Bonequinha de luxo

Bonequinha de luxo Truman Capote




Resenhas - Bonequinha de Luxo


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Ma_ah 11/10/2023

Bonequinha de Luxo é um romance clássico escrito por Truman Capote e publicado em 1958. A história gira em torno de Holly Golightly, uma mulher jovem e enigmática que vive em Nova York e é conhecida por sua beleza, estilo de vida extravagante e por ser uma acompanhante de homens ricos.

O livro oferece uma visão perspicaz da alta sociedade de Manhattan na década de 1950, através dos olhos de Holly e do narrador anônimo. Capote descreve habilmente a luta de Holly para encontrar seu lugar no mundo, enquanto ela tenta escapar de suas origens humildes no Sul dos Estados Unidos. É uma história de amor, autodescoberta e busca pela felicidade, com personagens complexos e cativantes. A escrita de Capote é elegante e cheia de nuances, e ele captura perfeitamente o espírito da época. O romance também foi adaptado para um filme clássico estrelado por Audrey Hepburn no papel de Holly Golightly.

Uma obra atemporal que continua a encantar os leitores com sua história fascinante e personagens memoráveis, explorando temas universais de identidade e pertencimento. Se você gosta de literatura que mergulha na psicologia humana e na atmosfera de uma época específica é uma leitura que certamente vale a pena e super indico.
Fabio 14/10/2023minha estante
Ótima resenha, Maria!???


Ma_ah 15/10/2023minha estante
Obrigada e boas leituras!


Fabio 15/10/2023minha estante
Desejo o mesmo a ti, Maria!?


Ma_ah 15/10/2023minha estante
Obrigada!




Silveira 16/01/2022

Enfim um clássico
Esse livro não foi mesmo pra mim!

Nenhum personagem me cativou, o enredo me deu sono, eu quase desisti, mas é um livro tão curto que me forcei a terminá-lo.
Nunca vi o filme e nem sei se quero ver hahahaha.
Mih 16/01/2022minha estante
O filme eu achei legal e engraçado as vezes, mas o q me cativou foi a personagem por ser espontânea e às roupas dela, mas a história em si não gostei tanto


Silveira 16/01/2022minha estante
ela usava tiffany ne ? se nao me engano o titulo original tinha algo assim


Mih 16/01/2022minha estante
Sim sim, em inglês é breakfast at Tiffany's




TatáVasconcelos 25/04/2018

A Menina Que Roubava – A Cena Nos – Livros
É difícil falar em Bonequinha de Luxo sem produzir uma imagem mental de Audrey Hepburn num tubinho preto, cheia de classe, segurando uma cigarreira, encarnada em Holly Golightly, com sua personalidade tagarela e inquieta, sua independência, e seu jeito espirituoso e extrovertido de encarar a vida.

Embora maravilhoso, o livro Bonequinha de Luxo, de Truman Capote, é somente a sombra do que o filme o tornou. Para começar, temos apenas uma vaga ideia de como Holly se comportava numa festa, pois não chegamos a vê-la realmente em ação. Toda a história é narrada por seu vizinho, a quem ela chama de Fred, o nome de seu irmão. O verdadeiro nome dele não chega a ser revelado, e, na qualidade de narrador-observador, esse amigo anônimo contou apenas o que viu e ouviu sobre Holly, de modo que todas as ações do livro acontecem somente dentro do apartamento dela, ou dele, e no bar do Joe Bell, que ambos frequentavam às vezes. Fred e Holly somente saem destes ambientes poucas vezes: quando ela o conduz a roubar uma máscara de festa numa lojinha – uma das cenas mais descontraídas do filme –, uma vez em que ele a vê entrando na biblioteca para tomar notas de algum assunto – provavelmente sobre o Brasil, pois José já aparecia em seu círculo social na época –, quando passeiam a cavalo no Central Park, e quando ele a leva ao aeroporto para tomar o voo para o Brasil.

Então é de se esperar que as ações fiquem limitadas a um número restrito de personagens. Exceto que Holly recebe muitos amigos em seu apartamento todas as noites – em sua maioria homens –, e Fred acabou sendo convidado para participar de algumas dessas festas.

No filme ficou apenas subentendido, mas o livro deixa claro que Holly era uma garota de programa – pode ficar tranquilo(a), porque o livro não possui nenhuma cena erótica. É uma história bela, sem precisar apelar a vulgaridades –, que somente acompanhava homens ricos, com quem ela pudesse sonhar em se casar um dia, e se tornar uma mulher respeitável. E embora mencione muitas vezes ao longo da narrativa, não chegamos de fato a vê-la pedindo dinheiro aos cavalheiros para ir ao toilette retocar a maquiagem.
O filme faz diversos contrapontos à história do livro, tornando-se mais ou menos oposto a ele em muitos aspectos: enquanto no filme Holly se muda para Nova York para buscar o sonho de se tornar uma famosa atriz de Hollywood e casar-se com algum ricaço, no livro, Holly teve sua oportunidade de se tornar uma atriz famosa, e fugiu disso, convencida de que jamais poderia ser feliz em tal trabalho.

Em sua jornada em busca da felicidade, Holly é apresentada com uma personalidade frágil e confusa. Também tem um quê de ingenuidade, pois parece não se dar conta de que seu amigo mafioso Sally Tomato, a quem é paga para visitar todas as quintas-feiras na prisão, a usa como mensageira para passar informações aos seus comparsas do lado de fora, codificadas em forma de “previsões do tempo”.

O filme também faz uma pequena correção em relação ao livro: o diplomata brasileiro com quem Holly almeja se casar possui um sobrenome nada brasileiro no livro, Ybarra-Jaegar. Embora o autor explique que a mãe de José era alemã, isso não explica o sobrenome Ybarra, que soa mais hispânico que português. No filme, para evitar polêmica etimológica ou regional, o sobrenome de José foi trocado para “da Silva Pereira”. Agora, sim, acredito que é meu compatriota. Exceto por seu intérprete, que era natural de Madri.

Algo que chama a atenção e chega a ser irônico é que, embora o título original seja Breakfast at Tiffany’s (Café da Manhã na Tiffany’s), no livro, Holly não é mostrada na famosa joalheria de Nova York nem uma única vez; apenas é mencionado que ela gosta de ir lá quando se sente deprimida. Ela também costuma comparar a felicidade que procura à sensação de observar as vitrines da Tiffany’s pela manhã.

O final dos personagens no livro também é completamente diferente do filme.

Pessoalmente, gosto mais da história de Holly Golightly no filme. É melhor em muitos aspectos: da cenografia à escolha dos atores, o desenvolvimento dos personagens, o figurino, as festas... Há um glamour em Bonequinha de Luxo, uma magia que somente o cinema soube transmitir. E acima de tudo, o filme tem Audrey Hepburn, e nenhuma outra atriz antes ou depois dela interpretaria Holly Golightly com tanta maestria. Ela capturou perfeitamente todos os traços que tornavam Holly uma das personagens mais irresistíveis da literatura mundial. Ela é a pepita de ouro que brilha numa história mais ou menos, e transforma uma história sem grandes ações ou pretensões, numa das mais deliciosas de todos os tempos.


site: https://admiravelmundoinventado.blogspot.com.br/2018/04/a-menina-que-roubava-cena-nos-livros.html
xmarcojunior 15/08/2019minha estante
Amei sua resenha!
O único ponto que questiono é o fato da titulação de garota de programa... em uma conversa com o ?Fred?, ela diz que até entende SER considerada, mas que não era... teve somente alguns namorados, que ela totaliza 11.
Eu acredito que ela é uma mulher fora do seu tempo! Espirito livre e independente. O único problema se dá nela não trabalhar, e contar com os ?mimos? dos ?ratos?.


TatáVasconcelos 21/09/2019minha estante
Na verdade, o termo que aparece na edição que eu li não é namorado, mas amantes. Seja lá como for, o fato de ela ser sustentada por eles, e os tais "50 dólares para o toilette" indicam que ela era uma espécie de prostituta de luxo, o que também explica o título em português.


TatáVasconcelos 21/09/2019minha estante
Na verdade, o termo que aparece na edição que eu li não é namorado, mas amantes. Seja lá como for, o fato de ela ser sustentada por eles, e os tais "50 dólares para o toilette" indicam que ela era uma espécie de prostituta de luxo, o que também explica o título em português.
Independente do número de amantes que ela teve, isso a coloca mais ou menos no mesmo papel que a Julia Roberts interpretou com o Richard Gere em Uma Linda Mulher. Ela fez as vezes de "acompanhante", o sexo era apenas uma parte do trabalho. O papel de Holly é basicamente o mesmo, só que com um número alegadamente restrito de parceiros.




Karol Rodrigues 25/09/2013

Esperava mais
Ouvi falar a primeira vez em Truman Capote na faculdade quando paguei jornalismo literário. Por falta de conhecimento ou desinteresse mesmo, demorei para descobrir que ele era o escritor responsável por inspirar o filme Bonequinha de Luxo. A primeira obra que li do autor foi um livro reportagem chamado A Sangue Frio, uma história real em forma de romance que, às vezes, até soava com ares de ficção.

Fiquei viciada no autor e foi aí que descobri novas obras de Truman. Fui com muita sede ao pote pensando que iria encontrar uma obra extensa, densa e um livro de, no mínimo, 300 páginas. Infelizmente, ou não, me deparei com um pequeno livro da Cia das Letras com mais de 100 páginas que se dividia em quatro contos. A primeira edição do pequeno conto consta de 1958.

A obra, que de tão fantástica virou filme, fez outro sucesso duplicado. Na pele de Holly Golightly, a atriz Audrey Hepburn ficou conhecida mundialmente por viver a vida de luxo de uma moça de hábitos e horários nada ortodoxos. Holly é uma personagem excêntrica, que correu de um casamento nada planejado no meio da roça para viver o mais perto possível da joalheria Tiffany’s.

Apesar de leve e sutil, a escrita de Truman se desenrola devagar e até certo ponto cansativa. Há poucas pausas no conto, que não tem parágrafos curtos e nem ao menos capítulos. Notei esses pontos também em sua primeira obra e me incomodei um pouco com a diagramação da Cia das Letras: letras pequenas e um certo defeito na divisão das páginas que deixava o livro meio "torto" ao decorrer da leitura.

Ainda não consegui conferir a adaptação cinematográfica de Bonequinha de Luxo, mas acredito que eles tenham acrescentado muita coisa no roteiro. Nas páginas, ficou com gostinho de quero mais e o cinema acabou dando um empurrãozinho e ajudando a deixar a história mais redonda, penso eu. O sucesso ficou por conta da interpretação de Audrey, que vergonhosamente eu ainda não tive a honra de conferir.

No final das contas, Bonequinha de Luxo não atingiu minhas expectativas (depositei fé demais) e acabei ficando com aquela velha pergunta "Sim, mas o que aconteceu com ela?" e de tão acostumada com livros grossos e cheios de detalhes, acabei condenando meu querido Truman e o xingando por ter escrito tão pouco. Vamos ver se assistindo ao filme eu mudo de opinião.


site: http://www.assinadokaka.com/2013/08/bonequinha-de-luxo-truman-capote.html
saralima 06/12/2013minha estante
Concordo com cada palavra sua!
Meu primeiro contato com Capote foi a sua biografia e fiquei muito cusiosa para ler A Sangue Frio, livro que recomendo a todos e considero a sua melhor obra. Eu acho Bonequinha de Luxo sem sal e o filme também não me entusiasma nem um pouco.....


Karol Rodrigues 25/08/2014minha estante
Pois é, Sara! Eu esperava coisa melhor do livro (e do filme também). Acredito que o sucesso dos dois tenha se dado pela direção e pela atuação de Audrey. É um filme história, que remete a uma época de luxo e, consequentemente, há uma apelação para a endeuzar a obra. A Sangue Frio com certeza é a melhor obra dele.


Andressa 13/06/2017minha estante
Acabei de terminar de ler e fiquei com a mesma impressão. Não entendi aqueles contos no fim do livro. O autor corta a história de Holly e foge para outras bem diferentes.
Achei um livro vago. Quando comecei a ler, estava com as expectativas tão altas, mas me decepcionei.




cris.leal 30/05/2020

Muito bom...
Holly, a Bonequinha de Luxo, é uma personagem incrível. Uma acompanhante de luxo, bastante audaciosa para a sua época. Sonhadora sem deixar de ter os pés no chão. Protetora ao mesmo tempo que necessita de proteção. Muito irônica, maluquete, aventureira, sedutora, ambiciosa e esperta, sem deixar de ser inocente.

O livro é um clássico escrito por Truman Capote e publicado na década 1950. É bastante polêmico para a época por abordar temas como prostituição, homossexualismo e drogas. Foi adaptado para o cinema no início dos anos 1960 e estrelado pela divina Audrey Hepburn. Diferente do livro, o filme é uma deliciosa comédia romântica. Sou apaixonada pela icônica cena de Audrey Hepburn (Holly), na Quinta Avenida, em Nova York, saboreando seu café da manhã diante da vitrine da Tiffany, admirando as maravilhosas joias da loja. Existem algumas diferenças entre o livro e o filme, principalmente quanto ao final, mas ambos são igualmente muito bons.

P.S.: A edição do livro da Companhia das Letras, traz ainda três contos curtos de Truman Capote: Uma Casa de Flores, Um Violão de Diamante e Memória de Natal.

site: https://www.newsdacris.com.br/2020/05/resenha-bonequinha-de-luxo-de-truman.html
robertals 30/05/2020minha estante
Gostei :)


cris.leal 30/05/2020minha estante
Oi, Roberta! ;)




Cy 06/07/2018

Que mulherão da p!
Uma das criações mais famosas do século XX, Holly Golightly nasceu pra provocar tumulto em quem quer que chegue muito perto. Bonequinha de luxo é uma novela de cem páginas que agrega a leveza de uma escrita às complexidades dos seres humanos. O tom leve de Truman Capote pode enganar o leitor no início, fazê-lo acreditar que está lendo uma comédia romântica (o que também é, mas não só). Porém, aos poucos, com uma mão sutil, ele vai descortinando pedaços do passado e o interior das personagens, entregando um texto bem mais profundo do que jóias, aparências e cafés da manhã na Tiffany's podem simular. Leitura deliciosa.

"Eu não. Nunca vou habituar-me a nada, e quem se habituar mais vale estar morto." (Holly Golightly).
Geórgea 07/07/2018minha estante
Gosto demais do filme. Um dia ainda lerei o livro. Nunca li nada do Capote.


Cy 07/07/2018minha estante
Eu ia assistir ao filme ontem, mas estava caindo de sono e cansada. Vou tentar assistir hoje... Dizem que o filme é "bem" diferente do livro. Em tempo, li ontem numa tarde. É uma novela, acho que não tem nem 100 páginas. =)




Flávia Menezes 03/11/2021

A EXCENTRICIDADE COMO ARMA DE SEDUÇÃO.
Sempre quis ler ?Breakfast at Tiffany?s? (título em português ?Bonequinha de Luxo?), de Truman Capote, e que leitura mais incrível. Sendo publicado em 1958, sua adaptação para o cinema teve em seu papel principal, da icônica Holly Golightly ninguém menos do que a atriz Audrey Hepburn, estreiando em 1961, e sendo referenciado em muitos filmes e seriados (como no caso da personagem Blair Waldorf, em Gossip Girl, que chegava a se vestir como Holly) sempre como sinônimo de beleza, glamour e poder de sedução. Na verdade, a marca Tiffany se tornou ainda mais famosa, após essa obra.

A jovem Holly Golightly, uma mulher independente, e com um passado obscuro, precoce, que não precisa ser falado para sabermos quantas tristezas ali estão guardadas, traz à tona a imagem da mulher bela, jovem, feminina, elegante, glamorosa, porém, bastante excêntrica.

Ao mesmo tempo em que ela é a mulher dos sonhos de homens mais velhos do que ela (Holly tem uma ?preferência? por eles), ela também lhes é uma verdadeira incógnita. Ela é a imagem da juventude, da diversão, da saída do tédio do envelhecer, para os prazeres da inconsequência da juventude. Não é para menos que ela escolhe os homens mais velhos, já que, para os mais novos, ela já não teria assim tantos atrativos.

Mas apesar do seu jeito de ser exótico, e bastante imprudente, Holly Golithly nada mais é do que uma mulher com um passado obscuro, órfã, maltratada pela família adotiva, que foge e passa a vida na busca por encontrar o seu lar, seu lugar de pertencimento em um mundo cheio de pessoas em que ela tem muita dificuldade para confiar, e por isso mesmo, acaba por sempre se esconder nessa fantasia que ela veste.

Inclusive há uma cena icônica, em que Holly e o escritor Fred roubam máscaras de uma loja de produtos de Halloween. Essa cena descreve tanto essa característica, do quanto Holly se esconde através das máscaras, das fantasias e da sua excentricidade, por medo de revelar quem realmente é. Talvez, o único que a conhecesse um pouco mais, tivesse sido o Doutor da cidadezinha do Sul, que a acolheu quanto ela e o irmão fugiam da casa dos pais adotivos. Mas, como saber? Holly nunca diz a verdade! Além do mais, ele também era um homem mais velho, viúvo, que só queria uma boa mulher para ser sua companhia e ajudar a criar os seus filhos.

A Holly Golithly de Truman Capote é um personagem e tanto, e retrata a vida em uma época de boemia nos Estados Unidos, e, em especial, em Nova Iorque. E muito embora a trama nos mostre essa vida de prazeres, de sexo sem compromisso e noites de muitas festas e bebedeiras, por trás, sua mensagem é muito mais profunda, e fala sobre o não conformismo, sobre mulheres que se cuidam sozinhas, mas também sobre a eterna busca pelo amor e seu lugar de pertencimento no mundo.

A escrita, parte do estilo literário do New Jornalism, é muito diferente, e por vezes, tudo acontece em uma agilidade que precisamos prestar bastante atenção, especialmente porque não há separações por capítulos. Mas isso não impede nada que ele flua com muita facilidade. Sem contar que, a linguagem mais antiga com a qual foi escrita, nos transporta para uma época diferente, o que ajuda muito a ter ainda mais empatia pelos personagens.

Sobre as similaridades com o filme, existem muitas. O filme apenas deixou de lado as cenas que seriam mais fortes, ou diálogos que seriam mais chocantes. Afinal, em 1961 a censura era muito maior, então o filme deixa muita coisa implícita, enquanto no livro, temos um pouco mais de noção sobre quem é a jovem Holly.

O final é de um brilhantismo poético, afinal, como todas as boas jovens personagens icônicas do cinema (ou mesmo, da vida real), sua juventude encantadora deve sempre ficar na memória, para tornar-lhes imortais. Porque verdade seja dita, apesar do fascínio que uma jovem excêntrica, com ataques de loucura, tal como Holly possuem sobre os homens mais maduros, todo esse poder está condicionado ao rosto e ao corpo jovem de menina.

Uma Holly com o rosto mais amadurecido pelas marcas que a vida consequentemente nos impõe, já não teria o mesmo poder. Não porque o envelhecer torna as mulheres menos bonitas, mas porque as exigências da vida não aceitariam ataques tão infantis como algo tão atraente. Ao contrário, a atração das mulheres maduras parece residir muito mais no poder que possuem, mas isso mais no sentido do cargo que alcançaram em sua carreira profissional, no prestígio que possuem, e nos números da sua conta bancária.

E por isso, Holly Golithly viverá eternamente sem nunca precisar envelhecer. Sem nunca precisar acordar com todas as responsabilidades da vida em suas costas, e nas marcas do tempo em seu rosto. Para sempre ela poderá ser apenas uma jovem e bela mulher, a permear as fantasias de homens amadurecidos e entediados pela força do tempo que os castiga.
Douglas Finger 04/11/2021minha estante
Linda resenha, Flavia!


Flávia Menezes 04/11/2021minha estante
Obrigada, Douglas!! ????




spoiler visualizar
xmarcojunior 15/08/2019minha estante
Oi Thiago, adorei sua resenha!
Só não concordo com a parte de ela ser uma garota de programa... no livro, ela mesmo diz que não entende o motivo de ser comparada a uma, já que teve ?poucos homens?.
Eu vejo mais como uma pessoa ?independente? sentimentalmente, entende? Não precisa de alguém pra viver, não pertence a ninguém. Mas, pra sobreviver aceita alguns dólares dos ?ratos? que saem com ela.


Thiago Barbosa Santos 15/08/2019minha estante
Oi, Marco...entendo seu ponto de vista. Talvez você até tenha razão mesmo. Era como muitos a enxergavam. Também acabei tendo essa impressão. Mesmo assim, fiz questão de dizer no texto que o livro não faz essa afirmativa. Um grande abraço!




Keylla 13/03/2015

Um livro que foi difícil conseguir encontrá-lo. Uma fortuna nos sebos (se encontrar!), e indisponível nas livrarias. Não fazia meu estilo literário, mas o encontrei a r$20,00 no Mercado Livre e pela raridade achei que seria uma boa oportunidade de tê-lo na estante e conhecer melhor o “auê” do livro e o filme (que entendo perfeitamente o frenesí causado já que Audrey Hepburn é referência de beleza, moda, estilo e é uma gracinha como diria Hebe Camargo).

O livro contém a história da Bonequinha de Luxo (em torno de 100 páginas) e mais outros 3 contos. Vou me limitar apenas ao conto que nomeia o livro.
Apesar de leve e sutil, a escrita de Truman se desenrola devagar e até certo ponto cansativa. Há poucas pausas no conto, que não tem parágrafos curtos e nem ao menos capítulos.

O enredo nos apresenta a personagem principal: Holly Golightly, uma acompanhante de luxo , com tendências bissexuais, 19 anos e que mora sozinha num apartamento em Nova York. Cidade qual é apaixonada. Ela costuma chegar tarde em casa e não levar sua chave, acordando assim seus vizinhos.

O narrador é um escritor que luta por suas histórias e que não sabemos o nome. Carinhosamente, Holly o chamava de Fred que era uma alusão ao seu irmão. Eles se tornam amigos e Fred vai descobrindo mais sobre Holly e também sobre seu passado.

Holly tem um gato que não tem nome, pois para ela eles ainda não se pertenciam. Ela gosta de tomar seu café admirando a Tyffany´s, pois lá nada de “ruim poderia acontecer” num lugar tão lindo e com pessoas tão bem vestidas. A princípio pode-se achar que Holly é boba, mas de boba não tem nada já que todos seus atos são calculados. É uma personagem complexa.
Os segredos de Holly são desvendados pouco a pouco ao leitor.

Leitura leve e rápida.

Logo após a leitura do livro resolvi assistir o filme. Há diferenças significativas na trama do filme :
- Versão romanceada e Hollywoodiana do filme;
- Audrey Hepburn está linda , divertida, maravilhosa e faz uma Holly doce e meiga. A Holly do livro é mais inescrupulosa com tendências bissexuais e cruéis;
- O narrador “ Fred” no filme é gigolô, coisa que no livro não há citação;
- Final de ambos são totalmente diferentes.

Do filme: vale muito a pena assisti-lo. A fotografia é linda, a trilha sonora é encantadora e Audrey Hepburn fez uma excelente atuação (adorei ela falando em português!).

Do livro: não é o meu preferido, mas acho que toda leitura é válida. Finalmente pude ler esse clássico da literatura americana . Talvez esperasse mais, não sei ao certo. Esperava mais detalhes.
Rafa 14/03/2015minha estante
Gostei muito da resenha Keylla, me lembrou um pouco "Lolita" e até "Christiane F."


Keylla 22/03/2015minha estante
Oi, Rafa. Estou com o Lolita aqui me esperando há muito tempo. O enredo do Lolita me deixa um pouco angustiada de ter que enfrentá-lo, então, vou deixando até num momento oportuno rsrsrs Quem sabe um dia eu o encare e resenhe aqui também. Vi que o resenhou, e não poderia ser diferente: muito bem comentada!




13marcioricardo 30/04/2022

Luxo, Luxúria e Risco.
Bonequinha de Luxo é uma novela sobre uma garota que foge do campo e vai para a cidade busca dos seus sonhos. Usando de sua beleza, charme, estilo e corpo, a protagonista vai vivendo a boa vida, a da alta sociedade, esperando que um de seus amigos lhe pegue de vez e com ele construa uma vida normal. E quase consegue.

A estória é narrada por um homem, seu vizinho de cima, que se torna seu amigo, e claro, seu admirador. O livro tem uma escrita simples e isso me decepcionou um pouco, pois é a segunda vez consecutiva que leio algumas resenhas onde falam que se trata de uma escrita fantástica e depois isso não se verifica. Ao menos, da minha perspectiva.

Esta edição traz, além da novela, três contos. Gostei de todos. Uma coisa que o autor faz e que me aconteceu em todas essas estórias, é acabar abruptamente. Eu sabia que já estava no final, ainda assim dei por mim a perguntar: "Ué, cadê o resto..".

Se quer conhecer o autor, e com tanta coisa boa que existe pra conhecer neste mundo, eu sugiro que comece pela sua obra prima, A Sangue Frio, que foi um grande sucesso. Eu ainda não li, mas acredito que seja melhor que este.
JanaAna90 30/04/2022minha estante
Já li a sangue frio e realmente é uma obra prima e, por isso queria ler esse livro, mas ouvindo você falar assim já fiquei com receio, não quero me decepcionar com o autor. Rsrs


13marcioricardo 01/05/2022minha estante
Achei assim assim.. Mas depois fui ver o filme e fiquei desapontado. Acho melhor que o filme rss.




Daniel 11/06/2013

Tão diferente e tão bom quanto o filme
É impossível desassociar Holly Golightly de Audrey Hepburn. E embora livro e filme sejam tão diferentes, são ambos altamente recomendados.

A principal diferença entre livro e filme é que no livro não existe um romance entre o escritor, que é o narrador da história, e a protagonista. Eles se conhecem porque moram no mesmo prédio em Nova York, nos anos pós guerra. O narrador/escritor vai de certa forma se apaixonando pela garota, pelo seu estilo, pelo seu comportamento avançado para a época, pela sua ambição em "ficar rica" e ter um lugar para chamar de seu. Da sua aparente futilidade, ele vai descobrindo uma garota romântica e ainda apegada a laços familiares e do passado.

Há personagens que existem no livro e não existem no filme, e vice versa. No livro não existe, por exemplo, a amante do escritor que o sustentava; no filme não existe Joe Bell, o barman com cara de poucos amigos que trabalhava onde o escritor e Holly iam beber e telefonar.

Livro e filme tem qualidades distintas: o filme é romântico, leve, engraçado; o livro é mais realista, meio amargo e até triste. O que ambos tem em comum: como é bom ler o livro e ver o filme, não importa quantas vezes você já tenha feito isso!

É incrível como a escrita de Truman Capote parece leve e despretensiosa, mas seus biógrafos afirmam que isso era resultado um trabalho arduamente burilado.

Ainda fazem parte da edição três contos. O último conto do livro, "Recordação de Natal" (também semi autobiográfico), é uma das coisas mais emocionantes que já li.

Numa opinião muito pessoal, acho que este livro é a obra prima de Truman Capote, mesmo que todo mundo ache que seja "A Sangue Frio".

Se não me engano foi Norman Mailler quem disse que "não há uma palavra errada sequer em Breakfast at Tiffany's". Eu concordo com ele.
Paulo 28/05/2021minha estante
oi Daniel, adorei seus comentários. Eu assisti o filme há alguns anos mas vez ou outra eu me pagava pensando nele. Depois que li sua resenha fiquei animado pra ler o livro e hoje comecei a leitura!!! afff a Holly Golightly é tão icônica!


Daniel 18/01/2022minha estante
Oi Paulo! li seu comentário só hoje. Eu acho realmente incrível como o livro e o filme possam ser tão diferentes e, ainda assim, ambos tão bons. A Holly da Audrey é pura perfeição.




Rafa 07/05/2022

Excentricidade Pueril
A história principal é narrada de forma despretensiosa, entretanto, consegue abordar temas relevantes, tais como: futilidade; moralidade x ascensão social. O livro ainda dispõe de outros três contos, destacando-se o último (Memória de Natal).
Lara Aimee 12/05/2022minha estante
Aaaa ? o filme com Audrey Hepburn é simplesmente um atemporal, nostálgico ? o livro deve ser uma delícia!




Jacque Spotto 31/07/2020

Esse título sempre passava por mim em algum momento, mais pelo filme do que pelo livro e acabei que escolhi ler o livro primeiro. Primeira obra que leio de Capote, li um pouco sobre sua biografia e fiquei bem interessada em seus outros livros. Bonequinha de luxo é uma novela, nessa edição em questão podemos contar com mais 3 contos.
Bonequinha de luxo tem uma forma de escrita bem direta, talvez pela maior experiência do autor em escrever contos, então é uma escrita bem limpa, posso assim dizer.
O narrador da história é um escritor que vai morar em um prédio e tem como vizinha uma moça que podemos perceber pela narrativa se tratar de uma prostituta de luxo ou apenas uma moça que pensa em se dar bem com algum milionário. Apesar da pouca idade, Holly é uma moça esperta e no decorrer da história ficamos sabendo que sua vida a fez amadurecer rápido demais pelas piores consequências vividas. Com a convivência desse vizinho e Holly passamos a conhecer um pouco mais sobre ela, seus desejos e seu passado.

O que percebi com a novela e os 3 contos que são histórias tristes, nenhuma tem um final realmente feliz, mas realista. O conto que mais me deixou comovida foi o último "Memória de Natal" tem uma sensibilidade muito bonita nesta história, fiz uma pesquisa e descobri que é um conto autobiográfico de Capote, por isso senti uma delicadeza maior nele, é triste mas muito lindo.

https://www.instagram.com/a_lusotopia

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Fátima Lopes 07/03/2021minha estante
Também gostei muito do último conto do livro.




cristianepf 12/10/2011

Sou provavelmente a última a saber que meu filme preferido foi baseado em um livro. Mas tudo bem, correndo atrás do prejuízo, acho que não perdi muita coisa. Embora a história seja maravilhosa, com personagens peculiares (sendo a melhor delas, Holly, é claro) acho que essa é uma daquelas exceções em que o filme é melhor que o livro.

Ao ler essa história breve de 150 páginas, temos a impressão engraçada de que o livro veio depois do filme e não o contrário, principalmente porque Holly parece ter sido inspirada em Audrey Hepburn. Mesmo com algumas falas e cenas idênticas, quando as diferenças surgem, acabo sempre preferindo o filme. Não tenho certeza se quem ler o livro consegue captar aquela essência maravilhosa da história, isso é bem melhor retratado no filme.
ijhghjknk 18/06/2013minha estante
tsc tsc




Fran 17/09/2020

Um livro com a famosa história Bonequinha de luxo, que apesar das diferenças com o filme, por ser mais realista e ter um final diferente, conquista o leitor principalmente pela personalidade da protagonista Holly. Os demais contos são muito bons, inclusive o último conto é muito tocante, de deixar qualquer um com o coração apertado.
Fátima Lopes 07/03/2021minha estante
O último conto foi o que mais gostei, melancólico e belo.




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