12/07/2013minha estante
Sua resenha contribui bem.


Jossi 06/01/2015minha estante
Então vou gostar! Não sou teóloga (nem pretendo, por enquanto), mas uma cristã que gosta de ler clássicos e ficção. Talvez esse livro do C. S. Lewis não esteja entre os "clássicos da teologia", mas como todo livro escrito por um bom autor, terá seu público fiel, vai se encaixar entre uns ou outros, dependendo do que é procurado no livro. No meu caso, procuro uma leitura agradável, nada de muita filosofia, nada de teologias profundas. Apenas uma leitura boa que exponha o ponto de vista de um autor cristão inteligente e lúcido. Para mim está ótimo, preparo-me para ler mais esse... :)


Rodrigo.Santana 26/03/2020minha estante
Mais ou menos??? Rapaz, esse livro é de uma complexidade absurda, apesar dele menso mencionar que quem o lesse, entenderia que trata-se de um leigo falando.


Kercia.Santos 13/04/2021minha estante
Uma leitura muitoooo cansativa!


Rodrigo.Santana 17/04/2021minha estante
Na verdade quase tudo de C.S.Lewis é bem cansativo e requer do leitor muita atenção e comprometimento.


Paulo Roberto Alves dos Reis 11/09/2023minha estante
Que argumento maluco sobre sofrimento animal.




Gabriel 07/12/2023

A empreitada de escrever a respeito de um fenômeno tão negativo e detestável é dura, especialmente se considerarmos a perspectiva a partir da qual Lewis pretende enfrentar o que ele chama de "problema do sofrimento" -- que é a perspectiva de quem busca demonstrar o significado e o papel da dor e do sofrimento num mundo criado e regido por Deus.

Longe de considerar o sofrimento como um mero fenômeno irracional, como ele às vezes se manifesta indistintamente a uns e a outros, Lewis parte de uma argumentação coesa para sustentar que o sofrimento, a dor e as sensações que nos atingem a partir das escolhas que fazemos e das experiências que vivemos nada mais são do que um reflexo da liberdade de que somos dotados.

Deus cria o homem à sua imagem e semelhança, mas essa particularidade é exatamente o que possibilita a distinção entre o homem e Deus, também antevendo a possibilidade da separação. Há reflexões substanciais em vários trechos do livro. É significativo perceber que Lewis escreve de forma aparentemente despreocupada com aquilo que faz os mais ortodoxos torcerem o nariz, embora ele próprio não se desvie dos limites fundamentais da ortodoxia.

O livro é dividido em capítulos bem encadeados, traçando um panorama da história da dor, do sofrimento e do mal no mundo. O capítulo intitulado "a queda do homem", a meu ver, traz apontamentos valiosos e uma visão muito particular a respeito do mito da criação no livro de Gênesis. Somente essa concepção apresentada por Lewis valeria um tratado dissertativo.

Outro detalhe importante é a discussão que ele suscita a respeito da possível ressurreição dos animais. Apesar de fazer uma distinção excessivamente racional, é interessante notar que um autor desse calibre se aventurou a tratar do assunto, reconhecendo que apresentava apenas uma colaboração especulativa e ignorando os conselhos da época para não tratar do tema.

No fim das contas, o livro me surpreendeu muito positivamente. É uma pena que tenha chegado ao fim. A prosa do Lewis é convidativa e o modo leve e preciso como ele disseca assuntos espinhosos e complexos faz o leitor se sentir mais sábio do que efetivamente é. Quase passa a sensação de uma tertúlia de lordes ingleses virando chá na porcelana e fumando polidamente um cigarro com piteira.
Carolina 07/12/2023minha estante
Os animais tem corpo, porque não poderiam ser ressuscitados? No Reino de Deus tem que ter pandas, preguiças e passarinhos, nem que seja só pra agradar os santos, gente. Porque Deus negaria a companhia dos animaizinhos a seus filhos tão amados? Só se ele tiver algo muito melhor na manga.


Gabriel 07/12/2023minha estante
Em síntese, ele sustenta a possibilidade da ressurreição de animais domesticados que passaram a ter uma identidade vinculada à identidade do seu próprio tutor. Não consegue conceber um gato e uma minhoca em patamar igualitário, por exemplo. É um raciocínio bem encadeado dentro da estrutura argumentativa do livro, mas tem origem numa perspectiva que pretende racionalizar muito o mundo vindouro. E ele também não descarta a possibilidade de haver algo muito melhor na manga de Deus, como você mencionou. A minha oposição a ele nesse ponto é porque vejo a redenção como sendo a regeneração de toda criação, de modo que o mundo vindouro também é para toda criação, incluindo vida animal, vida vegetal e tudo mais que faz parte disso


Carolina 07/12/2023minha estante
Se foi o homem que criou essa bagunça, os pobres animaizinhos nunca fizeram nada de errado e mesmo assim suportam a corrupção que é culpa nossa, seria injusto que eles não ganhassem nada no final hein
Animal nem pecado tem ?


Gabriel 07/12/2023minha estante
O problema é que para o Lewis pode não ser bem assim. Ele não descarta a possibilidade de os animais terem sido corrompidos antes da queda do homem. A descrição da criação que ele apresenta é bem peculiar, mesclando as teses científicas da época sem se afastar do respaldo metafórico do Genesis. Se os animais tiveram um bom tempo habitando a terra antes dos homens e se já havia o ecossistema com animais que se alimentam de outros animais, Lewis dá a entender que a corrupção pode ter alcançado também os animais. O homem, para ele, teria como uma de suas missões fazer essa ponte entre o animal e Deus, assim como Cristo faz essa ponte entre o homem e Deus. Sim, parece absurdo. Não tenho como reproduzir toda linha de raciocínio dele aqui, mas é basicamente dessas premissas que ele parte




spoiler visualizar
Joabe.Gileade 08/04/2023minha estante
Eu achei esse livro sensacional...ele forma uma dupla interessante com a Anatomia de um Luto


Pedróviz 08/04/2023minha estante
Anatomia de um luto é outro que vou providenciar logo.




Eliel 04/03/2010

Escrevi uma resenha e publiquei neste link: http://www.elielvieira.org/2009/04/resenha-o-problema-do-sofrimento-c-s.html
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cid 28/04/2010

A ética Divina e a nossa.
C S Lewis fala sobre a onipotência divina e o sofrimento humano, querendo descobrir como não haver contradição entre a bondade Divina e o sofrimento humano.E coloca a sugestão que a Ética Divina talvez seja diferente da Ética Humana.O amor exige o aperfeiçoamento do ser amado. E que o sofrimento que acontece para nos melhorar é apenas um sofrimento temporário e aparente. E argumenta "Tente excluir a possibilidade do sofrimento que a ordem da natureza e a existência do livre-arbítrio envolvem, e descobrirá que excluiu a própria vida."

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Van Chaves 14/02/2011

Um dos melhores livros que eu já li em toda minha vida! =]

Nós somos como uma grande obra de arte divina, algo que Deus está criando e, portanto, algo com que ELe não haverá de se satisfazer até que esse algo apresente determinado caráter. CS Lewis
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mrcs' 27/09/2013

Nao gostei.
Livro monótono, cansativo, o autor passa a impressão de um ex-ateu (o que ele diz que e'), empolgado com a recém aceitação de Deus como o criador e responsável por todo sofrimento do mundo, na justificativa de que ainda há um melhor porvir. Talve sirva de fato para ateus que simpatizam e pensam em aceitar Futuramente Deus como o criador de todas as coisas. P/ mim foi má perda de tempo e só terminei com muito esforço , porque nao gosto de deixar livros pela metade, porém, aos curiosos, boa sorte na leitura!
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vivi 01/04/2014

Livrar-se do sofrimento é viver em comunhão e obediência a Deus
Lindo livro!Muito edificante!!Livrar-se do sofrimento é viver em comunhão e obediência a Deus.
"O salário do pecado é a morte"(Rm 6.23)
"Desde o superior até o mais inferior, o ego existe para ser abdicado e, por essa
abdicação, se torna tanto mais um verdadeiro "eu", para ser então ainda mais abdicando, e
assim para sempre."(C.S.Lewis)
Então Jesus disse aos seus discípulos:"Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará. Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma? (Mt 16.24-26)
No livro L.S.Lewis explica que a alma abençoada abdicou do seu eu, ego para andar em obediência e submissão, fazendo a vontade de Deus.
"E quanto a Deus, devemos lembrar que a alma não
passa de uma cavidade que é enchida por Ele. Sua união com Deus, quase por definição, é
uma auto-entrega contínua, uma abertura, um desvendar, uma rendição, de si mesma. "(C.S.Lewis)

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Rique3 13/08/2014

Bendito seja Ashley Sampson
Por ter sido escrito de forma despretensiosa, esse livro se torna simples como uma conversa depois da aula. Síntese sistemática organizada por um autor que não consegue discorrer sobre o assunto de forma impessoal, você tem em mãos um livro que te entende e que você pode entender.

A leitura também contribui na compreensão de passagens confusas de 'A Última Batalha' e 'O Grande Abismo'.
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Cláudio Santos 15/07/2015

Pode haver algum proveito no sofrimento humano?
Se Deus é tão bom e todo-poderoso, como dizem os cristãos, por qual motivo Ele não acaba com todo o sofrimento existente no mundo? A solução deste problema não é fácil, no entanto C.S. Lewis reflete sobre o assunto com honestidade e sinceridade. Longe de oferecer uma resposta pronta, o escritor britânico nos explica que a ideia de bondade do Criador difere da nossa. Sendo o homem responsável pelo seu próprio sofrimento, Deus o permite para que, fragilizados pela dor, nós possamos ouvi-lo em alto e bom som. Esta permissão tem o objetivo de nos tornar criaturas melhores e por vezes isso exige que soframos. Segundo Lewis, este estado negativo é o “megafone” de Deus para despertar a humanidade, surda por causa da aparente condição de bem-estar, e mesmo Ele sendo onipotente não interfere na liberdade que as suas criaturas possuem para escolher entre o bem e o mal.
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bybibsss 11/03/2024

Bem absorvido
Vou ser sincera e dizer que ??abandonei?? no final mas considerei como concluído por que tudo que eu poderia absorver, foi absorvido!

Lewis foi muito abençoado com sabedoria, muitas das coisas que ele cita eu já tinha uma ideia mas foi muito bom encontrar argumentos e profundidade para esses tópicos.

Deus é maravilhosamente bom o tempo todo e o sofrimento estará sempre neste mundo.

Foi um dos primeiros livros mais teólogos que li em muito tempo então foi uma leitura bem lenta mas meu livro está TODO grifado por que cada parágrafo era uma pedrada!

Um livro incrível para cristãos e não cristãos.
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Bianca 07/07/2020

A argumentação de Lewis é direta e provocadora.
C.S. Lewis é considerado por muitos como o mais influente escritor cristão do século XX. Os temas de suas obras variam da apologética cristã (como Cristianismo Puro e Simples) à escritos infantis (como os sete volumes das Crônicas de Narnia).
Em O Problema do Sofrimento, Lewis usa todo seu poder de persuasão para solucionar o suposto paradoxo existente entre a existência do mal na humanidade e a existência de um Deus bondoso. Se Deus é onipotente, não poderia Ele acabar com o Mal no mundo? E se Ele é Bom, Ele não ia querer que o Mal acabasse? Estas perguntas são tão velhas quanto a própria crença em Deus e muitos têm escrito sobre elas.
Destaco as abordagens que o autor fez sobre a Onipotência de Deus, o mal na humanidade e a queda do homem no Éden.
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Guinho 06/10/2020

LEITURA SOFRIDA....
Não tem aquele amigo que sabe tudo sobre um assunto e nas vezes que você o encontra, já começa a falar sobre isso? Entretanto quanto mais palavras ele diz, tu fica mais confuso? Foi essa sensação que tive ao ler O PROBLEMA DO SOFRIMENTO de C. S. Lewis.
Claro que o exemplo acima foi um pouco exagerado, pois o livro tem uma linguagem simples, com pouquíssimos vocábulos incompreensíveis que quando tem, eles se repetem no decorrer das páginas, então, após uma conferida no dicionário (impresso ou virtual), dá para continuar lendo. Mesmo assim, digo que minha leitura foi arrastada!
Por se tratar de uma obra teórica-religiosa, gênero não benquisto por este que vos escreve, o texto apresenta questões supositivas sobre coisas inexplicáveis: Deus, Céu ou Inferno; onde o autor apenas supõe. Não vou negar que algumas provocaram reflexão em mim durante a leitura: o processo Numinoso, ou seja, o medo de algo no qual desconhecido por nós. a benevolência de Deus, a autoridade divina vs o livre-arbítrio, a questão dos animais terem ou não alma consciente... entre outras coisas. Porém, tudo superficial e com o proposto assunto sendo trocado aleatoriamente no qual retornava a confusão para os capítulos.
Se você não levar em consideração minhas opiniões e tiver curiosidade em lê-lo (coisa que recomendo), leve em consideração um trecho onde o autor define seu próprio livro:
"Se um verdadeiro teólogo ler estas páginas verá facilmente que são obra de um leigo amador. Exceto nos dois capítulos finais, partes dos quais são admitidamente especulativas, acredito que confirmei doutrinas antigas e ortodoxas. Se quaisquer partes do livro mostraram-se "originais", no sentido de serem novidade ou não ortodoxas, isso aconteceu contra a minha vontade e como resultado de minha ignorância. Escrevo, naturalmente, como leigo da Igreja Anglicana, mas tentei não presumir nada que não fosse professado por todos os cristãos de batismo e em comunhão." (Prefácio, p. 16)
Boa leitura e espero que sua leitura não seja um sofrimento como foi a minha!
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Stanleyasr 22/12/2020

Apologética e vida real
Excelente introdução ao tema. Lewis trata de uma forma bem didática um tema extreeemamente pesado e complexo. O cara é um gênio com as palavras?
Ele não apenas trás uma excelente apologética, mas também aplica à vida real, fazendo com que a identificação pessoal torne o tema mais sensível e mais emocionante em certos pontos.
Super recomendo aos amigos cristãos que querem entender melhor como nossa crença se estabelece em responder perguntas difíceis.
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